Crepúsculo 2.0. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 19
O Cálice Mortal




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P.O.V. Clary.

O que vou fazer com isso? Não quero ficar com esse negócio brega que de nada me serve, mas não posso deixar os shadowhunters loucos pegarem de volta.

—Já sei. A essa hora, o Poder da âncora já deve ter levado aquele lugar opressor de volta ao pó. Mas, o lago é... é divino. O lago vai ficar bem. É isso o que eu vou fazer.

Por hora usei a minha runa de ocultação total naquele Cálice brega porém brilhante, agora vou atrás da espada.

Cidade dos ossos.

—Literalmente. Parece que os Shadowhunters e as bruxas do quartel francês tem muito em comum. 

Então, apareceram vários homens com os olhos e a boca costurados.

—Credo!

Podia ler as mentes deles.

—Porque não conseguimos nos comunicar com ela?

—Porque sua boca tá costurada, seu idiota.

—Pode nos ouvir? Pode ouvir nossas mentes?

—Uma das desvantagens de se ser uma telepata. Vocês são a coisa mais feia e medonha que eu já vi. E olha que eu já vi muita coisa feia e medonha.

—Como está aqui, Clarissa?

—Como sabe o meu nome?

—Você é Clarissa Fairchild Morgenstern.

—Não. Eu sou a Clarissa Cullen Mikaelson.

—Porque está aqui?

—Eu quero a espada. A Espada Alma.

—Lamento, mas a espada não pertence a você.

—E nem a vocês. Aquela coisa não pertence a este lugar, aquilo não deveria estar nas mãos de ninguém.

Consegui achar a espada. Foi fácil.

—Deixem eu levá-la de volta ao lugar de onde veio. Por favor. Um Poder assim, não pertence a nenhum humano ou vampiro, ou shadowhunter. O lugar da espada não é aqui.

Eu tentei ser gentil. Mas, não deu certo.

—Então me perdoem.

Matei eles e peguei a lâmina.

—Acho que é hora de voltar pra casa.

Voltei para o Instituto Salvatore, coloquei o vestido de noiva, peguei o Cálice, a espada e abri um portal para a beira do lago.

—Tudo bem.

Comecei a entrar na água.

—Eu não sei se alguém ai encima pode me ouvir, ou se sou uma boa pessoa, ou se estou fazendo a coisa certa. Mas, se tem algum anjo ou Deus que tá me ouvindo agora... o lugar dessas coisas, do Cálice e da espada é ai encima. Não aqui.

—Não se mova! Parada! Pela autoridade da Clave...

Eu me assustei e acidentalmente me cortei na espada.

—Ai.

Então, o anjo apareceu.

—Minha Nossa!

—Quem me invoca?

—Eu... acho que fui eu.

—Clarissa Mikaelson, aquela com sangue de anjo. O que deseja?

—Eu quero... que... isso pare. Quero que acabe.

—O que?

—Quero que eles vejam... que os Shadowhunters vejam que não estão acima de nós e que... a espada e o Cálice não pertencem a esse lugar. 

P.O.V. Jace.

Nós viemos para Idris e estávamos no lago Lynn. A Clary invocou o anjo e o que ela fez foi...

—A espada e o Cálice não pertencem a esse lugar. Ninguém daqui, deveria ter um poder como este. Por isso, eu vim aqui no lago. Eu quero devolver.

—Uma submundana, com alma de Shadowhunter.

—Essas coisas já causaram mortes demais. E a Clave não vai usar mais isso para fazer outros Shadowhunters, então... Anjo, leva o Cálice e a espada com você.

Disse estendendo os Objetos Mortais para o Anjo.

Nós não vimos, eu não vi. Mas, a flecha passou zunindo por nós e acertou na Clary.

—Clary!

Acertou nas costas dela e ela caiu. E os Instrumentos Mortais caíram dentro do lago.

Eu a arrastei pra fora. O vestido branco manchado de sangue.

—Clary...

—So wake me up when it's all over... when I'm wiser and I'm older... 

—Clary...

—All this time I was finding myself and I didn't Know I was lost.

Então ela parou de cantar, parou de respirar.

—Clary... porque você fez isso?

—Ela fez o que era certo. 

Disse o anjo.

—O que?

—Foi acordado, entre eu e os primeiros Shadowhunters. Inclusive Jonathan que se algum dia... os Instrumentos Mortais não fossem mais usados e começassem a causar devastação, deveriam ser devolvidos. E quanto ao pedido dela, vou realizar.

Comecei a ver coisas. Era o passado. Um passado bem, mas bem distante. Quando Raziel criou os primeiros Shadowhunters, vi o acordo que fizeram com o anjo.

—Pelo Anjo!

Parece que não fui o único. Raziel mostrou aquilo para todos os Shadowhunters.

—Raziel! Raziel, ela não merece isso. E eu sei que não mereço que me ouça, mas não faça por mim. Faça por ela, pela mãe dela... pelo pai dela. Não deixa ela morrer. Não deixa a Clary morrer outra vez. Ela merece algo melhor.

O anjo sorriu pra mim.

—Finalmente meu garoto. Coloque o corpo dela no lago.

Fiz o que ele mandou.

—E preste atenção no que vou dizer, elas são a mesma alma sem dúvida, mas não são a mesma pessoa. Pare de procurar Clarissa Morgenstern nesta garota. Dê o Cálice para ela. O Cálice, agora é dela.

Coloquei o cadáver da Clary no lago.

—Saia da água.

Eu sai e então, Raziel trouxe a Clary de volta. E sumiu.

Ela saiu nadando do lago.

—Gente, eu tive um sonho muito... Isso é sangue e é meu. Quer dizer que... Caramba, a gente viu um anjo! Que legal! Que legal!

Disse a Clary pulando no lugar. Nós demos risada.

—É. Ela tá de volta.

—E quanto ás coisas? O anjo pegou de volta?! Digam que sim, por favor.

—Não Clary. Ele deu pra você.

Disse estendendo o Cálice e a Espada para ela.

—E o que eu devo fazer com isso? Eu não quero isso não. O lugar dessas coisas não é aqui. Ninguém deveria possuir este tipo de poder.

—O anjo acha que você deve.

—Então, o anjo tá errado.

Todos ficamos chocados.

—Bom, se ele me deu essas coisas, posso fazer o que eu quiser o que eu quiser com elas, certo?

—Creio que sim.

—O que o Cálice faz?

—Controla demônios, cria novos shadowhunters.

—E a espada?

—Além de servir como arma, ela compele a verdade.

—E como eu faço para funcionar?

—O que?

—As coisas.

—A espada tem que ser tocada na lâmina.

—Eu tenho que cortar a minha mão?

—Não necessariamente. Coloque a mão sob a lâmina.

—Tá bem. 

P.O.V. Clary.

As escrituras na espada brilharam, tipo muito mesmo.

—Nossa!

—Clary?

—O que?

—Você me ama?

—Eu amo. Espera, o que? Ai é sacanagem!

Eles riram de mim.

—Então, porque não aceitou sair comigo?

Eu tentei não responder, mas... saiu.

—Porque eu amo o Alec também e eu quero te comer.

—Ou! Uma virgem que fala sacanagem.

—Eu quero literalmente comer. Enfiar as minhas presas no seu pescoço e beber esse seu sangue tão... tão... cheiroso.

—Ou!

—Diabo de coisa macumbada! Como eu faço pra parar?

—Você acha que eu não te amo?

—Sim. Nunca correspondo a suas expectativas, você sempre acaba decepcionado ou assustado, eu vi o jeito que você me olhou quando me conheceu. E eu vejo o jeito que me olha agora. Eu era a sua musa e agora sou uma monstra. Pra vocês a resposta é simples, fácil. Se te perguntam, o que você é? Você simplesmente responde Shadowhunter, mas eu? Me perguntam o que você é, vampira, bruxa ou shadowhunter? Eu tenho que responder me encaixo em todas as categorias citadas acima e outras mais e ao mesmo tempo, não me encaixo em nenhuma. Porque sou a única da minha espécie.

—Nossa!

—Como eu faço pra parar?

—Tira a mão de cima da espada.

—Você é um idiota. E a Izzi é a única razão por eu ainda não ter sucumbido á minha fúria assassina e tirado essa sua vidinha miserável.

Dai eu tirei a mão da lâmina.

—Sua vez Alec.

—Minha vez?

—É. O anjo deu isso pra mim. Agora é sua vez de vomitar a verdade.

—Como você é baixa.

—Eu tenho estatura mediana tá? Agora vai lá. Pense que é como verdade ou desafio, só que... sem o desafio.

P.O.V. Alec Lightwood.

Que vaca.

—Que feio. Agora vai.

—Tá.

Coloquei a mão sob a lâmina.

—Porque você me odeia?

—Eu não te odeio.

—Então, porque me trata tão mal? Eu te fiz alguma coisa?

—Você roubou meus irmãos de mim.

—Misericórdia! Eu não... sabia que se sentia assim. Sinto muito, nunca quis fazer isso.

—Todos adoram a Clary! A Clary isso, a Clary aquilo. Sempre foi assim desde a primeira vez.

—Primeira vez? Que primeira vez?

—Desde que você era a porra da Clary Fairchild.

—Mas, eu não sou Fairchild.

—Não é mais. O fato é que tudo estava perfeitamente bem até você aparecer e foder tudo e mesmo depois de você ter fodido tudo de todas as maneiras possíveis todos ainda te amam, te adoram até mesmo o anjo Raziel e eu te invejo por isso.

—Eu não vi essa chegando.

—Você faz tudo parecer tão fácil. Eu ralei pra cacete pra subir dentro da Clave e conseguir ser diretor do Instituto de Nova York e você simplesmente caiu do céu e conseguiu tudo de bandeja, o Cálice, Poderes únicos, o Jace, a Izzi! E eu te odeio por isso sua vadia!

—Alec...

—Não. Deixa ele botar pra fora. Deixa sair.

—Toda minha vida sempre segui todas as regras e da única vez que mandei tudo pro saco eu fiz o cara que eu amava perder os poderes e quase perdi o meu parabatai. Eu fodi tudo. Magnus perdeu os poderes por minha causa, por nossa causa. Porque foi você enquanto Clary Fairchild que trouxe o Jace de volta da morte, deixou ele vulnerável e foi assim que a Lilith possuiu ele! E o que eu mais odeio é que se eu estivesse no seu lugar, teria feito a mesma coisa. Teria escolhido o Jace acima de tudo, teria usado o desejo do anjo para trazê-lo de volta porque eu o amo e ele é meu irmão, meu Parabatai. Só que foi egoísta da nossa parte, porque... ferramos com o Magnus e o Jace voltou cheio de culpa e todo fodido, suicida.

Então, tirei a minha mão de cima da lâmina.

—Tá melhor?

—Sim.

—E quanto á Lydia?

—Gosto dela. Ela é interessante.

—Se liga moleque, a Lydia é minha amiga e se você estiver pensando em brincar com ela... eu não posso te matar por causa da Izzi e da coisa de Parabatai que você tem com o Jace, mas eu sou uma Mikaelson. Sabia?

—E o que isso deveria significar?

—Que eu fui treinada para fazer coisas pouco ortodoxas por certos motivos desde que eu era bem criancinha. Enquanto você tava treinado para ser fera no arco, eu estava treinando para matar aranhas gigantes, gárgulas, canalizar magia, fazer e desfazer âncoras e enfeitiçar varas de madeira de sabugueiro. Não estou dizendo que todo feitiço que já fiz ou faço envolve magia negra, mas eu conheço uns truques.

—Sabugueiro?

—A árvore da morte. Vamos, vamos voltar e... espera.

—O que?

Ela pegou o cálice e a espada e jogou no fundo do lago.

—O que você fez?!

—Deixa eles ai. É o lugar deles. Juntos. A espada, o Cálice e o Espelho. 

—Agora qualquer um pode invocar o anjo.

—Mas, o pedido já foi feito. Era só um desejo certo?

—Ela está certa. Apenas um desejo poderia ser realizado.

—Mas, o anjo trouxe a Clary de volta da morte.

—Só que não acho que foi porque eu pedi.

Os Instrumentos voltaram sozinhos para as mãos de Clary.

—Que... merda! Pelo jeito vamos ter que levar essas coisas com a gente.

Voltamos para a Escola e a Clary fez algum tipo de encantamento que escondeu a espada e o Cálice.


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