Crepúsculo 2.0. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 17
Um vampiro e um Shadowhunter




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P.O.V. Narrador Onisciente.

O que um vampiro e um Shadowhunter poderiam ter em comum? Vamos descobrir.

P.O.V. Jane.

Este lugar é incrível! Tem tantos tipos de seres sobrenaturais, pessoas com habilidades que nem pensei que fossem possíveis.

Assim que chegamos fui recebida por duas garotas assustadoras.

—Bem vinda á Escola Salvatore. Eu sou Josie.

—Eu sou Lizzie.

—Irmãs.

—Gêmeas.

—Nosso pai é o Diretor.

—Eu sou Jane e sou a gêmea do Alec.

—Legal! Éramos as únicas gêmeas aqui, até agora.

—E que tipo de ser sobrenatural são vocês?

—Bruxas.

Elas me pegaram pelo braço e me arrastaram para um Tour.

P.O.V. Alec.

Clary está falando mais com o Shadowhunter, Jace. Eles estão conversando sobre coisas de ser o que eles são. Como usar as lâminas celestiais, tipos de demônio e tudo isso.

P.O.V. Clary.

As lâminas são forjadas com a ajuda de anjos de verdade e algumas tem runas desenhadas. Outras são só brilhantes mesmo.

—E quem é o seu fornecedor?

—As Irmãs de Ferro forjam as armas. Elas ouvem o sussurro dos anjos enquanto as forjam.

—Então, as tais Irmãs canalizam a energia angelical para dentro das armas?

—É um jeito de se colocar.

—Não somos tão diferentes. Bruxas canalizam a energia de velas, água, terra, outras bruxas.

—Impressionante. E o seu cabelo cresceu de novo.

—Sim. Nunca dura mais que um dia. Graças ao processo de regeneração celular. Posso raspar minha cabeça se eu quiser e no dia seguinte... está comprido de novo. Vamos ter o show de talentos anual amanhã. Tem algum talento escondido?

—Não que eu saiba.

—Tenho certeza que tem. Só, não encontrou ainda.

—Porque um Show de talentos?

—Merecemos um pouco de diversão.

—Vai participar?

—Ahm, vou. Provavelmente vou congelar quando subir no palco, mas... acho que vale a tentativa certo? Se a Josie arrasou no ano passado, posso tentar. Voltando ao assunto anterior, do que isso é feito? Parece aço, mas não é.

—É adamas. Um metal celestial encontrado no subsolo de Idris.

—Idris? Nunca ouvi falar desse lugar.

—É porque é muito, mas muito bem escondido. É em outra dimensão.

—Maneiro!

Olhei no relógio e quase tive um ataque.

—Meu Deus! Estou atrasada! 

Levantei correndo.

—Obrigado, Jace. Tchau Jace.

—Tchau Clary.

Trombei em alguém. 

—Desculpa Alec.

P.O.V. Jace.

O vampiro com o mesmo nome do meu parabatai entrou no ginásio.

—Porque não entregou a escola para o seu Mestre? Se tivesse feito, poderia ter acabado comigo e ter a Clary só pra você.

—Eu não fiz aquilo por você. Clary nunca me perdoaria se eu fizesse aquilo.

—Eu a amo Volturi.

—Eu também. Mas, ela é muito boa, boa demais para nós dois.

—Você provavelmente está certo. E ela fica tão linda nesse uniforme.

—Eu prefiro este ao de líder de torcida. O blazer, a gravatinha, aquela saia xadrez... Ai.

Acabamos dando risada.

—Quer saber, acho que você quer a sua namorada morta de volta. Então, não você não a ama.

—Está errado. Eu a amo. Eu a vi matar oito mundanos para me defender, matar a Consul Penhallow só porque ela estava... enchendo o saco dela. E eu ainda a amo. Mas, tem razão eu faço comparações quase o tempo todo. Clary Fairchild jamais usou ou usaria o cabelo liso chapinado, ou saltos finos, meia pata. Salto bloco no máximo.

—Você é gay?

—Não. Mas, meu irmão é bi e eu tenho uma irmã então... sou o único homem da casa.

—Pensei que seus pais tivessem morrido e que fosse filho único.

—Como você sabe disso?

—As gatas gostam de fofocar. As garotas falam e como falam.

—Verdade.

—Seus olhos são assustadores.

—Eu sei.

—Vai participar do tal show de talentos?

—Não. Á menos que eu possa sedar alguém.

P.O.V. Clary.

Depois que a aula acabou fiquei conversando com a Izzi.

—Vai participar do Show de talentos amanhã?

—Claro. Eu já me inscrevi.

—E o que você vai fazer, Izzi?

—Dançar.

—Legal.

—E você?

—Vou tentar cantar, mas provavelmente vou entrar em pânico e fugir ou vomitar.

—Que nojo. Porque você entraria em pânico?

—O palco, todo mundo me encarando. Me dá pânico.

—Dá pânico.

Ela riu.

—Não tem graça!

—Tem sim.

Nós rimos juntas. Mas, então veio aquela pergunta:

—Clary, você sente alguma coisa pelo Jace?

Respirei fundo.

—É... complicado.

—Tudo bem ter sentimentos por mais de uma pessoa duma vez.

—Não é tão simples. Especialmente eu sendo meio vampira, as emoções ampliadas confundem tudo mais ainda.

—Posso perguntar quem é o outro cara? É um cara certo?

—Sim. É um cara. É o Alec.

—Bom, então não teremos muito problema. Meu irmão é gay e tá afim da Lydia.

—Não o seu irmão.

—Oh! O vampiro. É, isso é um problema.

—Nem me fale.

—Você é capitã do time de torcida e tem pânico de palco?

—Sim. Eu sou uma pessoa complicada.

Ela pegou no meu braço.

—Nunca vi uma runa igual a essa.

—Eu sei.

P.O.V. Isabelle.

Ela puxou o braço de volta e escondeu a runa.

—São runas inéditas? Novas?

—Eu suponho que sejam. Já que nenhum Shadowhunter as reconheceu.

—De onde elas saíram?

—De mim. Eu as vejo desde que consigo me lembrar. Não, o tempo todo só... ás vezes. E eu não quero mais falar disso.

—Não confia em mim?

—Tenho problemas em confiar nos outros. Afinal, as pessoas sempre tiveram o péssimo hábito de me trair. Eu quero ter uma amiga, eu quero, mas as pessoas sempre estão atrás de alguma coisa. E eu sou sempre... um meio para um fim. Nada além disso.

Isso é triste de se ouvir.

—Se acha isso triste, você não sabe nem a metade. E só pra você saber, essas runas, as novas... elas fazem coisas... coisas inacreditáveis. E não tem jeito que eu vou deixar os seus coleguinhas do Ciclo e da Clave se apoderarem delas. Porque elas são minhas, são poderosas demais. Minhas coisinhas brilhantes. As única coisa boa em ter a visão. O resto eram... eram só monstros horrorosos.

Então, ela mudou completamente de assunto. Com um sorriso, como se quisesse evitar algo desagradável.

—Vou pegar alguma coisa para a gente comer. Eu sei que está com fome.

Estávamos almoçando quando o Diretor vem.

—Ahm, Clary...

—Não. Não. Não! Tia Rose. Tia Rose!

—Eu sinto muito Clary. Os médicos fizeram tudo o que puderam pela sua tia, mas ela perdeu muito sangue.

—O que aconteceu?! O que aconteceu?!

Perguntou Clary chorando alto e histericamente.

—Foi um assalto. O assaltante atirou nela. A pessoa que a encontrou chamou a ambulância, mas... demoraram muito e...

—Tia Rose. O tio Emmett, o Nate. Meu Deus, ele é tão pequeno. Só tem três anos. Eu me lembro de quando ela descobriu que o procedimento tinha funcionado, que tinha ficado grávida. Ela ficou tão feliz. O sonho da vida dela era ser mãe. E no fim, ela não viveu o suficiente para realizá-lo. Ela não viveu para conhecer o filho dela.

—E quando é o enterro?

—Amanhã. Se ainda quiser participar do Show de Talentos, peço para trocarem de lugar com você.

—Eu quero. Vou usar para fazer uma homenagem pra ela.

—Tudo bem. Então, você vai por último tá?

—Tudo bem. Obrigado Doutor Saltzman. Com licença.

—Toda.

Clary saiu correndo. 

—Qual foi o drama desta vez? Ela quebrou a unha?

Doutor Saltzman olhou feio para o meu irmão e falou olhando bem nos olhos dele.

—A tia dela morreu. Foi assassinada.

—Mas, ela não era imortal?

—Uma das tias delas, essa que morreu, tomou a cura. Voltou a ser humana.

—Espera, cura? Existe um jeito de um vampiro voltar a ser humano?

Doutor Saltzman não disse mais nada só, foi embora.

—Não acredito que existe uma cura.

—Alec, a tia da Clary foi assassinada.

P.O.V. Jace.

Quando bati na porta do quarto dela, estava chorando.

—O que houve?

—Ela morreu. Minha tia morreu, um idiota, atirou nela.

—Sinto muito Clary.

—Você não imagina a dor.

Ela estava usando uma roupa preta, um vestido tubinho, fez um rabo de cavalo e colocou brincos simples.

—Nate ainda é tão pequeno e acaba de perder a mãe. Ainda não acredito que... ela partiu. Mas, o Nate tem olhos azuis iguais aos da tia Rose. Eu tenho que ir agora.

—Mas, o enterro é só amanhã.

—Alguém tem que olhar o Nate porque o tio Emmett não tá em condições.

—Oi Clary, acabamos de ficar sabendo. Sentimos muito.

—Obrigado meninas.

Todos vieram prestar suas condolências. Clary abriu um portal e passou.

P.O.V. Emmett.

Minha esposa foi assassinada. Meu filho, o filho que ela tanto quis ficou órfão. Nathaniel como meu pai.

—Sinto muito tio Emmett.

—Eu também.

—Amanhã, depois do funeral, vou voltar para a Escola e cantar no show de talentos em homenagem a tia Rose. Até a roupa que escolhi, escolhi pensando nela.

—Ela já tinha sido baleada quando eu cheguei. Mas, ela tava viva.

—Sinto muito.

—Queria ter podido transformá-la de volta. Tentei, mas só fiz piorar a situação. O corpo dela começou a combater o veneno e ela sangrou mais.

—Não pode se culpar. Não foi sua culpa.

—Ela morreu pouco antes da ambulância chegar. Sabia que iria morrer e... me pediu para cuidar do nosso filho. Disse que me amava.

Clary me abraçou. Ela era tão pequena e parecia tão frágil perto de mim.


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