10 Anos de Espera escrita por Camila J Pereira


Capítulo 43
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

Vamos descobrir como a Bella reagirá.
Animados?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/774790/chapter/43

— Está me seguindo? – Jasper perguntou assim que viu Alice parada procurando por alguém. A garota pequena se assustou com a presença dele ali.

— Não, não você. – Pensou que não precisaria esconder aquele fato para ele.

— Então está seguindo alguém?

— A Bella, ela anda esquisita. – Falou de maneira confidente, aproximando o corpo no dele. O ombro e o braço dela roçaram em seu corpo. Jasper pôde sentir o perfume almiscarado que vinha dela.

Jasper precisou reforçar a sua atenção para a mãe que entrava no café ao lado. Voltou-se para a garota ao seu lado que ainda olhava para dentro do hospital em busca da amiga. Aos seus olhos, ela parecia bastante fiel a Bella. Estaria agindo com preocupação real, talvez assustada ainda pelo o que a outra passou nos últimos tempos.

Ele também estava agindo por preocupação e precaução. Ao sair do hospital naquele momento, estava decidido a seguir a mãe. Esme parecia suspeita desde cedo e seus instintos nunca falhavam.

— Não acha isso invasivo? – Perguntou apenas para saber o que realmente pensava.

— Um pouco, mas não quero que ela se meta em mais nenhuma confusão. Bella é a minha melhor amiga e cuidaria de mim da mesma maneira. Viu como ela agiu para proteger vocês todos.

— Sim. – Então, ela também achava assim como ele que alguns meios justificavam os fins. – Tenho que verificar algo. Um momento.

— O que? – Alice não obteve resposta, só o viu afastando-se e olhando longamente para dentro do Café. Momentos depois ele voltou para o seu lado. – O que foi? – Alice não teria visto que a sua mãe estava ali dentro.

— É um palpite, mas acho que a minha mãe vai se encontrar com a Bella. – Alice precisou de um momento para processar a informação até ganhar aos poucos uma expressão de terror.

— Ela vai brigar com a Bella? – Esperando uma resposta que não vinha, Alice bateu os pés diante dele? – Tem que me dizer se existe essa possibilidade. Bella anda de mau-humor e acho que a culpa é da sua mãe.

— Interessante. – Pareceu pensar.

— Só isso? Esse encontro não pode acontecer ainda, Bella está fragilizada. É capaz dela permitir qualquer coisa apenas porque se sente mal. – O pequeno esgar que Jasper fez, deixo-o mais misterioso. Alice não queria focar na beleza do homem a sua frente naquele momento, mas era algo quase impossível de se fazer.

— Mas ela não está de mau-humor? Talvez ela se sinta no fundo injustiçada. Sendo assim, pode ser que ela não permita tudo.

— O mau-humor dela com toda a certeza é por estar prevendo a separação que a sua mãe pode pedir.

— Ou os dois. – Jasper considerou também a resposta de Alice. – Venha. – Jasper pegou a mão de Alice com firmeza e a levou até o seu carro.

— Você é sempre assim mandão? – Por um segundo ele pensou em responder. – Também nunca responde? A Bella tinha razão sobre isso. – Jasper acomodou-se e olhou para a frente onde sabia teria a visão da entrada dos dois lugares: hospital e Café. – Você tem namorada? – Ficou surpreso ao constatar que ela ainda o olhava e quase se permitiu ficar constrangido. – Não vai responder nem a essa pergunta? – Novamente em silencio ele voltou a atenção ao que fazia antes. Alice praguejou baixo antes de aceitar que não teria resposta aquilo também.

— Bella saiu. – Devagar, deu partida e ficou mais próximo do café. – Onde pensa que vai? – A segurou assim que tirou o cinto.

— Entrar. – Disse como se fosse óbvio.

— Não.

— Como iremos ouvir a conversa?

— Não iremos. – E o ceticismo lhe invadiu.

— Como é que é?

— Qualquer uma das duas poderá nos reconhecer assim que entrarmos.

— Talvez seja melhor que nos vejam, assim, a sua mãe não poderá falar qualquer coisa que magoe a Bella.

— Essa conversa aconteceria mais cedo ou mais tarde. – Deu de ombros.

— Pensei que você estivesse se tornando o amigo da Bella. – Sua voz estava carregada de julgamento, mas ele não se importou. Alice fungou, mas ficou calada. – A cara dela não está boa. – Disse depois de um tempo quando a amiga já havia iniciado a conversa com a sogra.

— Abaixe-se. – Ordenou quando Bella vinha saindo.

James e Torres a pararam, enquanto tentavam permanecer invisíveis para os três. Não demorou muito, a levaram de carona e Jasper viu a sua mãe ficando para trás com um ar pensativo. Já havia se arrependido de qualquer que tenha sido as coisas que disse para a namorada do filho.

— Porque está saindo? – Jasper perguntou para ela que já mantinha um pé do lado de fora.

— Para ir até a casa dela. Você pode levar a sua mãe. – Saiu completamente do carro e bateu a porta com força, mostrando o quanto estava desgostosa daquela situação.

Jasper saiu e foi até a mãe, tentaria não mostrar que tinha presenciado tudo. Esme tentou suavizar a expressão assim que o notou chegando. Sorriu para o filho e o beijou no rosto.

— De onde está vindo?

— Estava apenas conversando com uma conhecida. – Esme achou suspeito, mas era bom que ele conversasse com garotas. – O que estava fazendo? – Hesitando, mexeu longamente e desnecessariamente em sua bolsa.

— Conversando com a Bella. – Suspirou pesadamente, mas não aliviou a amargura em seu coração.

— Está tensa.

— Não foi uma boa conversa.

— Bella disse algo que ofendeu? – Perguntou analisando o rosto da mãe.

— Nem chegou perto disso. – Esme acariciou o ombro do filho com carinho. – Está indo para casa?

— Sim, eu te levo.

Dentro do carro, Esme discou para o filho.

— Oi, mãe. Nada mudou desde que saiu daqui. Estou perfeitamente bem e melhorando. – Apressou-se a responder, pois Esme o ligava a todo o momento querendo saber como estava.

— Isso é ótimo.

— Só preciso saber quando terei alta. O médico não me dá certeza e estou ficando entediado. – Disse tentando aliviar a tensão. – Mãe, eu sei que está preocupada com tudo o que aconteceu, mas estar com a Bella me fez querer parar de pensar em vingança.

— Ficará bravo comigo, mas tenho que dizer que acabei de conversar com a Bella. – Admitiu.

— E o que disse a ela? – Edward já parecia apreensivo.

— O que acho sobre esse namoro. E vou repetir para você, quero que reavalie os seus sentimentos por ela.

— Disse isso para ela?

— Bella já se sente culpada, mamãe.

— Porque ela foi uma das culpas do que aconteceu.

— Como ela mesma disse e eu não queria ouvir, todos nós tivemos uma parcela de culpa. Eu omiti a verdade para ela.

— Você foi o que mais sofreu com tudo. Queria proteger o seu irmão. Ela era a sua namorada. – Edward ouvia as suas próprias palavras saindo da boca de sua mãe.

— Sabe mãe, eu aprendi com a Bella que nem sempre as pessoas que você mais ama, agirá da melhor maneira. Mas será a melhor maneira que ela pôde agir naquele momento. Bella era imatura e não confiou totalmente em mim. Mas agora ela me deu a maior revanche que foi me mostrar o quanto está arrependida e fazer de tudo para esclarecer as coisas. Ela me ouve, mesmo que não concorde. Ela tenta me mostrar o ponto de vista dela, mesmo que eu não entenda depois que ela repetiu 100 vezes. Estamos construindo o nosso relacionamento, não pode fazer com que Bella recue nem eu. Não pode fazer isso.  

— Edward...

— Não estava lá quando o Alec estava apontando uma arma para ela. Bella só olhava para mim, ela queria me proteger o tempo todo.

— Edward, eu quero protege-lo também. – Esme desabou, suas lágrimas desciam por seu filho que estava magoado naquele momento e ela era a culpada.

— Não precisa me proteger da Bella, mãe. Eu tenho que desligar agora. – Edward não deixou que a mãe se explicasse. Tirou o lençol de cima de suas penas e sem cuidado algum pulou da cama.

Aquilo o fez cambalear um pouco, suas forças não tinham voltado totalmente, mas esforçou-se para caminhar até o pequeno armário onde suas roupas estavam. Ele as vestiu com dificuldades sem poder mover o ombro e o braço esquerdo, mas conseguiu pelo menos coloca-las em seu corpo. Estavam desalinhadas e amassadas, mas era o suficiente para sair dali. Em alguns minutos uma enfermeira iria dar-lhe a medicação e ele deveria já estar do lado de fora do hospital.

Felizmente a sua carteira estava ali junto com as roupas, poderia ir até o seu destino sem problemas. Pôs a cabeça do lado de fora do quarto para ver a movimentação, nenhuma enfermeira caminhava pelos corredores. Respirou fundo, abaixou a cabeça e saiu em disparada até o elevador, não antes de passar pela recepção do andar.

Uma das enfermeira ali olhou para ele reconhecendo-o, mas Edward impulsionou o corpo a andar mais rápido. No momento em que o elevador chegou, ele praticamente se jogou para dentro. Ouviu um zunzum atrás dele, mas não quis nem saber o que diziam. No térreo, usou da mesma tática e praticamente correndo saiu porta a fora, pediu um taxi e entrou nele sem olhar para trás.

Dez minutos depois de ter dado o endereço ao motorista a sua mãe começou a ligar insistentemente. Houve um momento de respiro, em que Edward pensou que ela havia desistido, mas não, o seu pai foi o próximo a ligar desesperado. Assim que desceu do taxi em frente ao prédio de Bella, Jasper estava lá esperando por ele.

— O hospital ligou para ela. – Jasper respondeu sem Edward ter perguntado.

— Diga que estou bem, mas não diga que estou aqui. Falarei com ela depois. – Pediu entrando.

— Tudo bem. – Jasper respondeu depois de dar uma boa olhada nele e verificar que tudo estava bem.

Ele subiu o elevador sentindo o corpo formigar. Queria vê-la imediatamente. Precisava vê-la e ter certeza de que nada mudaria. A sua irmã abriu a porta antes que ele batesse.

— Eu disse que ele estava vindo. – Rose disse para alguém lá dentro.

— Mas o que?! – Bella veio correndo para ver se Rose não estava delirando. – Edward. Edward? – Repetiu dando-se conta que não era para ele estar ali.

— Oi. – Deu um longo passo marcando a sua boca com um selinho longo. – Rose, o que está fazendo aqui? – Perguntou a irmã.

— O que você está fazendo aqui? – Repetiu um pouco preocupada.

— Sai do hospital por algumas horas. – Respondeu para as duas que olhavam para ele assustadas.

— Você fugiu. – Rose o desmascarou. – Fugiu porque precisava vera Bella.

— Está certa. Preciso que vá até em casa, Rose. Diga que está tudo bem para a nossa mãe. Preciso de algumas horas e voltarei para o hospital.

— Você deve voltar agora. Já me viu, volto com você e me verá durante mais algum tempo.

— Não, precisamos conversar. – Disse sério.

— Ok, então. Não se preocupe, falarei com a mamãe. Comportem-se. – Disse para ambos.

— O que é tão urgente que você... – Edward a beijou mais uma vez, sem licença e sem desculpas. - Não pode fazer esforço, não pode sair por causa do risco de contamina... – Mais um beijo, ele não se importava com os riscos.

— Eu quero que se lembre de como se sente quando estamos juntos. Quero que lembre o tempo todo como é bom.

— Eu me lembro, Ed. – Garantiu.

— Não podemos nos separar porque existe opiniões contrárias. – Bella se afastou um pouco percebendo o que estava acontecendo.

— Está falando da sua mãe. Ela tem direito de achar que não devemos ficar juntos.

— Eu sabia que agiria assim, se culpando. Está me evitando desde o dia que a minha mãe chegou e agora, depois dessa conversa...

— Você... Ela te contou? – Bella entendeu. – Por isso está aqui.

— Não é justo que eu fique tão desesperado, não é justo que eu tenha que lembra-la...

— Você não tem.

— Não? – Estava inseguro sobre aquilo.

— Não, eu posso garantir. Eu realmente considerei me afastar. Estava confusa, abalada, mas sentei naquela poltrona e pensei. Não demorou muito para eu cair na real e ter certeza de que se eu não tentasse mais um pouco, não seria feliz e talvez passasse a mensagem errada para você. Eu quero que saiba que o meu amor é verdadeiro. Que escolheria você sempre.

— Acho que me preocupei à toa.

— Sim. – Bella sorriu.

— Pensei que como estava fragilizada pelo que aconteceu pudesse fazer o que se afastasse de mim. – Revelou.

— Eu pensei que você ficaria melhor sem mim.

— Jamais.

— Eu te amo. Você pode acreditar nisso. – Bella enlaçou a cintura de Edward com seus braços.

— Eu acredito. Acredito em você, Bella.

Com muito cuidado, ergueu o corpo ficando na ponta dos pés e buscou seus lábios. Edward também queria muito aqueles beijos, estava saudoso e aliviado por ela não querer se afastar dele mesmo depois da investida da mãe.

— Preciso te levar para o hospital.

— Não diga isso. – Disse entre os beijos que não queira que acabassem.

— Edward Cullen, a partir deste momento, teremos que nos comportar. Seus pais não terão mais motivos para não aceitar a nossa relação.

— Podemos ficar mais um pouco. – Usando o peso do seu corpo, guiou-os até o sofá. – Ai. – Gemeu quando sentiu o impacto em seu ombro.

— Ed? – Bella o puxou para que senta-se confortavelmente. – Machucou?

— Não foi nada.  – A expressão dele dizia o contrário. Bella levantou em busca do seu celular. – O que vai fazer. – Teve como resposta apenas um dedo em riste em sua direção enquanto com a outra mão ela discava para alguém.

— Jas?

— Jas? – Edward repetiu incrédulo.

— Se não for pedir muito, poderia passar aqui para levar o Ed de volta ao hospital?

— Como?! – Pulou e no instante seguinte estava diante dela fazendo uma cara zangada. – Não, Jas. Eu pedi algumas horas. – Falou alto o bastante para que o irmão ouvisse.

— Jas, ele está sentindo dor e não queremos mais problemas. Pode fazer isso?

— Claro. – Até mesmo o Edward ouviu o irmão. – Estou indo. - Bella desligou e deu de cara com um Edward realmente zangado.

— Eu queria poder passar algumas horas com você. Pensei que estivesse com saudades também. Depois de tudo o que aconteceu, seria bom que ficássemos um tempo juntos. Foi estressante e perigoso, então senti-la nos meus braços por algumas horas, seria o mínimo que pediria. – Quase cedeu diante daquela carinha que a lembrava do Edward doce de anos atrás. Ele ainda existia, estava mais vivo do que nunca. Foi camuflado apenas pela revolta da injustiça, humilhação e traição.

— Quem diria que 10 anos depois, eu que seria a mais responsável entre nós dois. Isso é para o nosso bem em um tempo prolongado. Não quer ser feliz comigo apenas hoje, não é?

— Está mesmo pensando em nosso amanhã? – Ele sorriu enquanto a beijava no pescoço. – Isso parece bastante sexy para mim agora. Me deixa mesmo animado.

— Seja um bom menino.

— É o que eu pretendo. – A sua voz saiu ronca perto do ouvido de Bella. Imediatamente seu corpo se arrepiou em uma agradável sensação de espera por mais prazer.

— Não podemos fazer isso, você está machucado. – Bella tentou resistir, mas fechou os olhos quando sentiu os lábios dele em seu pescoço de novo.

— O que interessa mesmo está intacto, posso te garantir. – Eles riram achando graça e se olharam. Por um momento toda a graça foi embora, trazendo a certeza entre dois corações de que se amavam. – Quando tudo estiver esclarecido, quando as coisas estiverem bem, quero que vá embora comigo. Vamos morar juntos.

— O que disse? – Bella pensou ter confundido as palavras dele.

— Quero que more comigo. – Cerrou os olhos firmemente ouvindo a campainha. – Ele correu até aqui por acaso? Como conseguiu chegar tão rápido? – Praguejou indo atender a porta. Bella estava ainda parada sem ação depois do choque.

— Vamos. – Ouviu a voz de Jasper dizer a ele.

Edward voltou com cara fechada e a beijou em despedida.

— Eu irei com vocês. Tenho que ter certeza de que está voltando ao hospital. – Forçou-se a reagir diante da nova situação.

— Eu o colocarei lá dentro não importa o que, mas se quiser ir... – Jasper voltou-se para fora, caminhando novamente para o corredor.

— Eu vou. – Bella pegou a sua bolsa e sentiu a mão de Edward na dela já a puxando para fora também.

— Poderia ter me deixado dormir aqui com você. Não seriamos interrompidos.  – Bella sorriu rapidamente sem olhá-lo direito. – Não quer ir comigo quando tudo acabar? – Estavam já dentro do elevador. Bella olhou para Jasper que parecia indiferente. – Quer manter um relacionamento a distância?

— Eu ainda não pensei sobre isso.

— Bem, eu pensei. – Deu de ombros. – Você saiu do emprego, pode conseguir algo melhor lá. – Bella estava tentando não pensar em deixar a cidade, embora estivesse considerando logo após a demissão na Consultora. Porém, seus planos não envolviam morar com o Edward. – Porque não está dizendo nada? – O elevador abriu as portas. Jasper saiu e Edward manteve Bella lá dentro. O irmão olhou para trás brevemente e seguiu para o carro. – Porque?

— Ainda é cedo para pensarmos em morar juntos. Estamos enfrentando uma crise sobre outra. Temos que nos concentrar em seus pais agora.

— Uma coisa não precisa anular a outra. Vamos resolver os dois ao mesmo tempo.

— O que estão te dando nesse hospital? Porque está tão birrento?

— Desculpe. – Edward percebeu que estava exagerando. Talvez as emoções dos últimos dias estavam agindo em suas veias ainda. – É a primeira vez que falamos sobre isso, mesmo que eu tenha tido essa conversa repetidas vezes comigo mesmo dentro da minha cabeça. Quero que saiba que eu espero muito que venha comigo.

— Pensarei sobre isso.

— Tudo bem.

Temporariamente resignados, seguiram para o carro que já estava ligado.

— Vi o carro do Emm saindo. Provavelmente nossos pais estão indo para o hospital.

— O que falou com a mamãe? – Edward perguntou ao Jasper.

— Que não era para ela se preocupar, pois estava fora de perigo, longe de problemas e que iria voltar ao hospital daqui a algumas horas. Mas depois que eu sai de novo, ela deve ter querido ver você voltar para o hospital sabendo que provavelmente estaria te levando.

— Possivelmente. – Edward recostou-se no banco.

Calados, seguiram até o hospital. Já na recepção, eles encontraram os pais tensos e preocupados. Esme pulou para Edward e o abraçou. No segundo seguinte estava reclamando e lhe dando sermão.

— Tudo bem, a Bella pediu para o Jas me trazer.

— Obrigado, Bella. – Carlisle agradeceu, mas Esme ficou calada olhando de um para o outro como se decidisse o que pensar. – Edward não faça mais isso. Fo irresponsável, mas agora que voltou, permaneça até a alta.

— É o que pretendo.

Bella só se afastou do namorado quando ele estava novamente instalado. Deu-lhe um beijo de despedida e deixou que os pais se despedissem a sós. Encontrou Emmet e Jasper do lado de fora.

— Ele ás vezes é impulsivo, mas não costuma mudar de ideia quando realmente decide. – Em silencio se permitiu pensar sobre aquela informação vinda do Jasper.

— Prontos para irem? – Emmet se aproximou dos pais do Edward que saiam.

— Sim. – Aliviados responderam juntos.

— Então, vamos. – Emm indicou o caminho.

— Bella. – Esme permaneceu parada e todos ficaram um pouco tensos no momento. – Obrigada por trazê-lo de volta.

— Era a única coisa que eu poderia fazer.

— Não era. Você poderia ter deixado que ele ficasse em sua casa mesmo sem ter sido liberado pelo hospital. – Esme procurou no olhar do marido o apoio devido. – Eu ainda não tenho certeza se esse relacionamento de vocês é a melhor coisa. Ainda acho que pode ter sido... a pior decisão. No entanto, eu vejo o quanto se gostam e não quero o meu filho tendo que fugir do hospital, fazer qualquer coisa imprudente como um adolescente sem juízo. Então, eu retiro o meu pedido de antes. E agradeço novamente por tê-lo trazido imediatamente.

Bella assentiu sentindo o ar entrar e sair dos seus pulmões com mais facilidade. Os olhavam para elas também menos apreensivos. Carlisle se aproximou da esposa e enlaçou o seu ombro em apoio maior.

— Também quero agradecer por tê-lo trazido. Nosso filho pode ser genioso às vezes.

— Sim, ele é. Mas estarei ao lado dele mesmo quando ele for assim. – Declarou tentando piscar o menos possível diante da Esme.

— Vamos, Bella. Eu a levo para casa. – Jasper a chamou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "10 Anos de Espera" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.