10 Anos de Espera escrita por Camila J Pereira


Capítulo 41
Capítulo 41




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Nem mesmo a placa “Estamos Fechados” o impediu de girar a maçaneta com convicção. Estava pronto para enfrentar qualquer pessoa e pegar a sua namorada de volta. No entanto, percebia que apenas a sua convicção e seus punhos poderiam não ser suficientes. Com certo incomodo, pensou que poderia ter trazido consigo a tal arma do seu irmão.

— Com licença, senhor. Não estamos abertos. – Uma voz feminina e delicada dirigiu-se a ele enquanto vasculhava com o seu olhar o ambiente. Todas as mesas estavam vazias. Decidiu adentrar ainda mais, porém Jasper o segurou pelo pulso com firmeza. Era um aviso para não prosseguir, mas não podia simplesmente obedecer.

— Desculpe, nos enganamos. – Disse Jasper para a mulher, porém com o olhar duro para Edward.

— Nos enganamos uma ova! – Jasper ignorou-o e o puxou com toda a as força para fora do estabelecimento. – Ela está lá dentro com aquele cara, Jasper! – Recuou um passo longo depois que tentou avançar novamente e foi rebatido com um empurrão.

— Volte aos seus sentidos! – Raramente isso acontecia, mas Edward viu o irmão se exaltar mais uma vez.

— Parece que eu sou o único com os sentidos no lugar.

— O policial responsável pela investigação, eu o chamei. Chegará a qualquer momento, só preciso de um tempo para que ele se entregue. – Edward pareceu respirar mais aliviado. - Tenha mais fé em mim. Fui o responsável pelo o que aconteceu no passado, talvez por isso agora também. Se eu não tivesse me metido, se não tivesse agido daquela forma... Vocês dois poderiam estar todo esse tempo juntos.

— Não te culpo por nada que aconteceu, era para ter sido assim, até eu mesmo comecei a pensar assim, porém, agora está agindo feito louco usando a Bella como isca.

— Vamos sair daqui antes que achem estranho... – Jasper olhou através da porta e viu a jovem mulher que estava na recepção correr andar apressadamente para dentro do restaurante. Ao mesmo tempo uma outra figura feminina esgueirava-se seguindo a primeira.  – Vocês são tão impacientes... – Estalou a língua no céu da boca.

— Aquela era a Alice. – Edward estreitou os olhos para dentro do restaurante.

— Vamos voltar para o carro e ouvir o que estão dizendo.

— Jasper, aquela era a Alice.

— Não irão matá-la, pelo menos não agora. – Edward não conseguiu expressar o seu descontentamento. – Tudo bem, eu tentei. Vamos lá e vamos torcer para que ele já tenha dito bastante coisa que possa incriminá-lo. – Jasper dessa vez foi o primeiro a entrar e seguiu na mesma direção que as duas.

Os dois logo se encontraram em um corredor bem decorado com tapeçaria e quadros com portas ornamentadas dos dois lados. Eram salas especiais reservadas para uma reunião mais íntima.

— Onde eles devem estar? – Edward se perguntou, mas logo viu a recepcionista saindo de uma delas.

— O que estão fazendo aqui? – Olhou para os dois atônita. – Eu já disse que estamos fechados. – Disse mais alto. Ouviram sussurros de dentro do cômodo e a porta se abriu. Edward pôde ver um vislumbre de sua namorada o que fez a sua ansiedade vir à tona novamente.

Em um olhar de reconhecimento, Edward entendeu de quem se tratava aquele homem. Era quem Bella havia procurado tanto antes, ele também. O grandalhão olhou para ele sem nenhum interesse e aquilo o irritou.

Novamente, Jasper o deteve, pondo a mão na altura do seu peito antes que ele dissesse algo. Seu irmão tinha voltado a estar neutro, olhava para a garota que pressentia que algo estava estranho ali. Foi um movimento curto de cabeça, quase imperceptível, a garota iria gritar, mas o tatuado cobriu-lhe a boca com sua enorme mão.

— Leve-a. – Jasper quase sussurrou.

Edward soltou o ar incrédulo, Jasper ainda conseguia conexão com aquelas pessoas e mais, ele as liderava. Pensar sobre aquilo não o preocupava mais, mas o assustava um pouco.

— Vamos entrar, fique atrás de mim. – Disse baixo tirando a mão do irmão e pegando a arma em sua cintura. – Ainda tem mais um lá dentro, possivelmente de olho na Alice, mas ele também está conosco. Então, não se precipite. Entendeu?

— Sim. – Confirmou pronto para entrar.

Com arma em punho, Jasper abriu a porta de uma vez, pegando todos de surpresa. Bella estava de pé próximo ao Alec, enquanto a Alice permanecia sentada em uma cadeira com o outro capanga atrás dela.

— Afaste-se dela. – Mirava a arma para Alec à medida que entrava.

— Edward! – Bella quase corria ao seu encontro, mas se deteve.

— Bella, eu sinto muito. – Edward lamentou a situação.

— Deixe-as saírem agora com calma, não há escapatória para você.

— Jasper, Jasper.... – Alec ria, aprecia achar a situação cada vez mais engraçada, depois que o susto inicial passava. – Você sempre foi um diabo.

— E você nunca foi nada.

— Nada? Eu tenho mesmo que ouvir isso de alguém que não tem pais, amigos ou reputação, nem mesmo dinheiro?

— Você deve estar me confundindo com outra pessoa. E enquanto brinca de gângster, eu posso fazer melhor do que isso.

— É mesmo? Somos dois armados enquanto vocês tem apenas uma arma. – Edward quis xingá-lo por pensar em usar arma estando com a Bella. Aquilo significava que ele estava disposto a tudo.

— Não, Alec, somos dois armados e você. – Jasper fez sinal para que o outro saísse com Alice. Por um momento, Alec pareceu assustado.

— Não, eu não vou sem a Bella. – Alice tentava se segurar, mas era arrastada com facilidade.

— Alie, estarei com você logo. – Bella tentou tranquiliza-la.

A porta foi fechada, mas ainda ouviam a voz da Alice reverberando pelo corredor. E Alec novamente gargalhou.

— Isso é fantástico, você é mesmo o diabo. Quase me pegou 10 anos atrás, você tinha um bom plano. Queria me desmascarar diante de todos na escola, queria começar com o meu irmão. Ele falaria, todos entenderiam, a minha família saberia. Uau, você é um gênio, Jasper. Porque não fomos amigos? Ah sim, você era um marginalzinho sem família e eu um garoto de uma família rica e prestigiada.

— Por essa perspectiva ficava mesmo bastante difícil estreitarmos laços. – Concordou. Edward deu um passo para o lado, tentado ficar mais próximo de Bella.

— Você não entendeu, Edward Cullen? Eu estou armado. – Repetiu e virou um pouco o corpo e assim mostrava que apontava discretamente uma arma nas costas de Bella.

— Você é louco?

— Não, sou apenas diferente.

— Não ouse. – Começou tentado ameaça-lo, intimidá-lo de alguma forma. – Não a machuque. – Acabou mais como um pedido.

— Você sempre foi fraco, não é mesmo? Ah, a sua família tinha um pouco mais de dinheiro, um pouco mais de nome. Você era considerado o melhor aluno, estava tudo bom em sua vida. Eu falava com você, era legal ter um amigo inteligente que soubesse fazer os deveres de casa. Mas você me irritou quando começou a olhar para a Bella. Não bastava estar sendo reconhecido, não me importava com um pouco de concorrência, mas não com a garota que eu pretendia namorar. Por isso também, resolvi seduzi-la, Bella não quis nada comigo, eu tive que usar uns truques. Eu comecei a usar o personagem de vítima, de garoto rico coitadinho. Ela gostava disso. Mas Jasper teve que se meter e então tudo pareceu melhor depois que eu acordei no hospital. Quando a minha memória voltou, eu continuei a dizer que não lembrava e como eu estava confuso, você continuou a se dar mal e Bella ficou do meu lado.

— É uma ótima história. – Jasper parabenizou-o. - Mas você não se livrou do Edward, não foi? Ele voltou e roubou a sua namorada com a maior facilidade. – Bella franziu o cenho para o Jasper. Ela sabia o que ele estava fazendo, mesmo assim, ele parecia não se importar com as possíveis consequências. Alec ganhou um ar raivoso. – Então você chorou um pouco com a sua mãe e ela contratou aquelas pessoas para darem uma surra nele.

— A minha mãe faz tudo por mim. Ela faz... – Alec segurou Bella por trás e encostou a arma nela. – Está tentando me fazer incriminar a minha mãe.

— É claro que não, estou interessado em sua história. Você não fez isso, mas subornou aqueles moradores do prédio para que abrissem uma ação contra a construção do SPA. Isso parece com você. Não a surra nem os bombons batizados e muito menos o ataque contra o pai da Bella na cadeia. Essas armações são baixas.

— Não ouse dizer isso! – Irritou-se.

— Porque está irritado se não foi você e nem a sua mãe?

— Cala a boca!

— Você atacou a Bella no hospital. A intimidou com ameaças e força física. Está agora apontando uma arma para ela. Acha que não sabemos mesmo do que é capaz e a sua família? – Edward chamou a atenção para si.

— Eu não suporto nem ouvir a sua voz.

— Porque? Porque eu fui o único a quem Bella amou?

— Eu vou matar você! – Disse com raiva.

— Atenção, atenção, vocês dentro do restaurante. Aqui é a polícia. Repito: aqui é a polícia. – A voz de James era ouvida de um alto falante. – Alec Volturi, tudo o que disse foi gravado e estamos ouvindo agora. Por favor, liberte a refém, nós não atiraremos.

— Bella, você finalmente me fez um vilão.

— Você está me culpando agora?

— Você é igual a mim, como posso te culpar? Sinto raiva apenas por você não me amar. Se disser que me ama, Bella, eu a deixo ir.

— O que você está falando? Não a machuque, eu já disse. – Edward estava prestes a ir toma-la das mãos do Alec, mas Jasper ficou em sua frente.

— Diga para mim que me ama. Eu serei preso, sabendo que está me esperando. Eu confesso tudo o que quiser.

— Eu só quero que confesse o que fez, mas não poderei dizer que te amo. Eu sempre amei o Edward e sempre irei amá-lo. – Bella tinha o olhar amoroso para o namorado que pressentia algo de ruim.

Edward notou que Alec puxaria o gatilho e correu até Bella, mas antes mesmo de se aproximar, caiu depois de um estopim de um tiro em sua direção. Bella gritou horrorizada por vê-lo cair como um boneco no chão. Jasper atirou em Alec que estava distraído olhando para Edward. Ele pegou a arma caída, jogando-a longe.

— Edward, Edward! – Bella tentou virá-lo sem sucesso, ele havia caído de bruços.  A sua mão voltou empapada de sangue e ela tremeu. – Jasper! – Gritou o irmão.

Jasper a ajudou a virá-lo. Edward piscou algumas vezes, parecendo grogue. Ela deitou a sua cabeça em seu colo para apoiá-lo. Recebeu a blusa de Jasper que ele oferecia e pressionou o lugar de onde saída sangue. Dos seus olhos grossas lágrimas corriam.

— Edward? – Jasper o chamou.

— Edward.

— Não chore. – Disse ainda mais grogue. – Foi no ombro, mas dói, dói e eu... estou tonto.

— Oh, meu Deus. – Bella mesmo com o pedido dele, ainda corava muito.

Ouviram a polícia entrando e alguns paramédicos. James tinha sido precavido. Jasper teve que afastar Bella a força para que começassem os socorros em seu irmão. Ela tremia e chorava, mas agora em silêncio enquanto eles trabalhavam.

— Ela também precisa de cuidados. – Ouviu Jasper falar com um paramédico. Os sons pareciam abafados e as imagens embaçadas.

— Não... – Ainda tentou dizer, mas sentiu uma forte dor de cabeça e desmaiou.

Quando acordou, estava no hospital e a sua mãe falava carinhosa com ela. Bella demorou um pouco para entender o que havia acontecido.

— Onde está o Edward?

— Está em observação, será evado logo para o quarto e poderá vê-lo.

— Então, ele não teve nada grave? – Perguntou aliviada.

— Não filha.

— E a Alice?

— Foi para casa. Seguiu você até aqui, mas pedi para que descansasse um pouco. Ela também parecia abalada. Jasper a levou.

— Quando posso ver o Edward mesmo?

— Acalme-se. – Renée sorriu compreensiva. – Quer saber de uma novidade? Seu pai acordou bem melhor.

— O papai está melhor? – Sem perceber ela caiu no choro inconsolável. A sua mãe a abraçou, mas ela não pôde parar por longos minutos.

Bella esperou que a sua mãe lhe dissesse o horário que poderia entrar para ver o namorado. Ela correu para o quarto, Rosie estava lá ao lado do irmão com o Emmett. As duas se abraçaram forte, de muitas maneiras aliviadas.

— Ei. – Edward ergueu a mão do braço que não estava enfaixado em  sua direção. Bella a segurou ávida por senti-lo. Bem próxima a ele, percebeu o quanto estava abatido. Aquilo era possível com tão pouco tempo?

— Você está mesmo bem?

— Não foi sério, ele tem uma péssima mira.

— Não faça piadas. – Disse séria.

— Desculpe.

— Eu que devo pedir desculpas. É a segunda vez que te meto em uma situação de risco com o Alec.

— Bella, não. – Pediu.

— Não mesmo, o Alec que é um psicopata. – A Rosie completou. – Ele não merece que entremos nessa paranoia. Vamos ficar felizes porque acabou, eu estava muito preocupada.

— A Rosie correu para lá assim que percebeu que algo estava errado. Ela sabia exatamente que ligando para a Victoria saberia sobre o James e que o nosso policial estaria com o Edward. Foi incrível.

— Mesmo? – Bella olhou para os dois impressionada.

— Desculpe não ter atendido a sua ligação, Rosie.

— Tudo bem, irmãozinho.

— O Alec foi mesmo preso, não foi?

— Claro que foi, meu amor. – Edward garantiu. Bella ainda olhou para ele prendendo o choro por vê-lo tão machucado por causa dela.

— Eu sinto muito. Você se machucou tanto. De novo. Por mim.

— Então foi isso? – Uma voz diferente falou da porta. Bella girou para ver quem era. Recordou-se imediatamente da mãe do Edward e o seu pai. Ambos estavam de pé olhando para eles.

Esme mantinha os cabelos castanhos claros na altura dos ombros agora, mas não parecia que os anos haviam passado para ela e nem para o Carlisle que ainda estava incrivelmente louro, assim como a Rosie.

— Mãe? – Rosie não acreditava no que via.

— Pai? – Edward tentou parecer mais digno deitado no leito do hospital. – O que fazem aqui?

— Não seriamos nós a fazer essa pergunta? – Carlisle se aproximou trazendo a esposa pela mão. Ela parecia séria demais.

— Uma bala? – Esme perguntou já sabendo. – Você foi atingido por uma bala?

— Co-como estão sabendo disso?

— Vocês acham mesmo que somos tão bobos assim? – Carlisle respondeu com outra pergunta.

— Olá, senhor e senhora Cullen.

— Não seja tão formal conosco, Emmett. – Disse Esme.

— Tudo bem, Emm?  Carlisle perguntou.

— Tuduo bem.

— Acho que já conhecem a Bella, a minha namorada. – Resolveu ser direto. Houve um momento longo de silencio constrangedor.

— Olá, Bella. – Carlisle foi o primeiro a cumprimenta-la.

— Bella. – Esme a cumprimentou com o gesto de cabeça.

— Olá. – Bella estava mesmo constrangida naquele momento. Sentia o ar se comprimindo em volta dela.

— Vocês estavam estranhos e pedi para o seu pai ver o que aprontavam. Fiquei surpresa quando se tratava disso, uma vingança. É claro que não apoiaríamos isso. Só não pensávamos que iriam tão longe antes mesmo que conseguíssemos nos organizar para virmos para cá. – Esme continuou a conversa com o filho.

— Mãe, as coisas saíram do controle.

— Coisas assim costumam sair do controle. – Garantiu ela.

— Para onde vai? – Edward a segurou percebendo que estava tentando soltar a sua mão.

— Vocês precisam de espaço para conversarem. – Bella notou que estava sendo um peso a mais ali.

— Não, fique. – Pediu. – Não tem problema, fique. – Bella olhou para os pais de Edward e ficou intimidada. Eles não pareciam concordar com o filho. – Bella, por favor.

— Volto depois.

Bella sentia o coração disparado. Encostou do lado da porta para acalmar-se.

— Vamos ter que conversar direitinho sobre tudo isso. Sobre cada coisa que aconteceu e também sobre esse namoro.

— Não há nada de errado no meu namoro. – Rebateu.

— Você acha mesmo que não tem? Se continuar falando assim, vou pedir para que veja um psiquiatra.

— Mãe, está me chamando de louco?

— Alguém deve estar. – Ela respondeu.

Bella saiu dali, tentou não chorar de novo. Não queria se senti magoada com aquelas palavras, porque sabia que as merecia. A sua mãe também havia alertado sobre aquela possibilidade e estava certa. Resolveu ir visitar finalmente o pai e passar um tempo com ele antes do horário de visitas acabar, assim, esquecendo-se um pouco da tragédia que estava sendo a sua vida.

No dia seguinte, na casa dos pais, tentava tomar um café assistindo aos noticiários que falavam sobre a prisão da família Volturi e dos crimes que eles estavam sendo acusados. Bella sentiu um aperto no peito lembrando-se de tudo o que tinha passado até ali para que aquilo estivesse acontecendo. Finalmente algum tipo de justiça seria feita por todos os crimes que eles cometeram.

— É um alívio que eles enfim estão presos. São loucos. Sinto apenas pelo Alistair. – Renée estalou a língua lamentosa. – Onde ele ficará mesmo?

— Há parentes morando próximo...

— Porque está tão apática se conseguiu o que tanto queria? Talvez, seja ainda reflexos do que passou ontem?

— Sim, com certeza é isso. Me sinto sem energia.

— Por isso deve tentar comer um pouco. – Apontou para o prato intocado.

— Mãe...

— Sim? – Bella em um impulso, quase fala sobre o que lhe afligia, mas resolveu não desabafar com a mãe. Ela só iria ficar chateada sabendo sobre os pais de Edward não a aceitarem.

— Não é nada. – Sorriu sem graça e saiu indo para o quarto.

— Bella? – Renée a chamou, mas ela ignorou e fechou a porta.

Pegando o seu celular, leu as mensagens carinhosas de bom dia do namorado. Ele perguntava se havia dormido bem e se já tinha tido o café da manhã. Edward viu que ela visualizou, mas não respondeu, então ligou para ela.

— Bom dia.

— Bom dia, Ed. – Bella havia escolhido ignorar as mensagens por alguns minutos, mas ele ligou.

— Está ainda sonolenta?

— Não, porque?

— Ignorou as minhas mensagens. – Disse em tom leve para não forçar a barra.

— E você, dormiu bem? Está se sentindo bem?

— Estou sonolento por causa da medicação, me sentindo um pouco aleijado por não posso usar um braço, mas espero ansiosamente que a minha namorada responda as minhas mensagens. Devo ter soado um pouco histérico agora, mas fiquei apreensivo desde ontem. E a considerar o que passamos...

— Não precisa se explicar, você tem razão. Está hospitalizado e passou por uma situação traumática, é claro que tem expectativas sobre a sua namorada. – Ambos respiraram fundo. – Fui ficar com o meu pai depois que te vi e então já não era mais hora de visitas.

— A Rosie disse que não conseguiu falar com você e eu também não.

— Precisava pensar.

— Sobre o que? – Era mesmo o que havia pensado. Edward viu que Bella só saiu depois que a sua mãe havia falado todas aquelas coisas.  – Sabe de uma coisa? Venha aqui me dizer pessoalmente. Não receberei um não, Bella. Estou te esperando as 10 horas. Eu te amo. – Edward desligou sentindo que seu namoro alcançava um limite. Ele pretendia ultrapassá-lo, mas dependeria muito da Bella.


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