10 Anos de Espera escrita por Camila J Pereira


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!!!
Tudo bem, podem ir logo ler.
Sei que estão esperando por isso.



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— Você precisa se acalmar! – James gritou e sua voz silenciou todo o ambiente da delegacia por um tempo. Tanto os outros policias, quanto suspeitos, acompanhantes ou mesmo as supostas vítimas olharam para eles quietos. O zunzunzum retornou logo depois e os dois de um acerta forma voltaram a sua frágil privacidade. – Pedi para o Emmett entrar em contato com o advogado que confio. – James olhou para o machucado no maxilar de Edward, uma mancha arroxeada se formava. – Por favor, conte tudo com detalhes. Não se exalte novamente. Você entendeu?

— Me tire logo daqui. – Sua voz saiu pausadamente entre os lábio serrados. James estava diante de uma pessoa que havia ultrapassado o seu limite. Edward suava e tinha os cabelos desgrenhados com mechas grudadas na testa. Parecia um homem selvagem. Estava cheiro de ira.

— Terei que leva-lo para dentro. – O policial que estava atrás da mesa e que também efetuou a prisão de Edward disse para James.

— Não pode esperar o advogado chegar? – Perguntou impaciente para o colega.

— Sabe que não podemos dar regalias para ninguém. – Edward remexeu-se, seus braços estavam para trás, os pulsos algemados o incomodava. James odiou vê-lo daquela forma, sentiu que a sua ira surgia. Não podia dar-se ao luxo de ser emocional naquele momento.

— Alec está em outra sala muito bem acomodado. – Acusou James.

— Com o advogado e perfeitamente tranquilo. Já este aqui, parece não querer se acalmar.

— Ele já está calmo. – O policial olhou para Edward com desconfiança. - Fica frio. – Disse ao colega. – Alec quer acusa-lo de lesão corporal grave, mas você também tem hematomas, então isso está fora de cogitação. Rosalie está lá fora com o Emmett, ele não a deixou entrar. Tentarei tranquiliza-la. – Edward ainda estava quieto, já havia gritado e dito tudo o que pensava. Cada palavra continha cargas pesadas de sua mais sincera raiva. – O que quer que eu conte a Bella?

— Eu quero que se responsabilize. - James recordou de ouvir aquilo 24 horas atrás. – Bella está sozinha?

— Vic está com ela. Ficará com ela o tempo todo.

— Nunca vou te perdoar por fazê-la sofrer assim, por insistir que ela participasse até o fim. Nunca irei me perdoar também. – James concordou tristemente.

— Cuide dele. – Pediu ao colega.

— Não sou babá.

James caminhou com a sensação que seus os pés afundavam ao chão. Sentindo o peso da situação todo em seus ombros, relembrou de Bella aos prantos no hospital quando havia passado lá para vê-la e dar a notícia a todos sobre a operação finalizada na casa dos Volturi depois que pegou o mandato e foi até lá recolher as provas que estavam ligadas a vários crimes pela cidade.

— Ele não se acalmou. – Não precisou que ele dissesse. – Emmett já conseguiu falar com o advogado e ele já está vindo.

— Alec está querendo complicar a situação, mas eu acredito que essa pessoa irá ajudar. Rosie... – James continuou olhando para os dois ali de pé. – Tenho que ir, estamos caminhando agora que temos a atenção da polícia e da mídia. Não posso me ausentar agora, então deixarei isso com vocês. Podem me ligar se precisarem.

— Tudo bem. – Emmett abraçou a cintura da namorada com carinho. – Tomarei conta desses dois.

James seguro disso, deixo-os sozinhos e ligou para Torres encontrá-lo. Aquilo tinha que ter um fim.

***

Bella olhava para o chão a sua frente, havia pontos pretos que não conseguia identificar. Ergueu lentamente o olhar para a mãe que ainda dormia sedada na maca do hospital. A sua cabeça queimava em pontos específicos, dores tão familiares que poderia se agarrar a elas em aconchego diante de dores tão novas e piores que estava sentindo agora.

Foi no dia anterior que se permitiu ficar um pouco feliz quando a Renée havia conversado com ela e Edward. Eles até cozinharam juntos e iriam lavar a louça. O advogado de Charlie havia ligado e dado a notícia. Renée não suportou, não poderia, ela mesma estava achando que a qualquer momento morreria com aquele sufocamento no peito.

Edward havia carregado a sua mãe até o quarto, deitando-a na cama. Foi ele quem verificou a respiração dela e a pulsação. “Chame uma ambulância.” Pediu Edward, mas Renée havia retomado um pouco de consciência e a segurou pelo pulso antes que pudesse pegar seu celular.

— Charlie... – Conseguiu dizer com dificuldade. – Vamos ao hospital...

— Mãe, o telefonema era sobre o papai? – O alarme em sua voz demonstrou que ela estava já fazendo as suposições corretas.

— Charlie está no hospital. Feriram-no gravemente. Charlie... – Renée começou a chorar.

— Chamarei um carro. – Edward afastou-se das duas.

— Não deve ser tão grave assim... – Balbuciou sem acreditar. Era como se estivesse vivenciando uma história que não era a sua. A sua ficha teimava em não cair.

— Queriam mata-lo, esfaquearam ele, Bella. Charlie não está nada bem.

— Vamos verificar isso quando chegarmos ao hospital. Tudo bem? – Mas a sua voz estava rouca e trêmula assim como todo o seu corpo.

— Se o Charlie morrer, eu morro também. – Sentiu arrepiar-se o corpo inteiro com a afirmação horrorosa da mãe.

— Não repita isso. – Bella tentou se livrar do pânico. Tentou ser racional naquele momento já que  a mãe desmoronava. – Ele vai sair dessa, mãe, então pare de dizer essas coisas. - Bella segurou as mãos geladas da mãe.

— Tomem, as duas. – Edward chegava com dois copos d’água. Bella primeiro ajudou a mãe a ingerir o líquido e depois ela fez o mesmo. – Vamos, o carro já chegou. – Edward pegou os copos e rapidamente os deixou na cozinha, voltando com agilidade para ajudar Renée a levantar-se.

— Mãe, acalme-se. – Edward ouviu Bella dizer a mãe no banco de trás do carro. Discou para James que atendeu prontamente.

— Feriram o pai da Bella, você deve estar sabendo.

— Acabei de saber. – Confessou.

— Quem foi?

— Aparentemente um criminoso de baixo escalão que fazia serviços de violência. – Respondeu.

— Quem foi o mandante? – Edward falava o tempo todo baixo para que as mulheres atrás não ouvissem.

— Ele está sendo interrogado agora.

— Puta merda, James! Você estava lá e ouviu aqueles dois. Cumpriram a ameaça.

— Temos que provar isso, Edward. Não adianta falarmos que eles são culpados se não podemos provar.

— Se acontecer o pior com Charlie, nós somos os culpados. Prenda-os, James. – Pediu antes de desligar.

Chegaram ao hospital e Bella insistentemente pediu para Renée ser atendida também quanto ela iria procurar notícias do pai.

— Como quer que eu fique aqui em uma situação dessas? É ele quem precisa de nós.

— Você não está bem, mãe. – Bella a fez sentar-se na recepção.

— Fique com ela, será melhor. Eu saberei sobre o seu pai e volto para falar com as duas.

— Não, eu vou. – Renée negou, mas o olhar de Bella a fez recuar novamente para a cadeira.

— Por favor, volte logo para nos dar notícias. – Edward a beijou no rosto e saiu para a sua busca. – Assim que for examinada, iremos ficar com ele, mas desse jeito, não poderá fazer nada, mamãe.

— Tudo bem. – Concordou de mau grado.

Edward viu os policiais que estavam acompanhando Charlie e aproximou-se identificando-se. Brevemente explicou que era namorado da filha de Charlie e que por as duas estarem também esperando atendimentos médicos ele estava ali para saber notícias.

— Trouxemos ele imediatamente após o ocorrido. Nos disseram que ele está passando por cirurgia. O estômago parece ter sido afetado. O entubaram e prepararam para os procedimentos cirúrgicos. – Um deles explicou.

— Ali está uma das enfermeiras que o atenderam quando ele deu entrada. Pode perguntar melhores detalhes. – O outro policial indicou uma enfermeira caminhado na direção deles. Edward assentiu e abordou-a.

Quando voltou para procurar Bella e Renée, estava abatido. Foi confirmado que Charlie havia chegado totalmente debilitado, tanto, que tiveram trabalho para estabilizá-lo e aí sim começar a prepara-lo para a cirurgia de emergência. Também foi confirmado que o seu estomago fora afetado, tudo dependeria de quanto tinha sido afetado e de como ele reagiria no decorrer da cirurgia. Não faziam ideia de quanto tempo eles o manteriam lá dentro. A culpa e o arrependimento o tomaram por completo.

— É tão ruim assim? – Bella o abordou antes que ele se desse conta do lado de fora de um quarto de atendimento. Edward a abraçou forte e ela chorou em seu peito em silencio. Confortando-a

com carinhos nas costas, ele começou a explicar baixinho o que estava acontecendo com o pai dela.

— Me perdoe, me perdoe, me perdoe. – Edward repetia em seu ouvidos e Bella sentiu as lágrimas dele em seus ombros. Afastou-se para acariciar o rosto vermelho e banhado de lágrimas. – Eu ajudei na prisão dele e fiz com que você sentisse que deveria entrar nessa minha briga com eles.

— Eu já te disse que se meu pai não tivesse culpa, não seria preso e foi por vontade minha, minha decisão, meu desejo de ver justiça que me fez entrar nessa briga. Edward, vamos parar de nos culpar... Eu só quero que meu pai fique bem agora.

— Ele ficará.

— Edward! Bella! – Rosie corria ao lado de Emmett e abraçou o irmão fortemente. – Vocês estão bem? Bella está machucada? – Rosie a abraçou forte também.

— Não estou machucada. – Bella respondeu com voz anasalada de quem estava chorando.

— Ela me fez correr por aí, disse que estava com um pressentimento muito forte. Eu fiquei realmente assustado. Nenhum de vocês atendia nossas chamadas. Mas porque estão aqui? – Emmett olhava para os dois buscando respostas.

— Charlie foi ferido na prisão. Estamos esperando que a cirurgia acabe. – Edward segurou a mão de Rosie para chamar a sua atenção. – Entre um pouco com a Bella e fiquem com a Renée.

— A Renée não está bem?

— Não. Vá. – Pediu.

— Se sair nos avise. Por favor, Edward. – Rosie pediu achando que ele poderia tentar agir sozinho. Ela guiou Bella pelos ombros para dentro, era uma Bella quieta demais. Nem ao menos olhou para ele para uma despedida, nem ao menos foi curiosa como sempre era.

— O que pretende fazer? – Emmett o conhecia muito bem para fazer a pergunta correta.

— Entregar aquelas provas iniciais que a Vic entregou para mim logo que chegamos aqui. Será algo que pode completar as investigações do James. Qualquer coisa que os ajude a prender o mais rápido possível essa família.

— O que precisa que eu faça?

— Fique aqui com elas. Bella está se fazendo de forte, só esteja aqui caso ela precise.

— Ok, posso apoiá-la, mas eu poderia ir fazer essa entrega e você poderia ficar. – E de novo, o seu amigo mostrava que o conhecia bem. – O que mais pretende fazer lá fora?

— Melhor não saber. Avise a elas que saí. – Edward caminhou rapidamente até a saída.

Sem parar para respirar, entrou correndo em seu quarto e pegou o pacote guardado desde que o pegou com a Vic. Com as chaves do carro em mãos, foi até o estacionamento e dirigiu com pressa.

— Onde está? – Perguntou depois de muito esperar ao telefone.

— Chegando a casa dos Volturi. – Disse baixo. – Charlie piorou?

— Não, está em cirurgia.

— Deixarei algo para você na delegacia. Assim que chegar, procure por isso. Com quem posso deixar? – James disse um nome de um colega policial em que confiava.

— Volte para o hospital e fique com a Bella. Não faça nada do jeito que está. – Falou antes de desligar.

Edward depois de entregar o pacote na delegacia, poderia querer tudo, menos ficar quieto diante daquela situação. Com convicção, dirigiu-se até a casa onde sabia que Alec estava morando. Era uma casa menor de quando morava com seus pais no centro da cidade, uma construção antiga entre alguns novos prédios. De fora já dava para notar que quem morava ali tinha boas condições financeiras.   

Ao lado do portão que era dividido por um acesso para veículos e outro apenas para pedestres, Edward apertou a campainha. Olhou para a câmera, sabendo que Alec o veria. Novamente apertou longamente, quando não obteve resposta. Foi na terceira vez que Alec abriu a porta e caminhou com ar tranquilo até o portão.

— O que pensa que faz aqui?

— Abra. – Ordenou e Alec riu para o que achou o cúmulo da ousadia. – Abra de uma vez.

— O que te faz pensar que pode vir até aqui e mandar em mim?

— Saber de todas as merdas que você e sua família vem fazendo durante todos esses anos. – Alec parou de sorrir e certo ar de desprezo surgiu em seu rosto.

— Delírios de uma pessoa que precisa de ajuda. Da próxima vez, venha com provas e suas ameaças surtirão mais efeito.

— Só porque estou de mãos vazias, não quer dizer que eu não as tenha. Abra e fale comigo cara a cara. – Alec permaneceu parado, analisando as probabilidades de Edward estar falando a verdade.  – Você não deve estar sabendo, mas os seus pais estão recebendo a visita de policiais neste exato momento.

— Que merda é essa agora que está dizendo? – Edward sentia cada vez mais o prazer de enfim estar fazendo-o reagir, mesmo que ele tentasse esconder suas emoções debaixo de sua fisionomia sempre tranquila e muitas vezes ingênua. Queria incitá-lo ainda mais, queria-o fora de controle e iria dizer tudo o que sabia se aquilo o fizesse sair para ficar cara a cara com ele, mas o celular de Alec tocou. Um pouco incerto ele atendeu. – Mãe?

— Filho, não se preocupe muito, mas alguns policiais estão aqui agora. - Disse de forma baixa, mas clara para que ele entendesse.

— O que?! Porque?!

— Liguei para avisá-lo eu mesma. Não queria que soubesse por outra forma e nem que viesse aqui. – A sua mãe ainda estava sob controle a julgar pelo tom de sua voz, mas ele não. Um pouco assustado continuou ouvindo-a. – Não podemos conversar muito por telefone, quem sabe estão nos grampeando. – Aquilo seria possível? Poderiam fazer isto com a sua família intocável? A ligação tranquilizadora de sua mãe estava surtindo o efeito contrário, estava assustando. – Lembre-se da conversa que tivemos. Fique longe deles e principalmente dela. Eu não queria lhe dizer, mas é obvio que ela o ajudou. Diga que entendeu, Alec. – Mas ele olhava para Edward através do portão ornamentado. Olhos arregalados, respiração incerta. Suas têmporas latejavam, era como se ganhassem vida, estavam saltando de sua testa. – Alec. Querido, fique calmo agora e diga que entendeu.

— Eu entendi.

— Falaremos mais tarde, querido. – Chelsea despediu-se do seu filho como sempre fazia, carinhosamente como se não estivesse vivendo uma ameaça.

— Analisando a sua cara patética, devo dizer que foi uma ligação esclarecedora. A sua família de gângsters está sendo desmascarada. Foi bom em quanto durou ser o filho dessa família, usufruindo de tudo o que ela lhe oferecia, sem ligar para as formas tortuosas, ilegais, desumanas que as coisas eram feitas. O que interessava para você eram os louros que isso lhe proporcionava, os bens materiais, a influência que exercia pelo poder que conseguiu. Mas agora eu sei que você parou de apenas observar o que a sua mãe fazia por você, agora você age também. Como na embargo da construção do SPA. Talvez até a tentativa de assassinato do Charlie... O pai da Bella!

Alec estava paralisado. Ele tinha ouvido da mãe antes, quando tinha deixado a Bella ir. Pela primeira vez não queria seguir a mãe, não queria que ela fizesse nada também. Só queria voltar para os dias em que os Cullen não estava em suas vidas, que Edward não estava na cama da Bella e sim ele.   Quando a sua mãe exigiu que a deixasse ir, com relutância fez o que foi ordenado e viu ir com o coração ainda mais angustiado.

— Preste atenção. Bella não é o que pensa. Você acha que ela pode ficar ao seu lado, mas ela não pode. Até eu mesma me enganei, visto o que ela fez no passado. Mas ela não pertence a nossa família e nunca pertencerá.

— Mãe... – Ia protestar, mas foi interrompido.

— Ela além de já estar dormindo com o Edward Cullen, também é aliada dos policiais que vem investigando todos nós. O noivado para ela só deve ter passado de uma farsa, por isso foi fácil apenas terminar. Essa vinda dela até aqui, a aproximação que está tentando, é para nos laçar.

— Está enganada, eu a conheço. Sei que está chateada por algumas coisas e que Edward deve mexer com ela porque foi seu primeiro amor, mas nós dois fomos feitos um para o outro.

— Filho, eu sei que gostaria de ficar com ela. Sempre fui a favor, desde que ela não nos contrariasse. Desde que ela agisse de maneira que te fizesse feliz, mas agora ela não faz nada disso. Ainda tenta prejudicar a nossa família. Não se preocupe, isso vai passar. – Disse ao vê-lo ficar cabisbaixo. – Alec, no momento preciso que fique longe dos Cullen e dela. Estar perto de Bella não é seguro, entendeu?

— Isso... Como posso fazer isso? – Chelsea pegou as mãos do filho e as acariciou.

— Você pode. Saberá como.

— Não sei, mãe. – Chelsea iria abraça-lo, mas Alec foi em direção ao seu carro e partiu para casa e agora estava diante do seu maior inimigo que batia a sua porta para desacatá-lo e desafiá-lo.

— O que você disse sobre o Charlie? – Edward riu ao mesmo tempo que soltou o ar meio desacreditado.

— Vocês tentaram mata-lo. – Disse olhando diretamente para ele. Alec abriu o portão e o empurrou.

— Cala essa boca! – A sua mãe nunca faria aquilo. Não com o pai da mulher que amava.

— Era só isso o que queria que fizesse. – Edward falou antes de avançar sobre ele e golpeá-lo repetidas vezes.

Alec só teve tempo de tentar se defender, de repente estavam rolando pelo chão ente xingamentos cada vez mais impronunciáveis. Edward sentiu que foi golpeado, o que lhe deu ainda mais raiva para atacar e atacar.

Algum vizinho fez a denúncia de que havia dois homens brigando na rua. Logo a viatura mais próxima se aproximou do local e os avistou. Separou os dois e os algemaram, levando-os até a delegacia sob os protestos calorosos deles.

Alec pediu imediatamente a ligação para o seu advogado. Sem pensar muito bem, Edward apenas pediu para chamar o policial James Kovacs. Sabendo por alto da situação, James que estava no hospital com a Vic, consolando a Bella e aproveitando para tranquiliza-la contando sobre as provas que tinham apreendido na casa dos Volturi, ficou sem saber como falar sobre Edward estar na delegacia.

Bella ficou muito preocupada e pediu que todos fossem ajudar Edward a sair o mais rápido possível de lá e deixa-lo distante de Alec. Temia por ele, pela retaliação. Seu pai era a prova de que os Volturi estavam descontrolados. James pediu que Vic ficasse com ela e não saísse de perto dela e nem da Renée e foi para a delegacia com os outros dois.

Alec, apressando-se a registrar a queixa de que fora agredido violentamente por Edward que estava visivelmente alterado. Alec pedia para o advogado que havia chegado prontamente para ajudá-lo nas acusações.

Disse que fora abordado por Edward em sua residência e que este lhe desferira golpes repetidas vezes sem que ele tenha feito nada contra o outro. Edward estava fora de controle, seu sangue estava fervendo pelos acontecimentos e pela cara de pau do Alec.

Edward foi questionado porque estava na casa do Alec, queriam saber quais as suas intenções de ter ido até lá. Sabia que não poderia dizer nada sem um representante legal, mas não confiava em ninguém na cidade e se falasse a verdade poderia prejudicar-se ainda mais.  Alec foi levado para outra sala e conversava com seu advogado quando James enfim chegou, ele que já havia ligado para o Emmett e explicado o que estava acontecendo, se viu diante de um Edward transtornado.

***

Bella e Rosie foram avisadas pro Emm que Edward havia saído. A única resposta para as indagações que vieram era que ele havia ido entregar algumas provas que havia conseguido assim que chegara a cidade para ajudar nas investigações.

Nenhuma das duas achava que era apenas isso, que ele faria apenas essa ação e se sentiria satisfeito. Não adiantaria ligar, mesmo que ele atendesse não diria a verdade. Bella tentou esperar, mas uma espera naquela noite. Espera que seu pai saísse da cirurgia bem, que a sua mãe acordasse melhor e que Edward não se metesse em problemas ou em perigo.

O mesmo que estava sempre repetindo para ela, queria para ele também. Queria que Edward prometesse que ficaria longe daquela família. Não suportaria que também ele se ferisse por causa dos Volturi. Seu pai havia sido uma vítima de tentativa de assassinato, era assustador e violentamente doloroso.

— Farei uma ligação. Volto já. – Rosie assentiu da sua cadeira. Bella se afastou o máximo que pôde de qualquer pessoa que pudesse ouvi-la. Seria a sua cartada desesperada para proteger Edward. Sentia que ele precisava, ainda mais quando olhava para a Rosie e a via tão angustiada, inquieta, segurando-se para não alarmá-la. Ela estava sentindo algo com o seu poder de gêmeos. – Olá. – Disse depois do alô do outro lado. Era uma voz extremamente agradável de alguém que poderia ser cantor ou dublar um personagem importante. – Espero que isso não o surpreenda muito, mas quem está falando é a Isabella Swan. – Inconscientemente ela contou e seis segundos depois ouviu uma resposta:

— Do que se trata? – A voz firme disse ganhando consciência da possibilidade de haver acontecido algo grave.

— É sobre o Edward. Ele precisa de ajuda, Jasper.


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