10 Anos de Espera escrita por Camila J Pereira


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Boa noite!
Demorou, mas tá aqui um capítulo.
Aproveitem!



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— Edward! – Seu nome saiu através de seus lábios como um sopro de alívio.

Quando viu suas costas largas e seu cabelo acobreado percebeu a angustia que oprimia o seu coração deu espaço para a alegria depois de ter saído da presença da família Volturi e voltado todo o caminho de volta aos seus amigos e à ele.

Ele que voltou-se para ela com uma expressão pesada, mantendo o seu olhar distante, mesmo fitando-a diretamente agora. Houve uma leve pressão dos seus lábios cerrados, os cantos voltaram-se um pouco para baixo. Estava desgostoso, ela sabia, depois de ter ido com o Alec mesmo depois que pediu que não fosse.

— Bella, o que o Alec queria? – Foi a Rosalie que avançou para ela e perguntou, curiosa e preocupada.

— Aparentemente nada, ele só me levou para falar com o Alistair. Achei que seria uma boa ideia, uma oportunidade para fazer com que Alistair me chamasse novamente para ir visita-lo. Assim...

— Você poderia entrar no escritório dela e pegar os documentos que os denunciariam. – Rosalie completou, terminando dando uma olhadela para o irmão ao seu lado que se mantinha ainda de mau-humor.

Alice suspirou longamente ouvindo-a e Emmett trocou algum tipo de informação com a namorada pelo olhar e então deu tapinhas no ombro de Edward.

— Estou indo para casa. – Anunciou Edward. – Vou procurar um taxi. – Eles tinham ido até lá no carro do Emmett, todos juntos. – Nos vemos em casa. – Bella não perguntou porque ele estava indo, sabia muito bem. Também não ficou chateada por ele não a chamar, entendia a situação.

— Estou indo com você. – Falou então, mas ele não demonstrou gostar ou não. Apenas começou a andar sem espera-la. – Rosalie, se importa que eu vá antes?

— Claro que não.

— Alice, pode ajudar a Rosalie mais um pouco?

— Sim, farei isso. Agora vá. – Alice acenou com a cabeça mostrando que Edward já se afastava.

Bella caminhou em passos largos até alcança-lo quando ele já parava um taxi. Edward abriu a porta para que ela entrasse. Pelo menos não estava totalmente indiferente, já era alguma coisa. Depois que informou o endereço, Edward calou-se. E enquanto ela o olhava constantemente, não havia nenhum movimento ou reação que revelasse que queria iniciar uma conversa.

— Edward. – Disse baixo, hesitando, mas utilizando de uma gota de coragem. – Eu entendo que pareceu que estava indo com o Alec e deixando você, escolhendo a companhia dele, mas só foi estratégia. Como disse, só queria ter mais uma oportunidade de entrar na casa deles.

— Não quero mais ouvir essas justificativas. – Edward respondeu também com a voz baixa, ainda olhando através da janela, ainda sombrio. – Quando eu disse claramente que não queria que fizesse isso, pois eu sei, mas você também sabe como aquela família é perigosa, destrutiva. Claro, a sua ida com ele quando eu quase implorei que não fosse também foi significativa. – Edward virou a cabeça, olhando-a nos olhos. – Quase um déjà-vu, e ele usou isso bem. Alec adora me ver ferido.

— Eu sinto muito.

— Mas continuará com o plano de ir até lá. – Edward voltou-se para a janela novamente e calou-se.

Bella queria muito tentar explicar, mas pensou bem e soube que não se tratava de ser entendida. Edward a entendia, mas não concordava, estavam tendo um empasse. Naquele momento as coisas só se resolveriam se encontrassem uma outra alternativa que ambos concordassem ou um deles teria que ceder. Olhando novamente para ele, sentiu que não partiria dele ceder, mas ela também não gostaria, pois tinha certeza de que poderia obter os documentos e acabar com tudo aquilo de uma vez.

A chuva começou a cair grossa quando entraram na rua em que moravam. Edward pediu que o taxista parasse em frente ao prédio em que ela morava. Saíram do carro correndo até a entrada do prédio, Edward tinha tirado o seu casaco e protegido os dois das água gelada que caia.

— Sobe comigo? – Pediu tímida, querendo dissolver o mau-humor dele.

— Não, hoje não. – Recusou. Bella olhou para o céu, estava chovendo muito forte.

— Espere um pouco então. Trarei um guarda-chuva.

— Não será necessário. – Edward a deixou, voltando a correr a chuva, deixando-a de boca aberta com a indiferença.

Bella deu três passos para dentro e parou. Soltou o ar indignada e também triste com o clima que estava entre os dois. Resolveu voltar para fora e correu debaixo da chuva até o apartamento de Edward. Quando tocou a campainha, estava ensopada. Edward abriu a porta e ficou chocado com a figura encharcada a sua frente, ele não estava tão diferente, mas enxugava-se com uma toalha.

— Mas o que... – Ele parou sacodindo a cabeça. – Entre. – Bella entrou e o viu indo até o banheiro e voltando com uma toalha seca. Entregou para ela que tremia de frio.

— Não posso... – Seus lábios tremiam. – Não posso permitir que fiquemos assim. Edward, eu realmente sinto muito, mas...Eu devo fazer isso e...Acabar de uma vez por todas com as tramoias deles...Também quero...Quero que sinta que foi enfim feito justiça com você. Eu... eu... – Edward jogou a sua toalha nos ombros e tomou a de suas mãos, começando a secar seus cabelos. – Quero poder ajudar dessa vez... Dessa vez quero agir melhor... Quero ser também uma boa namorada. – Edward enxugou o seu rosto e seu pescoço. – Isso é loucura, sinto como se meu coração fosse explodir. Só por você estar assim comigo, ou quando me olha. Jamais me senti assim por outra pessoa. – Ele parou um pouco para observá-la. – Desde sempre, você foi o único por quem me senti assim. Acho que só pode ser... eu acho que sim...Tem que ser. Amor... – Bella não sabia de onde havia conseguido coragem para falar aquelas palavras. Ficou um pouco nervosa depois de dizê-las e ver Edward sério a sua frente.

— Amor. – Ele repetiu. Seus polegares acariciavam o seu rosto. – Esperei 10 anos para ouvir você dizer isso.

— Desculpe, precisei desse tempo.... Isso faz de mim uma pessoa lerda. – Ele riu um pouco, mas voltou a ficar sério em seguida.

— Assim não vai dar. Precisa tirar essa roupa molhada. – Poderia ser aceito como um comentário inocente, apenas constatando os fatos. Porém, o olhar malicioso, já a despia antecipadamente.

— Você também precisa. – Estava corando, sabia. Edward assentiu e deu um passo para trás. Estava pensando agora? Bella ficou ainda mais tímida com a ideia dele reconsiderar a proposta, mas o viu estendo a mão para ela.

Suas mãos se tocaram com delicadeza e ele a guiou até o seu quarto. Edward a fez entrar e fechou a porta atrás dela, não ousou olhar para ele fazendo aquilo. Um calor subia até suas faces queimando-a, mas a demora prolongada dele voltar para o seu lado a fez virar-se.

Edward estava olhando para ela, não podia imaginar que tipo de pensamentos passavam por sua cabeça. Seus olhos estavam fixos nela, os lábios entreabertos. Bella, viu-se seguindo o caminho de uma gota de chuva que desceu dos cabelos acobreados, desenhando o rosto dele e descendo até seu pescoço. Devagar, os dedos longos dele foram para a própria camisa e começou a desabotoar os botões.

Os tremores em seu corpo retornaram quando viu a pele sendo cada vez mais revelada. O peitoral exposto e depois o abdome, molhados e acessíveis, não de um adolescente, mas agora de um homem adulto e muito viril, fez com o que seu coração disparasse. Edward retirou completamente a camisa e a deixou de lado. Bella pigarreou e olhou para baixou, de repente nervosa.

— O que esta fazendo? – Ouviu-o perguntar, mas ainda olhava para os pés dele e para os próprios. – Precisa de ajuda para tirar as suas roupas?

— Não. – Disse rapidamente voltando a olhar para ele que sorria divertido.

— Mantenha seus olhos assim, em mim. Farei o mesmo, eu quero te ver.

Bella teve que soltar um riso nervoso, pois comparou aquele homem tão sensual e seguro, ao garoto que amou anos atrás. Não pareciam a mesma pessoa em alguns aspectos. Quando começou a abrir o botão de sua calça, ela reuniu coragem para começar a se despir.

Um pouco desajeitava tirou sua camisa de mangas longas de seus ombros, depois a camiseta. Assim como Edward, tirou a sua calça e a deixou como as outras peças, aos seus pés. Edward admirou as pernas de Bella e subiu até alcançar a calcinha com seu olhar. Quase deixou-se levar pelo impulso como antes, quando transaram pela primeira vez e escondeu-se com as mãos. No entanto, ela também era adulta agora, eles já haviam se visto e estado juntos antes. Depois de demorar-se olhando-a ali, seu olhar ergueu-se um pouco mais até seus seios e depois para o seu rosto. Ele sorriu, parecia feliz o que a fez sorrir também.  E foi a vez dela demorar-se olhando para ele apenas de cueca. Bella não deixou de notar que ele parecia bem crescido ali também.

— Que tal eu ajudar agora? – Bella fez que sim com a cabeça e imediatamente ele se aproximou.

Estavam perto o suficiente para sentirem e ouvirem as respirações um do outro, ambas instáveis com certo tremor. Edward percorreu seu olhar novamente por seu corpo e tocou de leve as suas mãos, subindo pelos braços até os seus ombros.

— Está arrepiada.

— Sim. – Bella sussurrou em seu rosto inebriando todo o corpo dele, arrepiando-o também.

Com precisão, mas cuidado, seus dedos foram até a parte de trás do seu sutiã e os abriu. Bella o ajudou a tirar de si. Seus dedos fizeram o caminho de volta tocando a pele de Bella até seus seios. Por mais simples que poderia ser para a maioria das pessoas com a sua idade, aquela estava sendo a experiência mais sensual que tiveram em sua vida.

Edward a tocou nos seios e então aproximou mais seus corpos. Agora podiam sentir a pele na pele, ele a segurou pela cintura, beijou seu rosto com carinho até tocar a sua calcinha e então o viu abaixar-se enquanto a retirava. Era como estar descendo da maior montanha russa do planeta, seus órgão pareciam suspensos, um ar violento parecia passar por entre eles, dentro de seu corpo. Era quase como se dessa maneira, estranhamente, pudesse também sentir os pés flutuarem.

Estava completamente nua, exposta diante dele. Sentia-se vulnerável, mas também sabia que tinha poder, poder sobre ele, sobre seu corpo e alma, da mesma forma que ele era soberano para ela naquele momento.

Da mesma forma que fez com suas mãos, Edward tocou seus pés, subindo por suas pernas , beijando sua virilha, subindo pelo seu umbigo. Bella mordeu o lábio inferior com força, no mesmo momento em que ele ficava de pé novamente.

Só depois que percebeu que tinha avançado para ele e o abraçado, ficou embaraçada. Parecia completamente ingênua diante dele. Não queria que ele pensasse que ela era tão inexperiente. Edward a apertou em seus braços. Bella sentia a sua excitação crescendo e a dele, seu membro estava volumoso e tentador.

— Ah, Bella. Pensei que não pudesse parecer mais irresistível e então isso...? – Edward acariciou seus cabelos e inalou seu perfume. – Deixe-me leva-la para cama.

— Edward, eu sou louca por você! – Soltou emocionada e o beijou avidamente nos lábios.

Com esse movimento, ele a levou para a cama, deitando-a em seus lençóis macios. Edward sentia as mãos curiosas e pequenas por suas costas, enquanto afundava ainda mais sobre o corpo exposto.

Bella precisou de apenas alguns minutos de beijos e carícias ousadas trocadas para se sentir mais confiante e corajosa. Foi ela quem retirou a última peça de roupa dele, depois de virar seus corpos, ficando por cima dele. Edward revelou seu membro rígido e pulsante e a observou olhar para o seu corpo com desejo.

Os dois permaneceram naquela dança agradável, tocando-se de várias maneiras, experimentando com carinho, com desejo contínuo, formas de se amar. E mesmo depois de ouvirem Rosie e Emm chegarem, não os fez parar. Só quando exausto, já alta madrugada, eles adormeceram nos braços um do outro.

No dia seguinte, acordaram com alguns barulhos vindos provavelmente da cozinha. Rosie e Emm conversavam baixo, obviamente sobre eles. Edward a abraçou quando ela remexeu-se perto dele. Bella o abraçou de volta, lembrando-se de onde estava e com quem estava, sorriu feliz.

— Oh, meu Deus! – Afastou-se dele e cobriu seus lábios. Os olhos estavam arregalados olhando para ele.

— Bom dia, para você também. – Respondeu tentando entender a reação dela.

— Edward! Eu dormi aqui e eles já acordaram. Como... Como sairei daqui?

— Você sempre pode pular a janela. - Deu de ombros e relaxou na cama novamente.

Bella olhou para a janela do quarto e voltou a olhar para ele assustada.

— São muito andares até lá embaixo. Edward!

— Ou você pode sair normalmente pela porta, mas isso só mais tarde. – Puxou-a para perto de si e a abraçou novamente.

— Edward... – Tentou mais uma vez fazer-se entender, mas ele a beijou.

— É a nossa segunda primeira vez. E a nossa primeira vez dormindo juntos de fato. Eu costumava sonhar com isso com frequência. Imaginar como seria, como você estaria... Sua carinha amassada é ainda mais linda do que consegui reproduzir em minha cabeça antes. E deixe-me dizer que me sinto justiçado agora, essa primeira vez foi bem melhor.

— Não fale da nossa primeira vez desse jeito. Eu adorei. As duas. – Pontuou.

Os dois olharam para a porta ao ouvirem as batidas.

— Edward! Bella! Temos café da manhã. – Rosie avisou.

— Tudo bem, Rosie! – Edward respondeu mais alto para a irmã ouvir.

— Edward, eles sabem mesmo que estou aqui. – Edward riu da expressão aflita.

— Claro que sabem.  

— Nós fizemos barulho ontem?

— Alguns.

— E você fala assim tão tranquilo? – Edward sem conseguir acalmá-la, achou melhor levantar-se para reunir as roupas que estavam ainda úmidas pelo chão do quarto.

— Era para termos cuidado disso antes. – Ele mostrou as roupas deles. Em uma das mãos estava seu sutiã e calcinha, mas não foi isso que chamou a atenção dela e sim o corpo magnifico que estava nu de pé para que visse. – Bella? – Ele percebeu que ela não o havia escutado e que o olhava com desejo. – Bella? – Repetiu com um sorriso satisfeito e malicioso.

— Sim?

— Me olhar assim está levantando a minha autoestima e outras coisas.

— Eu estou vendo. – Bella voltou para baixo dos lençóis cobrindo o rosto.

Edward sentou ao seu lado e puxou o tecido que a cobria.

— Você gostou de estar comigo?

— É claro que sim. – Disse com certeza.

— Eu não sou tão...Tão experiente assim. – Edward a olhou em dúvida.

— Bella, como não? Você e o... – Deteve-se ao falar o nome de Alec. – Sei que não estavam juntos por muito tempo, mas são adultos e devem ter... – Novamente aquilo pareceu amargo demais para ser dito. – E deve ter tido outros. De qualquer forma, experiência não é o que importa para mim.

— Mas você sempre aparecia com alguma nova garota.

— Andou lendo sobre mim? – Ele parecia muito satisfeito.

— Às vezes. – Tentou olhar para o teto e não para ele. – De qualquer forma, você é muito experiente e eu... Bem... eu não tive outros antes do Alec. Só um...mas...quer dizer...uma tentativa...De fato, foi um, mas... – Ela estava sem jeito.

— Está tentando me dizer que teve apenas um sexo casual depois que terminamos e então só com aquela pessoa?

— Sim. – Sentiu-se vermelha novamente. – Então, por favor, tenha um pouco de paciência comigo.

— Bella, experiência não é o que importa, repito. Se nunca tivesse me dito isso, nunca saberia. Você foi muito intensa e para mim, muito criativa. Eu adorei. – Ele debruçou-se sobre ela e a beijou.

— Eu preciso ir para casa.

— Porque?

— Estou um pouco constrangida. – Admitiu.

— Bella se trata da Rosie e do Emm. – Logo depois de falar, suspirou e tentou pôr-se no lugar dela. – Tudo bem, terá tempo para acostumar-se com os dois.

Bella levantou-se e pegou as suas roupas. Vestiu-as mesmo úmidas.

— Não prefere vestir algo meu?

— E dar mais motivos para aqueles dois falarem? – Ela recusou a oferta.

Já vestidos, Edward segurou a mãos de Bella e saiu para o corredor. Viu as cabeças da irmã e do amigo esticarem em sua direção.

— Bom dia! – Rosie disse para os dois com um sorriso largo e zombeteiro.

— Bom dia! – Emm a seguiu e soltou o ar pesadamente. – O dia amanheceu tão agradável, a noite foi muito boa. Foi pra você também, Edward?

— Cala a boca. – Edward respondeu.

— Bella? Você dormiu bem? – Emm continuou sem se importar com o olhar de Edward.

— Bom dia, Rosie e Emm.

— Bom dia, Bella. – Foi a vez de Rosie falar. – Vejo que conseguiu amansar a fera.

— Ah... – Bella riu sem jeito. – Estou indo para casa.

— Temos o café da manhã. Fique mais um pouco.

— Nem pensar. – Disse rapidamente e caminhou até a porta. – Tchau gente! – Ela saiu com o som da risada dos dois. E Edward a seguiu. – Onde vai? – Perguntou já no corredor.

— Estou indo com você.

— Jura? – Sentiu-se animada.

— Vamos!

Edward mal deixou que ela entrasse e a pegou em seus braços. Beijando-a, jogou-a sobre o sofá. Tirou com habilidade sua camisa, pegou as mãos dela e a fez tocar em seu peito.

— Deixe-me tirar as suas roupas e ficar em você mais um pouco.

— Edward... – Ela queria protestar, sabia que estava esquecendo de algo. Deixou que ele a beijasse sobre as roupas, seus seios e barriga e só então viu a sua mãe petrificada na soleira da porta. – Mãe!

— O que?! – Edward elevou a voz e virou para a porta vendo Renée ali, virou rápido demais e caiu sentado no chão.

Precisou de 15 segundos apenas para Edward estar novamente com sua camisa. Sentava-se ereto e tenso ao lado de Bella no sofá enquanto Renée permanecia na poltrona. Seus olhares estavam baixos, não se encaravam. Bella tensa e inquieta, coçava-se inteira.

— Vocês querem um chá? – Perguntou com voz baixa e temerosa.

— Precisamos conversar, sei que são adulto, mas realmente precisamos conversar.

— Sim, concordo. – Edward apressou-se em concordar e para Renée estava completamente diferente do homem arrogante e cego pela vingança de quando o reencontrou.

— Pelo que entendi, você Edward, queria se vingar da minha família e de todos os envolvidos naquele terrível incidente. Acredito que já pedi desculpas, mas volto a pedir.

— Não é necessário. Eu, descobri que não sabia de tudo e cada um teve a sua parcela de culpa como a Bella havia dito, inclusive eu, que não pude ser claro com ela na época. Então... Desculpe-me Renée por sido tão duro...

— Edward, estamos de maneira infeliz envolvidos. Ajudamos a incriminá-lo, você fez com que a minha infidelidade fosse revelada para toda a minha família e ajudou na prisão do meu marido...

— Eu...eu... – Edward gaguejava.

— Mãe, por favor. – Bella pediu.

— Não o estou culpando. Porém, vocês dois assim agora... Estão tentando complicar mais as coisas?

— Porque isso seria complicar as coisas? Nós estamos nos entendendo. – Edward respondeu.

— O relacionamento de vocês foi uma bagunça até agora. Envolvendo não só vocês, mas nossas famílias.

— Foi uma bagunça, mas estamos resolvendo, mãe.

— Você a tratou tão mal, Edward. – Continuou sem considerar o que a filha disse.

— E eu também, muito mal. Só que decidimos seguir em frente.

— Juntos? – Perguntou incrédula.

— Juntos. – Edward segurou a mão de Bella.

— É mais fácil falar do que fazer. – Renée cruzou as mãos em frente ao corpo e ganhou um ar pensativo. – Vim porque combinamos de ir ver seu pai hoje e conversar com o advogado. – Assim estava encerrando a conversa com Edward.

— Era isso que estava esquecendo. – Balbuciou para si mesma. – Preciso me arrumar.

— Eu levo vocês se quiser. – Edward sugeriu gentil.

— Não acho que seja uma boa ideia. – Disse baixinho para ele. E Edward assentiu.

— Neste caso... Voltarei para casa. – Edward levantou-se e Bella o acompanhou. – Espero poder conversar mais em outro momento. – Falou para Renée. – Quando voltar me avisa. – Pediu para Bella e iria lhe dar um beijo, mas ela recuou. Edward pigarreou olhando para Renée que olhava para o lado contrário a eles. – Até mais.


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