10 Anos de Espera escrita por Camila J Pereira


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Um agrado para o horário de almoço de vocês.
Se alimentem bem.
;)



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— Devo ter entendido os sinais errado. Pensei que não estava querendo me ver hoje. – Bella abriu a porta de seu pequeno apartamento enquanto falava. Tinha visto Alec através do olho mágico.

— Não a queria no escritório por motivos indiscutíveis. Encontrar com o Edward pareceu não te fazer bem. – Ele entrou, conhecia cada canto daquele apartamento. Tinha ajudado na escolha e na mudança e o visitou muitas vezes desde então.

— Deferente de você que pareceu lidar bem com a situação. – Alec não merecia aquele quase elogio, já que sofreu um pequeno ataque cardíaco quando reconheceu Edward e aquele sentimento de culpa que desde então tentava surgir.

Sentou-se na poltrona lilás que Bella usava para as suas leituras, acendeu a luminária de chão que se curvava por cima da poltrona. Bella sorriu e ele retribuiu, então ela se aproximou de maneira intima parando bem próxima a ele. Terminaram há algumas semanas, mas muitas vezes voltaram para esses momentos de reconhecimento e ternura.

— Eu entendo que tiveram um rompimento tempestuoso, na falta de um termo melhor. Só que há muito tempo não te via tão ansiosa.

— Todos nós tivemos um rompimento tempestuoso com o Edward. – Bella se afastou sentando no pequeno sofá, era tudo o que tinha naquela sala para as pessoas se acomodarem. – Veio até aqui falar sobre ele?

— Vim ver se estava bem.

— Eu estou bem. – Confirmou indiferente.

— Não faça isso novamente, não levante esse muro.

— Sabe de uma coisa? – Tentou mostrar o seu descontentamento em sua voz. - Deveria parar de agir assim comigo.

— Agir como?

— De vim ver se eu estou bem, por exemplo.

— Concordamos em sermos amigos.

— Você concordou. Você quis assim. – Acusou Alec enfaticamente.

— Então me diz, Bella, o que você quer? Você não sabe. – Disse amargurado.

— Não diga isso como se eu fosse a culpada. Também admitiu que existe uma região que não consegue liberar passagem para mim. Nós dois temos esse espaço dentro de nós. – Alec temia ser totalmente sincero com Bella, temia que ela o deixasse depois de saber de tudo. Mas ele só precisou não dizer nada e ela também, o namoro começou a ficar difícil. Estava mais do que confirmado que eram pessoas com traumas.

— Tem razão, Bella. – Alec levantou-se para ir. – Fique tranquila quanto ao Edward. Pelo que parece ele é um homem de negócios, decerto irá embora amanhã e não o veremos mais. Sobre nós dois... Saiba que eu a quero ao meu lado. Sei que está sendo difícil... – Os segredos do passado os afastaram. Sabia que Bella não lhe dizia tudo sobre o que aconteceu e ele também não. Jogava a culpa por sua amnésia, mas ele lembrava de coisas que antes não lembrava e que poderia mudar tudo. – Volte 100% amanhã para o trabalho.

— Tudo bem. – Bella aceitou as palavras dele, era o única coisa que poderia fazer naquele momento. Bella o acompanhou até a porta.

— Boa noite, Bella.

— Boa noite, Alec. – Bella entrou e foi direto para o seu quarto.

Abriu o guarda roupa e tirou de lá de dentro uma caixa. Levou-a até a cama e sentou com ela em sua frente. Trêmula ela a abriu e depois de vasculhar um pouco pegou algumas fotos antigas. Eram fotos da escola, fotos que ela nunca conseguiu se desfazer. Parou quando viu a foto em que estava o Alec, Alistair, Jasper e o Edward. Todos eles estavam envolvidos naquele dia a 10 anos. Seu coração apertou quando avançou e viu a foto em que estava de mãos dadas com o Edward de armações pesadas e aparelho. Ambos sorrindo felizes sem saber o que lhe esperavam.

***

— Por onde você andou? – Edward havia saído logo assim que deixou a sua mala no quarto. Emmett estava irritado porque ele havia ido quando estava tomando banho no seu próprio quarto. Bateu na porta de Edward a sua frente para chamá-lo para comer algo e não obteve respostas, nem mesmo pelo celular. Sabia que o amigo estava aprontando.

— Você parece uma esposa insatisfeita. – Abriu a sua porta. – Fui até onde morei antes. Algumas coisas estão da mesma forma e outras parece totalmente diferentes. – Pigarreou, pois como morava perto de Bella anteriormente, passou pela casa dos pais dela que sabia que ainda moravam lá. Reviveu aqueles dias, sentiu o coração palpitar como na época em que se aproximava da casa dela para logo depois sentir o rosto queimando de raiva. – Vou tomar um banho e saímos para comer ou se quiser, podemos pedir alguma coisa.

— A esposa insatisfeita aqui quer sair. – Emmett bateu a porta com força e Edward revirou os olhos debochadamente.

No banho, sentindo a água morna acariciar a sua pele e massagear seus músculos rígidos, Edward voltou a lembrar da casa dos pais de Bella. Se o que sabia era verdade, porque eles nunca usaram aquele dinheiro? Descobriria tudo ou arrancaria da própria boca deles.

Seus pensamentos voltaram para Isabella e Alec, sentiu uma pontada no estômago ao recordar que eles estavam em um relacionamento amoroso até pouco tempo. Estava investigando todos daquela época, não tinha sabido superar o passado e resolveu voltar a ele com tudo, mas não esperava aquele casal. O que deveria esperar? Ouviu batidas na porta da frente.

— Edward, anda logo! Estou te esperando lá embaixo! – Falou um Emmett apressado do lado de fora.

Pensando em aliviar aquilo tudo para o seu amigo, Edward apressou-se e desceu. Encontraram um lugar por perto e jantaram. Edward pediu vinho e estava degustando depois de comer.

— Então eu estava certo na parte de forçar um encontro com a Isabella e mostrar o quanto está mudado e é muito capaz nos dias de hoje. – Edward fez que sim com a cabeça. – Preciso saber o que pretende além disso. Sente-se satisfeito ou acha que tem que fazer algo mais?

— Porque pergunta?

— Não é óbvio? Para te convencer a não fazer.

— Você foi a única pessoa que contem sobre o que aconteceu naquela noite e as consequências seguintes. Nem meus pais sabem disso, nem a Rose, embora ela pressinta muito do que houve. O que a torna muito apreensiva com a minha vinda até essa cidade. – Ele respirou fundo, estava organizando suas emoções. – Acha mesmo que apenas aparecer diante deles resolveria tudo?

— Pensei que não, mas estava esperançoso. – Admitiu. – Vamos embora daqui, Edward. A construção logo começará e não precisamos de fato estar aqui o tempo todo. Satisfaça-se com isso, com a sua marca na cidade que eles terão que conviver.

— Não me sinto satisfeito e você sabe que ficarei aqui até que me sinta.

— E se mesmo assim, mesmo tendo a sua vingança não se sentir satisfeito? Eu sei que de verdade não é alguém que ficaria feliz com vingança.

— Não disse que estou em busca de felicidade.

— Então eu ficarei também. – Informou.

— Não, de maneira alguma. – Edward foi firme. – Tem assuntos que só podem ser discutidos lá. Não podemos os dois ficar aqui. – Emmett sabia ser a verdade e calou-se pensando o que deveria fazer. – Não se preocupe comigo, não vou enlouquecer e não vou me prejudicar.

— Eu não sei se posso confiar nisso e você também não deveria. Quando você está na presença de Isabella parece outra pessoa. Fico imaginando como será com as outras pessoas envolvidas. – Emmett coçou a nuca, algo lhe veio a mente. – Talvez o seu temperamento mude tanto diante dela porque ainda sente algo.

— Cala a boca! – Emmett olhou para o amigo com uma sobrancelha erguida, sugerindo que de fato pensava seriamente sobre aquilo.

Voltaram para os quartos do hotel, mas antes de deitar-se Edward ligou para o pai, já que havia muitas ligações dele.

— Filho. – A voz de Carlisle parecia aflita. – Como está?

—Bem, pai. E vocês dois? – Edward sabia que ele estava sondando, mas o pai já deveria estar por dentro de alguns fatos.

— Estamos bem, mas ficamos sabendo que está abrindo uma filial em Santa Cruz. É mesmo verdade?

— É sim, pai.

— Filho, porque? Talvez não seja um lugar bom para você. – Ele resolveu ser direto.

 - Economicamente, é bem viável, pai. E falando sobre o meu emocional, estou bem com isso. Na verdade preciso disso e por isso vim resolver diretamente os ajustes para iniciar a construção.

— Diga que é realmente algo bom para você. O que passou aí foi muito para um adolescente, então... A sua mãe está muito preocupada, eu estou também...

— Fiquem tranquilos, diga a mãe que estou bem. Sou adulto agora afinal. – Carlisle se calou, estava considerando tudo o que o filho tinha dito, pensava se poderia confiar nas palavras dele.

— Tudo bem. Se cuida.

— Tá bem, pai.

Como havia dito para Emmett mais cedo, seus pais não sabiam de toda a verdade. Ele e Jasper haviam mudado alguns fatos e naquela altura não poderia mudar o que haviam combinado, mas ele poderia se vingar de outra maneira daquela mulher diabólica e de Isabella.

Adormeceu melhor do que a noite anterior já que estava muito cansado. Banhou-se e se vestiu muito bem. Encontrou-se com Emmett e tomaram um rápido café da manhã.

— Então é isso mesmo que quer?

— Sim. – Disse em frente ao carro do lado de fora de um StarBucks.

— Não há mais nada o que fazer por enquanto. Tome cuidado, fique longe de encrencas sérias, Edward. E por favor me mantenha atualizado.

— Eu também te amo. – Declarou com as mãos no peito sorrindo para o amigo.

— Deveria mesmo.

— Boa viagem. – Acenou para o amigo que entrou no carro. Emmett arrancou o carro deixando-o sozinho na calçada. Pediu um taxi e dirigiu-se até  escola onde estudava. Ele queria ser o fantasma de mais uma pessoa.

Diante da escola parece que o tempo parou. Via os alunos entrando, a maioria em grupinhos, outros solitários. Ouvia a gargalhada e as conversas misturadas. De repente parecia que estava vendo os seus antigos colegas.

Lembrou-se do seu grupinho completamente diverso, com ele, Jasper, Alistair e Alec. Alistair... Era o irmão mais novo de Alec, não havia nenhum ano de diferença entre os dois. Mesmo sendo mais novo, sempre estava presente. Alistair era muito parecido com Alec fisicamente, mais um pouco mais forte. Era divertido estar com ele na maioria das vezes, noutras era... complicado... Alistair era autista.

— Ele está morto! – Gritou Alistair.

— Na-não, não e-e-está. – Edward disse com voz trêmula, querendo que fosse verdade. Porém, olhando para seu amigo ali caído no chão, não tinha certeza.

— Ele parece morto! Morto! Morto! – Alistair saiu em disparada antes que pudesse evitar.

— Vá-vá  atrás dele, Jasper! – Edward gritou para o primo que ainda permanecia em estado de choque. – Vá agora! – Sacudiu o primo pela camisa fazendo-o despertar. – Fique com ele.  – Pediu.

Aquelas lembranças pareciam tão vívidas estando onde tudo aconteceu. Edward foi despertado por risinhos adolescentes. Algumas garotas olhavam para ele, decidiu usar os óculos escuros.

— Uau, ele ficou ainda mais gato de óculos! – Bufou, sentindo o seu ego inflar.

— Será que é um novo professor?

— Espero que eu tenha aula com ele. – E mais risinhos.

Resolveu seguir adiante e procurar pela pessoa que fazia parte do seu passado, já que estava ali. Chegou até a sala dos professores e muito educadamente perguntou pela professora, logo a mesma foi chamada e apareceu em sua frente. Ela ainda era a mesma, apenas com mais marcas de expressão no rosto, um novo corte de cabelo que deixava todo o seu pescoço a amostra e orelhas arroxeadas nos olhos que Edward apostava tinham sido daquela noite mal dormida.

— Como posso ajudá-lo? – Edward retirou seus óculos.

— Professora Renée Swan, como vai? – Renée olhou de cima a baixo para ele tentando reconhecê-lo.

— Estou muito bem. Desculpe-me, nos conhecemos?

— Sim, costumávamos nos encontrar muito. Tanto na escola como fora dela. Sou o Edward Cullen, seu ex aluno.  – Renée deu um passo para trás e ficou pálida.

— Edward Cullen? – Ele sorriu de orelha a orelha.

— Senti certa urgência em voltar e ver todos vocês. Não acha que fiz bem? – Disse cínico.

— Foi você quem deixou aquele envelope no portão da minha casa ontem? – Renée voltou a dar um passo incerto em sua direção, mas falava mais baixo para que os outros não a escutassem.

— Então foi a premiada? Estava pensando qual dos dois iria encontrar. – Edward não havia apenas dado uma volta na sua antiga vizinhança para lembrar do passado, também deixou um presente para o casal Swan, um pendrive com uma gravação do dia em que o Charlie recebia uma mala cheia de dinheiro da mãe de Alec e Alistair depois do acontecimento trágico.

— Porque está fazendo isso, Edward? – Se não soubesse que ela estava envolvida, acharia que estava diante de uma inocente naquele momento.

— Porque acha que faria isso? – Queria que ela dissesse, que confirmasse com sua própria boca.

— Edward, você confessou tudo. E isso já faz 10 anos. – Renée olhava em volta, estava querendo encobrir aquela conversa, ela deveria mesmo fazer isso.

— Confessei, porque tive meus motivos que não eram nem de longe parecidos com os de sua família.

— Vamos conversar em outro momento. – Renée ainda olhava para os lados, seus colegas de trabalho querendo ouvir a conversa. Estavam afastados, bem próximos a porta, mas ainda assim poderiam ser ouvidos.

— Vocês receberam dinheiro antes dos depoimentos. Posso não usar as provas que tenho para incriminar vocês, a sua linda filha... Já imaginou, perjúrio e o que mais mesmo ela poderia ser indiciada...?

— Bella não sabe desse dinheiro. – Ela soltou rapidamente.

— Como se eu fosse acreditar nisso.

— Eu juro, Bella não sabe. Ela não sabe, por favor acredite! Ela jamais soube... Não, ela, ela não sabe. – Edward estacou diante daquela cena. Renée estava quase implorando que acreditasse na filha dela. Ele foi até ali lidar com uma vilã e se deparou com uma mãe desesperada em inocentar a filha.

— Você é a mãe, claro que diria isso.

— Eu posso ir até a delegacia e dizer a verdade se isso fazer você acreditar que Bella está inocente nisso.

— O que você diria lá? Como você disse, professora, eu assumi a culpa. Mas sim, ainda quero a minha desforra. – Ameaçou, Renée estava com os olhos arregalados. Sentiu que ela poderia implorar.

— Está tudo bem por aqui, Professora Renée? – Um dos outros professores distantes que estavam percebendo a situação de conflito entre os dois se aproximou. Edward sorriu ao reconhecer o rosto daquele homem, sabia do seu se tratava.

— Espere por notícias minhas. – Foi como um aviso. Edward sorriu para os dois antes de partir.

Renée não voltaria ao normal durante todo o dia, estava dispersa e nervosa. Seus alunos aproveitaram para serem desleixados, agradecendo o estado de espírito da professora naquele dia.

Edward não podia acreditar que Bella não sabia de nada. O depoimento dela favoreceu e muito para que ele fosse realmente culpado no caso. Não que quisesse o contrário, tinha os seus motivos para dizer que tinha sido ele. Mas ela, ela deveria ter tido outra atitude diante dos acontecimentos, ela que era quem mais confiava, quem o conhecia, o seu amor inocente.

Queria ter saído da escola com a sensação de que estava começando a ter sua revanche, mas um lado seu, um lado inconsciente queria acreditar que a Isabella não sabia sobre aquele dinheiro. Pegou um taxi e pediu para deixá-lo na Consultora. Edward não entrou, queria saber se Alec estava por lá, com ele ali, seria muito mais difícil ter uma conversa com Isabella. Seu celular tocou, novamente sabia quem era mesmo sem verificar.

— Oi, irmãzinha!

— Graças a Deus, me atendeu! Edward que história é essa de não atender as minhas chamadas? Quer morrer? – Ameaçou como sempre.

— Não irmã, quero muito continuar nessa vida sendo o seu irmão. – Edward olhava para cima, para o andar onde sabia que Isabella estava.

— O que está acontecendo? Sei que está, não paro de pensar em você e me sinto angustiada.

— Não fique. Decidi vir para Santa Cruz, estou lidando com tudo.

— Está mesmo? – A voz de Rose estava baixa e realmente pesarosa. – Deixe tudo pra trás e volte para casa.

— Você nem estará lá. A sua viagem ainda não acabou.

— Posso encurtá-la.

— É o seu trabalho, não faça isso. – A sua irmã fazia viagens e escrevia sobre isso. Mantinha um blog muito bem visitado, assim como redes sociais. Tinha ido para alguns programas de tv falar sobre o assunto. Era o que amava fazer.

— Então escute a sua irmã mais velha! – Voltou com o tom autoritário que Edward já reconhecia como a sua estratégia para que fosse ouvida por ele.

— Você nasceu no mesmo dia que eu. Como pode ser mais velha?

— Nasci primeiro, Edward! Respeite os minutos que vivi nessa Terra antes de você! Saia dessa cidade!

Edward não respondeu, Isabella estava retornando de algum lugar. Estacionou o mesmo carro que a Alice usou no dia anterior e caminhou em sua direção. Ela estava distraída remexendo em sua bolsa e não o viu até que estivesse bem na sua frente. Seu corpo reagiu ao encontro como das outras vezes, ele sentiu seu coração esmagando no peito. Bella sobressaltou-se e deu um pulinho de susto.

— Falamos depois. – Disse e desligou o celular.

Os dois ficaram se olhando, Edward estava revivendo repetidas vezes Renée falando sobre a inocência da filha. Mesmo assim ela tinha falado a polícia de maneira que o incriminou e depois daquilo o evitou, voltando a falar com ele apenas no dia em que o expulsou de sua vida para sempre.

Bella estava incerta como agir, não sabia o que ele estaria fazendo ali. Talvez tenha ido ver algo a respeito da compra antes de ir embora. Ela se empertigou e desviou dele para entrar no prédio.

— Você não tem nada para me falar? – Perguntou fazendo-a parar.

— Não. – Bella olhou para ele e voltou a caminhar.

— Você não sabe mesmo sobre o dinheiro?

— Deveria saber sobre o que está falando? – Parou um pouco irritada e ficando confusa com aquela abordagem.

— E não tem nada para me perguntar? – Estava sorrindo tristemente. Não era daquela forma que queria tratar com aquela garota. Bella pareceu mudar quando o viu aproximar-se com uma expressão angustiada.

— Não. – Tentou continuar firme.

— Talvez você não tenha coração. Maldita seja! – Foi a vez dele dar as costas para ela e caminhar até a saída, mas em um rompante ele voltou. – Alugue-me um apartamento. – Disse autoritário.

— Como?

— Preciso alugar um apartamento.

— Ficará aqui? Quer que eu procure um apartamento para você ficar aqui?

— Você escuta muito bem, apesar de não ser tão ótima profissional.

— Não acha que é você que está misturando as coisas?

— Estou lhe fornecendo bastante dinheiro, acho que gosta disso, a sua família ficará feliz. Estou lhe rendendo dinheiro então trabalhe. – Falou arrogante.

— Não precisamos do seu dinheiro! – Isabella quase gritou.

— Ah, mas eu quero dá-lo. – Sua voz era sombria e zangada.

— Vá embora. – Pediu. Edward, no entanto, seguiu em direção ao elevador.

Bella respirou fundo antes de segui-lo. Entrou pronta para a batalha.

— Não sei que tipo de jogo é esse, mas não quero participar Edward Cullen.

— Tarde demais, você está nele desde o início. Tente aguentar até o final. – Bella tombeou perante aquelas palavras ditas cruelmente. Sentiu-se ameaçada, queria se afastar, ir para qualquer lugar longe daquele homem que continuava a lhe açoitar com a sua maldade.

Entraram no escritório, Edward cumprimentou uma Alice estupefata. Olhando para dentro da sala lateral com a porta entreaberta, parecia estar sem a presença de Alec.

— Onde está o Alec? – Edward sentou-se acomodando-se, na mesa que já sabia ser a de Bella.

— Não é da sua conta. – A resposta dele foi um olhar cerrado. Queria saber até quando ela ainda teria aquela petulância. – Não quer mesmo fazer isso aqui, não é? Como disse ontem, conheço outros lugares que ajudarão na busca de um apartamento que lhe agrade.

— Já disse que não quero.

— Alice, você pode atende-lo?

— Claro, Bella. – Disse prontamente.

— Desculpe-me Alice, mas a sua colega deverá lidar com isso pessoalmente.

— Porque você quer tanto me irritar?

— Quanto mais se debater, mais tempo ficaremos na presença um do outro. – Bella foi vencida, teve que retomar o controle e o fez muito mal. Começou a buscar então por apartamentos qualificados para jovens adultos que havia na região. Edward estava sorrindo.


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