10 Anos de Espera escrita por Camila J Pereira


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!!!
Mais um capítulo novo, um pouco fora do horário habitual.
Boa leitura!



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— Estamos comemorando? – Alec tomou da sua taça de champanhe e observou a mãe do outro lado da sala.

— Comemorando. – Alistair repetiu ao seu lado. – Festa. – E como se lembrasse, o seu irmão puxou o seu braço. – Festa de ex alunos.

— Irmão, já aconteceu. Foi ontem. – Não era uma boa lembrança para ele, por isso por um  instante voltou a ficar sério.

— Por que não me levou? – Alec voltou a sorriu carinhoso para o irmão.

— Teremos a nossa própria festa, será muito melhor. Poderá pintar o que quiser. – Não poderia esquecer de organizar algo que satisfizesse o irmão. Não o levou, além dos motivos de não estressá-lo, também porque ele próprio não estava muito bem e por imaginar que os Cullen estivessem por lá. Foi bom não ter ido.

— Será como o seu irmão disse, querido. Faremos a sua própria festa.

 - O papai estará? – Caius Volturi que por um milagre, ou insistência da esposa, estava participando daquela reunião familiar na sala de estar remexeu-se ao lado de Chelsea.

— Claro, amigão. – Confirmou.

— É bom que esteja mesmo. – A sua esposa cantarolou ao seu lado.

— Certamente estarei se é importante para o meu filho.

— O jantar estar servido. – Gianna os avisou.

— Vamos para a mesa. – Chelsea chamou todos.

O jantar começou tranquilo, mas Alec estava a espera do avanço da mãe. Enquanto brincava com o Alistais, percebia que ela o fitava.

— Alec, filho. A Bella não está mais trabalhando com você? – Pelo que conhecia a mãe, ela havia escolhido começar de maneira branda.

— Não a demiti ainda, embora ela tenha pedido. – Chelsea inclinou levemente a cabeça para o lado, olhando pensativamente para o filho.

— Pensei que ela fosse ficar ao seu lado no escritório para sempre. Aconteceu alguma coisa? – O seu pai perguntou. Era como ele, se deixou levar pelas decisões muitas vezes ocultas de sua mãe.

— Nós... Nós brigamos. Bella está chateada.

— Bella chateada? Bella não veio mais me ver. – Alistair entrou na conversa. – Bella. – Repetiu.

— Bella está chateada? – Chelsea repetiu.

— Eu desleixadamente te confidenciei que agi errado com ela. – Alec tentou lembrá-la sem que fosse necessário admiti ali diante da família que traiu a suposta namorada.

— Pelo que entendi ela te deu o troco. Ao meu ver, estão quites. Embora a escolha dela para fazer isso tenha sido um tanto de mal gosto. Quero pensar que ela foi apenas ingênua. – Aí estava, a sua mãe estava caminhando para o alvo. – Traga-a para passarmos uma tarde juntas, ou talvez um jantar.

— Mãe, estamos mesmo brigados. Bella...

— O que? Vai me dizer que não consegue mais fazê-la vir? – Desaprovou-o.

— Mas sobre o que gostaria de falar com ela? Não estamos exatamente juntos.

— Não precisa saber, meu amor, sabe que faço tudo por você. – Chelsea sorriu. – Espero apenas que com a nossa conversa, Bella possa voltar atrás com a decisão de se manter distante. Quem sabe, não possamos apressar o casamento.

— Casamento?

— Não a ama? Estão na idade.

— Mãe, não vivemos na mesma época que viveram.

— Não está vendo que a sua mãe esta pedindo por um neto? – Caius interferiu.

— O que?!

— Se me disser que não é a Bella, não insistirei, mas procurarei uma candidata a altura...

— Para com isso, mãe. Eu amo a Bella. – Respondeu.

— Ótimo! - Ela bebeu um pouco do champanhe. – Está zangado com o que ela fez ontem a noite? Ou sente-se satisfeito... – Deixou escapar com um olhar sombrio que o fez arrepiar. Era a confirmação de que havia sido a sua mãe que enviou os bandidos que bateram em Edward na noite passada.

— Satisfeito? – Fez-se de desentendido.

— Deixa pra lá. – Ela nãoa admitiria. Também se calou aceitando o silêncio da mãe sobre o assunto. Fingiria como Bella tinha dito, continuaria fingindo e a teria de volta com a ajuda de sua mãe.

***

— Ah, chegou cedo! – Victória estava de pé com a sua cliente, pois se despediam quando Edward chegou. Havia combinado com ele para jantarem depois que ela ficasse livre. – Desculpe por isso. – Desculpou-se com a linda mulher a sua frente que olhava com interesse para Edward, afinal, era um homem de quase dois metros que vestia um terno jovial e leve xadrez de tons cinza e marrom, os cabelos um pouco revoltos por causa do vento e a barba por fazer. Aquelas marcas de briga que ele levava no rosto, faziam-no parecer mais viril. Victória nunca fazia seus clientes se encontrarem com outros clientes ou amigos. Porém, percebeu o interesse da moça pelo Edward e quebrou suas regras. – Senna, este é o meu amigo, Edward. Edward, esta é a Senna. – Edward enfim encarou a companhia de Victória, sua cabeça não estava no presente, mas conseguiu sorrir ao ver o olhar curioso e o sorriso doce da linda garota de pele morena a sua frente.

— Muito prazer, Senna. – Ele pegou a sua mão e a pressionou com delicadeza.

— Olá, Edward.  – Victória olhou de um paro o outro e achou que combinavam.

— Ah, Edward, Senna é modelo.

— Poderia ter facilmente descoberto. – Edward lhe disse.

— Espero que não pelos motivos ruins que geralmente a profissão é associada. – Senna estava um pouco ansiosa agora, realmente não queria passar uma má impressão para ele.

— De maneira alguma, só achei você muito linda e carismática. – O sorriso dela se abriu e até seus olhos sorriam agora. Edward a achou ainda mais bonita.

— Obrigada. – Então ela se deu conta de que estava interrompendo o encontro dos amigos e esperava que Victória fosse apenas uma amiga de Edward. – Bem, eu tenho que ir.

— Tudo bem, nos falamos depois, ok? – Victória estava feliz pelo flerte dos dois.

— Até mais, Edward.

— Até mais, Senna. – Ela saiu e olhou mais uma vez para trás antes de prosseguir.

— Ela é um arraso, não é? – Victória estava sentando assim como ele.

— Muito linda. – Repetiu.

— Não quer o telefone dela?

— Vic, você não quis sair comigo, mas está empurrando uma cliente para cima de mim? – Ela deu de ombros.

— Só me pareceu que podia rolar alguma coisa entre vocês... E bem, ela também, volta e meia está com um lance novo.

— Desde quando começou a usar esses termos todos?

— Desde agora. Me sinto uma jovenzinha tentando juntar duas pessoas. – Estava animada mesmo. Edward bufou, mas achou divertido.

— Não sei se algo assim é o que preciso no momento.

— Eu tenho certeza de que algo assim é o que está mesmo precisando e a Rosie iria concordar.

— Vocês duas estão saindo muito juntas. – Edward concluiu. – Eu vim mais cedo porque estava ansioso. Queria também sair um pouco de casa.

— Tudo bem, compreendo. Vamos pedir algo para comer antes ou quer que eu te fale agora?

— Pode me falar agora? – Edward fez uma cara de culpa, pois sabia que ela poderia estar faminta.

— Fui até a delegacia e verifiquei que a placa é realmente fria... – Victória parou para pensar.

— O que?

— Isabella estava lá e pelo que entendi era para saber sobre o seu caso.

— Claramente para defender o Alec. – Falou de maneira que demonstrava o seu repentino mal humor. – Não precisa citar a Isabella se não for de extrema relevância, Vic. – A amiga percebeu que era muito mais do que raiva, era mágoa no olhar do Edward.

— Entendi perfeitamente. Olha só, eu fui atrás do lugar que me indicaram, possivelmente foi lá que a placa foi vendida. Há uma certa lealdade para quem foi ofertada... Ai empacamos um pouco, terei que pensar em uma maneira de descobrir de quem é a placa. Assim descobrimos quem é o mandante.

— Não há algo que eu possa fazer para acelerar isso?

— Calma, eu sei que está ansioso agora...

— Não deveria estar? – Ele a cortou. – Desculpe, Vic. – Abrandou a sua voz lamentando sinceramente. – Talvez eu esteja com fome também, vamos pedir algo e pensar sobre o que poderemos fazer enquanto comemos. – Sugeriu.

Eles pediram, conversaram sobre amenidades até que Victória olhou em seu celular sorrindo. Mostrou a tela onde indicava um chat com o que parecia ser a sua cliente de antes.

“Victória, o Edward é livre?” – Victoria batia com o dedo indicador em cima da mensagem e sorria largamente.

— Eu disse que ela é como você. – Falou matreira. – O que devo responder?

— Nada.

— Como nada, Edward, ela está corajosamente inclinada a dar o primeiro passo. E ela é linda! E mais, posso te garantir que o que venho realizando para ela, não é nada que indique que seja uma má pessoa.

— Acalme-se, eu disse para não dizer nada porque quero que me passe o número dela.

— Oh, meu Deus! – Victória gargalhou, mas recompôs-se para passar o número de Senna.

***

Nunca imaginou que alguém pudesse olhá-la de forma tão dolorosa, tão enojada como Edward a olhava. Toda vez que recordava, a maneira que ele a tratava, que seus olhos ficavam, ela sentia seu coração amargurando.

Não era uma santa, era uma idiota, mimada, covarde. Todas essas cosias e mais, tudo ao mesmo tempo. Se tivesse parado para pensar antes, naquela época, se não estivesse querendo tanto fugir da culpa, teria a certeza de que Edward nunca faria aquilo com o Alec e mesmo se tivesse feito, ela teria que ouvi-lo. Ela não o ouviu.

Era mais do que culpa que começava a surgir, era arrependimento. O amargor em sua boca piorou, e sentiu forte dor nas têmporas. Bella se encolheu na cama, onde havia ficado desde o retorno da delegacia.

Como ela poderia se sentir melhor? Estava sozinha naquela casa, naquela cidade. Não sabia dos pais, embora eles estivessem na cidade que nem era grande. Talvez se fosse embora, deixasse os pais, os Volturi e os Cullen para trás... Não, seria fugir novamente, não para dentro de si como antes.

Estava se sentindo muito mal, teria que arrumar uma maneira de ficar melhor. Sim, ainda senti que podia adoecer, estava prestes a acontecer. Mas como poderia melhorar se continuava fazendo besteira? Beijar o Edward para fazer ciúme em Alec? Foi a pior coisa que fez depois de ter traído o Edward... Sim, foi a pior coisa porque disso desencadeou tudo. Se não tivesse ficado no cinema, se não o tivesse beijado uma vez, se tivesse dito ao Edward... Novamente a culpa. Ela chorou, chorou porque sentia arrependimento, amargo e doloroso.

Alec estaria certo em dizer que ela os destruiria? Aquela surra em Edward... Estava tão assustada... “– Tem um com tatuagem de um gavião no braço esquerdo, um com corte de cabelo horroroso, um baixinho e gordinho com uma pinta no olho direito.” Recordou o que dissera quando em um momento de loucura interrompeu a agressão. “Com tatuagem de gavião.” Isso! Bella levantou devagar para evitar a vertigem e a dor que piorava com movimentos bruscos.

Procurou seu celular e enviou uma mensagem para um ex cliente que virou um amigo. Ele adorava tatuagens e fazia parte dos clubes de tatuados da cidade. Conhecia todos que tinham tatuagem e tatuadores de toda a região.

Bella iniciou uma conversa e descobriu que ele conhecia pelo menos três homens na cidade com tatuagem de gavião no braço esquerdo, mas apenas um possuía um gavião em pleno voo. Era isso, Bella havia achado um dos brutamontes e iria investigar aquilo.

Passou a noite quase que completamente em claro. Teve momentos de longos cochilos que seguiam-se de horas acordada. Assim que amanheceu, levantou-se e tomou um banho. Estava prestes a sair quando a capainha soou. Bella olhou através do olho mágico e suspirou longamente antes de abrir a porta.

— Oi. – Disse simplesmente.

— Oi, filha. – A sua mãe estava mais magra e parecia nervosa.

— Entra. – Resolveu deixá-la entrar. Não a via nem falava com ela desde o dia em que foi fazer compras com a Alice, a noite Renée já não estava mais ali. Bella sentou no sofá, era óbvio que a sua mãe queria conversar.

— Como você está? Parece um pouco abatida. – Renée lhe disse ao sentar do seu lado.

— Não é nada, só não dormi direito.

— Bella... Seu pai está sendo investigado, é oficial. Quase todos do setor dele, até agora. Ele pode até ser preso. – Bella jogou o peso do corpo no encosto do sofá. Fechou os olhos, havia ainda aquilo. – Eu o procurei... Charlie não quer falar comigo ainda. Está em sua razão, claro. Mas queria conversar com ele. Lhe dar apoio. – O que estava acontecendo ali?

— Você o procurou para lhe dar apoio?

— Tudo o que seu pai fez, foi pela família. Da maneira dele, era o que tinha para fazer no momento. Eu não entendi isso no momento, mas essas semanas sem ele, sem a nossa família, estão sendo suficientes para repensar. Não deveria tê-lo traído, tínhamos que conversar.

— Conversar... – Bella repetiu para si mesma. Era o mesmo que deveria ter feito com Edward.

— Charlie quer o divórcio. – Renée entrou em prantos. Bella não sabia o que fazer, ela mesma estava prestes a chorar também. Abraçou a mãe, primeiro de maneira superficial, como se tivesse perdido a prática, depois mais forte e a sua mãe retribuiu o abraço.

— Mãe, acalme-se. – Era assim que fala com ela antes de saber que havia omitido o fato de Chelsea ter subornado a sua família, era com carinho, ternura. – Ele ainda pode mudar de ideia. Ainda podem... Podem se entender.

— Acho difícil. – Renée fungou e aos poucos se recompôs. – Obrigada, filha.

— Desculpe por ter ficado tão brava. Ainda estou um pouco.

— Eu sei...

— Falarei com o pai. Conversarei com ele. Temos que ficar juntos. – Bella segurou as mãos da mãe. – Mãe... Eu acho que gostaria de apagar todo o passado. – Confessou.

— às vezes sentimos essa necessidade, mas talvez o que vivenciou no passado ainda seja importante para o seu futuro.  – Renée olhou para Bella com ternura. – Desculpe Bella, por não ter dito nada antes. Por tentar poupá-la quando só precisava da verdade.

— Obrigada, mãe.

— Filha, eu vi as suas fotos com o Edward Cullen... Eu não entendi... Porque se envolveria com ele se Edward está tão cego de raiva?

— Eu estive ainda mais cega todos esses anos, fui superficial por muito tempo. E beijei o Edward porque... Fui superficial novamente.

— Porque está fazendo essa autocrítica tão severa? Você não ficou ao lado dele quando tudo aconteceu, mas eu sei que estava achando fazer o certo.

— Não, mãe...

— Bella, você era muito jovem.

— Mãe, não tente me defender. Errei com ele de muitas formas. – Bella se calou, precisava de tempo para admitir qualquer dos erros para seus pais.

Sua mãe a obrigou a comer antes de sair. E Bella teve que dizer que havia se demitido e que explicaria mais tarde. Sua mãe precisou de tempo, então o mínimo que deu a ela foi o seu tempo, embora estivesse ansiosa para sair e ir atrás da pista que conseguiu. Foi a tarde que se despediu da mãe e sem pestanejar seguiu para o seu destino.

Parou diante do endereço, uma placa indicava do que se tratava: “Empréstimos Yin Yang”, Bella ficou intrigada com aquele nome. Olhou em volta, as pessoas que circulavam quase não notaram a sua presença parada ali. Tinha que entrar e ser corajosa, iria agir com improviso. Caminhou decidida até a porta de vidro e assim que tocou a maçaneta, uma outra mão surgiu por cima da sua. Ela olhou para o dono da enorme mão, afastou a sua e deu um passo para trás.

— Olá, Senhoria... Isabella? – Ele perguntou para confirmar.

— Policial Kovacs. Olá. – O policial loiro à paisana, ergueu um pouco o rosto para a placa e novamente para Bella.

— Precisando de empréstimo? – Bella sorriu sem jeito.

— Sabe como são as coisa, no momento estou desempregada. – Bella estreitou os olhos para ele, percebendo algo ali. – O senhor também precisa de empréstimo?

— Ah, chame-me de James, pelo amor de Deus. – Os escuros olhos azuis sorriram assim como seus lábios.

— Então, pode me chamar de Bella.

— Claro, Bella. – Concordou. – Acho que os tempos estão difíceis. – Para Bella ele queria apenas disfarçar o que realmente o levou ali. De certo, teria sido a pista que ela deu a policia sobre a tatuagem. James estava pensando seriamente em algo, ela esperou o seu tempo.  – Bella, por favor, me siga. – Pediu e começou a caminhar para longe dali. Parando a diante, ela não teve outra alternativa, já que queria saber do que se tratava. – Acredito que não seja o melhor lugar para pedir empréstimo. Posso indicar, se estiver mesmo precisando, lugares seguros, dentro da lei.

— Se este lugar não é seguro e  não está dentro da lei, porque um policial estaria aqui para conseguir seus favores? – Sacou prontamente, desarmando-o.

— Vamos ser francos, então.

— Adoraria que fosse. – Bella não largaria a pista assim tão facilmente.

— Está aqui atrás do homem com tatuagem no ombro. Se estou aqui, deve confiar na polícia, já que é assunto dela.

— Na verdade, primeiro é assunto meu. Ou... quase isso. – Corrigiu-se.

— Não pode ir atrás de um suspeito assim. Está se pondo em perigo, ainda mais quando ele sabe quem é você.

— Na verdade isso não é importante agora.

— Volte para casa. Aqui não é seguro para você.

Bella ficou olhando ele entrar, mas não seguiu a sugestão dele, ficou até que ele saiu longos minutos depois. Correu em sua direção e quando ele a viu fechou o semblante.

— Acha que eu estou brincando?

— Acho que deve me dizer o que descobriu. Se não fosse por você eu teria entrado por minha conta e...

— E o que? – Desafiou. – Esses caras não estão de brincadeira. – James recomeçou a andar em direção ao seu carro.

— Por favor, o que descobriu?

— Não posso lhe dar informações de investigações da polícia. – Olhou para ela como se fosse óbvio.

— Eles são agiotas, não é mesmo? – Era o que suspeitava. – Ele estava aí dentro? Os outros também trabalham lá? Quem é o chefe?

— Volte para casa e fique esperando por nosso contato. Assim que qualquer ponto na investigação seja esclarecido, avisaremos. – Falou duplamente gentil, pois estava ficando ansioso com Bella fazendo tantas perguntas.

— Espere. – Bella pediu e resolveu usar a sua última cartada. – Tenho dois suspeitos de serem os mandantes. – Ela mordeu o lábios, sabia que aquilo era algo enorme e que não teria volta.

— O que? Você não disse nada sobre isso na sua declaração.

— Não sou tão idiota. Se eu dissesse formalmente os nomes, vocês iriam começar por eles e não avançariam porque eles manipulariam tudo. Seria mais fácil eu ser acusada de algo no final.

— De quem se trata? – Perguntou interessado.

— Chelsea Volturi, ou talvez... Talvez o Alec Volturi. – James ficou de olhos arregalados olhando para Bell. – Eu sei, parece loucura, são duas pessoas pertencentes a uma das famílias mais respeitadas da cidade...

— Não, espere, espere. – Pediu para que ela calasse. – Venha comigo e vamos conversar.

Os dois seguiram para o carro e lá Bella contou sobre as suas suspeitas. James fez as suas anotações, Torres estava lá também e tomou suas próprias notas.

— Está acreditando mesmo em mim? Que a Chelsea pode estar envolvida?

— Sim. – Confirmou.

— Mas porque?

— Porque já estive a par de casos em que me levaram a suspeitar dessa família por muitas vezes. Vou te dar o meu número, se souber de algo ou precisar, me contacte diretamente.

Bella foi para casa, seu sangue estava a flor da pele. James tinha lhe dito que em outros casos a família Volturi parecia estar envolvida. Sentiu-se idiota mais uma vez, era pior do que havia imaginado. Estava escuro quando saiu do taxi em frente ao seu apartamento. Quando desceu do carro já havia ouvido seu celular tocar, era um numero desconhecido, mas mesmo assim atendeu.

— Isabella, sou eu a Rosalie. – Bella parou imediatamente e como reflexo virou em direção ao prédio vizinho. – Podemos nos encontrar agora? – Bella deveria dizer que não, mas a verdade era que talvez se dissesse sim, poderia perguntar pelo Edward. Estaria ele muito ferido?

— Por favor, venha para o meu apartamento. – Pediu.

— Estou indo.


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