10 Anos de Espera escrita por Camila J Pereira


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, o capítulo anterior deve ter deixado vocês ansiosas.
Percebi pelos comentários.
Quero que vocês tenham fé nos personagens principais.
Por isso, decidi postar mais um capítulo para acalmar os corações de vocês.
Eu acredito na redenção, então, mais uma vez, tenham fé.



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Bella tateou até segurar os braços de Edward a cima do cotovelo e o apertou, levando o seu corpo a grudar ainda mais no dele. Não tinha esperado aquela reação do seu corpo tão intensa e saborosa, não estava colocando nenhuma resistência ao que fazia. Talvez tivesse enlouquecido, era provável diante de tudo o que estava vivendo. Não, era mais do que apenas uma loucura momentânea, todo o seu corpo lembrava e a sua mente acessava partes antes abafadas. Eram partes vividas com Edward naquele tempo descomplicado.

Sentiu as mãos seguras e grandes descerem mais um pouco, sentindo-a, também recordando. Ele queria tocá-la inteira, mas refreava os desejos. Nem todos, no entanto, não deveria estar fazendo aquilo. Era o contrário de tudo o que havia ido realizar naquele lugar. Beijar Isabella, tocá-la dessa forma novamente... Ele queria mais.

— Bella! – Foi ela que parou e se afastou relutante, não queria por um fim tão breve naquela experiência deliciosa.  – Que porra, Bella! Você, você... – Ele apontava o dedo na direção dela, Bella parecia ter acordado e sido pega naquela cena sem saber antecipadamente do que se tratava. – Você vai nos destruir. Você... – Alec estava espumando. – Com ele? – Apontou desapontado para Edward. – Vá para o inferno, Edward! – Alec os deixou parecendo transtornado.

Bella havia ficado extremamente calada e quieta, na verdade estava a sua cabeça e suas reações emocionais estavam lhe deixando sem ação, sem ar. Deveria sair dali, deveria apenas ir embora, mas não conseguia se afastar. O motivo de ter ficado sem ar, sem dúvida alguma tinha sido o Edward. Para Edward, mesmo a sua cabeça achando que não estava certo, o seu corpo ainda ardia e ele ainda queria tocá-la. Viu que ela o olhava de soslaio, estava aparentemente desconcertada.

— Você inicia com isso e agora age inocente? – Provocou, mas ele mesmo ainda queria.

— Quem está agindo inocente? – Falou com ele virando um pouco o rosto em sua direção, mas sem contato visual.

— Foi um belo amasso. – Disse cínico. Bella bufou e começou a andar.

— Ai. – Gemeu quando ele a segurou pelo pulso. Estava ainda trêmula pelos beijos e sentia o corpo amolecer apenas com um simples toque de Edward segurando o seu pulso.

— Isso foi apenas para dar o troco em Alec? Olhe para mim. – Não estava de brincadeira. Bella ergueu o olhar que parecia envergonhado.

— Sim. – Disse baixinho. O que deu nela? Porque justo agora tinha que falar a verdade? Xingou-se baixinho, Edward percebeu e respondeu com um sorriso maldoso.

— Parece que não se cansa de me usar. – Ele a libertou para ir embora, mas foi ela quem o segurou pela mão novamente detendo-o. – O que? Vai me beijar de novo? A sua plateia já se foi. – A sua voz cortante tentava esconder de fato o que sentia além de raiva.

— Edward. – Bella riu nervosa e isso a levou a ter uma pequena crise de riso.

— Está bêbada. – Disse o que era óbvio. – Vá para casa, estou sem nenhuma paciência.

— Não, espere. Edward eu quero te contar tudo. – Era ainda o álcool? De qualquer forma, ele havia parado, não resistia mais.

— Tudo sobre o que?

— Tudo o que vem me perguntando desde que voltou. – Bella não sabia como se sentia corajosa depois da bebida, depois do beijo. Queria apenas se libertar naquele momento.

— Porque agora? – Estava com medo de ouvir o que ela tinha a dizer?

— Porque estou cansada. Se é a verdade que quer, terá. Acho que estou aprendendo que mentir não é a melhor opção.

— Um pouco tarde, mas tem razão. A sua mentira mais a do Alec arruinaram tudo. – Acusou.

— Todos mentiram, Edward. Não com as mesmas razões que as suas. Meus pais... Alec... Isso é fodidamente terrível. – Bella tapou a boca com a mão. Ainda estava sob o efeito do álcool. Deu de ombros tendo os olhos atentos de Edward sobre si. - Você foi o único que amei naquela época, isso é verdade. Eu notei você com o Alec, eu te achei diferente e me apaixonei. Você foi o meu primeiro amor, foi você. Por favor, acredite. – Pediu voltando a segurá-lo pelas mãos. Os olhos de Bella estavam lacrimejando e o seu rosto já parecia mais vermelho. Edward recebeu as palavras e ficou emotivo também. Teria sido o beijo que lhe deixou mais sensível a ela? Estava disposto a ouvir. Ela fungou. – Comecei a receber bilhetes e presentes. Pensei que fosse qualquer um, não dei importância, não comentei com ninguém. Então o Alec falou que era ele e se declarou para mim. No dia seguinte, Edward, eu juro, eu devolvi tudo. Disse para ele parar, disse para ele lembrar que era o seu amigo e que eu já estava namorando contigo. Dias depois, talvez por eu ter decidido continuar tratando-o da mesma forma... – Bella parou e o soltou, pondo as mãos na cabeça afundando os dedos nos cabelos. Ela agora falando compreendia um pouco. – Foi isso, eu o tratei da mesma forma e ele pensou que eu só estava fazendo joguinho. Eu tive culpa, gostava do fato de ter mais alguém gostando de mim, me senti bonita e desejada. Então ele continuou, mais sutil, mas continuou.

— Nunca pensou em me dizer? – Edward outra vez sentiu vontade de bater em Alec como na época. Era certo de que não faria, como na época.

— Como eu falaria uma coisa assim? Vocês eram muito ligados.

— Ele era um cretino, sempre foi. Não enxergava na época e talvez com você me dizendo isso pudesse ter outro fim. – Coçou a nuca, estava se exaltando. Não podia, queria ouvir até o final e algumas pessoas já notavam que eles não estavam muito bem. – O que aconteceu depois?

— Recebi uma mensagem sua me chamando para um cinema. Eu não estava fazendo nada então resolvi ir. Mas quando eu cheguei lá, o Alec estava sozinho. Disse que você tinha pedido que eu assumisse o lugar porque você tinha que fazer algo para seus pais de ultima hora.

— Eu não me lembro disso, Isabella.

— Como não? Foi no final de semana antes do que aconteceu com a gente.

— Aquele desgraçado deve ter pego o meu celular sem que eu visse e armou isso. Você não pensou nenhum momento que pudesse ter sido essa a questão? – Perguntou como uma acusação.

— Não pensei que fosse isso já que eram tão amigos. – Edward riu em desespero.

— Então foi mesmo lá?

— Eu... – Bella sentia que estava muito mais sóbria, a sua coragem tentava escapar. Porém, havia começado e de alguma forma terminaria porque nem mesmo ela suportava mais guardar aquilo para si. – Eu não queria ficar.

— Mas ficou. – Ele sabia, ela tinha ficado.

— Fiquei, ele... – Bella recordou-se enquanto falava com o Edward.

— Sinto muito mesmo, não queria vir e ficar no lugar dele, mas sabe como é o Edward. Ele queria que você aproveitasse o filme. Acho que vou embora também. – Alec havia feito a sua cara de cachorro sem dono e fisgou Bella.

— Tudo bem. Um filme não fará mal. – Bella sorriu ao vê-lo sorrir e entraram na sessão.

No meio do filme, Alec tentou segurar a mão de Bella que a recolheu sobre as suas pernas. Daquele momento em diante ficou mais tensa, porque uma coisa era se sentir a garota sexy com mais de um cara atrás dela, outra era estar já namorando e aceitar as carícias de outro.

— Eu sou louco por você. – Sussurrou ao lado de Bella. – Sempre fui, mas você nunca me notou. – Bella continuou olhando para a tela. – Bella, tentei fazer passar, mas não passa. Tentei vê-la como amiga, mas penso em você sendo a minha namorada. Quero poder pegar em sua mão, ir ao cinema e outros encontros, quero poder beijar você.

— Pare com isso. – Pediu.

— Desculpe. – Lamentou. – Eu tive que tentar. Não acha que nós dois combinamos muito mais do que você e o Edward? – Era o que todos falavam. – Bella, me dê pelo menos... – Sentiu Alec acariciando o seu rosto, Bella o olhou. Sabia que era bonito, que muitas garotas o achavam um bom partido. Uma curiosidade pelo que sentiria surgiu, ele esperou um pouco e aos poucos aproximou-se e a beijou.

Bella disse com detalhes o que aconteceu. Olhou para Edward que parecia arrasado e muito cansado. Ele caminhou trôpego até a sacada da varanda e olhou para fora, buscava ar.

— Jasper tinha razão. – Balbuciou para o nada. Bella incerta caminhou até ele. Queria dizer qualquer outra coisa, não sabia como. – Foi apenas isso? – Edward perguntou sem ainda olhar para ela.

— Sim, só ficamos no cinema, não transamos como os boatos da escola diziam.

— Eu era um bobo para você, como as suas amigas falavam? – Edward virou-se a encarou com um pouco de sua ira de volta.

— Eu já disse que não, você para mim era quem eu gostava de verdade. Se eu pensei em você como bobo, desculpe-me, não era a realidade. Eu estava errada, errei varias vezes com você. E fiquei com medo.

— Eu te dei a chance de falar comigo. Te procurei assim que soube e você me evitou. Na escola desapareceu, embora eu soubesse que estava lá e então os boatos foram rápidos.

— Como eu iria te encarar depois de ter ficado com o Alec?

— Você é mesmo uma mimada covarde. - Rosnou em sua cara.

— Sou. Sou, Edward. – Admitiu. – No final das aulas, soube que ainda estava na escola. Eu te procurei feito louca, iria tentar falar a verdade. Iria tentar... Então eu ouvi vocês... Eu pensei que você tivesse feito aquilo porque sabia da verdade. Eu não queria que você me dissesse isso, não queria ser a culpada por agir daquela forma. – Bella tentou conter as lágrimas com as mãos. As poucas pessoas em volta estavam curiosas.

— Então você me culpou e calou a sua própria culpa. – Bella afirmou com a cabeça chorando. – Você é realmente maligna.

— Edward...

— Eu te amei tanto... – Os olhos verdes transbordavam de tristeza e lágrimas.

— Me perdoe, Edward, por favor me perdoe.

— Você está com ele agora. Você calou a sua culpa, me culpou e ainda ficou com ele de novo. Rindo de mim, os dois, por todos esses anos.

— Não. Não foi assim. – Tentou tocá-lo, foi um impulso, mas ele se afastou.

— Bella está tudo bem? – Alice tinha finalmente encontrado a amiga que desapareceu da festa. Ficou alarmada com as caras dos dois e a intensidade do clima.

— Eu tenho que ficar longe de você agora. – Edward abriu caminho entre as duas e desceu as escadas.

Bella foi atrás sem escutar a amiga chamando também correndo atrás dela. Diferente do que imaginou, Edward não foi procurar a sua irmã ou seu amigo, apenas saiu porta a fora, desviando de todas as pessoas, muitas afetadamente alegres. Para aquele dia, alugou um carro e foi onde estacionou. Não escutava Bella e seus chamados, preferia ignorá-la. Arrancou, mesmo quando ela bateu em sua janela pedindo que a escutasse.

— Bella por favor, o que esta acontecendo? Porque esta agindo assim? – Alice tentava conter a amiga.

— Eu não sei, eu só tenho que falar com ele. Alice me dá a chave do carro do seu pai.

— Não, você não vai atrás dele assim.

— Alice, por favor! – Bella pediu desesperada.

— Tudo bem, eu dirijo. – Falou firme.

— Rápido, Alice. – Alice correu até o carro e Bella estava ao seu lado ansiosa.

— Não vai me contar o que está acontecendo? – Já dentro do carro ela tentou novamente.

— Eu contei a verdade para o Edward.

— De que verdade está falando, Bella?

— De que o traí uma vez com o Alec quando namorávamos e que não o escutei na época porque tive medo de que confessasse ser por saber da minha traição. Fui uma mimada covarde como ele disse. Eu tentei evitar a culpa todo esse tempo... Então... Eu não sei o que aconteceu hoje. – Bella despejava tudo como uma avalanche. Após a primeira vez sentia que era mais fácil dizer agora. – Pisa fundo Alice, já não vejo mais o carro dele.

Alice estava ainda surpresa com a revelação, mas pisou um pouco mais forte no acelerador. Não demorou muito para verem o carro parecido com o que Edward havia saído encostado com mais dois carros prestos impedindo a sua passagem.

— Pare! – Bella ordenou. Alice encostou a uns 20 metros atrás, tinham sorte que a rua não era movimentada e já era tarde da noite. Com olhos arregalados, Bella viu homens de preto saindo do carro e batendo no carro do Edward. Estavam provocando-o, exigindo que saísse.

— O que eles estão fazendo? Oh, meu Deus! – Alice estava apavorada.

Bella sacou o celular, trêmula, atrapalhando-se e discou para a polícia. Informou a rua e o que estava acontecendo.

— Por favor, rápido. Eles parecem querer machucar a pessoa. – Pediu antes de desligar. – Alice, temos que fazer alguma coisa. Eles o prenderam com os carros, logo eles farão com que saia. – Dito isto, viram a porta de Edward abrir e ele saiu como se estivesse resignado.

— Oh, não, Bella. Ele saiu... – Alice olhou em volta, os poucos carros que passavam não ousavam parar.

— Só me contem quem mandou vocês. – Edward disse assim que saiu e encarou todos eles, apenas seus olhos, pois estavam com lenços tapando a maior parte dos seus rostos.

— A única coisa que tem que saber é que este é um convite para sair da cidade. – O que estava na frente de todos falou.

— Então eu posso já ter uma ideia de quem me mandou esse convite.

— Entreguem o convite. – Ele disse fazendo um gesto de cabeça para avançarem, enquanto ele mesmo dava alguns passos para trás.

No início, Edward conseguiu socar alguns deles, mas era um número desvantajoso para ele. Logo, estava apanhando e não conseguia mais revidar.

— Deus, oh, meu Deus!!! – Alice não parava de dizer. – Não, Bella!

— Fique aí.

Sem pensar direito, apenas saiu do carro correndo em direção aquele massacre. Eles gritavam e xingavam o Edward, foi uma cena horripilante.

— Ei, vocês! – Bella gritou diante deles chamando a atenção. Todos eles pararam e olharam para Bella. Edward estava caído ao chão e sangrava. – Acho que já deu.

— Quem é você para nos dizer que já deu? Não tem amor a sua própria vida, garota? – O que parecia o líder disse.

— Eu chamei a polícia. – Bella olhou para todos. – Tem um com tatuagem de um gavião no braço esquerdo, um com corte de cabelo horroroso, um baixinho e gordinho com uma pinta no olho direito.

— O que pensa que esta fazendo?

— Identificando vocês. Vou dizer isso tudo a polícia. – Bella estava trêmula, a sua voz saia assim, mas pelo menos saia.

— Vá embora. – Edward tentou olhar para ela. Zonzo, não acreditava que ela estava ali arriscando-se.

— Vamos juntos. – Bella deu um passo para ir até Edward, mas o líder a segurou.

— Fique longe dos meus negócio, garota. – A jogou no chão, Bella sentiu que estava machucada imediatamente.

— Você está bem? – Alice a alcançou, não conseguiu deixá-la sozinha vendo que estava em perigo.

Edward reuniu suas forças e ergueu-se irritado.

— Vocês quererem morrer? – Ameaçou. 

— Parece que são vocês que desejam isso. – Edward iria atacar se não fosse o grito de Bella.

— Edward! A polícia esta chegando. – Ela ouviu as sirenes e todos eles também.

— Vamos embora! – Chamou os outros que logo entraram nos carros e partiram.

— Bella, seus joelhos. – Alice indicou com pesar os joelhos esfolados da amiga. Bella apoiou-se nela para levantar-se enquanto Edward a encarava com o rosto ferido, parecia confuso com a presença dela.

— Você está louca? – Acusou-a.

— Está muito machucado? – Bella estendeu a mão para tocá-lo, mas ele se afastou.

— Não toque em mim. 

Duas viaturas pararam perto do carro. Os policiais se aproximaram atentos e fazendo perguntas. Uma das viaturas partiu para procurar os carros enquanto acionava outros policiais. Uma dupla permaneceu com eles. Bella mal os olhou, estava aterrorizada com o que aconteceu, tentava perceber se Edward estava muito machucado. Ele tinha alguns cortes no rosto, gotas de sangue acabaram arruinando o seu palito.

— Vocês estão bem? – Alguém perguntou se aproximando deles. O outro policial falava com Alice. – Vocês estão bem? – Repetiu e Bella olhou para ele. Louro de olhos azuis, seu uniforme estava impecável. “Kovacs”, lia-se em sua identificação.

— Estou bem, ele no entanto, foi agredido violentamente.

— Não preciso que fale por mim. – Edward rebelou-se, ainda estava muito irritado com tudo o que ela tinha feito.

— Você está bem? Precisa ir a um hospital?

— Não. Estou bem.

— Ele não está. – Bella o contradisse.

— Parece que foi um ataque premeditado. Precisamos ouvi-lo. – O policial que estava escutando uma Alice agitadamente traumatizada falou para o Kovacs. – Dois carros pretos, acurralaram a vítima.

— Precisamos que nos acompanhe se estiver bem para isso. Caso contrário, levaremos vocês ao hospital antes.

— Edward, vamos ao hospital.

— Ah, droga! – Visivelmente dolorido ele encostou as duas mãos no carro se curvando um pouco. Um outro carro estava estacionando onde uma Rosalie aflita saia chamando o irmão.

— O que aconteceu? – Tentava ver o rosto do irmão. Emmett e Victória se aproximavam também. Bella inconscientemente afastou-se. – Edward, o que aconteceu aqui?

— Não foi nada demais. Terei que ir a delegacia prestar depoimento então você vai levar a Vic e ir para casa com o Emm.

— Não farei isso. Se tem que ir para a delegacia terei que ir junto.

— Você não vai. – Edward olhou para ela que quase chorou vendo o irmão machucado. – Eu estou bem, não faça essa cara. Rose não... – Pediu vendo que a irmã estava prestes a chorar.

— Desculpe. – Tentou evitar o choro.

— Sei que deve ter ficado angustiada, mas está tudo bem. – Emmett envolveu os ombros da namorada.

— Se ele está dizendo que está tudo bem agora, temos que confiar. Enquanto ele vai com os policiais para a delegacia, levamos a Vic, se ainda quiser ir, ligaremos para ele para saber se é preciso.

— Edward, está mesmo bem? – Victória perguntou a ele baixinho. Tinha o olhar preocupado o que incomodou Bella demais.

— Está sim. Vá para casa.

Todos eles pareceram se dar conta das presenças de Alice e Bella, encaravam as duas com curiosidade, mas sabendo que não teriam respostas naquele momento apenas se calara.

— Temos que ir. Consegue nos acompanhar? – Kovacs perguntou.

— Sim.

— As senhoritas também, já que presenciaram.

— Tudo bem. – Bella adiantou-se. – Vamos pegar o carro e segui-los. – Rosie arregalou os olhos e até mesmo Edward estava surpreso. Ela não parava de surpreendê-lo aquela noite.

Já na delegacia Edward atendeu o chamado de Emmett e garantiu que não demoraria e por isso seria perda de tempo irem encontrá-lo ali. Na verdade, não queria que a irmã voltasse a vê-lo em um ambiente como aquele, mesmo que sendo como vítima desta vez.

Ele ouviu o que Bella disse, e ela foi completamente detalhista, falando sobre tudo que conseguiu perceber dos agressores. Duas horas depois tinham sido liberados e Edward caminhou até de volta ao seu carro sem esperar pelas duas atrás de si.

— Espere! – Pediu Bella assim que ele abriu a porta do carro para entrar.

— Precisa tratar isso, por favor, pelo menos desinfete quando chegar em casa.

— Você é médica? – Perguntou sem paciência. – Cuide de se mesma. – Olhos para os joelhos dela.

— Edward não pode ser tão bruto agora.

— Não posso? Nem mesmo depois desses anos todos sendo tratado como um completo idiota por você e por alguém que se dizia meu amigo? Me diga, Isabella, você não suspeita também que tenha sido o Alec ou a mãe dele que mandou esses caras para fazerem isso?

— Eu... – Bella não queria admitir que aquilo passou por sua cabeça sim.

Edward a deixou balbuciando, entrou no carro e partiu. Seu coração e corpo estavam machucados, novamente por Bella e Alec.


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