10 Anos de Espera escrita por Camila J Pereira


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Estou sendo bombardeada de carinho, ânimo, energia positivas pelos tantos comentários, hj, agora, 123. Como a Michelle disse, um número interessante, curioso.
Queria de alguma forma retribuir os 100 e já se passaram mais alguns até que eu decidisse em postar esse capítulo no final de semana.
Que esse seja mais um capítulo que possa entretê-las e deixá -las mais felizes.
Que o final desse sábado seja grandioso assim como o dia de amanhã.



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Rosie ouviu a história completa do seu irmão, tudo o que havia acontecido no passado e nos últimos dias. Ela não o interrompeu nenhum momento, mas suas expressões mudavam a medida que as palavras de Edward formavam o que ela definiu em sua cabeça como injustiça.
— E é isso. – Finalizou sem mais.
Emmett suspirou soltando um assobio. Olhou denim para o outro, estava em expectativa. Sabia que a sua namorada não havia gostado nada de saber de tudo aquilo e de como Edward se sentia.
— Rosie? – Edward a chamou já que continuou olhando para ele como se enxergasse além.
— Eu sabia que o Jasper estava envolvido mais do que vocês diziam. Ele é o nosso irmão também, precisamos protegê-lo, mas nossos pais não aprovariam que não o deixasse arcar com as consequências de seus atos.
— Não o julgue agora.
— Nunca o julguei. Mesmo agindo errado, ele fez por você e estou muito chateada por não ter visto o que poderia acontecer. Não estava com vocês nesse momento. – Lamentou profundamente.
— Ninguém sabia o que iria acontecer aquele dia, Rosie. Não se martirize.
— Edward tem razão, loura. – Entrelaçando seus dedos nos dela, Emmett continuou: - Tudo aconteceu no calor do momento. Jasper não sabia que o Alistair faria tal coisa com o irmão.
— Sim, os atos daquele dia não eram previstos, mas os da Bella e Alec... – Rosie olhou para o irmão. – E ela ainda agiu como dona da verdade? Quando foi que ela se tornou essa vaca? – Edward apertou os lábios e abaixou o olhar por um momento. – Não irmãozinho, não me diga que ainda sente algo por ela.
— É claro que não sinto.
— Então porque não aguenta que ela seja chamada do que é, uma vaca mimada!
— Ela é uma vaca, não me importo. – Edward levantou de repente.
— Edward, eu disse que te protegeria até mesmo de você. Está precisando de uma intervenção contra a Bella.
— Não preciso desse tipo de intervenção. Estou me divertindo um pouco tornando a vida dela um inferno.
— E está se apaixonando de novo.
— Não estou me apaixonando, sinto apenas raiva. – Disse irritado.
— Quanto mais você fala, mas eu sinto que estou certa. – Ele riu nervosamente olhando para o teto como um pedido de ajuda. – O que quer da Bella? Quer apenas se vingar, de qualquer maneira? Quer que ela sinta o mesmo que você sentiu quando ela fez aquilo? – Voltando a olhar para a irmã, Edward parecia ter sido iluminado. Seus olhos brilhavam e seus lábios vermelhos estavam entreabertos.
— Eu adoraria... Quero que ela passe e sinta o que senti com o que ela fez.
— E depois?
— Como assim e depois?
— Cara, se quiser algo com ela, depois de uma vingança dessas um relacionamento entre vocês será impossível. – Emmett afirmou.
— Eu não quero ter um relacionamento com ela. - Edward evitou o olhar da irmã. – Que se dane! – Ele foi para o seu quarto, deixando os dois para trás. Não havia nada o que perder com aquele tipo de vingança então porque estava inquieto?


***

No dia seguinte, Edward os levou para verem as obras. Ele estava empolgado enquanto falava o que já havia sido feito e o que fariam dali por diante. Dimitri foi chamado para falar mais sobre os detalhes. No final do encontro, Edward teve a ideia.
— Porque não saímos todos nós hoje a noite? Chamarei mais uma pessoa.
— Seria ótimo! – Dimitri aceitou.
— Então mais tarde de envio o local e o horário.
— Esperarei. – Ele apertou a mão de todos e se despediu.
— Chamará mais uma pessoa? – Rosie encostou seu ombro no ombro do irmão e olhou faceira para ele.
— Uma amiga, a Victória. – Disse simplesmente.
— Temos mais uma mulher na jogada?
— Ela foi quem investigou todos aqui, nos tornamos amigos.
— Já gosto dela. Você a acha bonita? – Perguntou atenta.
— Sim, ela é linda.
— Uau...
— Para com isso. – Edward deu de ombros.


***

— Um brinde! – Rosie iniciou erguendo a sua taça, todos os outros se uniram a ela. – A amizade!
— A amizade! - Fez-se um coro alegre no restaurante.
O grupo tinha se reunido a menos de uma hora e estavam muito entrosados. Dimitri, Emmett e Edward, pareciam galãs saídos diretamente dos cinemas. Bem vestidos, altos e carismáticos , chamavam a atenção das mulheres que sentiam inveja da loura e da ruiva maravilhosamente belas que os acompanhava.
— Eu sei que nos conhecemos apenas agora, mas estou pensando em algo e acho que pode me ajudar. – Rosie aproveitou que os homens estavam engatados em alguma conversa sobre trabalho.
— Do que se trata? – Victória perguntou interessada.
— Primeiro gostaria de saber o que acha do meu irmão? – Rosie soou transparente na pergunta e no olhar e Victória riu.
— Ele é incrível, mas não me sinto envolvida romanticamente.
— Ah, mas isso é uma pena. – Rosie vincou as sobrancelhas. – Quando perguntei mais cedo e ele disse que eram amigos, não senti que estivesse mentindo, mas poderia ser que nem ele soubesse ainda. No entanto, parece mesmo que são apenas amigos.
— Bons amigos. – Reafirmou.
— Então, como boa amiga, pode nos ajudar.
— Sou toda ouvidos.
— Você deve conhecer o Alec Volturi e Bella Swan. – Rosie disse os nomes mais baixo para não ser ouvida por Edward.
— Sim, conheço.
— Que tal... – Rosie falava sobre o plano que tinha acabo de criar.
— Sobre o que estão falando? – Emmett virou-se para a namorada que cochichava com Victória.
— Coisa de garotas.
— Coisa de garotas? O que seria?
— Grandão, não seja tão curioso. – Sorrindo, ela lhe beijou nos lábios.
— Claro. – Piscou para ela.

***

— Vou deixá-la em casa, então espere por mim. – Alec saiu de sua sala diretamente para a mesa de Bella. Assim como apareceu, ele se afastou, sem aviso, sem esperar por respostas.
— Alguém parece ter mudado de atitude. Talvez o lado homem macho combine mais com ele e te atraia ainda mais.
— Alie, não é nada disso. – Bella começou a arrumar a sua mesa.
— Alec parecia com o seu lado sexual ativado. Deve fazer muito tempo desde a ultima transa.
— Sim, faz. – Bella respondeu sem pensar e cerrou os lábios assim que percebeu.
— Não deve repreender os desejos. Apenas se não os sentir mais. Costumava falar mais sobre o Alec, como ele era isso e aquilo, que tinha feito isso e aquilo outro. – Bella ficou calada. Sua cabeça era um redemoinho. – Depois que o Edward apareceu, vocês mudaram e se afastaram.
— Deu pra notar...
— Até um cego perceberia.
— Estamos em crise, a minha vida toda está.
— Falaremos sobre isso nas compras? – Alie queria uma promessa.
— Sim.
— Vamos?
Seguiram calados até o carro, parecia que a sua amiga havia percebido errado. Alec não estava inclinado a ter algum contato físico aquele dia. Ele mal olhava para ela ao dirigir. Trocaram algumas poucas palavras até a sua casa.
— Te fiz uma proposta a alguns dias e não obtive resposta até então. – Finalmente falou.
— Proposta?
— Nem ao menos lembra. – Disse triste. – Bella, quero um recomeço. Nós mal nos tocamos, não saímos, então eu estou quase achando que estou sendo dispensado.
— Me sinto estranha.
— O que isso quer dizer?
— Edward na cidade e o fato dele não ser culpado de nada. Não estou confortável. – Alec pós as mãos sobre o volante e alongou os dedos.
— Edward de novo?
— Não se sente incomodado?
— Claro que me sinto, me sinto incomodado quando a minha garota está focada em outro homem. Um homem do passado, um primeiro namorado. Como posso competir com isso? – O sofrimento em seu olhar a atingiu. Bella pegou as mãos frias de Alec e as envolveu nas suas.
— Não tem nada a ver com isso. Você sabe.
— Não gosto de me sentir inseguro, mas estou começando. Talvez Edward queira justamente nos separar. Seria a vingança perfeita, então temos que ficar juntos.
Eles se beijavam e aproveitaram alguns minutos antes dela entrar. Bella sentia o incômodo a seguindo por onde fosse como um fantasma, estava entre os beijos trocados a pouco, estava ali no seu apartamento com a sua mãe sorridente e solicita a lhe esperar.
— Para de tentar me agradar. – Pediu para Renée.
— Só quero te deixar mais relaxada.
— Você consegue? – As palavras ríspidas foram para ferir e feriram.
— Vivi esses 10 anos incomodada, tanto que atrapalhou a minha vida com o seu pai. Foi por causa disso que nos afastamos e mudamos um com o outro. - Justificou-se.
— Aí o traiu com outra pessoa para aliviar o peso de ter essa família.
— Sou humana, assim como você. Assim como você errou, eu errei.
Bella estava prestes a gritar.


***

O que a Rosie havia pedido não parecia um desafio muito grande. Já que tinha algum material da rotina do Alec, ela só esperou que ele chegasse a academia. Alec parecia querer pegar pesos aquele dia, ela o seguiu pegou altares e fingiu que um havia escorregado e a machucado.
— Calma, calma. – Alec levantou e pegou a ajudou a sentar em um banco mais próximo. – Está machucada?
— Ah, meu pé! – Gemeu.
Alec gentilmente tocou em seu tênis e a olhou nos olhos tristonhos de Victória.
— Posso tirar o tênis?
— Por favor. – Pediu com voz doce.
Alec retirou o tênis e a meia, tentou verificar como pôde se havia alguma fratura ou hematomas.
— Dói?
— Agora não muito, acho que tive sorte e foi só de raspão.
— Sim, teve sorte. – Mas mesmo assim ele pegou o seu squeezer e pôs no delicado pé para a água gelada aliviar a dor.
— Você é muito gentil. Agradeço imensamente. – Victória sorriu lindamente e por um momento Alec ficou rubro, pois havia percebido a mulher linda que lhe sorria.
— Precisa ir a enfermaria?
— Não, já me sinto bem. É o meu primeiro dia e acho que estou me sabotando, sabe como é, nosso corpo tão acostumado tenta não permitir que mudemos a rotina.
— Se está mesmo bem, pode voltar e fazer alguns exercícios leves.
— Farei isso. Sou a Victória.
— Prazer, Victória. Me chamo Alec.
— Acabei de chegar a cidade, depois de um dia sem encontrar um bom lugar para morar decidi suar um pouco. – Ousou um pouco no tom de aborrecimento.
— Então tem onde ficar?
— Ainda não. – Respondeu.
— Diga-me do que precisa, o lugar que pretende a faixa de valor e posso te ajudar. Trabalho com imóveis.
— Isso é ótimo. Acho que pode mesmo me ajudar.
Trocaram contatos e prometeram se encontrar no dia seguinte. A aproximação tinha sido muito fácil e não lhe deu nenhuma emoção. Alec era como todos os homens afinal. Rosie ficaria feliz ao saber que o plano já havia dado início.
Alec voltou a sua rotina de exercícios programados do dia, mas Victória permaneceu insistentemente em seu campo visual com seus cabelos ruivos abalados presos em um rabo de cavalo alto e suas leggings revelando pernas sensuais.


***

As duas se encaravam em análise silenciosa e crítica. Para Bella, Rosie parecia a garota perfeita, aquela que todos os homens sentiriam que ganharam o dia apenas com o seu contato visual. Alta, loura, de corpo bem proporcional, acompanhavam uma elegância natural. Era assim antes e teve a sua potencialidade aumentada com a maturidade.
Para Rosie, Bella continuava linda, era carismática e possuía o mesmo magnetismo de antes. Seus olhos claros eram o mais impressionante, conseguia manter em sua rede quem os encarasse. Era delicada e se movia com graça como uma fada bailarina. Entendia porque o idiota do irmãozinho havia caído na dela antes e estava caindo novamente. Bella era uma mulher adulta que parecia uma adolescente, era charmoso.
Bella pigarreou, piscou algumas vezes voltando a realidade. Tentava entender como havia se metido naquela situação. Ah, sim... Burra, riscou o número do Edward. Quem atendeu não havia sido ele é por um momento pensou que a ruiva que viu antes havia atendido. Rosie identificou-se e pediu que se encontrassem. Estavam ali, na mesma lanchonete em que ela e o Edward haviam se encontrado por ironia do destino.
— Rosalie, como posso ajudá-la?
— Veremos... – Bella notou o manso sorriso debochado e sádico do irmão no rosto da mulher a sua frente.


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Notas finais do capítulo

Sei que tem muito passando em suas cabeças depois disso.
Por favor, não economizem nos comentários.
Bjs



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