Sex and Candy escrita por Lux Noctis


Capítulo 1
Morangos & Chocolate


Notas iniciais do capítulo

;)



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“(...) I smell s e x and
c a n d y here…



Era o entorpecer dos sentidos quando sorvia o sabor daqueles lábios, para então sentir o doce do chocolate e o ácido do morango, que embora maduro ainda destoava do adocicado que sabia agradar o paladar de Kiba. Ao seu paladar, Kiba lhe caia mais saboroso que o doce, sem dúvidas.

Mas ali estava ele, à mercê dos desejos curiosos de seu namorado, comemorando um dia que ele sequer teria a ideia de comemorar, se fosse outra pessoa ali sobre seu colo, que não Kiba. Aquele ninja de pele trigueira havia entrado em seu mundo, e colocado tudo de cabeça para baixo, o que curiosamente era o lado certo para se ver tudo.

Sentia mais e mais daqueles toques, dos beijos onde os caninos resvalavam sobre seus lábios, por vezes arranhando-lhe a fina pele. Shino não era insensível à estímulos, com muitos levantariam para afirmar. Uma pessoa insensível não arfaria como ele fazia agora ao sentir o namorado descer em seu colo, fazendo os corpos mais uma vez entoarem o som do desejo sendo deliciosamente consumado.

Era o sobe e desce, o quica e joga a cabeça pra trás que fazia com que Shino esquecesse que uma parcela do corpo estava coberta por chocolates e morangos, importava-se apenas com aquela que sumia no interior de Kiba, e tão logo vinha à tona, apenas para ser abrigado de novo naquele interior quente. De pensar que pela manhã não conseguia imaginar o que seu namorado estava tramando… De pensar que era apenas para jantarem juntos, como já o faziam. De pensar que Shino havia levado uma caixa de bombons na famosa caixa em formato de coração, sutilmente aveludada e em vermelho, com um enorme laçarote a lhe enfeitar.  Kiba claramente tivera ideia melhor. Sorte a de Shino!

O gemido, os músculos que se contraiam levando o jovem Aburame à quase perder o momento exato no qual Kiba parecia satisfazer cada uma de suas vontades, fosse enquanto descia e subia o corpo, com o auxílio das mãos de Shino em seu quadril, fosse aqueles momentos que ele se inclinava à frente para mordiscar, fosse um morango ou a pele alva de Shino. E quando lambia? Fazia questão de lamber a pele até que o chocolate fosse apenas uma memória vaga e um sabor doce na língua que logo após roubava um beijo apaixonado de Shino.

Não reclamava de como as coisas estavam, não mesmo, mas parou para buscar em memória o que havia perdido para não captar que Kiba faria tão grata surpresa…



A manhã era nublada, mas a previsão era até agradável ao clima. Shino apreciava muito mais os dias cinzentos, mas sabia bem que aquele ao seu lado na cama preferia os dias de sol. Antes mesmo de se por de pé, tateou ao lado da cama, buscando aquele que era seu fiel companheiro: seus óculos. Ouviu o resmungo de Kiba, algo ininteligível, já havia se habituado com aquilo também. Com seu namorado em sua cama, e não apenas indo visitá-lo… Deveriam logo trazer todas as coisas de Kiba, não? Talvez noutro dia, aquele era especial para muitas outras coisas, que não visitar a casa da sogra para buscar pertences.

Vestiu a yukata, singela, sem adornos. Calçou as surippas e saiu do quarto sem muitos alardes, evitando acordar Kiba de seu sono pacífico. Teria um dia relativamente cheio, logo pela manhã uma reunião. Ino parecia eufórica em começar as aulas, e Shino como um bom amigo ofereceu-se para ser seu conselheiro nas primeiras semanas. Aquele que indica o método certo a seguir, não que achasse que a Yamanaka precisasse de tantos conselhos, mas acercou-se de ajudá-la.

Enquanto preparava o chá, sentindo o aroma chegar às suas narinas, enquanto o vapor tocava-lhe a face ao se inclinar um pouco, tão logo ouviu os sons de Kiba esbarrando em um ou outro móvel até que chegasse à cozinha, bocejando e esfregando os olhos com o dorso das mãos.  Era uma bela visão, Shino não poderia negar. Sentiu os braços ao redor de sua cintura, e o contato daquela bochecha com a marca do clã Inuzuka um tanto quanto borrado, pressionando-se contra suas costas, e a yukata.

—  Ohayō. —  Kiba desejou entre um novo bocejo, apertando ainda mais a cintura de Shino naquele abraço. —  Hoje não se atrasa, tá?

Talvez aquele fosse o primeiro sinal. Shino não teria como adivinhar logo de cara algo tão “sutil” assim, teria? Logo de Kiba, tão sutil quanto um farol em meio à escuridão.

—  Planos?

—  Os de sempre. —  E a risadinha que veio depois, daquilo sim Shino desconfiou, mas a se tratar de Kiba, os “planos de sempre” terminavam com os dois emaranhados aos lençóis, suor e bem… um pouco de outras coisas.

Não questionou mais, apenas sentou-se com Kiba para desfrutarem aquele café da manhã preparado com a ajuda do sonolento Inuzuka, enquanto mais comia do que de fato ajudava. Apetite não lhe faltava!

Arrumou-se para sair para o trabalho, moldava agora a próxima geração de ninjas, e a próxima depois daquela. Estava feliz com seu emprego, sentia-se bem sendo “Shino-sensei”.  Sentia-se muito bem quando Kiba encarnava alguma fantasia louca e o chamava assim para provocá-lo. Funcionava sempre, incrível!

Despediu-se dele com um selar de lábios antes de abrir a porta.

—  Vou preparar algo para comermos, não precisa se preocupar com o jantar, você ficará bem satisfeito com o prato que será servido.

Bem, ali estava de fato a pegadinha. Shino chegou em casa e não tinha nada para comer. Bem, nada além de morango, chocolate e… Kiba.

 

Não é necessário dizer que sua atenção dividia-se entre a reunião, e o que o esperaria até que chegasse em casa. Havia também a chance de Kiba zonear com toda a calmaria de seu lar, mas com isso já havia se acostumado também, com aquele furacão menor que si, mas muito maus desordeiro e espaçoso. Ria, internamente, por fora mantinha-se impassível, os olhos protegidos pelas lentes do óculos, enquanto ouvia a animada Yamanaka Ino contar seus planos para com sua turma. Iruka, havia passado mais cedo para lhes desejar boa sorte, Ino estava ainda na fase de estágio, mas com certeza se sairia bem.

Shino, por outro lado, estava um tanto quanto relapso. Sorte sua que Ino estava ao seu lado, e com o ânimo de multiclones do Naruto. Sua mente insistia a se perder na imagem daquele sorriso que Kiba lhe dera ao sair de casa pela manhã, e para sua sorte fora o mesmo que viu estampado nos lábios do jovem Inuzuka ao depois de um dia cheio, chegar em casa e encontrá-lo. As vestes não eram as esperadas para um jantar, mas quem reclamaria de vê-lo apenas com um blusão largo (de Shino, diga-se de passagem), peça íntima - porque sim, dava para vê-la - e surippas.

E foi com aquele sorriso ladino que Shino deu-se conta de que não teria nada para jantar, ao menos nada que lhe sustentasse o estômago, e não os desejos.

—  Temos morangos e chocolate, e você tem à mim. —  Kiba, nada teatral, apontou para a mesinha de centro naquela sala singela, e então para si, como se mostrasse o prêmio de primeiro lugar ao campeão que havia acabado de colocar os pés  em casa.

Riu, coisa que era raro se permitir. Não um riso escrachado, algo muito mais sutil, muito mais sexy aos olhos de Kiba, que claro, adorava aquela seriedade caindo por terra quando Shino apressava os passos para lhe tomar nos braços e lhe beijar tão necessitado de carícias e atenção. Atenção esta que Kiba sempre lhe garantiu!

—  Feliz dia dos namorados —  o sussurro de Kiba fazia com que Shino o apertasse mais naquele abraço, sentindo o corpo quente do namorado reagir bem às carícias em sua cintura, porque claro que suas mãos infiltraram-se sob o tecido para tocar a pele bronzeada diretamente.  Não era nenhum tolo, afinal.

—  Feliz dia dos namorados.

E fora assim, com os risos de Kiba enquanto enlaçava a cintura de Shino com as pernas, e fazia-o se abaixar um pouco para fisgar com a destra o prato com chocolates, passando para a canhota, deixando a tigela com morangos na outra. Foi com aquele desejo no olhar que Kiba viu o namorado tirar os óculos quando chegaram no quarto, despir-se do casaco habitual, das demais peças e permanecer com apenas o “desnecessário”, porque qual era a graça de permanecer ainda com a peça íntima? Era para fazer Kiba revirar os olhos e tomar como desafio pessoal despí-lo ele mesmo? Feito!

Era entrega, Shino sempre dono do controle, deixou ser levado pelos desejos do namorado, sentando-se na cama que dividiam tantas noites, recostando-se na cabeceira enquanto assistia Kiba despir-se daquela blusa, uma pena. Ficava sexy assim, mas não menos sem ela. Vislumbrou com atenção o momento no qual Kiba sentou-se sobre seu colo, pegado o chocolate com um dos morangos suculentos, e então fazer desenhos aleatórios ao torso alvo.

Kiba umedecia os lábios com a visão saborosa que era imaginar lamber Shino com aquele tanto de chocolate sobre a pele, e bem, Shino não pensava muito diferente no momento enquanto assistia Kiba empilhar um ou outro morango sobre sua tez… por vezes inclinando-se ao ponto de quase beijá-lo, mordê-lo ou lambê-lo. Ficava complicado discernir. Mas entregue ele estava, Kiba tinha carta branca para usar a criatividade sobre o uso de sua boca.

Sentiu as mãos em seu quadril, enquanto Kiba tateava em busca de livrá-lo daquela peça íntima muito incômoda, libertando Shino daquele aprisionamento inoportuno! Para então voltar a se sentar sobre seu colo.

—  Planejou isso desde quando? —  a voz rompeu baixa, não havia necessidade de gritar, não enquanto Kiba beijava-lhe o pescoço e lhe chupava o chocolate que estava ali adornando a pele.

—  Umas semanas.—  riu. Se Shino soubesse que Kiba havia tido a brilhante ideia devido à uma história de Naruto… bem, isso não caberia naquela cama que compartilhavam à “quatro”. Shino, Kiba, morangos e chocolate. Sexo e doce. —  Estava esperando o momento certo, na verdade comprei chocolate e morango outras vezes, e comi tudo sozinho.

Até ali, nenhuma novidade. Ao menos Shino agora sabia o porquê de tantas bandejinhas de morango em sua lixeira.

—  Te trouxe chocolate, mas acho que não cabe ao momento. —  Shino não precisava dizer, Kiba podia sentir, estava sentado sobre ele, afinal. E bem, não caberia mais chocolate ao momento, não mesmo. Caberia outra coisa… Coisa esta que Kiba inclinava-se agora para fazer.

—  Com ou sem chocolate? —  era brincadeira, Kiba não colocaria nada onde agora iria chupar.

Era quente, o interior daquela boca fazia com que Shino impulsionasse o quadril algumas vezes, na esperança de acomodar um pouco mais daquilo que estava tão necessitado de toques como aquele que Kiba tão bem sabia fazer.

Sossegou o quadril apenas quando pode agarrar na cintura de Kiba, ajudando-o a descer, sentindo o aperto daquele corpo, ouvindo o gemido abafado por uma mordida, que logo tornou-se um chupão para livrar seu ombro esquerdo do morango que ali havia. Impressionante, não havia caído nenhum. Claro, nas oportunidades que tinha, Kiba comia-os, e beijava Shino para que ele pudesse desfrutar de tudo aquilo. Não era porque ele tava comendo outra coisa que seria privado do morango e do chocolate, não é?

Era o sobe e desce, era o morde e assopra (literalmente). Era o beija e lambe, porque Kiba havia basicamente pintado o torso de Shino com chocolate e o enfeitado com morangos, enquanto Shino o comia, ele comia algo também. Troca justa, não? Bem, Kiba saia na vantagem, afinal, apreciava ambas as coisas.



Era visceral, sentia o aperto daquele corpo, e então ouvia o som, aquele de extremo prazer enquanto Kiba arrepiava-se com um leve espasmo, clamando o nome de Shino enquanto lambia-o atrás da orelha, acabando então com o chocolate no corpo do amado.

E Shino, bem, deleitava-se em preencher à Kiba com um pouco mais do que chocolate, talvez a palavra não combinasse com o momento.

—  Estava bom pra você, seu banquete? — Nada convencido, modesto até o último fio de cabelo, ou até as marcas borradas de seu clã em suas bochechas. Arfante, suado e um tanto corado. Descabelado e com a sensação de que as mãos de Shino fizeram tatuagem em sua pele. Não reclamaria, havia deixado sua marca nas costas do namorado, linhas carmesins que muito bem contrastavam com a pele branquinha de Shino.  — Porque quero mais chocolate… aquele que você trouxe pra mim, eu sei que são aqueles especiais com licor.

—  Estão na minha pasta. —  Shino levava-a para cima e para baixo, afinal, deixava ali o que ensinaria aos alunos, um cronograma.

Shino deveria ter dado os chocolates com licor antes… mas pensando bem, se Kiba já havia sido intenso ao ponto de marcar-lhe as costas, imagina o que faria um pouquinho alterado pelo teor alcóolico? Shino tinha boas recordações, ah como tinha! Talvez depois de comer algo (algo que não doce, ou agridoce, que no caso era Kiba), talvez depois Shino aceitasse de bom grado uma segunda rodada de comemoração ao dia dos namorados, afinal, comemorava-se apenas uma vez ao ano, certo?

 

Mas não faltavam desculpas ao casal para comemorar o que quer que fosse.


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