A quinta pessoa que me fez meu coração palpitar sob minhas vestimentas foi Jim.

Jim era preto.

Aprofundei meus conhecimentos acerca de sua personalidade quando descobri sua ausência de luz quando fiz meus dezessete anos. No entanto, por trás de toda a sua máscara sorumbática que mantinha até nos dias mais cálidos, Jim possuía uma elegância indescritível. Lembrava-me de seu andar sofisticado e flutuante por entre os corredores do terceiro ano do ensino médio.

Jogando-me em seu véu opaco de escuridão, estudei seus maiores medos, os quais causavam frêmitos que reverberavam por seu corpo longilíneo e delineado. Sua personalidade sorumbática era explicada através da perda constante de seus familiares, que preferiram se afastar o jovem por conta da imagem paterna ser ausente em sua rotina.

Devido à sua consternação progressista, manter-me perto de Jim era uma luta diária que, no final de nossa história, deixou-me devidamente trôpego ao carregar, sobre meus ombros, os sentimentos dos demais.