The Death Couple escrita por Thaís Romes
Notas iniciais do capítulo
Oi gentes!
Recadinho super rapido:
Os capítulos de Death Couple serão postados todas as quartas agora, sem falta.
Agora que já falei o que queria, espero que gostem!
FELICITY
Descobri a uns bons anos que tenho a tendência idiota de me apaixonar por caras inalcançáveis, ou delinquentes, bom não sei dizer qual caso é o pior. Mas me lembro com exatidão do primeiro cara que fez meu estômago doer de nervoso. Edward Raymond, um garoto da minha turma na oitava série. O mais alto da turma, ostentando com orgulho um lindo sorriso metálico que me tirava o fôlego. O problema é que sou bem adiantada nessas coisas de estudo e diplomas, e quando estava no colegial tinha acabado de fazer dez anos enquanto ele já tinha quatorze, nuca tive a menor chance. Poucos anos depois descobri que Ed acabou engravidando uma garota ainda aos dezessete e bem, foi como receber um lembrete da precisão divina.
O segundo cara foi na faculdade, olhando agora eu era uma garota bem precoce, mas voltando ao assunto, segundo cara Cooper Sheldon, a praga que inutilizou The Big Bang Theory para mim. Ele era lindo, com notas incríveis e um hacker quase tão bom quanto eu. Cooper é meu motivo de estar trabalhando na policia hoje. Graças a sua estupidez sem precedentes, eu me tornei um daquele casos de pessoas boas e perigosas demais que são melhores sobre as asas do governo do que fora. Babaca, pretencioso e idiota!
—Seu rosto está vermelho. -Barry aponta para minhas bochechas, roubando a torrada em meu prato.
—Estava pensando no Cooper. -justifico e ele espelha minha careta de desgosto.
—Okay. -começa cauteloso colocando café em uma xícara e se senta em minha frente. -Por que estamos pensando naquele idiota?
—Não estamos, eu estou. -o corrijo, mas não se deixa abater e fica esperando minha resposta. -Não acha que aquele cara está bem estranho ultimamente? -só de pensar minha cabeça lateja.
—Cooper? -Bear parece confuso. -Não me diz que está vendo o Cooper! -sua voz sobe uma oitava devido ao desespero.
—Não! -faço cara de nojo e roubo minha torrada de volta. -Estou falando do Queen. -um sorriso pretencioso aparece nos lábios do meu amigo e preciso me segurar para não revirar os olhos. -Foi uma semana muito estranha. -reclamo, massageando meus ombros e olho para minha perna engessada que estiquei sobre a cadeira.
Segunda-feira.
Oliver pediu a Patty para mudar o dia de seu depoimento devido aos comícios que teria agendado. O que não me atinge em nada, ou não deveria atingir, mas por algum motivo sua incapacidade de se locomover a delegacia deu ao Comissário Lance a ideia brilhante de me mandar junto a Dinah Drake, que é a detetive encarregada do caso, para ajudá-la a colher o depoimento do Queen.
-Querem usar o poligrafo nele? -questiono erguendo a sobrancelha, mas a pergunta sai antes que possa segurar e o Comissário me lança um olhar mortal em resposta. -Já estou a caminho, senhor. -corrijo com um sorriso amarelo o dando as costas em seguida. -Só um poligrafo justificaria minha presença, isso ou Drake me deixar bancar o policial malvado! -preciso sacudir minha cabeça para dispersar os pensamentos pervertidos que me tomam em seguida.
-Hum, adoro isso de policial malvado! -Patty entrelaça seu braço no meu. -Quem é o sortudo? -posso sentir minha face queimando, mas sua expressão divertida não permite que fique tensa.
-Ninguém é o policial mal. -olho em volta para me certificar que mais ninguém escutou meus pensamentos falados. -O Comissário Lance me mandou acompanhar Drake para colher o depoimento de seu Best. -conto em voz baixa, Patty faz careta e vejo a piedade em seus olhos claros.
-Odeio quando só o Ollie tem sorte! -reclama como uma criança emburrada e a olho sem entender.
-Oi?
-Nada. -continua com tromba. -Pode ser divertido. -ela tenta, mas sua expressão de desgosto não me convence.
Patty respira fundo e vejo seus olhos se perderem em um lugar distante, me viro e vejo Barry conversando com Malone, estampando um grande sorriso no rosto. Ela o olha como se fosse o último biscoitinho da caixa e preciso segurar o riso. Barry percebe nossa presença e parece engasgar com a própria saliva, que bobão, mas isso só parece fazer a garota ficar ainda mais encantada.
—Sabe, Barry nunca foi capaz de dizer não para uma pizza. -confidencio e Patty fica tensa ao meu lado. -Se acrescentar um filme bem nerd, vai ter o coração dele para sempre. -pisco para ela, vendo seu rosto bonito enrubescer.
—Smoak! -Dinah me chama e me despeço de Patty correndo em direção a outra mulher.
—Desculpe por ter que me levar junto. -digo entrando em seu carro e prendendo o cinto.
—Ah que nada. -dá de ombros colocando um óculos escuro antes de dar partida. -Precisava de um bom hacker. Fiquei satisfeita por não mandarem o Holt. -estremece de leve. -Tenho motivos para pensar que todo o ataque contra o King foi apenas uma distração, Oliver Queen teve seu acento trocado em cima da hora. -me passa alguns documentos que estavam em seu porta luvas. -Mas não foi por ele. Alguém parecia saber do ataque e o tirou da linha de fogo.
—Barry e eu tivemos os acentos trocados também. -falo enquanto olho seus dados.
—Sim, mas se trocassem apenas do cara que queriam pegar, seria bem suspeito. -justifica. -Olha aí, vocês foram as pessoas que compraram em seguida. -aponta para um dos papeis.
—Isso sim é má sorte. -murmuro.
—É garota, nem me diga.
Quando chegamos a seu gabinete tudo o que pude pensar é em como alguém pode chegar ao Queen sem que ele queira? O cara está concorrendo a prefeitura, mas já o tratam como o presidente do país. Tivemos que nos identificar na portaria, em frente a um elevador, em um corredor privado e na recepção de sua sala, para um homem negro muito alto, que parecia querer nos revistar fisicamente só por garantia.
—Acho que estamos a caminho de conhecer os Beatles. -sussurro para Dinah com sarcasmo e a vejo sorri de lado.
-Existem pessoas ricas, pessoas muito ricas e outras que são como Bruce Wayne e Oliver Queen. -sussurra de volta em tom de explicação. -Esses caras, tem tanto dinheiro que poderiam comprar meio mundo se quisessem e ainda teriam de sobra para não fazer mais nada pelo resto da vida.
-Então talvez ele tenha mesmo sido o alvo. -começo a ver sentido em sua desconfiança. -O que devo procurar.
-E-mails contendo ameaças, registros de perigo em sua correspondência pública e sinal de outra pessoa vasculhando.
-Considere feito. -tiro meu tablet da bolsa e começo a trabalhar.
-O Sr. Queen vai vê-las agora. -uma modelo de cabelos cumpridos e pele muito clara que Oliver mantem como secretária nos informa, indicando o caminho obvio em seguida.
As vezes penso que o problema sou eu, por outras começo a cogitar que alguém ainda mais azarado paira ao meu redor, mas ultimamente acho que encontrei uma espécie de combinação catastrófica. Claro que nada disso me veio a mente, ao por meus olhos em um homem louro de terno cinza que nos esperava no centro de seu escritório enorme. Não consegui pensar em muita coisa naquele instante.
-Bom dia, desculpem por ter as feito esperar. -diz cheio de simpatia caminhando em nossa direção. -Você deve ser a detetive Drake. -aperta a mão de Dinah.
-Sim, prazer em conhece-lo Sr. Queen. -o responde completamente profissional.
-Não vou pedir para me chamar de Oliver, algo em seu rosto me diz que vai recusar. -brinca e Dinah confirma com um sorriso simpático. Então ele se vira em minha direção e juro que vi seus olhos brilharem por um instante. -Srta. Smoak. -pisca algumas vezes me estendendo a mão. -É uma surpresa. -um grande sorriso surge em seu rosto lindo e percebo que ainda estava com minha mão nas dele, que eram ásperas e calejadas demais para um playboy milionário.
-Também achei. -tento me recompor e ele nos indica o sofá, sem soltar minha mão. -Hum, vou me sentar. -digo envergonhada e olho para nossas mãos unidas.
-Ah. -ele as solta parecendo que não tinha se dado conta. -Claro, por favor.
Todo o interrogatório ocorre sem nenhum problema, Oliver não parece se constranger nem mesmo com as perguntas mais evasivas de Drake. -É uma surpresa que seja tão sincero, Sr. Queen. -Dinah fala como se o estivesse elogiando.
-Na política, ou você é completamente sincero, ou está cavando a própria cova. -percebo seu esforço em parecer casual, mas apesar de não parecer uma mentira, seu maxilar trava por um segundo apenas.
-Mas nós ainda temos mais uma coisa. -ela começa, mas eu já tinha tudo o que precisávamos para conferir se era mesmo um cara tão transparente assim. Merda, não deveria estar tão interessada. -Parece que King foi apenas uma distração... -Dinah é interrompida bruscamente, pelo barulho da porta sendo arrombada.
-Sr. Queen, temos que te tirar daqui, agora! -o segurança grandão, entra na sala aos berros, com uma arma em mãos e o rosto cheio de urgência.
-O que está acontecendo? -Drake já estava segurando sua Glock, pergunta em alerta.
-Vão explodir esse prédio. -o homem responde atirando nas janelas de vidro. -Harper e Ramirez estão tirando todos, mas não vamos ter tempo de descer.
-Helena está lá fora? -Oliver se levanta e me puxa junto.
-Não, ela estava no andar de baixo aproveitando a pausa para comer. -responde rapidamente, então se aproxima da janela quebrada, retira outra arma que lança uma espécie de corda. -Vão! -grita e escuto o primeiro estrondo.
Graças ao treinamento de Drake ela não parece ter medo quando se lança para fora. Não sei o que nem como, mas de alguma forma sou arrastada por Oliver, que se lança me levando junto. Dinah avia aberto caminho em um prédio a frente, onde rolamos de qualquer jeito pelo chão escuro. Para piorar o outro cara vem em seguida e só percebo Oliver me empurrando para longe para não ser pisoteada.
-Temos que sair daqui. -ele me diz.
Dias atuais...
—Felicity, esse cara é podre de rico. -Barry me olha como se fosse louca ao achar que Oliver Queen é atlético demais para um político. -Pode olhar no Google ele dever fazer vários esportes radicais para se livrar do tédio de uma vida sem boletos vencidos!
-Eu já pesquisei. -confesso e escuto sua risada. -Você tem razão, esse cara faz de tudo, natação, escalada, Bungee Jump, rapel, até salto a distância. Mas por que?
-Tédio Fel, o tédio! -parece ser obvio para ele, mas Barry não quer ver o que está bem debaixo de nossos narizes.
-Claro, então me explica a o que aconteceu na terça. -o desafio.
-Agora a culpa é dele por você ser cabeça de vento? -não tem jeito, mas não sou de desistir facilmente.
Terça-feira...
Meu corpo estava completamente dolorido, passo metade do dia mancando, ainda com a perna direita repuxando todas as vezes que meus pés tocam o chão. Só uma torção leve, foi o que o médico falou, quero ir no consultório dele e dizer que sua definição de leve só seria justa para um cara com super força capaz de voar, que só coloque os pezinhos no chão por opção.
Devido ao atentado contra a vida do candidato, me pego mais uma vez em meio a um interrogatório que o envolva. Preciso de tempo para ler seus e-mails e os de seus funcionários, como não disponho disso, criei um programa com uma série de palavras e frases de alerta que apitaria sempre que algo aparecesse e me pouparia muito tempo.
-Smoak, pode ver isso? -Detetive Malone coloca uma pilha sobre minha mesa, mas antes que ela a toque as mãos de Barry interceptam os documentos, e meu amigo o devolve.
-Felicity, os remédios. -coloca duas pílulas em um saquinho e copo com água sobre minha mesa, depois se vira para o colega. -Ela nem deveria estar aqui e acabou fazendo hora extra. Só faz o seu trabalho, cara.
-Barry! – repreendo, mas Bear aponta para a mesa de Curtis, meu assistente, que já está vazia. -Por que não pediu ao Sr. Holt? -questiono Malone que desvia os olhos com expressão de culpa.
-Qual é gatinha, eu tenho um encontro! -sorri no que ele pensa ser um sorriso charmoso, mas apenas olho para Barry, depois volto para o trabalho ignorando qualquer presença ao meu redor.
-Aquele cara é inacreditável. -reclamo quando Barry e eu saímos da delegacia tarde da noite.
-Ele é babaca, mas não confiarem em seu assistente é o que torna tudo pior. -responde me apoiando com um braço em volta da minha cintura.
-Hey, cuidado! -somos jogados para o lado com força e um terceiro corpo cai sobre nós, um corpo bem firme e musculoso... -Vocês estão bem? -Oliver Queen se levanta em um salto e vemos o que parece ser um piano, ou o que era um piano espalhado pelo chão.
—Sério? Isso só acontece em filmes de comédia, ou desenhos animados. -reclamo sem conseguir levantar.
—Donna diria que você precisa de um talismã. -Barry tenta fazer graça. Olho para os dois ali de pé e tento apoiar na perna boa, que não parece mais tão boa assim.
—Eu a pego, aqui. -Oliver entrega algo a Barry antes de se abaixar e me pegar no colo. -Vamos tentar nos ver só uma vez, sem nada explodindo, ameaçando explodir ou caindo sobre nossas cabeças. -escuto sua voz torturada, mas estava sentindo muita dor para ter reação.
Dias atuais...
—O cara devolveu o seu crachá, Felicity. -Barry revira os olhos antes de pegar nossas xícaras e ir em direção a pia.
—Bear. -choramingo. -Precisa ver que é bem estranho, o cara prestaria depoimento no dia seguinte, por que ele precisaria estar na delegacia naquele horário? -em resposta Barry apenas se vira por um instante e ergue uma sobrancelha, como quem diz que eu quem estou me fazendo de boba.
—Joe ficou bem feliz por ele não ter esperado. -o vejo dando de ombros e sinto vontade de tacar uma cadeira em suas costas. -Caso o contrário, seria o fim dos Allen no mundo. -se vira me olhando com expressão de falso pavor. -Toda a esperança da minha espécie está sobre meus ombros! -exagera.
—Então é o depoimento dele na quarta! -argumento.
—Você caiu da escada por que é teimosa demais! -soa impaciente.
—Claro, por que depois desse histórico, eu vou muito me trancar em um elevador com ele. -cruzo meus braços com força. -Quero sair daqui!
—Um pé torcido e a outra perna quebrada. -Barry me envolve para me pegar no colo. -Quem mais conseguiria tudo isso?
—Você. -respondo sem nem precisar pensar e o escuto dando risada em seguida. -Quinta feira? -sugiro enquanto ele me coloca em minha cama.
—Sabe que a sopa que ele gentilmente te trouxe. -destaca. -Azedou por ficar fora da geladeira, para de inventar problemas onde não existem. -me cobre e começa a sair em seguida.
—Você só está defendendo por que agora que eu estou aqui de molho, você pode ver a Spivot fora do trabalho todos os dias!
—Quem mais te ajudaria a tomar banho? -se vira apenas para sorrir, um sorriso largo com todos os dentes aparentes.
—Idiota!
O remédio me deixa sonolenta, então acordo no inicio da tarde, com o som da campainha. Barry passa voando pela porta do meu quarto, com a camisa tapando a cabeça enquanto ainda a vestia. Ele é tão obvio que não sei como Patty não marcou um gol ainda. Mas mesmo sendo irritante e chatinho, Barry tem trocado o turno para que não fique sozinha por muito tempo em meu estado atual.
—Boa tarde. -não é a voz de Patty, mas sim de seu melhor amigo e meu pesadelo pessoal.
—Oliver, é bem legal fazer isso. -Barry diz, isso? Isso o que?
—Que nada, estou livre e você ocupado. Pode ir trabalhar que olho sua garota.
—Ela não é minha garota. -fala rápido demais e cubro minha cabeça desejando desaparecer do mundo. -Amiga, só amiga.
—Eu, não quis dizer garota desse jeito. -a voz de Oliver soa divertida. -Onde ela está?
—Primeiro quarto do corredor. Pode levar esses remédios para ela, e o almoço de vocês está no forno, obrigado mais uma vez! -as palavras foram tão rápidas que não sei como Oliver pode ter entendido tudo, escuto a porta bater e me ajeito as pressas, nos seis segundos que leva para Oliver aparecer em minha porta segurando um copo com água e meus remédios.
—Oi! -suas bochechas estão rosadas, ele é tão lindo que nem parece verdade. De camisa de gola v e jeans consegue ser melhor do que o terno. -Felicity!
—Ah, oi! -merda.
—Se sente bem? -ele deixa o copo e o saquinho com os remédios na mesinha de cabeceira, se senta na beirada da minha cama e toca minha testa com suas mãos quentes. -Parece normal, é a dor? -me entrega o copo sem me dar tempo de responder. -É dificil ter tantos ossos quebrados. -sua voz se enche de piedade, mas algo ali parece cômico, como se falasse por experiencia própria.
—Estou bem, é por que já estava na hora de tomar os remédios. -minto, tentando não encarar seu pomo de adão.
—Aqui. -me entrega o saquinho transparente.
—Obrigada por vir cobrir o Barry como minha babá. -brinco. -Sei que é bem ocupado.
—Não estou sendo tão ocupado, meu gabinete de campanha foi pelos ares. -me lembra e faço careta. -E tem o fato de que não estaria machucada se não fosse por mim.
—Você me salvou, duas vezes. -é minha vez de lembra-lo.
—Na primeira custou uma torção, na segunda te deixei tão assustada que acabou com a outra perna quebrada em três partes diferentes. -que estranho, esse cara se preocupa com outras pessoas em uma evacuação de emergência e agora parece sentir minhas dores ao me ver nessa cama. -As vezes é como se você estivesse em outro mundo. -sua voz me desperta e o vejo sorrindo com ar de admiração.
—Eu estava prestando atenção, mais atenção que deveria. -arregalo meus olhos ao perceber seu rosto corado, claro que eu pensei alto, se não penasse não seria eu. -Desculpe. -sou salva por um barulho estridente.
—Isso é o alarme de incêndio do prédio? -Oliver se levanta e olha em volta incrédulo, então o cheiro de fumaça se torna aparente.
—Só pode ser brincadeira! -quase choro, mas de alguma forma já estava em seus braços.
—Seu telefone, onde fica sua bolsa? -pergunta alerto. Aponto para um pedestal atrás de minha porta.
—A vermelha, está com minhas coisas.
—Ótimo, vamos.
Saímos do prédio em meio a todos os moradores. Oliver olha em volta e sinto que não era com ele mesmo que se importava. Ele fica parado comigo em seu colo por uns cinco minutos, ignorando meus protestos dizendo para me por no chão.
—Tem um banco, bem ali. -aponto para o outro lado da rua, e ele parece analisar o ângulo do lugar, depois nega balançando a cabeça.
—Consegue pegar meu celular em meu bolso? -confirmo e ele continua. -Perna direita. -tento me sacudir o mínimo possível e alcanço o telefone. -Primeiro numero nos contatos.
—Patty? -questiono confusa, se fosse o caso poderia ligar para o Barry.
—Ela vai saber o que fazer. Coloca no viva voz, por favor. -obedeço e somos atendidos ao primeiro toque.
‘Qual o dilema da vez, senhor Hamlet?’ contenho o riso, por que o coitado está me segurando a muito tempo.
—O prédio de Felicity está em chamas. -Oliver ignora o deboche da amiga.
‘Não!’ Exclama em choque. ‘Ela? Ai Deus, ela está...’
—Bem, está bem. -a tranquiliza.
—Ele não quer me por no chão, vai acabar fraturando a coluna. -acrescento e escutamos Patty suspirar aliviada.
‘Já mandei um carro, Ollie, pode leva-la ao meu AP.’
—O que? Não precisa. -me apresso.
‘Não é negociável, vou com Barry assim que pudermos.’ Soa com tanta firmeza que me vejo sem poder retrucar.
—Acho que vamos para a Patty. -Oliver diz, depois olha em volta e se aproxima de um dos vizinhos, explicando minha situação e dando seus contatos para dar notícias.
—Acho que nós somos o Apocalipse. -sussurro para ele quando entramos em um taxi.
—Então, acho que também estou começando a pensar isso. -seu rosto está completamente sombrio, e por um momento me parece ser alguém que com a motivação certa, pode se tornar incrivelmente perigoso. Chega, isso já está me matando. Me viro em sua direção com muito esforço.
—Quem é você, Sr. Queen? -seus olhos perdem o foco e o vejo se recompor antes de me olhar com a simpatia política que já percebi ser faixada.
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Pois é, Oliver está encrencado.
Acho que Felicity não é tão bobinha como ele julgou ser... Hahaha.
Mas falem comigo xuxus, me contem o que acharam e vou adorar interagir com todos vocês.
Bjnhos!