Sevens steps to Love escrita por Dusant


Capítulo 8
Coragem - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Segunda parte do capítulo, e de certa forma o clímax dele.

Eu fiz uma pequena alteração no capítulo “Momento”, onde eu escrevi que Tayuya estava com a flauta quando ela e Naruto foram encontrar Jiraya, então isso faria com que ela ficasse com a flauta quando fosse embora. Eu fiz uma pequena alteração que no caso Naruto que ficaria.

É apenas uma pequena mudança que fiz.

Elogios, criticas, duvidas e sugestões são bem-vindos, todos os comentários serão respondidos com a devida atenção.



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Jiraya agora se encontrava no quarto no qual estavam hospedado, com Naruto ainda sem ter aparecido, tendo passado algumas horas desde da conversa que eles haviam feito. Enquanto ele esperava, se mantinha ocupado juntando os suprimentos necessários para que fosse resgatar Tayuya, com ou sem a presença do loiro, mesmo que isso seria um fator bastante importante para que toda essa situação fosse consertada.

A relação do Sannin e da ruiva poderia ter começado com o pé errado, em grande parte pela personalidade pervertida e principalmente provocadora do homem de cabelos bracos, mas, ainda assim, Tayuya havia crescido em seu coração, com sua personalidade forte e honesta e agora ela estava perdida em algum local, com um selo em ativa que poderia piorar mais ainda a situação.

O motivo da estranha calma de Jiraya a tudo isso, é que ela sabia onde estava. Por mais que ele goste de Tayuya, ela ainda era uma prisoneira, não tendo sequer passado dois meses desde de seu atual processo de reintegração. Um selo de localização e contenção havia sido colocado nela, no primeiro dia em seu hospital, com ela ainda desacordada, e após ela ter sido tratada por Tsunade. Jiraya havia colocado, sendo que o selo, localizado discretamente nas costas, era integrado com um pergaminho, que dentro tinha um desenho de uma bússola, que apontava a direção que se encontrava o alvo, e abaixo, dizia o status dele.

Tayuya se encontrava ao norte de onde eles estavam, indo pelo caminho que eles iriam de qualquer forma juntos, caso não tivesse acontecido esse desastre.

Tayuya estava indo para Oto, sozinha.

A implicação disso era várias, traição era uma delas, e caso isso realmente se mostrasse, Jiraya tinha ordens expressas que ele deveria ativar o selo de contenção dentro nela, que paralisaria todos os movimentos dela, sendo que só seria desativado com um comando expresso dele.

 Tsunade poderia está apegada a garota, mas ela ainda era uma Kage, e Tayuya ainda era uma prisoneira.

 Mas Jiraya tinha certeza, que tando ele quanto a Hokage, fariam o possível para acabar com essa situação.

De qualquer forma, o motivo de Jiraya até agora não ter ativado o selo de contenção, é por ter visto o nivel 2 do Selo Amaldiçoado, e ainda, ver ela tentando desativar essa forma e não conseguindo. Poderia ter vários motivos para isso, que Jiraya descobriria quando pudesse, mas o fato agora era que havia uma garota perdida, confusa, e tendo um selo amaldiçoado corrompendo a sua vontade, a condicionando ela a ser lentamente, a serva de Orochimaru.

Jiraya estava frustrado, e se dependesse dele, teria imediatamente partido em busca de Tayuya, mas a verdade era que Naruto era vital para que tudo se resolvesse. O Sannin esperaria mais algumas horas e partiria, com ou sem o pirralho.

Pensando nele, a porta se abriu e o dito pirralho entrou, sua postura e seu rosto ainda sério, mas de longe sem o abatimento e confusão que tinha antes, ele então apenas afirmou, “Como encontramos ela, Ero-Sennin?”

Jiraya, se mantendo cauteloso, e querendo saber exatamente quais eram a intenção de Naruto apenas perguntou, “O que você vai fazer quando a encontrarmos?”

Naruto com uma expressão determinada, afirmou, “Eu quero ouvir ela. Eu não dei a chance para que isso acontecesse, e no final apenas abandonei ela.”, nesse momento, o loiro suspirou, “Eu fiz uma grande idiotice, né?”, sua expressão agora demonstrava uma leve tristeza.

Jiraya apenas sorriu, e afirmou, “Garoto, todos nós erramos, eu falei isso para você horas atrás, mas você, finalmente percebeu isso, e francamente falando, muitos mais erros e confusões vai acontecer com você e Tayuya.”, Jiraya afirmava, profetizando o futuro daqueles dois juntos, “Não digo para perdoar ela automaticamente, não posso simplesmente pedir que suprima seus sentimentos em relação ao Hiruzen, mas apenas quero que veja se o que ela fez, vale o futuro que vocês podem ter juntos.”

O final da fala de Jiraya, foi bastante sugestivo, mas ele sequer se preocupava que o garoto notasse, tão imerso em pensamentos, e sendo naturalmente denso como era. De qualquer forma, Jiraya finalmente tinha a peça vital para solução desse problema, e com sorte, mas nenhum surgiria.

 Eles tinham uma ruiva para se desculparem.

  

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O som que uma floresta causa é particularmente interessante. Sempre se pensa em um ambiente calmo, silencioso, mas a verdade que ela sempre terá barulhos pequenos, que juntos tecem um som que indica algo. O farfalhar das folhas nas árvores, o vento correndo entre os troncos e balançando as folhas, animais selvagens, insetos, barulho da água, várias coisas que juntos indicam vida, indicam a natureza em seu estado primitivo, sem o toque do homem.

 A tranquilidade que temos quando andamos em uma floresta, não é pelo silêncio, mas pelos barulhos, que de forma consciente ou inconsciente, nos faz sentir a vida ao nosso redor. Tayuya atualmente não poderia sentir isso, pois apenas algo vivo poderia sentir a vida ao redor, e atualmente, falar que Tayuya estava morta por dentro não seria uma mentira.

Sua roupa estava em puros trapos, o kimono estando todo sujo de lama e rasgado em várias partes, seu cabelo estava sujo de terra e folhas, tendo a muito tempo perdido o penteado que estava, estando apenas solto e extremamente mal cuidado. Feridas adornavam toda a sua pele, nada realmente de grave, já que estando no nível 2 do Selo Amaldiçoado, sua pele era mais durável, sendo que as feridas eram apenas algo superficiais, claro que o risco de infecção existia, mas era a última coisa que passava pela cabeça dela.

Seu corpo andava, mas como se arrastando, para uma direção, e se perguntassem para ela o por que disso, provavelmente nem mesmo ela saberia. Apenas era o caminho que ela deveria seguir, o caminho que os sussurros diziam, o caminho que realmente pertencia a ela.

Monstros sempre devem retornar para casa.

Suas pernas praticamente gritavam de dor, não estando prontas para todo o esforço, mas o Selo dava energia, o poder para que continuasse, os sussurros a fortalecendo. Na cabeça de Tayuya, as cenas se repetiam mais e mais, e sem ela perceber, iam se distorcendo, as expressões se tornavam mais cruéis, os gritos mais raivosos, o desprezo mais forte.

“MONSTRO!!”

Essa palavra agora não era dita por apenas uma pessoa desconhecida, um civil ignorante e com medo, mas agora por várias pessoas, por uma Hokgage que tinha conquistado seu respeito e admiração, por um velho pervertido que lentamente foi conquistando seu carinho e por um loiro que aos poucos foi tomando um lugar especial em sua vida.

Todos gritavam o que ela era, todos gritavam a verdade.

Em passos lentos, o monstro de cabelos vermelhos, caminhava a onde ela pertencia.

O selo ainda brilhava de forma doentia.

 

 

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Jiraya e Naruto estavam a quase 2 horas saltando entre as árvores e correndo na direção suposta que Tayuya deveria ter ido, o Sannin não havia revelado como ele sabia onde estava a ruiva para Naruto, mas o próprio não quis insistir muito nisso, onde após a raiva ter diminuído, se deu lugar em preocupação pela sua amiga. Ele soube da situação que estava atualmente, em que o Selo poderia corromper a mente de Tayuya, e com isso podendo piorar mais ainda o quadro dela. Jiraya presumia que em mais alguns minutos, eles alcançaria a ruiva, sabendo que suas pernas não estavam em condições de percorrer longas distâncias rapidamente.

Vinte minutos depois, isso se concretizou, com eles percorrendo todo o caminho da forma mais silenciosa que podiam, não sabendo o que Tayuya faria caso notasse a aproximação deles, e então em cima de alguns galhos grossos de uma árvore, Jiraya foi o primeiro a avistar ela, vendo a situação que ela estava.

Não era possível ter muito detalhes, da posição que estava, mas ele podia ver o kimono maltrapilho, seu cabelo, que ela cuidava com bastante dedicação, estando um desastre, e andando de maneira errática e curvada, como se estivesse forçando o seu corpo mais que devia.

A situação agora não era só uma conciliação, mas evitar que Tayuya causasse mais dano a si mesmo.

Jiraya fez um sinal para Naruto parar, e ele assim fez, e quando viu a direção que Ero-Sennin olhava, ele a viu e se preparou para gritar por seu nome, mas rapidamente foi silenciado por Jiraya, tendo uma mão tapando a sua boca, e a outra fazendo um sinal de silêncio com o dedo, e então ele sussurrou, “Temos que pensar no que vamos fazer.”

 A expressão de Naruto ficou um pouco incrédula e assim ele disse, também sussurrando, “Nós apenas conversamos com ela, Ero-Sennin!”, obviamente, o Uzumaki sabia que a situação era muito mais complicada que isso, mas era melhor ideia que ele tinha no momento.

“Naruto, ela está com o selo ativo a horas! Eu sei como funciona, e é literalmente como uma droga, sendo sincero, eu sequer sei se ela está bem da cabeça.”, ele sussurrou em resposta.

Um silêncio rápido se estabeleceu, ambos pensando numa solução, e não se preocupando muito com a distância que Tayuya fazia, ainda caminhando lentamente para frente, eles facilmente poderiam alcançá-la. Então o loiro teve uma ideia:

 “Me deixe falar com ela. Eu sei que ela que está com raiva de nós dois, mas preciso conversar com ela.”, ele disse, com uma determinação em seu olhar. Jiraya rapidamente respondeu,“Ela pode lhe atacar Naruto.”

“Você mesmo disse que as pernas não estão em condição de luta, e olhando pro estado dela,” nesse momento seu olhar adotou uma expressão mais preocupada, olhando para as costas de Tayuya, “ela não poderia ser uma ameça muito grande para mim. Se acontecer alguma coisa, você fica escondido, e imobiliza ela ou algo do tipo.”, finalizou o loiro.

O plano era sólido, e mesmo com os riscos, era uma opção aceitável. Jiraya ainda poderia usar o selo de contenção em Tayuya, mas seu medo de como isso reagiria com seu corpo e principalmente com Selo amaldiçoado, o fazendo querer usar apenas como último recurso. Sem contar que a principal arma de Tayuya era a sua flauta e ela estava sem o instrumento que tinha ganhado ontem.

 Mesmo não servindo para uma batalha real, ainda era uma arma em suas mãos. Vendo que não tinha nenhuma ressalva grande para levantar, e com a urgência do tempo, Jiraya assentiu, uma expressão séria em seu rosto, e finalizou, olhando para o seu aluno, “Tome cuidado, Naruto.”

O loiro assentiu, e então saiu saltando entre os galhos e se preparando para abordar a garota que rapidamente tomou uma grande importância para ele. Jiraya permaneceu onde estava, em prontidão para qualquer problema.

Tayuya andava lentamente, seus olhos estavam trancados para frente, não se movendo em nenhuma hipótese, suas passadas eram trêmulas, seu corpo protestando em dor e em uma temperatura que provavelmente indicava uma febre forte em seu corpo. Seus ouvidos captavam vários barulhos diferentes, mas sua mente estava muito entorpecida para reagir a qualquer coisa.

Ela tinha apenas um objetivo e nada pararia ela, os sussurros a fazendo continuar em frente.

Um barulho começou a se tornar mais forte, saltos entre galhos de árvores, até um pouso no solo, e então passadas na terra. O local, tendo um espaço grande entre as árvores, para que ela pudesse andar, e sem raízes ou pedras, que poderia fazer a tropeçar.

Um nome foi dito, era algo que Tayuya por um momento sentiu reconhecer, a voz que dizia ajudando nisso, mas os sussurros rapidamente encobriram o som, e se tornavam mais altos, insistentes para que ela continuasse.

Naruto agora estava indeciso do que fazer, ele repetia o nome dela várias vezes, esperando que ela parasse e se virasse para ele, mas era como se ela ignorasse a sua existência. Ele poderia pedir pela ajuda de Jiraya, mas ele decidiu desde do início, que o principal responsável pela situação de Tayuya era ele mesmo, e por isso, era sua responsabilidade de resolver.

Decidido, ele andou mais alguns passos, e ainda dizendo seu nome, ele segurou a sua mão, ironicamente uma cena bastante semelhante como aconteceu ontem a noite, mas com os papéis invertidos.

Tayuya sentiu algo segurando a sua mão esquerda, seu corpo tão letárgico e lento, que parou com a pequena resistência que tinha em sua mão, fazendo ela parar momentaneamente. Um nome ainda era dito, pela mesma voz, mas Tayuya não conseguia mais ouvir nada, pois os sussurros, agora tinham se tornados gritos, gritos que falavam para ela afastar o obstáculo.

Assim, ela obedeceu.

Tayuya estava fraca, sem condição alguma de lutar e tendo suas pernas praticamente tremendo em pura tensão, se ela fizesse qualquer movimento repentino com elas, como correr, provavelmente ela simplesmente desligaria de novo, como havia acontecido antes.

 Mas seus braços ainda estavam bem, e o Selo Amaldiçoado nível 2 dava várias reforços.

Um deles era um grande reforço na força física.

O movimento não foi exatamente rápido, mas tão súbito que Naruto não teve muito tempo de reação além de levar seu braço direito para frente de si, e por sorte, bloqueando o soco da ruiva com ele, descobrindo mais uma vez, o poder que o Selo Amaldiçoado concedia.

Ele foi jogado por alguns metros, pela força pura atrás do golpe, batendo em um tronco de árvore grosso, e algumas folhas caindo ao seu redor, pelo impacto. O golpe em si não foi a pior coisa que tinha recebido, e além de um provável hematoma na região que recebeu o golpe, não houve muitos danos a ele.

Naruto fez um sinal para Jiraya ainda não se aproximar, sabendo que seu mestre poderia tentar alguma coisa a essa reação, mas Naruto ainda não desistiria, ele tinha mais uma coisa para tentar. Optando para não tocar mais em Tayuya, ele rapidamente a alcançou, com ela ainda andando de forma lenta, sem nenhuma vez desviar os seus olhos, junto a sua aparência, tornava uma cena um tanto quanto amedrontadora.

Naruto ficou em frente a ela, ainda deixando uma distância saudável entre os dois, de maneira que ela não tentasse o atacar mais uma vez, quando enfim Tayuya reconheceu a sua presença, seus olhos que antes era um tom vivo de vermelho, agora estavam amarelos, em um tom opaco e sem vida. O encarando intensamente, mas ao mesmo tempo não indicando que ela identificasse quem era, Naruto viu que ela reagiria mais uma vez a ele, e rapidamente tirou o pacote que estava guardado em seu casaco, que nem Jiraya sabia.

 A caixa de cor vermelha foi aberta em frente a Tayuya, e uma flauta foi apresentada a ela, a mesma que Naruto deu a ela na noite anterior.

 As vozes ainda eram altas e exigentes, mas quando Tayuya viu o instrumento, algo a deteve a obedecer as vozes, uma sensação, uma lembrança, passando em sua mente, e lentamente, uma melodia baixa começou a surgir. Tayuya ficou confusa, demonstrando isso em seu rosto, tendo as vozes e a melodia que lentamente crescia em sua cabeça, e lentamente, se aproximou da caixa, estendendo a mão esquerda para a caixa, pegando a flauta.

 Naruto o tempo todo se mantinha quieto. Ele não tinha ideia do que se passava na cabeça de Tayuya, o risco de entregar uma flauta a alguém que a socou com todas as suas forças momentos antes, poderia resultar em outro ataque a ele, mas a reação de Tayuya, sua confusão, e o resquício de alguma lembrança, era algo que Naruto estava disposto a correr o risco.

 Jiraya no alto de uma árvore, se mantinha de forma tensa, preparado para reagir a qualquer coisa que acontecesse. Ele sabia que a flauta não duraria muito, caso Tayuya usasse contra seu discípulo, mas ele havia aprendido que tudo pode acontecer.

Tayuya sentia com as mãos o instrumento, a madeira, seus dedos passando entre os pequenos furos, e lentamente foi reconhecendo o instrumento, memórias de melodias sendo tocadas, sendo a mais recente, uma melodia que ela tocou, e sentiu que as pessoas haviam gostado.

 A melodia em sua cabeça estava subindo, e as vozes estavam diminuído, perdendo o seu som e espaço, e a expressão de Tayuya, para o alívio de Naruto, lentamente foi suavizando, criando alguma vida, em o que era uma casca vazia.

Porém as vozes não eram tolas, ela sabiam que estavam perdendo o seu poder, e então, fizeram algo que era sua especialidade.

Corromper.

A melodia, que antes era lenta e melancólica, mas que transmitia uma intensa paz, foi lentamente mudando, seus tons começaram a se tornar erráticos e fortes, extremamente agudos, e causando uma sensação de desconforto para ela. Lembranças retornaram a ela, memórias de um tempo onde ela matava e torturava as pessoas por ordens de alguém, quando o que tinha em mãos, não era o seu instrumento, mas sua arma.

As vozes triunfaram, e Tayuya havia chegado a conclusão de pôr que ela havia segurado a flauta.

Monstros gostam de destruir.

Seus lábios tocaram o bocal da flauta, sua respiração retesou, e tão focado que Naruto estava, em saber se Tayuya havia cobrado a razão, sequer percebeu que ela havia juntado chakra no instrumento.

Uma nota saiu, alta e aguda, tão poderosa, que até afetou o ar ao redor, causando uma onde de vento ao redor dela, e quando o som finalmente chegou aos ouvidos de Naruto, ele sentiu algo, mas, diferente da noite anterior, não era algo prazeroso para si.

 Seus ouvidos começaram a doer, como se adagas estivessem sendo enfiadas em seu ouvido, e quando o resto da notas começaram a vir, formando uma melodia errática e inconstante, os ouvidos de Naruto ficaram mais doloridos, sangue começando a sair de seus ouvidos, e, por fim, um grito de pura dor surgiu de seus lábios.

 O grito foi algo que chocou todos as pessoas ao redor, com Jiraya indo rapidamente até seu pupilo, e uma ruiva de chifres e pele negra, finalmente podendo reconhecer a quem pertencia a voz.

 As vozes tentaram mais uma vez retomar o controle, mas os gritos de dor de alguém que lhe importa, nunca podem ser apagados. Tayuya lentamente percebia o que estava fazendo, sua expressão, antes vazia, adquirindo uma angustia sem igual.

 Ela iria parar a sua técnica, e provavelmente se ajoelharia em frente a Naruto para socorrê-lo, mas algo antes disso chegou ao seu fim.

 A flauta em suas mãos não era uma arma afinal.

Uma explosão ocorreu no meio da sua flauta, lascas de madeira voando para todo o lado, e machucando intensamente as suas mãos e um lado de seu rosto, a força da explosão fazendo ela cair ao chão, e perder de vez a sua consciência

Quando Jiraya, pousou os seus pés, ele mais uma vez suspirou para o desastre que aconteceu, tendo agora dois jovens machucados e sangrando. Mas ao menos uma coisa aconteceu.

Tayuya regredia de sua forma, seus cifres desaparecendo, seus olhos voltando ao tom de vermelho, e sua pele tomando um tom branco, ainda extremamente pálido. Aparentemente, o grito de Naruto, finalmente a fez perceber o que fez, e o choque de perceber que feriu Naruto, junto com a explosão, fez com que ela apagasse, e finalmente regredisse a sua forma normal.

Rapidamente Jiraya chegou perto de Tayuya, e desenhou mais símbolos ao redor do Selo amaldiçoado, reforçando todas as defesas necessárias, e impedindo que algo acontecesse. Isso era apenas temporário, já que quando ele tivesse um momento mais tranquilo, remodelaria um selo de contenção do zero, para o Selo Amaldiçoado que possuía ela, uma promessa de que ele acharia uma solução permanente em sua mente.

Assim, ele apenas carregou os dois jovens em seus ombros, e rapidamente retornou a cidade, rezando aos deuses, que finalmente isso tivesse uma solução.

 


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Notas finais do capítulo

Todo o romance deve ter algum conflito, e de fato, eu poderia ter feito esse momento de enfrentamento algo mais dramático, mas na minha opinião toda o drama tem um limite até que se torne clichê, e eu gosto de usar de forma moderada isso.

Essas notas serão curtas, sendo que comentarei melhor na terceira e última parte, sobre o final desse capítulo.



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