Sevens steps to Love escrita por Dusant


Capítulo 10
Aceitação


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo se passará na época do filme The Last, então associem os figurinos dos personagens com o do filme.

O último capítulo dessa fanfic está feito, e espero que apreciem, algumas coisas serão mostradas mas não aprofundarei, por motivos der esse ser o final.

Além disso, essa amizade que criei para Tayuya, é algo que, com certeza, explorarei no futuro.

Elogios, criticas, duvidas e sugestões são bem vindos, todos os comentários serão respondidos com a devida atenção.



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De certa forma é o passo mais importante para uma vida de estabilidade, tanto para si mesmo como para relacionamentos, no caso do segundo, é necessário que você compreenda e aceite a pessoa como ela é, com suas qualidades e defeitos, para viver ao lado dela.

Porém isso não quer dizer que devemos tomar uma postura passiva, aceitando tudo que a outra pessoa fizer, se algo lhe incomoda, ou lhe desagrade, você tem todo o direito de expressar isso, e a pessoa pode ou não lhe ouvir. Ainda assim, existem coisas nas pessoas que são delas mesmo, características tão intrínsecas, que se elas mudarem isso, de certa forma, uma parte dela pode se perder.

A aceitação é quando entendemos, e mesmo que inicialmente nos incomode, aprendemos pouco a pouco, a amar essas características que tornam a pessoa tão única como indivíduo.

Tsunade poderia entender isso bem, pois sendo a Hokage de Konoha, ela era uma mulher muito ocupada, com reuniões atrás de reuniões, e papelada que se acumulava sem fim em sua mesa, porém estando a anos nessa posição, ela cumpria tudo isso, mas por hábito do que realmente senso de dever. Ela ainda detestava com todas as forças tudo isso, e se tudo desse certo, em alguns meses, ela sairia dessa mesa maldita, já ajeitando, na realidade forçando, para que Kakashi a substituísse.

Dois anos havia se passado desde da quarta guerra mundial, os inimigos foram derrotados, onde inicialmente se pensava que era a Akatsuki, depois se descobriu que era Madara Uchiha, que na verdade era Obito, mas então realmente havia uma Madara por trás disso, mas no final era Kaguya Otsuki que realmente orquestrou tudo.

Isso dava uma dor de cabeça para ela, quando realmente pensava tudo isso, e de certa maneira era tão ridículo o fato de ter uma pessoa por trás de tudo tantas vezes seguidas que era uma surpresa como tudo isso deu quase deu certo para inicio de conversa. De qualquer forma, sendo uma mulher ocupada, era um pouco difícil conseguir uma oportunidade para se reunir com ela, sendo que muitas vezes era necessário esperar dias, e as vezes até semanas, para conseguir falar com ela.

Apenas pessoas importantes tinham o privilegio de irem diretamente ao seu escritório e falarem com ela, sendo geralmente reservado para chefe de clãs, e pessoas com posições importantes na Aldeia, e mesmo assim elas ainda deviam se dirigir para Shizune, sendo sua secretaria, e então serem anunciada por ela. Na realidade, um número pequeno de pessoas que realmente poderiam pular esse procedimento, sendo a própria Shizune e Sakura, sendo suas discípulas amadas, um falecido velho pervertido de cabelos brancos, que simplesmente entrava pela janela de seu escritório, um loiro que chutava a porta aos gritos, e uma ruiva que apenas entrava sem se importar com nada.

Então, quando Tsunade, ainda focada na papelada, ouviu a porta sendo aberta, sem uma pequena batida de aviso, característico de Shizune, e não ouvindo gritos, ela já sabia quem era a pessoa que estava entrando. Tayuya entrava, sem qualquer preocupação de irritar a loira a sua frente, e atrás dela, estava Shizune, com um sorrisinho de desculpa, tentando mostrar que ela tentou inutilmente, parar a jovem, mas foi por nada.

Fechando a porta, Tayuya fico em frente a mesa, e pacientemente espero que Tsunade terminasse os documentos que estava analisando, ao menos, era isso que a ruiva deixava aparentar, porém Tsunade sabia que a ruiva deveria estar se contorcendo internamente de ansiedade para que pudesse logo falar com ela. Por pura birra, Tsunade estendeu esse momento por mais alguns minutos, analisando meticulosamente o documento a sua frente, e então após assinar e aprovar o que tinha nele, ela colocou o papel ao seu lado, levantando o seu olhar para a mulher a sua frente.

Os anos tinham feito muito bem para a ruiva de fato, tendo 19 anos, Tayuya era uma mulher com cabelos ainda do mesmo tamanho, mas com ainda mais beleza e vida nele, tendo 1,60, com uma pele clara, mas com um bronzeado saudável da vivência em Konoha. Seu corpo se desenvolveu com isso, tendo quadris largos, e pernas fortes e bonitas, algo que muitas vezes os homens encaravam sem pudor, e no qual Naruto nem sequer tinha chance de ter ciúmes por isso, pois a própria ruiva desceria sua ira neles.

Sua personalidade, que já era forte antes, aumentou ainda mais, sendo agora uma kuinoche respeitada na Aldeia da Folha, ela o tempo todo exalava confiança, e era extremamente decidida em tudo que fazia, sendo uma grande líder nas missões que fazia com seus colegas shinobis. A própria Tsunade, já pensava em promover Tayuya para uma Jounin, para que ela pudesse ter seu próprio esquadrão de gennin, e os guiasse.

Ela vestia uma roupa bastante básica, sendo apenas uma blusa de mangas compridas, tendo o brasão do clã Uzumaki nas mangas, perto dos ombros e uma bermuda, ambos de cor azul-escuro, também calçando uma sandália ninja de cor petra que se estendia acima do seus pés perto de seus joelhos. A roupa era algo que Tayuya gostava pelo seu conforto, e indiretamente realçava ainda mais suas belas curvas.

Tsunade enfim, perguntou a jovem o que ela queria, já esperando alguma reclamação de Naruto, seja por alguma idiotice ou algo pervertido que possa ter feito, e quando perguntada, a ruiva hesitou, fazendo com que Tsunade, ficasse mais atenta. Era raro que Tayuya hesitasse em algo, e quando isso acontecia, sempre envolvia algo grande.

Respirando fundo, Tayuya encarou Tsunade e apenas jogou a bomba, “Quero pedir Naruto em casamento.”

Um silêncio se estabeleceu, com Tsunade ainda processando a resposta, e a estranheza do que foi dito, Tayuya esperava, agora não se preocupando em esconder a ansiedade, demonstrando claramente em seus olhos.

Ainda meio incerta Tsunade disse, “Bem…, confesso que não esperava por isso.”, uma leve pausa e logo prosseguiu, “Por que você quer fazer isso agora? Vocês ainda são muito jovens.”

“Eu não quero me casar com ele agora, eu só quero pedir em casamento.”, disse Tayuya como se explicasse tudo.

Tsunade era uma mulher muito inteligente, mas o choque não exatamente estava ajudando no processo mental, e ela ainda não entendia nada, “Como assim?”

“Eu apenas quero pedir ele em casamento, e ficarmos noivos por mais alguns anos. Eu sei que é meio sem sentido, mas eu já estava a um tempo pensando nisso, e quero firmar esse compromisso com ele.”, explicou melhor a ruiva, demonstrando um leve embaraço na explicação.

“Okay, ainda não entendi muito bem a necessidade disso, mas não vejo problema algum em fazer e apesar de agradecer por me dizer isso, ainda não entendi qual é a minha função aqui.”, poderia ter soado meio rude, mas Tayuya nunca iria se dirigir a ela em seu escritório com essa informação, sem ter um real motivo para isso.

O que antes era uma mulher decidida, agora era uma mulher mais embaraçada ainda, e de forma humilde ela disse, “Eu não sei como pedir ele.”

Um silêncio se estabeleceu de novo, Tsunade ainda estranhando tudo isso, suspirando ela afirmou, “Não existe mais ninguém para te ajudar?”

“Que eu confie para isso, creio que não.”, respondeu Tayuya, e Tsunade apenas pode suspirar com isso. A Senju não tinha nenhum experiência com isso, nunca tendo se casado, mas, mesmo assim, Tayuya não era a pessoa com uma lista grande de pessoas que julgavam confiáveis para lhe ajudar. Além dela e Naruto, tínhamos Hinata, mas de certa forma, mesmo que a Hyuuga, seja a melhor amiga de Tayuya, tendo as duas uma relação bastante forte, até Tsunade admitiria que seria meio estranho você pedir dicas sobre como pedir alguém em casamento, sendo essa pessoa, sendo apaixonado por seu namorado por anos.

O início da relação delas foi tumultuado, mas da forma mais improvável possível, deu certo, e hoje, Hinata já tinha superado sua paixão por Naruto, e eram grande amigos. De qualquer forma, Tsunade apenas se recostou mais em sua poltrona, numa tentativa de relaxar e apenas disse, “O que você pensa em fazer?”

Tayuya agora mais relaxada, que aparentemente sua ideia não era algo idiota, apenas deu um sorriso de alívio, e afirmou, “Eu não sei bem. Eu queria algo que fosse marcante para ele, mas não tenho exatamente certeza do que fazer.”

"Vamos por partes então, você já tem o anel?”, perguntou Tsunade.

Com a pergunta, Tayuya apenas tirou uma pequena caixa do bolso e abriu, tendo um anel simples, nem sequer forrado a ouro, tendo uma cor prateada, não tendo nenhum adornou ou algo para enfeitá-lo. Era apenas um par de anel de noivado extremamente simples.

Tsunade apenas deu um leve sorriso, vendo como esses anéis pareiam refletir tão bem o casal, e afirmou, “Eles combinam com vocês.”

Tayuya deu um sorriso genuíno, apreciando bastante o elogio, “Obrigado, na verdade já foi uma complicação de arranjar o anel, sem levantar qualquer suspeita. Tive que comprar em uma cidade, perto da capital do Fogo, que estava de visita em uma das minhas missões recentes. Até usei um Henge por precaução.”

Era compreensível, afinal, Naruto hoje, era conhecido mundialmente como um Herói, sendo agora praticamente uma celebridade na Aldeia, se Tayuya fosse vista comprando um par de anéis de noivado, em pouquíssimas horas toda a Vila saberia.

Fechando a caixa e guardando em seu bolso, Tayuya esperou por alguma ideia de Tsunade, com a dita loira, parecendo estar pensativo sobre isso, então ela disse, “Você poderia fazer esse pedido, em algum lugar marcante para ele ou para vocês. Algo como uma surpresa talvez, não seria exatamente difícil de fazer, quando falamos do Naruto.”

Anos se passariam, e Naruto continuaria denso como uma porta, para certas coisas simples.

Tayuya pareceu pensar com isso, suas sobrancelhas franzidas em concentração, e as levantando, com uma ideia repentinamente surgindo em sua cabeça, parecendo eufórica, Tayuya se virou, e começou andar a passos rapidos para fora do escritório, agradecendo pela ajuda da mulher que considerava como uma segunda mãe para ela.

Então, da mesma rapidez que ela entrou, a ruiva saiu, e Tsunade pode apenas encarar a porta aberta, com uma Shizune parecendo levemente curiosa, com a saída rápida e súbita da garota. Por fim a Hokage suspirou, ciente que os minutos de pausa haviam acabado, e ela tinha uma montanha de papelada e várias reuniões marcadas para participar.

Kakashi iria se tornar o próximo Hokage, nem que ela tivesse que enfiar aquele chapéu estúpido na cabeça dele a força.

 

 

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O Ramen Icharaku, era um pequeno restaurante, localizado em uma parte movimentada da Vila, mas ainda assim, longe de qualquer ponto turístico ou de algum grande centro comercial, então o número de pessoas que frequentavam o estabelecimento durante muito tempo foi pequeno. Não que fosse exatamente um problema, Teuchi, nunca foi um homem com ganância ou que aspirava em ser um homem rico, tudo que ele queria em sua vida, era cozinhar, e viver de forma confortável, junto de sua filha, Ayame.

Ele se orgulhava, e não se cansava de gabar para seus clientes, de como ele conquistou cada um de seus clientes, apenas pela sua comida, o que para ele, é a melhor forma de manter um cliente, afinal, a frase, conquistar alguém pelo estômago nunca foi mais verdadeiro para ele.

Quando Naruto, um dos mais fiéis clientes de seu restaurante, finalmente conseguiu se tornar respeitado e admirado por toda a Aldeia, finalmente reconhecendo no loiro, o que o próprio Teuchi e Ayame já via a anos, desde de que ele era uma criança, o número de clientes praticamente triplicou nos últimos anos.

Teuchi nunca ajudou o garoto com segundas intenções, mas o marketing gratuito que ele fazia, por onde andava, quando perguntado da comida preferida dele, era algo que ele apreciaria, e com mais alguns meses, Teuchi finalmente teria o suficiente, para fazer uma grande reforma no restaurante e tornar um estabelecimento que possa melhor servir seus clientes.

Por tudo isso, não foi uma surpresa quando ele concordou com o plano da namorada ruiva de Naruto, tendo uma Ayame extremamente empolgada ao seu lado, e ambos os cozinheiros admitiriam que era uma forma inovadora de pedir alguém em casamento.

Além disso, saber que o primeiro pensamento de Tayuya de um local para um pedido de casamento para seu namorado seria em seu restaurante, tocou bastante seu coração.

Os detalhes tinham sido acertado na noite anterior, e hoje, na hora do almoço, Naruto finalmente retornaria de sua última missão diplomática, dessa vez na Vila da Pedra, onde passou uma semana longe de sua Aldeia. Tayuya já tinha marcado com ele antecipadamente para se encontrarem no restaurante, pela tarde, o horário sendo bastante incomum, mas asseguraria que não tivesse muitas pessoas no estabelecimento.

A ideia em si era bastante simples, Teuchi faria os pratos que ambos pediriam, e Ayame, que estava com o anel de noivado de Naruto, iria depositar o anel no fundo do Ramen, e então enquanto iria comer, Naruto perceberia o anel, e o resto já estava claro. Desde que ambos voltaram a Aldeia, anos atrás, após a viagem de treinamento, Tayuya tinha enfiado em Naruto noções de etiquetas, alegando que se recusava a namorar um porco, como ele parecia, quando estava comendo sua comida favorita.

Assim, poucos minutos depois do combinado, Naruto e Tayuya haviam entrado, o primeiro com um sorriso de pura felicidade, em voltar a comida que estava a uma semana distante, e uma ruiva, que tentava ao máximo esconder o nervosismo que sentia. Ambos se sentaram nos banquinhos, tendo essa hora praticamente vazia, para o alívio de Tayuya, e assim, rapidamente foram atendidos por Ayame, que anotou os pratos, e conversou rapidamente com os dois.

Saindo do balcão, indo até a cozinha, podia se ouvir as vozes de Naruto e Tayuya conversando, tendo o loiro contando os detalhes da missão que participou, e com rapidez e maestria de décadas na cozinha, Teuchi terminou os pratos e entregou o de Naruto para Ayame, que colocou o anel para o fundo da tigela.

Ayame então saiu, com os dois pratos, com bastante expectativas do que aconteceria, percebendo que seu pai, tentava discretamente observa pela entrada da cozinha, também curioso.

Quando ela começou a colocar os pratos na frente do casal, uma espécie de pressentimento se passou por ela, vendo um Naruto com uma expressão de pura gula pela comida, e uma Tayuya ainda bastante nervosa, e freneticamente repassando em sua cabeça o que diria.

Algo no fundo da mente de Ayame, dizia que algo estava errado, mas ela não poderia parar agora, isso causaria suspeitas, e então ela apenas depositou os pratos, com os hachis em cima da tigela.

Assim, Naruto com um sorriso, pegou os hachis, e então com as mãos juntas em uma forma de agradecimento, disse em alto bom som:

“Itadakimasu!!!”

Então ele pegou a tigela e virou de uma vez todo o seu conteúdo, como fazia antigamente quando criança, sentido algo sólido sendo engolido, e interpretando como um osso, ele apenas abaixou a tigela, um sorriso de satisfação em seu rosto, e estranhamente um olhar de choque por parte das duas garotas.

Uma panela aparentemente havia caído na cozinha pelo barulho que ele ouviu, logo depois.

“Ahhh, muito bom!! Obrigado pela refeição Ayame-chan! Estava muito boa, mas acho que o Teuchi esqueceu um osso pequeno na tigela. Por sorte eu não me engasguei com isso, Hihihihihi.”, afirmou o loiro, com um sorriso travesso, e então virou seu olhar para a sua namorada, esperando um rosto irritado, por ele ter comido da maneira que ela não gostava.

Tayuya ainda estava com seus olhos arregalados, seu olhar totalmente vazio e sem expressão.

Naruto estranhou o comportamento dela e perguntou, “Está tudo bem, Tayuya-chan?”

A ruiva ainda não tinha nenhum reação, e então ele se virou para Ayame, esperando que ela tivesse alguma resposta para o comportamento estranho de sua namorada, e viu a atendente, com uma expressão de extrema raiva. Então, com uma colher grande em forma de concha, que misteriosamente tinha surgido em sua mão, ela bateu na cabeça de Naruto com violência, tão rápido que ele nem sequer pode reagir.

“SEU IDIOTAAAA!!!!!”

Gritos de dor foram ouvidos pelas pessoas na rua, e provavelmente alguém acordaria amanha com um grande inchaço na cabeça, com Naruto, não tendo ideia do que estava acontecendo, uma Ayame ainda com uma expressão mortal em sua feição, e uma ruiva em total choque do que aconteceu.

O plano tinha fracassado.

 

 

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O ambiente é pequeno e aconchegante, um pequeno apartamento de um prédio habitacional feito exclusivamente para shinobis, geralmente era aqui que chunnins e jounins, aspirando a viverem de forma independente com seu próprio dinheiro viviam. O espaço era padronizado, com uma sala de estar, cozinha e um quarto, além disso havia um cômodo extra que sempre se encontrava vazio, e era feito para que o morador pudesse fazer o que quiser com tal espaço.

Todos os apartamentos eram mobiliados, com os itens necessários para que se possa habitar, e o morador tem a opção de mudar tudo com seu dinheiro ou manter a mobília, isso era feito pois muitas vezes shinobis passavam mais tempo fora de sua casa que dentro dela, e não havia uma preocupação real por beleza ou comodidade, apenas um lugar confortável para descansarem quando quisessem.

O prédio fazia parte de um projeto criado na época do Sandaime, de maneira a auxiliar a nova geração de shinobis que surgia, que não estava afiliada a nenhum clã, e com isso, precisavam de moradias para chamarem de suas, por esse motivo era raro você encontrar algum membro de um clã famoso vivendo nesses apartamentos.

O apartamento que falamos agora, pertence a Shizune, e que atualmente estava ocupado por duas mulheres, uma loira e uma ruiva, ambos com xícaras de café a suas frentes, uma tomando seu café e aproveitando a pequena pausa do dia que possuía do trabalho como kage e a outra apenas com a cara encostada na mesa, sem qualquer animo.

“Bem, isso é no mínimo inesperado.”, observou Tsunade, com um sorrisinho de leve, depois das risadas que deu com o que Naruto havia feito ontem. Seu humor a fazendo provocar a jovem moça a sua frente, que como resposta apenas deu um gemido abafado pela mesa.

“O que vai fazer agora?”, perguntou Tsunade, agora tentando ser de alguma ajuda a ruiva frustrada.

Erguendo sua cabeça, a testa levemente vermelha pela pressão na mesa, Tayuya respondeu, “Eu não sei. O anel não foi muito caro, mas, mesmo assim, eu teria que comprar fora da vila.”

“Eu poderia ter dar uma missão pela região, não seria exatamente difícil de conseguir.”, afirmou a Hokage.

“Prometi ao Naruto que não pegaria nenhuma missão até acabar a folga dele. Já faz um tempo que nossas folgas coincidem.”, afirmou Tayuya, ainda cabisbaixa.

Apesar do preconceito inicial que existia com Tayuya no início, devido ao seu passado com Orochimaru, a ruiva havia se provado como uma shinobi competente e leal, conquistado o respeito de seus colegas, e como consequência, muitas vezes era requisitada em missões, tanto por Tsunade, como por membros do alto escalão de Konoha, tendo até mesmo uma vez recusado uma promoção para Anbu, oferecida pelo conselheiro Homura.

“Por que toda essa pressa afinal? Vocês agora que tem 18 anos, tem uma vida toda pela frente antes de pensarem nisso.” questinou Tsunade, mais uma vez, curiosa por toda essa pressa de Tayuya nesse pedido.

Tayuya ficou em silêncio, mais pensativa do que receosa de responder, e após alguns segundos, ela respondeu, “Desde que começamos a morar juntos, a seis meses atrás, essa seria a primeira vez, que eu ficaria em casa de folga, enquanto ele estaria fora em missão. No primeiro dia que acordei, ele já tinha partido pela noite, eu fiz o café da manhã, e quando me sentei na mesa, percebi que tinha feito dois pratos de comida para comer.”

“Houve um dia, que quis almoçar, e sem sequer perceber eu tinha vindo ao Icharaku, e me toquei que era o dia que eu e Naruto iriamos almoçar lá. Além disso, toda vez que eu retornava para casa, eu sempre esperava um Bem-vindo por parte dele, seja da sala ou do quarto. Até mesmo na hora de dormir eu sentia dificuldade no início, porque não ouvia o ronco estúpido dele.”

Vendo a expressão confusa de Tsunade, ainda sem entender o que significava isso, Tayuya apenas resumiu numa frasa, “Eu percebei que já estava acostumada a viver com Naruto, e quando me toquei nisso, e pensei como seria uma vida sem ele, eu vi que não queria isso.

“Eu quero passar o resto da minha vida com ele.”, completou a ruiva, ainda meio abatida.

A expressão de Tsunade se tornou suave, quando por fim, ouviu o final da fala de Tayuya, “Eu não sentia que dava para expressar apenas com palavras, então o pedido de casamento seria uma forma de demonstrar tudo isso. Eu deixaria bem claro que nós casaríamos quando sentíssemos que estávamos pronto, mas eu ainda queria ter algum simbolo desse sentimento que tenho agora.”

Um silêncio se manteve, Tsunade ainda com um sorriso no rosto, e uma Tayuya levemente envergonhada. De forma súbita, Tsunade se levantou, e foi até o quarto de Shizune, com a ruiva ouvindo o barulho do cofre que ficava dentro do quarto sendo aberto, e rapidamente Tsunade retornou com uma pequena caixa de madeira.

Vendo a expressão de curiosidade da ruiva, Tsunade explicou, “Eu mantenho alguns itens com Shizune, por questão de segurança. Nada realmente importante, mas, ainda assim, de valor sentimental para mim.”, abrindo a caixa, Tayuya viu dois anéis, ambos forrados em ouro, e com uma pedra de cor azul-claro como o céu, e a outra num vermelho vivo, como sangue.

Por coencidência, as cores combinavam com os olhos de Naruto e o cabelo de Tayuya.

Tsunade logo prosseguiu, “Esses anéis pertenciam aos meus avós.”, com a afirmação, Tayuya apenas pode arregalar os olhos, “Meu avô havia feito com seu próprio chakra, assim como fez o colar dele, e as cores representam as coisas que ele mais gostava em Mito, que no caso seria seus cabelos vermelhos e seus olhos azuis.”

Ainda em choque, Tsunade aproximou a caixa de Tayuya, e disse, “Quero que você e Naruto os use.”

A ruiva ainda surpresa apenas negou com a cabeça dizendo, “Eu não posso aceitar isso, Tsunade, é muito importante para você, eu posso esperar algum tempo até conseguir um par novo.”

Tsunade insistiu dizendo, “Eu quero que vocês usem. Tayuya, esses anéis foram passados para mim, a muito tempo pela minha avô, quando ela estava perto de sua morte. Ela disse, que eu deveria usar quando fosse o meu momento.”, Tsunade fez uma leve pausa, mostrando uma expressão levemente abatida, “Esse momento nunca chegou. As pessoas que acreditei que estaria comigo, infelizmente morreram e agora eu não me vejo mais casando nessa vida, mas não quero que esses anéis fiquem mofando para sempre, alguém da família deve usar isso.”

A implicação sutil no final foi captada por Tayuya, que se sentiu bastante tocada pela forma que Tsunade enxergava a sua relação com ela, e sem dúvida, tal sentimento era correspondido. Ainda emocionada, Tayuya se levantou e abraçou com força a mulher a sua frente, tendo seu abraço correspondido por Tsunade.

Terminando o abraço, Tayuya segurou a caixa, maravilhada pela beleza dos anéis, e do significado deles, e com uma expressão de felicidade, agradeceu a mulher que fazia parte de sua família, “Obrigado por isso, Tsunade, isso significa muito para mim.”

“Eu sei que significa, e espero que tudo dê certo.”, respondeu a mulher, “Dessa vez, apenas peça ele, não invente qualquer plano mirabolante ou algo do tipo.”

Concordando com a cabeça, Tayuya mais uma vez abraçou Tsunade, e se despediu dela, afirmando que precisava renovar seu estoque de shurikens e treinar. A Hokage permaneceu na casa de Shizune, ainda tendo alguns minutos de folga, e esperando que a dona do apartamento retornasse, sendo que ela havia saído para compras em um supermercado próximo.

Ainda tomando seu café, Tsunade mais uma vez se lembrava de quão velha estava se tornando, e com isso, relembrando de momentos de sua vida, de pessoas que perdeu, e que infelizmente, nunca retornariam para ela.

Porém, ainda havia pessoas especiais para ela.

 

 

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No dia seguinte, depois do desastre que foi a primeira tentativa de um pedido de casamento, Tayuya decidiu ouvir o conselho de Tsunade, e adotar uma abordagem mais direta, assim, ela escolheu pedir diretamente a ele, sem toda essa frescura de se ajoelhar ou algo do tipo. De certa maneira, já irritava levemente o fato dos homens sempre serem retratados como aqueles que devem pedir em casamento a pessoa, e a mulher apenas deve aceitar o pedido.

Se fosse depender de Naruto, até que ele se desse conta o que ela realmente queria, era bem capaz que tivessem filhos e ela ainda esperaria algum pedido. A ruiva era uma pessoa bastante impaciente e teimosa, quando ela decidia algo, era necessario um esforço imenso das pessoas para fazerem ela desistir.

O plano dessa vez era bem simples, eles teriam um dia normal, ficando em casa e apreciando a companhia um do outro, e após um almoço fora, dessa vez não sendo no Icharaku, eles iriam retornar para casa e Tayuya finalmente faria o pedido. Ela estava de fato nervorsa, pela logica, Naruto aceitaria o pedido, mas sempre tinha aquele sentimento de duvida no fundo do coração.

Eles nunca realmente falaram sobre isso, porque até recentemente, nem era algo que ambos pensariam, já que eram mais focado no presente que realmente no futuro, de certa maneira, esse pedido de casamento, foi algo que surgiu no impulso, e nem a própria Tayuya pensava o que realmente isso implicava.

Isso era natural, afinal ambos são jovens, e pensar no futuro, é algo que muitas vezes os adultos fazem.

De qualquer maneira, após o casal sair do restaurante, depois de almoçar, eles caminhavam de volta para casa, com Naruto ainda estranhando levemente o comportamento de Tayuya, nos últimos dias, mas sabendo que era melhor esperar ela lhe dizer do que realmente insistir. A ruiva, em contrapartida, apenas ficava mais uma vez, imaginando como faria o pedido, tendo praticamente decorado toda a sua fala, mas sempre pensando que algo poderia ficar melhor.

Era meio idiota de fato, mas era algo que tinha um significado realmente especial para Tayuya, e nessas ocasiões, sua ansiedade, que não era nada de grave, sempre surgia, fazendo perder a sua confiança característica. A distância cada vez mais diminuía, e um misto de expectativa e receio ficava em Tayuya, que não tinha ideia de que o fato do pedido estar próximo era bom ou ruim.

Aparentemente, o destino decidiu por ela, e ouvindo um choro alto, eles viram uma criança chorando e uma mãe tentando acalmar a sua filha, elas eram Kurenai e sua filha Mirai, e apesar de Tayuya pensar se deveria ajudar ou não uma colega de trabalho que era Kurenai, Naruto decidiu pelo casal, avançando até elas.

“O que houve, Kurenai-sensei?”, perguntou o loiro, enquanto se aproximava de Mirai, com um sorriso característico dele, e fazendo carinho no topo da cabeça da criança.

Dando um leve suspiro de cansaço, Kurenai responde, “Adotamos um cachorro recentemente, um filhote apenas, mas ele sumiu a algumas horas, e não temos ideia de onde pode estar.”

“Onde foi a última vez que estava com vocês?”, perguntou Tayuya, aceitando o fato de que seu plano teria um leve atraso.

“No distrito comercial, a coleira dele se soltou de alguma maneira e nem conseguimos notar na hora, pelo grande número de pessoas que estavam andando.”, era entendível a frustração de Kurenai, perdendo um filhote nesse local, dificultava bastante em localizar ele.

Naruto por fim se ajoelhou, e ainda com um sorriso, dessa vez mais calmo, ele perguntou a pequena Mirai, “Como ele se chama, Mirai-chan?”

Ainda chorando, mas dessa vez bem menos, ela respondeu, fungando, “Akita.”, e após ouvir isso, Naruto levantou Mirai, e a colocou em seu colo, a balançado, fazendo com que ela risse com o movimento súbito. Ele então olhou para Tayuya, numa comunicação sem palavras, transmitindo o que queria fazer, e se desculpando pela mudança de planos.

Tayuya tentou resistir, mas não tinha muito o que fazer, Naruto poderia ser bastante persuasivo com ela quando queria, e ela não tinha um coração duro o suficiente, para recusar uma ajuda a uma criança. Suspirando ela apenas acenou com a cabeça, concordando com isso.

Naruto então proferiu, “Vamos ajudar a encontrar o Akita. Tudo bem para você Mirai?”

Mirai balançou a cabeça de forma empolgada, tendo mais pessoas para ajudar, e ainda por cima sendo duas pessoas que ela achava muito legais. Deixando ela sair de seu colo, Mirai retornou para sua mãe, que demonstrava em seu olhar, a gratidão que tinha, e eles então saíram para procurar o cachorro.

A procura demorou mais do que Tayuya esperava, pois apesar de Naruto ter incríveis capacidades sensoriais, isso só aconteceria quando no modo Sennin, e ambos achavam um exagero usar essa forma para achar um simples filhote. O centro comercial no qual ele se perdeu, estava diminuindo consideravelmente seu movimento enquanto eles procuravam, com Naruto checando o espaço, junto de Mirai, e Tayuya e Kurenai, perguntando as pessoas que viam, se tinha avistado um filhote de cachorro.

No fim, estando quase 3 horas da tarde, Naruto tinha ouvido um latido baixo, quase que um ganido, no fundo de um beco, e entrando nele, viu um bueiro com a sua tampa entreaberta, e la embaixo os latidos se originavam. Quando Mirai percebeu onde Akito estava, ela olhou para Naruto, suas lágrimas voltando a cair, e Naruto não conseguindo resistir a isso, apenas aceitou o seu destino, e entro no bueiro, procurando o filhote no meio do esgoto de Konoha.

Quando Tayuya e Kurenai o encontraram, viam uma criança bastante feliz, abraçando um filhote todo sujo pelo esgoto, e com a pequena não se importando nem um pouco com isso. Kurenai rapidamente se aproximou da filha e tirou o filhote das mãos dela, preocupada que ela fosse pegar alguma doença com o contado. Já Naruto, estava totalmente sujo, pois o filhote sentiu medo dele, e tentou fugir dele, resultando em um Naruto correndo atrás, e sujando toda a sua calça e sapatos com isso, junto de um fedor insuportável.

Tayuya apenas riu da cara de desgosto do loiro, enquanto segurava o nariz, tapando o cheiro que ele emanava, num misto de necessidade de evitar o cheiro e o provocar ainda mais. Kurenai e Mirai agradeceram profundamente pela ajuda, e se separaram, com o casal, tendo um distancia necessária entre eles, voltando para casa.

No caminho, Tayuya se lembrou qual era a sua intenção ao retornar e com isso mais uma vez retornou o nervosismo, e para tentar se distrair ela fez o que normalmente fazia nessas situações:

“Você sabe que não vai dormir comigo se ficar com esse cheiro né?”, ela perguntou de formar retórica, o provocando e tendo como reação um virar de olhar do loiro.

“A maior parte ficou na minha calça, e apesar de lamentar jogar fora a peça, nada que um bom banho não resolva. Por sorte, achar o filhote não demorou muito, ainda dá tempo de fazer nossa visita.”, respondeu Naruto em um tom casual.

Tayuya franziu a testa com isso, uma mistura de confusão e pelo fato de mais uma vez seus planos serem interrompidos, “Que visita?”

Naruto a olhou como se a questionasse se a pergunta era séria, e vendo o silêncio dela como resposta, ele respondeu, “Temos que visitar Ero-sennin, Tayuya. Você por acaso esqueceu?”

Tayuya apenas arregalou os olhos com a informação, finalmente se tocando que dia era hoje e o significado dele.

Hoje foi o dia que Jiraya tinha sido morto.

 

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Após o banho rápido de Tayuya e um banho mais demorado, por parte de Naruto, para retirar o mal cheiro, o casal se encontrava agora no local perto do campo de treinamento 7 e do memorial de pedra. O espaço era amplo, sendo uma espécie de pequena clareira, com uma simples pedra de mármore, e o nome de alguém que marco a vida de várias pessoas, por mais que elas não quisessem admitir.

O corpo de Jiraya nunca pode ser encontrado, tendo sido morto, e afundando no fundo do mar, porém, mesmo assim, Tsunade mandou fazer essa pedra, de maneira a lembrar do seu companheiro de equipe e até mesmo de vida, de certa maneira. Foi difícil para ambos os jovens, quando Jiraya tinha sido morto, Naruto passou semanas sem conseguir mostrar uma reação sequer, e Tayuya não estava em melhores condições que isso.

Seria bonito dizer que ambos conseguiram superara perda e o luto, dando o apoio um ao outro, mas pessoas abaladas profundamente, não conseguem facilmente se tornarem um pilar de apoio para outras pessoas. A vida de um casal não gira apenas em torno deles mesmo, ambos são indivíduos, e muitas vezes, precisam de momentos para si, de forma individual, nesse caso, ambos precisavam de um pilar externo e duas pessoas se tornaram isso.

Para Naruto, Iruka foi aquele que foi vital para que o Uzumaki se recuperasse, foi da insistência do professor para seu ex-aluno, nunca desistindo perante a falta de respota de Naruto, que no final ele conseguiu rachar as defesas que o loiro havia armado, se isolando do mundo. Para Tayuya, de forma surpreendente, foi Hinata que assumiu esse papel, e se a Hyuuga fosse perguntada hoje, ela mesmo não saberia dizer o motivo para isso, mas tendo um coração tão gentil, não conseguiu deixar de lado uma pessoa, que apesar da relação espinhosa, sempre se mostrou confiável e decidida.

Hinata por muito tempo sentiu inveja de Tayuya, pois na mente da Hyuuga, Tayuya tinha tudo que ela queria, tendo o homem no qual era apaixonada, e demonstrando ser uma mulher forte, que Hinata pensava que nunca conseguiria ser. Porém, quando ela viu Tayuya em seu estado mais frágil, e ao mesmo tempo, quem era a ruiva de verdade, Hinata permaneceu ao seu lado, até que a ruiva melhorasse, e a partir disso, a relação entre elas se tornou mais forte.

Naruto e Tayuya estavam em frente a pedra, o clima estava tranquila, com o sol perto de descer do horizonte, um silêncio permanecia entre eles, ambos mais uma vez se lembrando de como era ter Jiraya em suas vidas. Tanto anos se passaram, que não havia mais um luto ou tristeza para lidar, tendo a muito tempo superado isso, porém, ainda havia a saudade imensa pelo velho pervertido.

Tayuya, um pouco envergonhada pelo fato de que tinha esquecido um dia tão importante para ela, pelo nervosismo e frustração que sentia nos últimos dias, de repente, percebeu que não perguntou para outra pessoa que julgava ser confiável. Pensando como o Sannin, algo não muito difícil de fazer, Tayuya se questionou como ela deveria pedir Naruto em casamento, e a resposta veio rapidamente, e com um sorriso leve, Tayuya chamou a atenção de Naruto, cutucando seu braço.

Naruto se virou, uma expressão de saudade em seu rosto, mantendo uma quietude meio que incomum para ele, mas ideal para esses momentos, e tendo a atenção de Naruto, Tayuya apenas tirou a pequena caixa que tinha ganhado de Tsunade, e entregou para ele.

Naruto a abriu, e vendo os dois aneis, olhou diretamente para os olhos de sua namorada, ele a questionou o que era isso, sem proferir palavras.

Se Tayuya tivesse perguntando a Jiraya, como ela deveria pedir Naruto em casamento, ele apenas riria dela, e evitando que a ruiva ficasse furiosa, rapidamente responderia:

“Pedir alguém em casamento, é apenas pedir, Tayuya.”

Assim, Tayuya olhando diretamente para os olhos da pessoa que ela não enxergava um futuro sem ter ao seu lado, apenas disse:

“Você quer casar comigo?”

Naruto arregalou os olhos com isso, ainda em silêncio, e Tayuya dessa vez, pacientemente esperou a sua resposta. Bem no fundo, a sua insegurança dizia que ele poderia dizer não, mas todos os anos que eles compartilharam juntos esmagava essa voz, com a certeza de sua resposta.

Naruto, parecia pensativo, e dando uma leve risada, apenas disse, sobre o olhar questionador de sua namorada, “Lembra do que eu disse, depois de toda aquela confusão da flauta?”, era assim que eles se referiam ao episódio de Tayuya quase retornando para Orochimaru.

Tayuya não era a melhor para lembrar das coisas, mas apenas sorrio, pois sabia exatamente sobre o que ele estava falando, mas, mesmo assim, o loiro proferiu, “Quando eu pensei que poderia perder a sua companhia, eu percebi que não valia a pena, e isso continua até hoje, Tayuya-chan.”

Tayuya esperava tantas respostas diferentes que ele poderia ter dado, mas nunca realmente pensou em algo assim, porém, isso não parava a felicidade que borbulhava em seu coração. Ela então se aproximou de seu agora noivo, e ternamente o beijou, encostando os lábios com os deles, e os usando como canal, transmitiu todos os sentimentos que estava dentro dela em relação a ele.

Pela correspondência de Naruto, que colocou os braços em sua cintura, e apenas a manteve perto de si, a mensagem havia sido recebida de forma clara.

Se afastando dele, mas não saindo do alcançe de seus braços, Tayuya apenas encarou ele, e ainda assim o perguntou, querendo ouvir a resposta saindo de seus lábios, “Então isso é um sim?”

Naruto apenas acenou com a cabeça, sabendo o que ela queria ouvir e de propósito evitando fazer isso, dizendo, “Quando e onde você quiser.”

Eles então se abraçaram, com o clima tranquilo e de paz ainda permanecendo, posicionado em frente a uma pedra que representava, a pessoa que mais torceu para que eles se mantivessem juntos.

Jiraya queria dar uma de cupido. Ele nunca foi bom para isso, e de certa forma, várias das confusões que fez, resultou em tensões para Naruto e Tayuya, mas ao final, isso apenas fortalecia ainda mais a relação dos jovens.

O pedido não era uma garantia de uma união até a morte entre eles, nunca se sabe o que poderia acontecer, mas, ainda assim, o desejo por isso se encontrava nesse pedido, e é sempre da vontade que as coisas surgem.

A vontade de ser um cupido.

A vontade de não perder alguém.

A vontade de recomeçar.

Pois no final, por mais que siga os passos que disse, é a vontade que realmente contará, e quando essas vontades se correspondem, elas se entrelaçam, podendo ter um laço frágil, ou um laço forte e duradouro.

Esses são os Setes passos para o Amor.


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Notas finais do capítulo

Vocês devem se lembrar da pergunta inicial que fiz, desde do início dessa história.

O que aprendemos com os romances?

Isso que me norteou para a criação dessa história, inicialmente seria apenas uma one shot, algo envolvendo Naruto interrogando Tayuya, onde colocaria uma pitada de humor e etc, mas, de repente, me veio essa ideia, e aí eu bolei 7 coisas que aparecem muito em romances, os ordenei, e fiz como títulos do meu capítulo.

Cada um deles, apesar de seguir uma ordem, não necessariamente deve ser seguida desse jeito, não é por que suas primeiras impressões foram ruins, que o resto vai ser estregado, Naruto e Tayuya provaram isso.

Romances são populares, pois são uma fantasia, que nos é próximo, algo que podemos nos relacionar e fantasiar com mais facilidade. Todo mundo, já imaginou aquela pessoa perfeita para ser sua parceira ou parceiro, é algo intrissico a nós.

Cada capítulo foi dividido de maneira onde, no início eu falo um pouco sobre o título, e eu mostro de forma concreta a partir da história entre Naruto e Tayuya, e as vezes esse exemplo é evidente, e outras vezes ele não é.

Assim eu fiz Sevens step to Love, e estou muito orgulhoso do que escrevi. Espero que vocês gostem e que levem alguma aprendizagem com a leitura desse capítulo.

Para todos que leram até aqui, eu peço que deem uma chance para minha outra fanfic F.S.K, será minha long fic, e dedicarei inteiramente a essa fanfic agora.



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