Mais forte - MyE escrita por Débora Silva


Capítulo 7
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Notas iniciais do capítulo

Boa tardeeee, acho que aqui é o momento perfeito para passar o tempo, não foquei muito em Estevão porque ele não faz parte do processo de crescimento de Maria no passado, mas garanto a vocês que o futuro dos dois será ainda mais intenso... aqui partimos para o futuro não tão distante, mas perfeito pra se colher os frutos de nossas escolhas... Boa leitura a todas!!!



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— Não me de as costas por causa daquela vagabunda!!! - gritou.

— Ana Rosa... - respirou fundo e a olhou. - Não fale comigo ou eu não sei o que sou capaz de fazer com você!!! - rosnou. - Eu odeio você e só vou continuar nesse casamento por essa criança e para que não faça mal a ela!!! - virou novamente e subiu.

— Você vai me pagar Estevão, vai me pagar caro essas palavras e onde mais te dói!!! - gritou enquanto ele subia sem dar mais atenção à ela. - Você vai me odiar ainda mais seu desgraçado!!! - os olhos negros em ódio puro por ele e por Maria...

(...)

Com o passar dos dias, Maria foi se recuperando bem e pode voltar para casa, teria que ficar mais um tempo de repouso, mas isso não era problema para ela que tinha como prioridade naquele momento cuidar de sua gestação. José estava tão feliz que não cabia em si e contou a todos os vizinhos que teria dois netos de uma única vez e nessa noite ele chegou bêbado cantando todo feliz o que fez graça em Maria.

Ela cuidou dele, o colocou para dormir e ele ainda recitou alguns poemas para ela mesmo com a língua enrolada, dedicou todo seu amor e sua felicidade a sua menina. Maria chorou como uma criança com aquele momento que ela jamais pensou ter, mas ele estava ali provando que nada do que parece ser é.

Já na família San Roman tudo parecia um caos e Estevão não via saída para a sua desilusão enquanto Ana Rosa fazia de sua vida um inferno na terra. Ela tinha prometido e cumpria todos os dias a função de deixá-lo ainda mais infeliz.

A gravidez dela foi confirmada e ela usava disso para chantageá-lo de todas as formas fazendo com que muitas noites ele se quer aparecesse em casa. Era um purgatorio, mas ele era covarde de mais para lutar de outra maneira... E assim O tempo passou...

(...)

DOIS MESES DEPOIS...

Maria estava sentada no sofá comendo um pedaço de bolo, a barriga já se mostrava bem com seus dois anjinhos ali dentro, ela sorria enquanto se deliciava e pensava em muitas coisas ao mesmo tempo. Foi em meio a um riso que o pai dela chegou batendo porta e a assustando ao ponto dela largar o bolo na roupa.

— Inferno!!! - jogou seu casaco em qualquer lugar.

Maria pegou o pedaço do bolo e o colocou sobre o prato e o deixou no sofá e ficou de pé o olhando, ela ainda podia ouvir o coração acelerado pelo susto que levou. José a olhou e tentou manter a calma, mas como fazer se tinha acabado de perder o emprego? Ele já pensava a longo prazo e agora como cuidaria dos netos e da filha naquele tempo de gestação que ela não poderia trabalhar? Respirou pesado para não chorar e foi até ela.

— O que aconteceu? Por que está tão nervoso? - tocou o braço do pai.

— Perdi meu emprego!!! - estava tão nervoso que não conseguiu mais conter as lágrimas.

Maria arregalou os olhos com aquela notícia e sem pensar duas vezes o abraçou forte para que ele ficasse mais calmo. Naquele momento sua cabeça já começou a pensar em um modo de resolver aquela situação e retribuir o pai de algum modo.

— Mas por que te demitiram, papai? - falou com calma.

José se soltou dela e caminhou para o outro lado da pequena sala e limpou os olhos, não gostava de ficar chorando principalmente na frente de mulher, a olhou e depois olhou sua barriga e respirou fundo.

— Porque eu estou velho!! - falou com raiva. - Velho demais pra desempenhar a função.

— Isso não é justificativa. - falou com a voz trêmula.

— Eu trabalho lá a vinte anos e agora estou velho? - falou revoltado. - Eu trabalho melhor que todos aqueles moleques.

Meia foi a ele e o segurou pela mão e o puxou para sentar no sofá ao seu lado.

— Não fique assim, vamos dar um jeito nessa situação tá. - falou com a voz branda e um meio sorriso no rosto. - Não adianta ficar nervoso isso não vai adiantar nada. - pegou o prato com o bolo. - Coma um pedaço pra adoçar a vida, eu vou trazer mais e pensamos em algo para fazermos. - sorriu amorosa.

— Você não pode trabalhar grávida. - foi firme.

— Gravidez não é doença pai. - riu do jeito dele.

— Mas meus netos são frágeis e a médica disse que tinha que fazer o mínimo de esforço possível. - foi cuidadoso e mordeu o bolo.

— Vamos pensar e podemos juntar o dinheiro que tenho guardado e o que o senhor vai ganhar. - pensou por um momento. - Podemos abrir algo para nós dois e esquecer que um dia fomos empregado e seremos patrão. - sorriu esperançosa. - O que acha?

Ele sorriu limpando a boca e deixou o prato vazio sobre a mesa, voltando seus olhos a ela.

— E o que poderíamos fazer? O que você sabe fazer? - não queria ofender era uma pergunta simples. - Eu sei fazer de tudo.

Maria pensou por um momento e sua mente clareou com a ideia que surgiu em sua mente.

— Papai, antes de ter que voltar pra cá, eu estava fazendo um curso de desenho para joias... - falou com os olhos brilhando.

— E você aprendeu? - a olhou desconfiado.

— Estava nele a quase um ano. - sorriu do modo dele. - O senhor sabe usar a prata certo?

— É com o que trabalhei a minha vida toda e posso dizer que fiz lindos trabalhos naquela fábrica do diabo. - se revoltou novamente e ela deu uma grande gargalhada.

— Ta aí o nosso negócio. - sorriu segurando as mãos dele. - Podemos começar pequeno e com o tempo expandir para o mundo todo!!!

José sorriu largamente e a beijou na testa cheio de amor e esperança.

— O não a gente já tem... Agora só correr atrás do que queremos. - disse certo do que queria. - Vamos ter nosso próprio negócio, minha filha.

Maria o agarrou em um abraço apertado que foi totalmente correspondido por ele e eles riram junto selando seu futuro de lindos frutos e para aqueles bebês e para eles nada mais faltaria. Era o momento de ser grande e de ser mais forte ainda para ganhar o mundo e eles comemoraram aquele momento com bolo e um delicioso copo de suco...

(...)

CINCO ANOS DEPOIS...


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