OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 47
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao último capítulo. Obrigada pelos comentários ♥

Por favor, leiam as notinhas lá em baixo.


ATENÇÃO!!! O spin-off do Nerfi já está disponível:
https://fanfiction.com.br/historia/785535/The_Mischievous_Prince_-_Spin-off/



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— Vamos, Evie. Não tropece. - Disse Evie baixinho para si mesma. 

Estava com borboletas no estômago por causa da ansiedade. Mesmo depois de tudo que havia passado, ainda sentia-se nervosa em situações como essa. Ela entrou na fila, atrás de Daniel, seu colega de turma. Evie era a próxima à pegar seu diploma. Estava em sua formatura da escola e nem acreditava que finalmente estava se formando na escola. Ela fechou os olhos por um segundo, respirando fundo, e esticou a sua beca azul escuro mais uma vez. A menina observou seu colega sendo chamado. Era a sua vez. 

— Evie Stwart Lokison. - A diretora da escola anunciou. Ao ouvir seu nome, Evie subiu as escadas do pequeno palco no grande jardim do salão de festas. O sol brilhava, mas não estava muito quente. Ela não pôde deixar de olhar para o lado. Centenas de cadeiras estavam ocupadas por convidados e alunos. Todos assistiam à cerimônia. Evie avistou seu pai, Thor e Natasha no meio dos diversos convidados. Quando Thor viu que era a vez de sua sobrinha, levantou-se da cadeira. 

— YEAH! - O loiro urrou, chamando a atenção de todos. - É minha sobrinha! - Riu. O deus posicionou uma câmera, tirando fotos. Evie deu um breve sorriso para o tio e acenou com uma mão. Loki, que estava sentado na cadeira ao lado de Thor, encolheu-se e levou uma mão no rosto, constrangido. Natasha também virou o rosto, fingindo que não conhecia o deus. 

— Sente-se! - Loki disse entre dentes, forçando o irmão a se sentar novamente. 

Evie dirigiu-se até onde a diretora estava e pegou o seu canudo, voltando logo em seguida. Em seu caminho, tantas coisas vieram em sua mente. Em poucos meses tantas coisas haviam acontecido. Ela quase morreu infectada por um vírus. Matou três inocentes. Evie sabia que nunca mais seria a mesma. Ela tinha marcas e traumas que jamais esqueceria. Também sabia que carregaria a culpa pelo resto da vida, mesmo tendo sido inocentada pela justiça. E, mesmo que tivesse o perdão de todos, demoraria um longo tempo até que ela conseguisse perdoar a si mesma. Porque isso era o mais difícil de tudo - se perdoar pelo que havia feito. Apesar disso, Evie sabia que havia recebido uma nova chance da vida e não iria desperdiçá-la. Ela ia aproveitar e viver, porque para ela a vida era uma dádiva que nem todos tiveram a chance de ter. 

Quando todos os formandos pegaram seus canudos e tomaram seus lugares em meio aos convidados, a oradora da turma, Jennifer Johnson, subiu ao palco para falar. 

— Eu agradeço pela oportunidade de ser oradora. - Começou.-  Este foi um ano conturbado. - Continuou. - Coisas aconteceram para todos. Nós sorrimos. Nós choramos. Pensamos em desistir de tudo, mas não. - Suspirou, olhando para cada colega ali presente. - Não fizemos isso. Nós lutamos, resistimos e mais importante - Ela esboçou um breve sorriso. - nós sobrevivemos. E, se sobrevivemos a tudo isso, vamos sobreviver ao que vem pela frente. Porque isso não acaba aqui. Vamos enfrentar dificuldades e adversidades na vida, é inevitável, mas vamos vencer novamente. - Respirou fundo. - E, não importa quem somos, de onde viemos ou para onde iremos, eu sonho e desejo, nós todos teremos um final feliz. - Completou. - Obrigada. - Sorriu. 

Os alunos levantaram, em festa, e jogaram seus capelos para cima em comemoração. Um DJ ligou a música alta, anunciando que a festa estava começando. 

Evie, Peter, Nerfi e Mary tiraram suas becas, ficando com suas roupas elegantes que estavam vestindo por baixo. Eles se misturaram entre os convidados e Evie aproximou-se de Natasha. A ruiva lhe deu um abraço apertado. 

— Obrigada por vir, Nat. - Evie sorriu. 

— Mas é claro que eu viria, meu amor. - Respondeu amigável. - Como está se sentindo agora que terminou essa fase tão importante da vida? - Perguntou curiosa. Evie deu um longo suspiro. 

— Eu acho que estou feliz. Ou melhor, mais leve. - Sorriu. - Me sinto livre como não me sentia há muito tempo. - Natasha esboçou um breve sorriso. 

— E o seu novo amor? - Arqueou uma sobrancelha. - Como vai o Rob? - Evie soltou uma risadinha, com os olhos brilhando. 

— Ele é adorável. Eu já o amo tanto. Quero passar todos os minutos com ele. 

Loki se aproximava, quando ouviu as palavras da filha. Ele franziu o cenho. 

— Rob? - O deus chamou a atenção das duas. - Err… Evie? - Franziu o cenho novamente. - Eu não quero me envolver nisso, mas eu sou seu pai, então… - Cruzou os braços. - Você terminou com o Peter? Depois de tudo que passaram? Quero dizer, eu não tenho nada a ver com isso. - Deu de ombros. - Mas o inseto Parker é um bom humano e ele sofreu tanto quando você foi embora. - Admitiu baixo. - E esse tal Rob? Quem é esse Rob? Evie Stwart Lokison, é melhor não mentir! - Evie arqueou uma sobrancelha, quase rindo. 

— Aquele é o Rob, pai. - Ela apontou para atrás dele, onde estavam Peter e Nerfi. Mais precisamente para os braços do irmão, onde ele segurava um pequeno filhote de Husky Siberiano, branco e cinza. O pequeno cachorro estava acomodado no colo de Nerfi. - É meu novo cachorrinho. Eu adotei. - Contou, sorrindo. Loki franziu a testa, embaraçado, enquanto Natasha continha uma risadinha. Nerfi aproximou-se da irmã, entregando o pequeno Rob para ela. O cachorro se aninhou em seus braços. - Não é adorável? - Loki mal conseguiu assentir. 

— É a bola de pelos mais fofa que eu já vi. - Nerfi confessou.

— Então, você gosta de mim agora, sr. Loki? - Perguntou Peter sorrindo. 

— Eu não disse isso. - Loki defendeu-se. Eles não acreditaram, e contiveram risadinhas. - Do que estão rindo? - Perguntou emburrado. 

— Acho que o deus da mentira está perdendo as habilidades de mentir, minha gente. - Nerfi cantarolou, fazendo os outros rirem. Loki o encarou com uma carranca, fuzilando-o com o olhar. Nerfi parou de rir. - Eu vou dançar antes que eu dance de verdade. - Ele saiu dali, rindo. 

— Vamos dançar, Peter! - Evie falou, decidida. - Segura o Rob, pai? - Ela não esperou resposta e deixou o cachorro nos braços de Loki antes que ele tivesse tempo de protestar. Evie puxou Peter pelo braço e o levou para a pista de dança. O deus encarou o pequeno animal em seus braços, sem jeito. Natasha apenas observou na direção onde os outros tinham ido. 

— Eles parecem felizes. - Comentou. Loki esboçou um sorriso. 

— Fico feliz por eles estarem felizes. - Admitiu. Natasha o encarou. 

— Não achei que fosse o tipo de homem que ficasse feliz com alguma coisa. Está sempre insatisfeito.

Loki deu de ombros. 

— Sou mais complexo do que imagina. - Respondeu perdido em pensamentos. Um breve silêncio se fez. - Você acha que eu sou um bom pai agora? - A ruiva balançou a cabeça, contendo um sorriso. 

— Você é um péssimo pai. - Suspirou. Loki soltou uma risada pelo nariz. - Mas está fazendo um bom trabalho. - Admitiu. O deus arqueou uma sobrancelha. 

— Um elogio vindo de Natasha Romanoff? - Ele levou uma mão ao peito, fingindo estar emocionado. - Devo me sentir honrado? - Ela revirou os olhos. 

— Deve ficar calado antes que eu resolva retirar o que eu disse. - Sibilou. Loki riu. - Vou pegar algo para beber. - Avisou antes de deixá-lo sozinho. 

Loki ficou parado, apenas segurando o filhote. O cachorro se mexeu em seu colo, chamando a sua atenção. 

— O que foi? - O deus arqueou a sobrancelha, encarando o cachorro. Rob fez um barulho como um choramingo. - Você até que é fofo. - Sussurrou. O filhote se esticou, apoiando as patas em seu peito para lamber seu queixo e seu rosto. O deus virou o rosto, tentando se desvencilhar, mas acabou rindo. - Que espécie de ataque é esse, criaturinha gorducha e peluda? - O filhote deitou em seus braços novamente, enquanto Loki acariciava sua cabeça. 

Não muito longe dali, Thor comia alguns canapés quando viu o irmão segurando o pequeno animal no colo. O loiro arqueou uma sobrancelha e aproximou-se do irmão imediatamente. 

— Loki? - Perguntou inquieto. - Por que está segurando esse filhote de urso? - Questionou. Loki franziu o cenho. 

— Isso é um cachorro, seu retardado!

Thor abriu a boca, entendendo. 

— Segura ele! - Loki passou o filhote para o colo do irmão. - Eu vou procurar algo para beber. - O deus deixou Thor para trás com o cachorro. Rob se aninhou no colo de Thor, enquanto o deus o encarava com curiosidade. Thor estreitou os olhos, desconfiado. 

— Certo. Você não é nenhum filho do Loki disfarçado, não, né? - Arqueou uma sobrancelha. Rob apenas choramingou e entortou a cabeça para o lado, observando Thor. - Isso foi um sim? - O filhote apenas latiu, sem entender. O loiro arregalou os olhos. - Loki! Nós precisamos conversar! - Thor saiu correndo atrás do irmão. 

Na pista de dança, Evie dançava com Peter. Ela tinha os braços enlaçando seu pescoço, enquanto ele segurava sua cintura, numa dança simples. Os dois sorriram um para o outro. 

— Sabe, vou sentir sua falta quando for para faculdade. - Peter disse, contendo a tristeza. Evie esboçou um sorriso. 

— Talvez não sinta. - Respondeu baixo. Peter franziu o cenho. - Eu decidi ir para a faculdade. - Contou.

— Isso é sério? - Perguntou animado. Ela assentiu. Peter a abraçou, tirando seus pés do chão. Quando a soltou, ela estava rindo. 

— Eu decidi ir. Não vou perder nada. - Deu de ombros. - Tenho a vida inteira pela frente e quero testar coisas novas. Posso ir para Asgard depois. - Peter sorriu ainda mais. 

— E aí, gente? - Ned aproximou-se dos amigos, acompanhado de Mary e Nerfi. - Quem topa pegar um carro e sair por aí para uma comemoração super madura? - Sugeriu animado. Evie soltou uma risada. 

— Ned, ir à Disneylândia não é maduro. 

Ned suspirou, desanimado. 

— Ei, perdedores! - Flash chamou a atenção dos cinco, que se viraram de uma vez só. - Agora que acabaram a escola vão viver suas vidas medíocres de gente medíocre? - Riu. Peter cruzou os braços. - O que foi, Pinto Parker? Vai contar para a sua tia, bobão? Até porque, você só tem ela pra contar. - Debochou. Evie fechou a cara numa carranca, irritada, enquanto seu irmão sorria, indiferente. - Até nunca mais! - Acenou, dando as costas para eles. Evie cerrou os punhos, pronta para ir atrás. No entanto, Peter a segurou pela cintura, impedindo-a de andar. 

— Evie, não vale à pena. - Disse calmo. Ela bufou, tentando se desprender dos braços de Parker, enquanto observava Flash se afastar.

— Ah, eu só quero bater nele um pouquinho.- Choramingou. - Só até ele chorar. - Ela sorriu, sádica. - Eu prometo que não vai demorar até ele chorar. - Peter soltou uma risada fraca. 

— Não vale à pena. - Repetiu. Evie continuava tentando se soltar. - Já acabou. Não o veremos mais. - Tentou acalmá-la. - Somos melhores do que isso. - Evie deu um longo suspiro.

— Diga isso por você, Peter. - Mary murmurou, fazendo Nerfi soltar uma risadinha. 

— Está certo. - Evie parou de fazer força. Peter a encarou, desconfiado, até finalmente soltá-la. - Não vou fazer nada. - Levantou as mãos em forma de rendição. Nerfi trocou um olhar com a irmã e depois sorriu. 

— O que estamos fazendo aqui parados? Vamos dançar! - Ned falou, decidido. Os outros concordaram e voltaram à festa. 

A comemoração continuou. A música alta preenchia todo o espaço. Algumas pessoas dançavam, enquanto outras apenas conversavam. O tempo passava e ninguém se importava. Loki e Natasha estavam bebendo champagne, quando Evie e Nerfi se aproximaram, discutindo. O deus apenas deu um suspiro fraco, assistindo a briga dos dois. 

— Você sabe o que fez! - Evie acusou Nerfi, irritada. 

— Foi você que começou! - Rebateu no mesmo tom. Loki respirou fundo e passou uma mão pelo rosto. 

— A-hahaha! - Evie fingiu uma risada. - A culpa é sua! Você me provocou!

— Você é irritante! - Retrucou. 

— Pai! - Resmungaram ao mesmo tempo. 

— Posso saber o que está acontecendo agora? - Loki tentou manter a paciência. Natasha apenas bebericou sua bebida. 

— O Nerfi jogou meu celular dentro de um balde de gelo! - Evie acusou. Loki encarou o garoto, respirando fundo. 

— Por que fez isso, Nerfi? - Perguntou baixo. 

— Eu não fiz de propósito! - Defendeu-se. 

— Fez sim! 

Loki bufou, impaciente. 

— Você tomou o meu celular para mexer nas minhas coisas!

— Eu só estava tirando foto!

— Mentirosa! 

— Chega! - Bradou Loki, entre dentes. Os dois pararam com a discussão imediatamente. - Você vê? - Ele encarou Natasha. - Eles vão me enlouquecer. - A ruiva deu de ombros, sem saber o que dizer. - Quer saber? - Loki encarou os filhos. - Não quero mais saber!

— Mas…

— Eu não ouvi nada e não vi nada. - Interrompeu, quase histérico. - Não sei de nada. E não vou mais me envolver nisso. Vocês já têm idade suficiente para se resolverem sozinhos. - Acrescentou, respirando fundo. - Façam o que quiserem! - Evie e Nerfi se entreolharam, maliciosos. 

— Então, estamos livres para fazermos tudo que quisermos? - Evie arqueou uma sobrancelha. Loki semi abriu a boca. 

— Eu não disse isso! 

— Disse sim. - Nerfi esboçou um sorriso. Loki cruzou os braços. 

— Não foi o que eu… - Nerfi interrompeu a fala do pai, ligando um gravador de voz. Uma voz gravada do deus repetia sem parar “Façam o que quiserem!”. Nerfi desligou o aparelho, sorrindo, enquanto o pai arregalava os olhos e levava uma mão à cintura. 

— Você gravou isso? - Evie sorriu para o irmão. Ele assentiu, orgulhoso de si mesmo. 

— Eu desisto. - Loki suspirou, enquanto Natasha se segurava para não rir. 

Do outro lado do jardim, Peter conversava com May, quando avistou Happy e Tony Stark. O garoto sorriu, surpreso, ao perceber que os dois se aproximavam deles. Peter encarou a tia, que apenas deu de ombros. 

— E, aí, pirralho? - Stark cumprimentou. - May. - Acenou com a cabeça. Happy também a cumprimentou. 

— Você veio para a minha formatura, sr. Stark? - Sorriu. Tony deu de ombros. 

— Bem, se eu estou aqui é porque sim! - Respondeu tranquilo. - Já mandei Happy preparar. Quando sair daqui, vai a concessionária. - Peter franziu o cenho. - Para escolher seu carro. - Deu de ombros. Peter sorriu, atônito. 

— Um carro? - Ele quase gritou. Tony assentiu. 

— Um carro? - May arqueou uma sobrancelha. - Não podemos pagar por um carro. 

— É um presente meu. - Stark explicou. - De formatura. - May semicerrou os olhos. - Todo jovem precisa de um carro. - Deu de ombros. 

— Ah, meu Deus! Eu não sei como agradecer, sr. Stark. - Peter tagarelou, animado demais. - Eu vou ganhar um carro! - Suspirou.Tony apenas balançou a cabeça, enquanto o escutava falar sem parar. 

Longe da pista de dança, Evie e Nerfi apenas andavam silenciosamente. Já estavam perto do estacionamento, onde já viam alguns carros parados. Quando ele parou de andar, ela repetiu seu gesto. 

— Já sabe o que vai fazer agora que se formou? - Evie perguntou baixo. Nerfi suspirou. 

— Na verdade, sei. 

Evie o encarou, curiosa. 

— Ganhei uma bolsa para estudar em Cambridge. - Contou cautelosamente, observando a reação da irmã. Evie franziu a testa. - Eu me mudarei para a Inglaterra na semana que vem. - Completou. Evie ficou em silêncio, digerindo a informação. 

— Isso quer dizer que você vai embora? - Sua voz quase falhou. Nerfi assentiu, dando um sorriso fraco. 

— Acho que está na hora de eu viver a minha vida, não? - Perguntou baixinho. Ela assentiu, contendo as lágrimas que ameaçavam se formar. 

— Eu sei. - Forçou um sorriso. - Mas a Inglaterra é bem longe daqui. - Nerfi respirou fundo. 

— Eu sei. 

Os dois ficaram em silêncio por um longo minuto, até que Evie deu um abraço no irmão. 

— Vou sentir sua falta, bebê javali. - Admitiu, o apertando. Nerfi deu um sorriso, contendo a vontade de chorar. 

— Também vou sentir sua falta, pestinha. - Respondeu baixo, num abraço apertado. - Mas, sempre que precisar de alguém para infernizar a sua vida ou quiser infernizar a vida de alguém, basta me ligar, está bem? - Evie sorriu, entre lágrimas. 

— Você sabe que eu te odeio por sempre me fazer chorar, né? 

Nerfi sorriu. 

— Não tanto quanto eu odeio você por isso. 

Evie o soltou, limpando as lágrimas. Nerfi fez o mesmo, enxugando o rosto com o dorso da mão. Os dois suspiraram ao mesmo tempo, sorrindo. Um assobio chamou a atenção dos dois. Flash caminhava, distraído, em direção ao seu conversível novo. Flash desativou o alarme, destravando a porta do carro. O automóvel prata brilhava na luz do sol. Evie e Nerfi se entreolharam, contendo um sorriso maléfico. 

— Está pensando o mesmo que eu? - Evie voltou a observar o colega de turma. Nerfi soltou uma risadinha. 

— Pode acreditar que sim. - Suspirou. 

Os dois soltaram uma risada antes de se aproximarem de Flash. Nerfi seguiu pela frente de Flash, enquanto a irmã seguia pelas costas, cercando-o. Quando Flash percebeu a presença dos dois, encolheu os ombros. 

— E, aí, Flash? - Nerfi sussurrou, esboçando um sorriso sádico. Flash deu um passo para trás, alarmado, mas esbarrou em Evie. 

— Entra no carro! - Ela sussurrou em seu ouvido, autoritária. O sorriso de Nerfi se alargou ainda mais, enquanto as mãos de Flash tremiam. 

— O que vocês quererem? - Gaguejou. Evie soltou uma risadinha. 

— Nós vamos dar um passeio juntos. - Nerfi explicou, rindo de forma sombria. Flash engoliu seco. 

— É melhor entrar no carro! - Evie repetiu. Flash fechou os olhos e abriu a porta do conversível.  

 

 ***

A festa de formatura já estava quase acabando. Alguns convidados já estavam indo embora, mas a música alta continuava preenchendo o ambiente. Loki tomou o último gole de seu coquetel, encarando o nada. Estava sozinho, perto de uma pequeno chafariz de golfinho, com os pensamentos muito longe dali. 

Mary aproximou-se dele cautelosamente, mas, apesar de estar de costas, o deus sentiu a sua presença. A morena respirou fundo, séria, mas Loki não se virou para falar com ela. 

— Quer alguma coisa, Mary? - Perguntou monótono. Ela estreitou os lábios. 

— Eu estava procurando pela Evie, mas não a encontrei. - Deu de ombros. Loki finalmente se virou, observando seu comportamento. - Sabe de uma coisa? - Ela soltou uma risada amarga. - Eu nunca vou perdoá-lo pelo que você causou. - Seus olhos brilharam de tristeza. Loki assentiu, indiferente. - Mas, resolvi não me vingar das pessoas. Tem me ajudado bastante a superar. - O deus entortou a boca, olhando para a taça vazia em sua mão. 

— Muito bom para você, Mary. - Respondeu sincero.

— Não se preocupe. Não vou contar à Evie sobre isso. Ela já tem problemas demais para descobrir tudo o que eu pai causou. 

Loki ficou em silêncio por um breve segundo. 

— Obrigado, Mary.

 Ela deu de ombros e simplesmente foi embora, deixando-o sozinho novamente. Loki deu um longo suspiro, perdido em pensamentos. Apenas alguns minutos depois, Evie e Nerfi apareceram, rindo de alguma coisa. Eles se aproximaram do pai, que deu um breve sorriso. 

— Estava mesmo querendo falar com vocês. - Loki disse baixo. Os dois franziram o cenho, preocupados. - Vocês vão para a faculdade, então, eu posso fazer o que tenho que fazer. - Pausou. - Decidi ir para Jotunheim. - Evie e Nerfi se entreolharam. 

— Para Jotunheim, pai? - Evie perguntou baixinho. Loki deu um sorriso, tocando o ombro da filha. 

— Tenho que recuperar o que é meu por direito. Sou o rei de Jotunheim e não vou mais permitir que governem em meu lugar. - Respondeu calmamente, encarando-a. - Também vou garantir o que será seu. - Evie suspirou. - E seu também. - Loki encarou Nerfi. 

— Vai nos deixar aqui? - Nerfi encolheu os ombros. Loki sorriu. 

— Eu visitarei vocês sempre. E vocês também podem me visitar. 

Evie abaixou a cabeça. 

— Não há motivos para tristeza, Evie. 

Ela suspirou, assentindo. Nerfi apenas permaneceu sério. 

— Nós somos uma família, e mesmo que estejamos longe, sempre teremos um ao outro. - Acrescentou. - Os dois assentiram, contendo as lágrimas. O deus estendeu os braços para os dois, que se aproximaram para um abraço triplo. Loki passou os braços pelos ombros dos dois de forma acolhedora. - Agora, me contem. O que estavam fazendo? - Perguntou desconfiado. Evie e Nerfi soltaram risadinhas. 

— Nós fomos dar um passeio com um amigo nosso. - Nerfi contou, sorrindo. Loki arqueou uma sobrancelha. 

— Digamos que nós aprontamos uma pequena travessura. - Evie deu um sorrisinho infantil. 

— Hmm… - Loki sorriu, interessado. - Me contem mais sobre isso. - Pediu. 

— Ah, ele deve estar com a cabeça nas nuvens agora. - Nerfi suspirou. 

— Literalmente! - Evie riu, fazendo o irmão a acompanhar. Loki soltou uma risada pelo nariz. Os três saíram caminhando juntos pelo jardim, enquanto riam do que haviam feito. 

 

***

O céu estava claro e azul. No topo do Empire State Building, o arranha-céu mais alto de Nova York, alguém gritava por ajuda. Era Flash. O garoto estava encurralado, preso acima do terraço do prédio, onde ninguém mais tinha acesso. Ele olhou para baixo, amedrontado por causa da altura, e colou suas costas na parede. Se desse um passo em falso, poderia escorregar e despencar lá de cima. Flash tateou o bolso, em busca de seu celular e agarrou o aparelho com as mãos trêmulas. No entanto, ao ouvir um pássaro grande passar pelo alto de sua cabeça, o garoto se assustou, deixando o celular cair e se perder na grande altura. 

— Ah, não. - Choramingou. O pássaro deixou cair algo de seus pés, antes de ir embora. Era um bilhete, preso a um pedaço de motor de carro. Flash arrancou o papel, lendo o que estava escrito. 

 

“Olá Flash,

Parabéns pela formatura. Aproveite a vista, otário!

De seus queridos amigos, 

Evie e Nerfi. 

P.S.: Adoramos seu carro. Pena que não é muito resistente.”

 

— Meu carro não! - Gritou, histérico. - SEUS MALDITOS IDIOTAS! - Ele olhou para baixo mais uma vez. - ME TIREM DAQUI! - Chorou, desesperado. Seu eco apenas se espalhou, mas ninguém ouviu. Flash apenas torcia para alguém o salvasse. Talvez o homem-aranha o ouvisse. 

 

***

O cemitério da cidade estava vazio e silencioso. Harry Osborn pediu que seu motorista o esperasse do lado de fora do lugar. O garoto caminhou pela grama verde e aparada sem fazer barulho. Harry carregava uma tulipa amarela nas mãos e seguiu direto para o túmulos dos falecidos pais. Estavam um do lado do outro, como uma vez estiveram em vida. Ele observou a lápide dos dois por um longo tempo e deixou a bela flor em cima do túmulo da mãe. Ela amava flores. Para o pai, Harry não trouxe nada. O velho Osborn nunca fora muito carinhoso com seu filho. Apesar disso, Harry o amara muito. Era o seu pai. 

O jovem limpou uma lágrima que escorria por sua bochecha, cheio de tristeza. 

— Um dia, pai - Disse entre dentes, sem tirar os olhos da lápide. - eu vou encontrar o seu assassino. - Acrescentou, cerrando os punhos de raiva. - E eu vou vingá-lo pelo que ele fez. - Harry estava decidido. - Um dia, eu vou vingá-lo, pai. - Repetiu para si mesmo. - Eu vou encontrar esse homem-aranha e vou matá-lo com as minhas próprias mãos. - Trincou o maxilar. - Nem que seja a última coisa que eu faça na vida! - Prometeu.


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Notas finais do capítulo

Em 15 de julho de 2018, um ano atrás, eu postei o primeiro capítulo da primeira temporada de “OMG! Meu Pai é um deus”. Me lembro como se fosse ontem, era um domingo à tarde e eu não escrevia nada há muito tempo. Eu não esperava que alguém fosse ler a minha história. Mas para a minha surpresa, vocês leram.

Quando eu comecei a escrever a segunda temporada eu também não esperava que vocês fossem continuar acompanhando. Mas, novamente, vocês me surpreenderam e chegaram até o fim. Então, muito obrigada de verdade a cada um que deu uma chance a essa fanfic, e acompanhou, favoritou e comentou desde a primeira temporada. Obrigada também aos fantasminhas (eu sei que vocês estão aí), apesar de serem mais quietos, vocês também fazem parte de tudo isso. Eu gostaria de poder marcar todo mundo que favoritou e comentou aqui, mas eu correria o risco de esquecer alguém e não quero ser injusta. Vocês moram no meu coração ♥ .

Depois de meses, e um total de 84 capítulos nas duas histórias, estou muito feliz de dizer que encerramos aqui a “saga” de Evie e Loki. Obrigada por darem uma chance as doideiras sem pé nem cabeça que escrevi, vocês não imaginam o quanto foi importante para mim. Cada comentário que eu lia era um ânimo para mim, principalmente em dias que estava me sentindo super mal. Bem, eu falei demais. Mas, é isso. Amo vocês ♥

Bem, depois de falar para caramba (ou escrever), vamos às notícias. Vai ter terceira temporada? Infelizmente, não. Pelo menos, não tenho nada em vista por enquanto, me desculpem. Mas, para quem gosta do Nerfi, haverá um spin-off dele. Mas, o que é um Spin-off? Vamos lá! - É uma narrativa (história) derivada de outra, que pode se passar antes, durante ou depois da história principal. The Vampire Diares, por exemplo, tem o The Originals como Spin-Off. No caso do Nerfi, a história se passará depois da segunda temporada e será em 10 capítulos (é tudo que eu posso contar). Eu postarei mais sobre ela aqui em breve (me dêem só alguns dias, por favor).

Isso é tudo. Quem quiser perguntar alguma coisa sobre as histórias (eu sei que já acabou, mas vamos conversar assim mesmo), é só perguntar. A gente se vê por aí. Em breve estou de volta. Editarei esse capítulo para colocar o link da história do Nerfi. Bjs *.*



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