OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 39
Capítulo XXXVIII - Nightmares come true


Notas iniciais do capítulo

Olá! Obrigada Carol Marques e Thay Paixão pelos comentários ♥

Espero que gostem. Bjs *.*



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O dia amanheceu frio em Nova York. Quando o despertador de Peter tocou, ele já estava acordado. Não havia pregado os olhos durante a noite. Algo o fazia sentir-se mal. Talvez fosse apenas saudade. Ele sabia que tinha que ser assim. Sabia que não havia outro jeito por enquanto, mas não conseguia evitar de sentir falta de Evie. Depois da carta que recebeu dela, a saudade pareceu aumentar ainda mais. Já havia se passado um mês. Trinta dias sem vê-la. Sem falar com ela. Sem escutar sua voz. Parker respirou fundo e levantou-se. Teria um longo dia ainda e precisava ir para a escola. 

Ele se vestiu foi direto à cozinha para tomar café-da-manhã. May preparava ovos mexidos com bacon quando Peter sentou-se à mesa, ainda esfregando os olhos. O ambiente estava perfumado pelo cheiro agradável da comida. Sua a tia o encarou com preocupação, enquanto servia dois pratos com os ovos e bacon. 

— Bom dia, tia May. - Disse cansado. May sentou numa cadeira de frente para o sobrinho, sem tirar os olhos do garoto. 

— Não dormiu bem essa noite? - Franziu o cenho. Peter negou com a cabeça. 

— Estou bem. - Forçou um sorriso amigável. - Não se preocupe. - Peter comeu um pouco do bacon e May fez o mesmo. 

— Hoje vou visitar uma colega no hospital. Talvez eu chegue mais tarde. - Contou. Peter assentiu. - Mas, não se atrase para o jantar. 

— Não vou me atrasar. - Sorriu. May semicerrou os olhos, nem um pouco convencida. - É sério, eu não vou me atrasar. Prometo. - Ele soltou uma risada fraca. 

Hmf! 

— O que vai ter para o jantar hoje? - Perguntou curioso, após engolir um pouco do ovo mexido. 

— Não se atrase e você saberá. - Respondeu por fim, mas sorriu. 

Peter terminou seu café-da-manhã e seguiu direto para a escola. Ele foi andando pelo caminho. Quando chegou à escola, Parker encontrou Ned, que o cumprimentou com batidas de mãos. Os dois seguiram para a aula, que parecia se arrastar. Ele assistiu cada aula e agradeceu mentalmente quando o horário do almoço chegou. Peter estava no corredor quando reencontrou o amigo. Ainda estava com a carta que recebera de Evie nas mãos, lendo e relendo diversas vezes. Ned franziu o cenho, encarando a folha de papel nas mãos do amigo. 

— O que é isso? - Perguntou curioso. 

— A Evie mandou uma carta para gente. - Respondeu com um sorriso bobo, sem tirar os olhos do papel. - Ela disse que queria ter enviado uma para cada um, mas que ficou com preguiça de escrever a mesma coisa várias vezes. - Ned sorriu. 

— Bem típico da Evie. 

Peter assentiu. 

— Ela disse que está com saudade e que nós podemos a visitar. - Continuou. - Disse também que nós adoraríamos Asgard e que você ficaria atônito de como o lugar é bonito. - Ned fez sinal para que o amigo continuasse. 

— O que estão fazendo? - Mary apareceu, tomando a carta das mãos de Peter, que nem teve tempo de protestar. 

— Estávamos lendo uma carta da Evie. - Ned murmurou. - Até você aparecer e atrapalhar. - Mary fez uma careta, quase mostrando a língua para Ned. 

— Olá para você também, Mary. - Peter disse seco. Ela acenou com a mão, impaciente. A morena não tirava os olhos da carta. 

Bobagem sentimental.— Murmurou entediada enquanto lia a carta. - Mais bobagem sentimental. - Revirou os olhos. - Blá, blá, blá… - Resmungou. - Ai meu Deus! - Mary arregalou os olhos, sorrindo. - Ela tem um closet próprio e uma suíte no quarto. - Disse atônita. 

— Sério que de tudo que você leu essa é a única parte que te interessa? - Peter perguntou incrédulo. Mary deu de ombros. 

— O que foi? Eu também estou com saudade da molenga, mas sou como você que fica chorando pelos cantos igual uma manteiga derretida

— Eu não choro pelos cantos! - Defendeu-se, ofendido e desconcertado. 

— Chora sim! - Ned respondeu baixinho. Parker o encarou com uma carranca. 

— Ned! - Ralhou entre dentes. Mary e Ned se entreolharam, soltando uma risadinha. 

Um aglomerado de alunos os cercou. Todos estavam atentos à TV do corredor. Peter e os outros pararam para assistir também. Uma jornalista falava sobre um ataque inesperado de um homem de pele esverdeada no hospital da cidade. Parker abriu a boca, em choque. 

—Tia May! - Exclamou baixinho. Peter saiu correndo sem nem olhar para trás. Tinha um ataque para impedir. 

 

***

O hospital da cidade estava cercado de policiais. No terraço do alto prédio, Norman Osborn estava insano. O homem tinha a pele levemente esverdeada e havia improvisado uma roupa num tom verde musgo, além de segurar uma arma em uma das mãos, capaz de lançar uma descarga elétrica de uma voltagem mortal. Em sua cintura, presas em seu cinto, haviam granadas especiais. Ele inventara isso quando ainda estava em seu estado normal. Mas, agora, ele estava completamente fora de si. Osborn acabara de explodir as saídas de emergência do hospital com bombas, prendendo os pacientes e funcionários lá dentro. 

As autoridades mantinham suas armas apontadas para o homem. Policiais estavam posicionados no chão e em terraços de prédios vizinhos. Um helicóptero na polícia sobrevoava o hospital, com atiradores de elite pendurados e preparados para atacar.  Ao ouvir um comando, todos atiraram. Mas, os disparos não foram o suficiente para atingi-lo. Norman estava forte demais por causa do vírus. Era quase impossível matá-lo. Harry Osborn correu pela multidão que assistia, tentando pensar numa forma de chegar até o pai. Ele precisava impedi-lo de continuar. Precisava salvá-lo. 

Quando Norman estava prestes a atirar uma descarga elétrica no helicóptero que sobrevoava a sua cabeça, algo prendeu a sua mão. Era uma teia. Peter havia acabado de pular no terraço do hospital, vestindo seu traje de homem-aranha. A multidão de pessoas gritou quando o viu. Osborn virou-se para ele, desvencilhando-se na teia. Peter deu um passo para trás, surpreso. 

— Sr. Osborn? - Perguntou por fim. Norman não respondeu e apenas soltou um grunhido alto, atirando na direção do garoto. Parker mal teve tempo de desviar, pulando no ar e caindo agachado, em posição de ataque. - Não vou deixar que faça isso! -

Peter lançou teias na direção do homem, que se debateu ao ser preso. Parker pulou em suas costas de uma vez só, prendendo o pescoço de Osborn com um braço. O homem o lançou com toda a sua força contra o chão e pulou na sua direção, com a arma em uma mão e uma faca na outra. Norman o prendeu contra o chão, tentando acertar seu rosto com a faca, mas o garoto o segurou. Peter teve que fazer uma força imensa contra Norman para que a faca não perfurasse o seu rosto. Parker conseguiu empurrar o homem de cima dele, acertando-o com um soco na mandíbula. 

Norman caiu de lado mas acertou o helicóptero com uma descarga elétrica. O barulho soou como se um trovão tivesse caído bem ali.  As hélices pararam, em chamas, e o grande transporte começou a despencar do céu. Quando Peter estava prestes a lançar suas teias para segurar o helicóptero, alguém o fez primeiro. Com um traje branco e rosa, Gwen pulou no terraço, segurando firme as teias que prendiam o helicóptero, que agora estava pendurado e batendo contra a vidraça do prédio. Peter a encarou e os dois trocaram um aceno rápido com a cabeça. 

— Mulher-Aranha! - Cumprimentou casualmente. 

— Homem-Aranha! - Respondeu com a respiração pesada. Gwen fazia a maior força possível para não deixar o helicóptero cair. O fogo já se espalhava pela nave, fazendo a garota temer. Peter não teve tempo de ajudar Gwen. Ele teve que se defender de mais um ataque de Norman, que não parava de atirar na sua direção. A loira olhou para baixo, sentindo seus braços doendo. Ela tinha que pensar em algo. 

— Socorro! - Um dos policiais que ainda estava preso no helicóptero gritou. Gwen olhou para os lados, tentando pensar em algo. Se ela soltasse as teias, ele cairia. Se ela ficasse, os policiais morreriam queimados. - Ajuda por favor! - Insistiu. 

Gwen olhou para trás e viu que Peter estava ocupado demais lutando contra Osborn. O garoto acabara de levar uma facada de raspão no braço e acertou Norman com um pontapé, derrubando-o no chão. Norman deixou sua arma cair de lado por causa da queda, mas logo se levantou, agarrando Peter pelo pescoço. Parker conseguiu prendê-lo contra o chão, imobilizando-o. Um grito abafado chamou a atenção de todos. Aparentemente, um garoto com um traje vermelho e preto, muito similar ao do homem-aranha, havia acabado de pular do prédio vizinho para o terraço do hospital. Não era possível ver seu rosto, pois estava coberto por uma máscara vermelha. 

— E, aí, gente? - Cumprimentou animado e deu um aceno. 

— Conhece ele? - Gwen gritou para Peter. 

— Não faço ideia de quem seja! - Peter gritou de volta, arfando, enquanto Osborn tentava agarrar seu pescoço novamente. 

— Querem uma mãozinha aí? - O garoto perguntou. Peter e Gwen se entreolharam. 

— Sempre tem espaço para mais um aranha. - Parker respondeu com dificuldade. - Bem-vindo ao time, cara. - Completou. 

O jovem assentiu e não esperou para correr até Gwen. Ele segurou as teias firmemente e ela as soltou. 

— Segura firme, enquanto eu tiro os policiais de lá. - Disse rápido. 

— Toma cuidado! - Quando o garoto gritou, Gwen já havia pulado do prédio e aterrissado bem em cima do helicóptero. A loira sentiu a nave balançando e a quentura do fogo por todo o lugar. Gwen arrancou a porta do helicóptero e estendeu a mão para um dos policiais. Ela não pôde deixar de perceber que ele era o único consciente. 

— Precisa confiar em mim. - Ela disse para ele calmamente. - Me dê a mão. Vou tirá-lo daqui. - O homem hesitou, mas seguiu a instrução, dando a mão para ela. Gwen o puxou de dentro e o helicóptero estremeceu. Ela olhou para cima, encarando o jovem aranha que segurava as teias. - Segura isso direito! - Ralhou. 

— Foi mal. - Respondeu. Gwen segurou o braço do homem, prendendo os dois em teias, e pulou do helicóptero. A garota o levou até o chão rapidamente e o soltou da teia antes de subir novamente. Ela precisava tirar os outros antes que o fogo se alastrasse.

Norman aproveitou um minuto de distração de Peter e com apenas um movimento, lançou uma granada no chão. O objeto estourou, fazendo parte do chão do terraço desabar dentro do hospital. Peter e Norman despencaram em meio aos escombros. Pedras caíram por cima de Parker, fazendo-o se machucar. Ele empurrou os escombros para o lado, em meio a poeira e fumaça, e levantou-se com dificuldade. Havia um grande ferimento em sua perna e ele resmungou ao ver o sangue escorrendo. Quando olhou ao seu redor, o garoto percebeu que havia perdido Norman de vista. O corredor onde estava parecia vazio.

Andando com dificuldade em meio aos pedaços de concreto, Peter escutou um choro baixo. Ele parou de andar para escutar melhor. Era um choro de criança. Peter seguiu na direção do som e avistou uma menininha presa embaixo dos escombros. 

—Hey! - Ele falou baixo para não assustá-la. A menina, que não passava dos quatro anos, chorou ainda mais. Peter aproximou-se com cuidado. - Eu vou tirar você daí. Não precisa ter medo. Eu sou o Peter. - Um barulho de algo estourando se fez, não muito longe dali. Peter sabia que só podia ser Osborn. No entanto, ele tinha que ajudar a menina primeiro. 

 A menina chorou, assustada, enquanto Peter retirava cuidadosamente os escombros. Ele decidiu que seria mais fácil para ela se tirasse a máscara e assim o fez. 

—Viu? - Sorriu, tentando acalmá-la. - Não vou machucar você. - Ela se encolheu, chorando um pouco menos e esfregando os olhos. Suas pequenas pernas estavam cheias de machucados. - Você quer dar um passeio? - Ele estendeu os braços, pegando-a no colo. As luzes do corredor piscaram e Peter sentiu cheiro de fumaça. Amedrontada, a menininha se encolheu em seu colo, apertando seu braço. - Vou colocar a máscara de novo porque isso é um segredo só nosso, está bem? - Perguntou baixinho. Ela assentiu. Peter recolocou a máscara com uma mão, enquanto segurava a criança com a outra. 

Ele virou à direita no corredor, só então percebendo que estava na ala infantil do hospital. Ainda com a perna doendo, Peter correu por ali tentando encontrar alguém. Ele virou mais um corredor, escutando mais estouros. Uma enfermeira apavorada cruzou o seu caminho. 

—Por favor, tire as crianças daqui. - Disse apressado, entregando a menina para ela. - Encontre uma saída de emergência. - Pediu. 

Peter não esperou resposta, apenas correu na direção de onde vinham as explosões. As luzes se apagaram por completo, deixando tudo escuro. O sentido aranha estava no máximo de alerta, mas Peter sentiu algo além. Uma sensação muito pior. Como um terrível pressentimento. 

Ele seguiu em frente, acionando a visão noturna de seu traje. Ao virar mais um corredor, Parker o viu, atirando contra uma médica. Peter não teve tempo de salvá-la. O corredor estava em chamas. A aparência de Norman era perturbadora. Seus dentes pontiagudos estavam de fora e seus olhos estavam vermelhos como sangue. Em uma das mãos, o homem segurava a arma de descarga elétrica, enquanto em seu cinto, haviam granadas presas. Peter estava cara a cara com ele. Havia fogo ao seu redor. Quando pensou estar sozinho, a presença de duas pessoas o surpreendeu. Gwen e o jovem aranha pularam ao seu lado, um à sua direita e o outro à sua esquerda. 

—Achou que perderíamos a melhor parte? - Gwen perguntou espirituosa. Se não estivesse com a máscara, seria possível ver o sorriso de Peter se formando. 

—É hora de dar um jeito nesse tiozinho, pessoal. - O jovem aranha sibilou. 

Norman atirou na direção dos três, mas eles desviaram rapidamente. Peter e Gwen lançaram suas teias ao mesmo tempo, enquanto o jovem aranha lançou de seu corpo uma rajada de veneno. Osborn se rebateu, preso, e caiu, sentindo a substância tóxica se espalhar pelo seu corpo. O homem caiu no chão, quase imóvel, enquanto o fogo se espalhava ainda mais. 

— Gwen, por favor, precisa ajudar a evacuar o prédio. - Peter gritou, afoito. - Esse andar está cheio de crianças! - Gwen assentiu e sumiu de sua vista. 

—Eu ajudo a evacuar os outros andares enquanto você tira ele daqui. - O jovem aranha sugeriu e também desapareceu. 

Peter levantou Norman pelos braços, o apoiando em seu ombro. O homem estava fraco, intoxicado pelo veneno. 

—Não sei porque fez isso, Sr. Osborn. - Arfou, enquanto o carregava até o andar de baixo. - Mas está bem encrencado. 

Parker o arrastou pelo corredor com dificuldade. Ao virar à esquerda, o garoto avistou sua tia e seu coração disparou de preocupação. May tinha um vinco de preocupação na testa quando avistou o sobrinho. Ela estava encolhida no chão, junto com outros pacientes. 

—Se eu vou morrer…- Disse Norman fraco. - Todos vão! 

Tudo aconteceu rápido demais. Em um segundo, Norman arremessou uma granada na direção dos pacientes. Peter o soltou rapidamente, pulando na direção da bomba. Ele mal teve tempo de lançá-la de volta na direção de Osborn e a granada explodiu. As pessoas fugiram, apavoradas. Em meio à fumaça, Norman fez sua última atrocidade antes de cair morto. Ele disparou sua arma na direção de May. Desesperado, Peter saltou na frente da tia, protegendo-a com o seu próprio corpo. Uma descarga elétrica atingiu suas costas, fazendo-o gritar de dor. Peter sentiu como se seu corpo estivesse sendo estraçalhado. Não conseguia se mover. Ele soube, então, qual era a sensação ruim. Parker viu a morte. Seu corpo fraco desabou sobre o colo de May, que o segurou em seus braços firmemente. 

— Peter? - Seus olhos estavam cheios de lágrimas. - Querido? - May arrancou a máscara do sobrinho, revelando seu rosto pálido. 

—Tia May? - Balbuciou. Seu corpo estava acabado por dentro. Seu coração batia, fraco. May forçou um sorriso, entre lágrimas, acariciando o rosto do sobrinho. 

—Está tudo bem, querido. Estou aqui. - Sussurrou. Peter sorriu, sentindo dor e dificuldade de respirar. 

—Desculpa. - Respondeu fraco. Uma lágrima escorria por seu rosto. - Não vou poder aparecer para jantar hoje. - Deu um sorriso fraco. May forçou um sorriso, chorando. - Obrigado por cuidar de mim esse tempo inteiro. - Continuou, com dificuldade. - Por favor, diz pro Ned, obrigado por ser meu amigo. - Peter parou, com a respiração entrecortada. - E a Evie. - Hesitou. - Diga a ela que ela será uma rainha incrível um dia e que a amo muito. - May assentiu, em lágrimas. 

—Sim, querido. - Ela deu um beijo em sua testa, como se colocasse uma criança para dormir. - Eu te amo. - Sussurrou. 

— Eu te amo. - Respondeu baixinho. Seus olhos se fecharam e Peter deu seu último suspiro. May desabou em lágrimas, abraçando o corpo do sobrinho junto ao seu. 

Gwen e o jovem aranha apareceram no andar, apressados. Haviam focos de incêndio por todo o corredor. Os dois pararam quando viram May segurando o corpo sem vida de Peter. Eles correram até ela e Gwen se ajoelhou, arrancando a máscara. 

— Peter? - Chamou. Seus olhos já brilhavam por causa das lágrimas. May apenas balançou a cabeça, como um sinal de que já era tarde. Gwen caiu no choro, enquanto o jovem aranha tirava a máscara, em choque. Miles não se importou de que elas o veriam. Fez isso em respeito à memória de Peter Parker, o primeiro homem-aranha. Porque já era tarde. Peter Parker estava morto. 

*** 

— Não acredito que isso aconteceu. - Nerfi sentou-se no sofá de casa, pasmo. Ele e seu pai haviam acabado de receber a notícia da morte de Peter. Até mesmo Loki estava abismado. 

—Também não consigo acreditar. - Loki admitiu baixo. - Isso só me faz pensar em como a vida dos humanos é frágil. Mesmo os mais fortes. - Nerfi o encarou, preocupado. 

—A minha irmã não pode saber. - Disse passando uma mão pelo rosto. O deus franziu o cenho. 

— Ela tem que saber. - Respondeu sério. Nerfi balançou a cabeça, tenso. 

— Ela não vai se recuperar disso. - Respondeu perdido em pensamentos. - Quando nossa mãe...Quero dizer, quando Melina morreu… - Ele hesitou. - Achei que ela fosse morrer também. - Suspirou, soltando uma risada dolorida. - Ela vai enlouquecer se descobrir que o Peter morreu. 

—Não posso esconder isso dela, Nerfi. 

— Por que não? - Levantou-se, nervoso. - Você já mentiu tantas vezes. - Seus olhos estavam suplicantes. 

— Não posso deixar a Evie pensando que se um dia ela puder voltar, o Peter estará esperando por ela. 

Nerfi ficou em silêncio. 

—Então, apague-o da memória dela. - Pediu. Loki negou com a cabeça. 

—Já mexi na memória dela uma vez e me arrependo por isso. - Respondeu sério. - Não vou fazer isso de novo. - Nerfi soltou um suspiro fraco. 

— Não há nada que possamos fazer? 

O deus deu um longo suspiro. 

—Não. Sinto muito. - Respondeu por fim. 


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