OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 37
Capítulo XXXVI - O banquete


Notas iniciais do capítulo

Boa tardee! Muito obrigada Magia por comentar ♥

Estamos na reta final...
Espero que gostem. Bjs *.*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/773481/chapter/37

A neve cobria toda a cidade de Nova York. O frio era congelante, e as pessoas se cobriam com casacos e cachecóis ao sairem na rua. Na casa de Norman Osborn, o aquecedor ligado mantinha o ambiente numa temperatura agradável, mas, não o suficiente para Norman. O homem doente não parava de tossir em seu cama. Ele mal conseguia se mover. Sua doença havia piorado e ele estava em um estado crítico - seus dias estavam contados. Osborn falava ao celular de forma rude, quando Harry passou pela porta de seu quarto. O garoto não pôde deixar de ouvir parte da conversa e parou na porta, prestando a atenção em tudo. Harry tinha desconfianças de que o pai poderia estar fazendo algo muito grave. No entanto, ele tinha medo de descobrir a verdade.

— Não me importa, Aaron! - Norman esbravejou no telefone. - Não quero mais ouvir falar sobre isso! - Ele desligou o celular e o lançou contra a parede. O aparelho se partiu. Harry deu um pulo para trás, por causa do barulho, e decidiu adentrar no quarto do pai.

— Pai? - Perguntou nervoso. Norman respirava pesado. Estava irritado. - O que você fez? O que está acontecendo?

— Não sei do que está falando. - Mentiu.

— Onde está o dr. Lowell? - Questionou tenso. - Desde que ele esteve aqui, há semanas, ele desapareceu. - Norman sorriu de forma sádica.

— Quer mesmo saber, Harry? - O garoto assentiu, sério. -  Pois bem, o dr. Lowell está morto!

Harry franziu o cenho, pasmo.

— Como disse?

— Eu o matei! - Norman confessou, áspero. - Era isso que queria saber? - Harry piscou rápido, tentando sair do choque. - Não finja o choque, Harry. Você não é estúpido. Eu sei que você já desconfiava. - Harry deu um longo suspiro.

— Por que fez isso?

Norman bufou, impaciente.

— Nunca ouviu dizer que os mortos não falam? - Respondeu por fim. - Digamos que o dr. Lowell ficou sabendo de coisas demais e isso me prejudicaria. Com o seu desaparecimento, Lowell passou a ser o fugitivo, procurado pela S.H.I.E.L.D, culpado pela manipulação de um vírus mortal. - Explicou. Harry sentou-se em uma cadeira próxima, tentando digerir a informação. - Enquanto eu, passei a ser apenas um homem doente, uma vítima de um funcionário aproveitador, já que ninguém tem provas contra mim.

— Então, foi você que forneceu armamentos para H.Y.D.R.A? Você é o traidor? - Perguntou quase entre dentes. Norman tossiu, fraco, mas esboçou um sorriso.

— Você não achou realmente que tivesse sido o dr. Lowell, não é? - Harry não respondeu e Norman soltou uma risada gutural. - Aquele idiota não sabia de nada. Ele só estava cumprindo minhas ordens. Estava tentando ajeitar a fórmula do vírus. Lowell nunca teve envolvimento com a H.Y.D.R.A.

— E por que você fez isso? - Perguntou baixo. - Por que fez um acordo com a H.Y.D.R.A, pai?

— Eu estou morrendo! - Ele praticamente gritou. - Aquela fórmula era a minha última esperança de vida. Forneci os armamentos em troca da fórmula do vírus. Lowell estava trabalhando nela para que pudesse ser testada em mim! - Trincou os dentes. - Mas, ao que parece, não deu certo. - Completou baixo. Harry passou a mão no pescoço tenso e levantou-se.

— E por que resolveu me contar isso agora? - Perguntou por fim.

— Porque se eu morrer, você terá de assumir os meus negócios.

Harry balançou a cabeça.

— Não quero fazer parte disso! - Respondeu decidido. Norman riu.

— Você já é parte disso, Harry! - Rebateu seco. Sua voz estava rouca e falhada. - Tudo que você tem, suas roupas de marca, seu carro de luxo, sua escola cara… Tudo é pago com o meu dinheiro! Dinheiro que veio de várias formas, querendo você ou não. Você sabe de tudo e vai ficar em silêncio, porque sei que não vai entregar o próprio pai. Você roubou da S.H.I.E.L.D uma parte do antivírus vivo! Você trouxe o dr. Lowell até a mim para que eu o matasse! Isso tudo faz de você um cúmplice. - Sorriu. Harry franziu o cenho, não reconhecendo mais o próprio pai.

— O que aconteceu com você?

Norma soltou uma risada.

— Você ainda não viu nada, Harry! - Respondeu.



Evie

 

A manhã estava ensolarada em Asgard, com uma brisa fresca soprando em nossos rostos. Eu levantei cedo pela manhã e fui arrumada por Agathe e Ingrid. Elas pareciam gostar deste trabalho. Desta vez, eu preferi calças. Eram mais confortáveis e me deixavam mais livre. Após tomar café da manhã, fiquei sem saber o que fazer. Eu não tinha muito o que fazer no palácio, já que eu não conhecia muita coisa. Meu tio estava passando a maior parte do tempo na sala de reuniões com outros conselheiros, se informando do que estava acontecendo no reino.

Passei uma parte da manhã na biblioteca do palácio, lendo livros sobre feitiçaria asgardiana. A outra parte da manhã, eu gastei me arriscando a desenhar nos jardins. Se ao menos eu pudesse falar com alguém na Terra. Com Mary. Ou Ned. Ou a Nat. Ou Peter. Senti um aperto no peito. Ah! Como eu sentia falta deles. Até mesmo do meu irmão, por mais difícil que isso fosse de admitir. Também sentia falta do meu pai. Ele não pudera vir comigo porque disse que tinha algo a fazer ainda na Terra. Eu só não sabia o que exatamente. Mas, rezava para que não fosse um de seus planos terríveis. Eu queria tanto ter notícias de todos. Queria poder me comunicar com eles, mas sabia que seria praticamente impossível. Apesar de Asgard ter uma tecnologia avançada, não havia sinal entre os dois planetas.

Estava sentada no banco do grande jardim do palácio. O lugar era repleto de flores e passarinhos que voavam por todos os lados. Quando terminei de desenhar as montanhas que tinha em minha vista, fechei meu caderno e o deixei ao meu lado no banco. Inspirei o ar fresco, fechando os olhos.

— Está gostando do palácio? - A voz de Valkyrie me fez abrir os olhos imediatamente. Ela deu um sorriso para mim.

— É muito bonito. - Respondi por fim. Valkyrie tomou um lugar ao meu lado. - Mas, sinto falta de todos. - Ela assentiu.

— Eu já imaginava. - Ela franziu o cenho, parecendo ter uma ideia. - Por que não escreve cartas para eles? A comunicação mais moderna é impossível no momento, mas as cartas funcionam perfeitamente. - Sorri. A ideia de Valkyrie era mesmo ótima.  

— É uma ótima ideia. Vou começar a escrever hoje mesmo.

Alguns segundos de silêncio se fez.

— Imagino que não goste de ficar parada aqui o tempo inteiro, não é?

Dei um sorriso fraco.

— Não mesmo. - Admiti. Valkyrie conteve um sorriso.

— Então, venha comigo. - Pediu.

Segui Valkyrie pelos corredores extensos do palácio sem fazer muitas perguntas. Não fomos seguidas por guardas desta vez. Não era algo que ela precisasse. Valkyrie poderia derrubar uma dezena de soldados de uma vez só, pelo o que eu havia ouvido falar. Quando chegamos a um dos pátios do palácio, guerreiros e guerreiras treinavam intensamente. Os ruídos das espadas batendo eram os únicos sons que nós ouvíamos. Valkyrie e eu caminhamos pelo pátio, sem chamar a atenção de ninguém. Todos estavam concentrados demais em seu treinamento. Eu encarei Valkyrie, curiosa.

— É o treinamento de parte do exército de Asgard. - Explicou. - Aqui os melhores guerreiros e guerreiras do reino treinam. - Observei alguns soldados treinando golpes com suas espadas. - Pode vir assistir o treino sempre que quiser. É uma boa forma de ocupar o tempo livre. - Deu de ombros. Balancei a cabeça positivamente, esboçando um sorriso.

— Senhorita Valkyrie. - Um homem alto e esguio, com alguns fios grisalhos entre os cabelos escuros, a cumprimentou com um aceno de cabeça. - É uma honra tê-la aqui. - Ela repetiu o aceno.

— É bom vê-lo Rick. Precisava mesmo falar com você. - Respondeu séria. - Tem um minuto? - Rick assentiu e os dois se afastaram, sumindo da minha vista.

Continuei observando o treinamento por alguns minutos. Me lembrava de algumas coisas que meu pai havia me ensinado. Olhando para o lado, reparei num barril cheio de espadas e lanças de todos os tipos. Minha curiosidade incontrolável me fez me aproximar do objeto. Peguei uma espada polida, para observá-la melhor. Era pesada como aquelas que eu usava para treinar. Brinquei de impulsioná-la, com cuidado para não me machucar. Estava distraída quando alguém soltou um grunhido em minhas costas, me fazendo levar um susto. Em um reflexo, me virei bruscamente, com a espada apontada. Não tive tempo de pensar e apenas senti a minha espada chocando-se intensamente com outra espada. Ao final de tudo, estava eu, com uma espada empunhada na direção do pescoço de um guerreiro, que levantou os braços para cima como forma de rendição. Enquanto outro, estava ao seu lado com os olhos arregalados. Eu havia derrubado a espada de um deles por puro susto. Depois de tudo que havia passado, eu precisava aprender a tomar cuidado com os meus reflexos. Pela saúde de todos.

— Vocês dois ainda vão acabar mortos por essa mania de assustar pessoas. - Uma jovem guerreira, com cabelos pretos na altura do queixo, se aproximou rindo. Ela deixou sua espada no barril, casualmente. Abaixei a espada imediatamente, envergonhada, e os dois jovens guerreiros ainda me encaravam.

— Foi o golpe mais sinistro que eu já vi. - O ruivo disse, atônito, enquanto o moreno ao seu lado massageava o pescoço onde minha espada estivera.

— Foi mal. - Respondi por fim. - Vocês me assustaram. - Confessei. A guerreira riu.

— Também é do exército de Asgard? Vai treinar aqui?

— Ah, não. - Dei um sorriso fraco. - Estava apenas olhando. - Dei de ombros.

— Onde aprendeu este golpe? -  O ruivo me encarou. Dei um sorriso fraco.

— Foi meu pai que me ensinou. - Dei de ombros. A moça franziu o cenho, me analisando.

—É humana? - Perguntou curiosa.

—Meio-humana. - Respondi por fim. Os três se entreolharam.

— Eu sou Brenna. - Ela se apresentou. - E esses são Aryeh e Knut. - Brenna apontou para o moreno e depois para o ruivo consecutivamente.

— Prazer em conhecê-los. - Sorri. Estava prestes a me apresentar quando uma voz grave falou primeiro.

— Vejo que já conheceu algum dos melhores guerreiros de Asgard. - Magnus, o comandante que eu havia conhecido no dia anterior, se aproximou de nós em passos lentos e marcados. Estava com sua armadura e uma espada presa na cintura.

— Comandante Magnus. - Aryeh e os outros abaixaram suas cabeças em forma de respeito. Magnus voltou sua atenção para mim.

— O que tem achado do treino, alteza?

Brenna, Knut e Aryeh arregalaram os olhos ao ouvir a forma de tratamento. Soltei um longo suspiro. Algo no tom bajulador de Magnus fazia meu estômago revirar de desgosto. Eu quase revirei os olhos, mas isso seria mal educado demais, mesmo para alguém que não era da realeza.

— Alteza, mil perdões, não sabíamos quem era. - Knut fez uma reverência atrapalhada, sendo seguido pelos outros.

— Está tudo bem. Não precisa disso. - Respondi rápido. Eles sorriram timidamente. Magnus fez um sinal com a mão para que eles voltassem ao treino. Os três obedeceram imediatamente.

— Deseja companhia para acompanhar o treino? - Seu tom de voz era baixo e cauteloso. Como se estivesse em um jogo, planejando cada jogada cuidadosamente. Ele me lançou mais um sorriso que tive certeza que era falso e eu senti um arrepio na espinha. Como um mal pressentimento. - Será uma honra ter a sua companhia, alteza. - Eu o fitei por um longo instante. Será que ele realmente acreditava que eu iria cair nesse jogo de interesses? Provavelmente sim. Talvez ele me visse apenas como uma menina ingênua, com um título poderoso nas costas. Uma presa fácil. Mas, se ele pensava assim, estaria bem enganado.

— Não precisa. - Mantive minha voz serena, forçando um sorriso. - Obrigada, comandante. - Avistei Valkyrie voltando e quase dei um suspiro aliviado. - Ah, Valkyrie. - Chamei sua atenção. - Tenho que ir agora. - Disse para ele rapidamente antes de me afastar e seguir na direção dela.

 

***

Eu passei horas conhecendo o palácio inteiro com Valkyrie. Quando retornei ao meu quarto, já estava praticamente na hora de eu me arrumar para o banquete especial. Abri a porta do quarto devagar e avistei Ingrid e Agathe sentadas em cadeiras, encarando um ponto fixo na parede. Elas pareciam tensas. Eu entrei na frente das duas, as encarando e elas nem mesmo se moveram. Estavam estáticas.

— Está tudo bem? Vocês estão passando mal?  - Franzi o cenho. Com as mãos trêmulas, Agathe conseguiu levantar o indicador, apontando em direção a algo que estava atrás de mim. Eu me virei no mesmo instante e o vi. Ele estava sentado elegantemente, com as pernas cruzadas, em uma poltrona, no canto de parede.

— Pai! - Sorri. Ele esboçou um sorriso e levantou-se. Corri em sua direção para lhe dar um abraço mas ele estendeu uma mão para que eu parasse.

— É apenas uma ilusão. - Disse baixo.

— Ah! - Dei um suspiro fraco.

— Senhorita? - Agathe me chamou com a voz trêmula. - Podemos ir agora? - Pediu quase em desespero. As duas estavam apavoradas com a presença de Loki.

— Claro. Podem ir. - Assenti.

Elas fizeram uma breve reverência. Agathe saiu na frente, mas Ingrid ficou para trás. Ela franziu o cenho, encarando meu pai fixamente. Loki se aproximou dela, com um olhar divertido.

! - Ele sussurrou. Ingrid deu um pulo para trás e saiu do meu quarto correndo.

— Pai! - Repreendi. Ele soltou uma gargalhada com vontade. - Elas são legais. - Acabei soltando uma risada. - Por que estavam tão assustadas?

— Eu juro que eu não fiz nada. - Ele levantou as mãos. Cruzei os braços e ele sorriu. - Como está se sentindo aqui no palácio? Está sendo bem tratada? - Perguntou. Sentei na beirada da cama.

— Estou bem. É tudo muito bonito aqui.

— Não tente mentir para mim, Evie. - Respondeu calmamente.

— Gosto daqui. Me sinto bem durante o dia, as pessoas são tão legais comigo. - Suspirei. - Mas, de noite, quando deito a cabeça no travesseiro, as lembranças ruins voltam. E eu me sinto muito mal. - Confessei. Loki ficou sério.

— Sei que é difícil. - Respondeu baixo. - Mas isso vai melhorar. - Assenti, mesmo não tendo certeza disso.

— E como estão todos? - Mudei de assunto. - A Nat, os meus amigos e… - Respirei fundo. - E o Peter? - Meu pai deu um longo suspiro.

— Estão todos bem, não se preocupe. - Respondeu entediado. - E o Peter…- Ele franziu o cenho, perdido em pensamentos. - Eu não sabia que um humano podia eliminar tantas lágrimas até conhecê-lo. - Soltei uma risada fraca. - Mas, ele está bem. - Sorriu. - Apesar de eu ter que aturar as visitas dele. - Resmungou mal-humorado.

— Ele tem visitado você? - Perguntei surpresa.

— Mais do que eu gostaria. - Murmurou.

— E como está… - Eu interrompi minha pergunta, lutando com as palavras, e Loki arqueou uma sobrancelha. - É…

— Quer saber do seu irmão? - Balancei a cabeça positivamente. - Ele está bem. - Completou. Esbocei um sorriso fraco.

— Tente não brigar com ele, está bem? - Pedi cautelosamente. Loki esboçou um sorriso. - Mas não diz que eu falei isso. - Meu pai soltou uma risada. Ele se virou, analisando o meu quarto.

— O que o Thor estava pensando quando colocou você aqui? - Perguntou irritado e depois me encarou. - Esse quarto é minúsculo!

— Minúsculo? É enorme!

Ele fez uma careta.

— Deveria ser maior.

— Não precisa, estou bem aqui, pai. - Respondi por fim. Ele me encarou, estreitando os olhos, mas depois deu de ombros. - Sinto falta de casa. - Disse baixinho. Loki estreitou os lábios, sério. - Você não vai vir morar aqui?

— Não ainda. - Respondeu baixo. Soltei um suspiro fraco. - Preciso ir agora, criança tola. - Anunciou. - Voltarei depois. - Eu acenei com uma mão e ele retribuiu, antes de sumir.

Deitei na cama, esticando minhas costas. Alguns minutos depois, Agathe e Ingrid voltaram, tagarelas. Elas praticamente me puxaram para fora da cama, ignorando meus resmungos e me ajudaram a me arrumar para o banquete. Coloquei um vestido de alças finas e longo, dourado. Seu tecido brilhava como um céu estrelado. Ingrid prendeu parte do meu cabelo, para equilibrar uma tiara de ouro com pedras de diamantes. Por último, vesti uma capa, em um tom mais fosco, que combinava perfeitamente com o meu vestido. Respirei fundo diante do espelho e sorri. Estava na hora.

Agathe e Ingrid me acompanharam até a sala do jantar, onde uma mesa enorme estava posta ao centro. Havia todos os tipos de comida ali e aroma perfumava o ambiente. Haviam dezenas de pessoas que eu não conhecia no local. A maioria parecia nobres, muito bem vestidos. Todos estavam conversando entre si. Havia também um grupo de músicos, tocando seus instrumentos animadamente. No meio da multidão, avistei meu tio. Ele usava uma coroa na cabeça e acenou com uma mão quando me viu. Eu me aproximei dele.

— Que bom que chegou, sobrinha. - Ele disse baixo. - Vou dar início ao banquete. Venha comigo. - Eu o segui até o centro da grande sala. A música parou e a multidão se calou. Respirei fundo, sentindo-me um pouco nervosa por ter tantos olhares sobre mim. - Bem-vindos, senhoras e senhores de Asgard. Eu os convidei para este banquete hoje porque quero apresentar minha querida sobrinha, Evie Stwart Lokison, princesa de Asgard e Jotunheim. - Anunciou. Todos fizeram uma breve reverência e eu encarei meu tio, sem saber o que fazer. - Não se preocupe, você logo vai se acostumar. - Sussurrou para mim. - Agora, vamos dar início ao jantar. - Ele bateu palmas duas vezes, sinalizando para que a música voltasse.

As pessoas tomaram seus lugares à mesa, e eu fiz o mesmo. Sentei-me numa cadeira ao lado direito de meu tio. Logo, os empregados começaram a chegar, com bandejas de bebidas, servindo os convidados. Magnus de aproximou de mim e fez questão de beijar a minha mão. Eu forcei um sorriso e me contive para não arrancar a minha mão da sua boca. Ele tomou um lugar não muito distante de meu tio.

O jantar começou e todos pareciam muito animados. A música estava alta e as gargalhadas de meu tio preenchiam todo o ambiente. Alguém acabara de contar uma piada a ele. Sorri, balançando a cabeça e beberiquei meu suco de amoras. A noite seguia agradável, quando algo chamou a minha atenção. Magnus cochichava algo no ouvido de uma serva, que carregava uma bandeja. Discretamente, ele colocou uma taça de vinho na bandeja e fez sinal para que ela servisse ao meu tio. Franzi o cenho. Magnus não reparou que eu havia visto, e cruzou as mãos, parecendo ansioso. Observei a serva se aproximar de Thor e o servir com a mesma taça de vinho. Meu tio pegou a taça e levou-a em direção aos lábios, completamente distraído. Em sua cadeira, Magnus endireitou sua postura, sem tirar os olhos de Thor. Meu coração se agitou. Tudo o que eu sabia sobre reinos era o que eu vira em séries e filmes. E, sempre havia um traidor tentando envenenar o rei. Uma luz se acendeu eu minha cabeça. Pela forma que o comandante o encarava. Aquela taça. Só podia ser veneno. Meu tio estava prestes a beber o vinho, quando eu levantei bruscamente de minha cadeira.

— Espere! - Gritei. A música parou e todos me olharam, confusos. Meu tio franziu o cenho quando tirei a taça de vinho da sua mão e caminhei até Magnus. O comandante pareceu prender a respiração, nervoso. Estendi a taça para ele. - Beba! - Meu pedido soou como uma ordem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.