OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 32
Capítulo XXXI - Última esperança


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde! Muito obrigada Jace Jane e Carol Marques por comentarem ♥

Eu sei que nas HQs e mesmo em Ultimato a nova Asgard é na Terra. Mas, eu confesso que eu acho meio sem graça kk. Então, na fic, a nova Asgard é em outro planeta mesmo. É isso.

Espero que gostem. Bjs *.*



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Nova Asgard

 

O sol iluminava todo o reino de Asgard naquela manhã. Os asgardianos seguiam com a sua vida tranquilamente. O reino havia acabado de se restabelecer depois de sua ruína e a paz tomava conta do lugar, apesar das maioria das pessoas ainda estarem receosas e preocupadas com o futuro de suas vidas. No centro do reino, o palácio dourado e recém construído do rei brilhava sob a luz intensa do sol. A construção gigantesca e imponente era a moradia principal de Thor, que no momento, não se encontrava em seu reino. Do lado de dentro, soldados e servos passeavam de um lado para o outro, fazendo o seu trabalho.

Na sala do trono, encontrava-se Magnus. O jovem general e comandante, e braço de direito de Thor, era o responsável por comandar o reino quando o deus não estava. Ele havia aceitado a proposta de imediato, após a recusa de Valkyrie pelo mesmo cargo. Magnus sentou-se no trono, com uma taça de vinho na mão, olhando ao redor. Sua armadura de ferro pesado rangeu quando fez o movimento e ele segurou a espada em sua cintura. Ele conteve um breve sorriso. Valkyrie, a principal conselheira real, invadiu a sala, acompanhada de outros soldados asgardianos. A bela guerreira usava uma capa dourada por cima das vestes de treinamento e uma trança muito bem feita prendia seus longos cabelos negros. Magnus levantou-se rapidamente, alarmado.

— Valkyrie. - Pigarreou. - Algum problema? - Franziu o cenho, juntando suas sobrancelhas levemente ruivas. Valkyrie permaneceu séria.

— Comandante Magnus. - Cumprimentou baixo. - Temos um problema. - Anunciou.

— Que tipo de problema?

— Há boatos por toda Asgard e por reinos vizinhos, de que Surtur está reunindo um exército para nos atacar.

Magnus engoliu seco, preocupado, e piscou algumas vezes para se recompor.

— Isso é possível? - Perguntou desconfiado. - Podem ser boatos simplesmente.

— Tenho experiência em guerras, comandante. - Respondeu segura. - Nunca são apenas boatos.

— Vou mandar averiguar, enquanto o nosso soberano não volta.

— Ótimo. - Assentiu e deu as costas, seguindo em direção à porta.

— Posso saber aonde vai? - Perguntou curioso. Valkyrie não se virou e continuou andando quando respondeu.

— Vou buscar Thor!

 

***

Uma batida apressada na porta fez Nerfi se assustar no sofá onde estava sentado. Loki passou pelo garoto quase voando, sem falar nenhuma palavra sequer. Nerfi franziu o cenho, mas não perguntou. Decidiu que não valia a pena saber o que seu pai estava fazendo. O deus passou uma mão pelo rosto, quase sorrindo. Ele tinha um pequeno caderno de capa vermelha em uma das mãos. Loki estivera na Islândia, e havia revirado o lugar de ponta à cabeça, até que finalmente encontrou o laboratório de Enrico Santiago. O lugar era pequeno e ficava escondido no topo de uma montanha. Loki não teve dificuldade de chegar ao local e revirou tudo até que encontrou o caderno vermelho do cientista. Ali estava uma possível solução - havia uma possível fórmula oposta à fórmula do vírus. Aquilo poderia ser a cura de Evie. Aquilo poderia ser a salvação de sua filha. Mas, Loki teria que correr contra o tempo. O julgamento iria acontecer no dia seguinte e ele precisaria de um plano para tirar Evie da prisão primeiro. O deus não permitiria que ela fosse condenada e muito menos que continuasse presa.

Nerfi sentou-se no sofá, encarando o pai com certa cautela. Ele relutou algumas vezes contra a sua curiosidade, mas decidiu perguntar. Ele também queria ajudar a irmã. Por mais que não gostasse de admitir isso.

— Você conseguiu alguma coisa? - Perguntou por fim. Loki o encarou e assentiu de leve. Nerfi esboçou um sorriso. - Então, qual é a fórmula? - O deus passou o caderno vermelho para o filho, que franziu o cenho ao ler a informação gravada ali.

— Não faço ideia. - Confessou. - Não faço ideia do que seja isso. - Nerfi leu a fórmula e as substâncias mas não reconheceu nenhuma.

— Também não sei o que é. - Respondeu por fim. - Precisa levar ao dr. Banner. Ele deve saber. - Loki assentiu.

— Eu sei. Mas antes, preciso tirar sua irmã da prisão.

— O que vai fazer? - Nerfi perguntou ansioso demais. O deus franziu o cenho e depois esboçou um sorriso.

— Acho que já sei.

Uma batida na porta fez os dois virarem as cabeças ao mesmo tempo. Thor não esperou que alguém abrisse a porta para ele e simplesmente invadiu a casa com brutalidade. O loiro caminhou apressado até a cozinha sobre os olhares incrédulos de seu irmão e sobrinho. Thor não se importou e abriu a geladeira, agarrando a primeira garrafa, supostamente de cerveja, que viu pela frente. Ele arrancou a tampa e virou na boca de uma vez só, dando um suspiro quando acabou.

— Thor? - Loki arqueou uma sobrancelha encarando o irmão. O loiro forçou um sorriso.

— Eu estou bem. - Deu de ombros, mas não era isso que seus olhos diziam. Nerfi abriu a boca para falar algo, mas desistiu.

— Você acabou de beber uma garrafa de molho de pimenta. - Respondeu pausadamente.

Thor encarou a pequena garrafa em sua mão e arregalou os olhos, só então percebendo o quanto a sua boca estava ardendo. Ele largou a garrafa de lado, abanando a boca, tentando fazê-la parar de queimar. O loiro agarrou a primeira caixa de leite que viu na geladeira e bebeu o leite dali mesmo. O deus suspirou aliviado, sentindo a queimação aliviar um pouco.

— Você está bem? - Nerfi perguntou receoso. Thor deu de ombros, assentindo rapidamente, mas logo em seguida fez uma careta.

— Está certo. Eu estou nervoso. - Confessou. - O julgamento da Evie é amanhã. Estou preocupado. - Suspirou. - Já tem alguma ideia de como salvá-la?

— Encontrei uma fórmula, Thor. - Loki disse baixo. Thor franziu a testa.

— Então, o que está esperando para levar aos outros? Isso pode ajudar no julgamento.

— Como pode ser tão tolo, Thor? - Perguntou ríspido. - Eles vão condená-la de um jeito ou de outro. Eles não estão nem aí se há uma maneira de salvá-la ou não. - Bufou. - A imagem da Evie está manchada aqui. E, a não ser que isso mude, eles vão condená-la, e isso eu não vou permitir. - Thor franziu o cenho.

— Que barulho é esse? - Nerfi chamou a atenção dos dois. O garoto não esperou a resposta para correr até o lado de fora da casa, sendo seguido por Loki e Thor.

Uma sombra já cobria a grama do quintal da casa. No céu, acima de suas cabeças, uma nave preta e grande se aproximava lentamente, fazendo ventar ao redor. Os três olharam para cima, preparando-se para atacarem caso fosse necessário. A nave estacionou, pairando no ar. Uma porta abriu-se, na base do transporte, revelando uma escada que dava caminho até o chão. Thor sorriu, já sabendo de quem se tratava mesmo antes de ver. Quando Valkyrie apontou no início da escada, o loiro a saudou, enquanto Loki deu um suspiro quase aliviado. A guerreira caminhou até os três, séria.

— Valkyrie! - Thor exclamou. - Como é bom vê-la! O que a traz aqui?

— Vim buscá-lo, Thor. - Respondeu sem rodeios. - Não trago boas notícias. - Ele franziu o cenho.

— O que houve?

— Há uma forte possibilidade de Surtur estar preparando um exército contra nós. - Contou. Um vinco de preocupação automaticamente se formou na testa de Thor. - Para nos atacar. - Nerfi sentiu seu coração acelerar, tenso, mas não deixou que os outros percebessem o seu nervosismo repentino.

— Tem certeza disso? - Thor questionou. Valkyrie assentiu. - Isso não é nada bom.

— Você precisa voltar para Asgard urgentemente.

Thor balançou a cabeça.

— Não posso voltar agora. Tenho um problema de família aqui para resolver.

Ela franziu o cenho e finalmente percebeu a presença de Loki.

— Loki, seu desgraçado! - Não havia irritação em sua voz. - Você está vivo! - O deus deu de ombros.

— Valkyrie, sempre tão gentil. - Ironizou, sorrindo. Ela fez uma careta e logo em seguida encarou Nerfi.

— E quem é o garoto?

— Ah, esse é o meu sobrinho, Nerfi. - Sorriu Thor, dando dois tapas quase brutos demais no ombro do garoto. Valkyrie franziu o cenho, confusa.

— Achei que tivesse dito que tinha uma sobrinha e que o nome dela era Evie.

— Ah, esse outro filho do Loki. - Cochichou. Loki revirou os olhos.

— Outro? - Franziu a testa.

— E lá vamos nós de novo. - Murmurou Nerfi, entediado. Valkyrie esboçou um sorriso.

— Loki, seu safado! Você nunca me enganou. - Comentou.

— Tudo bem, já chega! - Loki cruzou os braços, impaciente.

— Minha sobrinha está presa. É uma longa história. - Explicou Thor, sério. - Precisamos salvá-la. Preciso fazer isso antes de voltar à Asgard. Não temos muito tempo. - Valkyrie deu um longo suspiro.

— Tudo bem. Eu vim para uma coisa e vou parar em mais uma confusão de vocês dois. Vocês têm um plano?

Todos encararam Loki.

— O que foi? - Arqueou uma sobrancelha. - Está me dizendo que você, Thor, sempre entediantemente honesto vai participar de algo ilegal somente para salvar a minha filha? - Perguntou cético. Thor respirou fundo.

— Ela também é minha família, Loki. E, eu nunca desisto da minha família.

Loki ficou em silêncio por alguns instantes. Ele engoliu seu orgulho e decidiu contar seu plano aos outros. Todos prestaram a atenção, palavra por palavra. Thor foi o único a assentir quando seu irmão terminou de explicar tudo.

— Se isso não der certo… - Valkyrie se interrompeu. - Não quero nem pensar.

— Vai dar certo. - Afirmou Thor. Loki o encarou.

— Não achava que fosse dizer isso algum dia. - Suspirou. - Mas, preciso da sua ajuda, irmão.

 

***

O dia amanheceu frio e escuro. Não havia sinal de sol ou céu azul. Somente nuvens acinzentadas e um vento gélido. Quando Evie abriu os olhos, estava sozinha. Em seu pesadelo real, na cela da S.H.I.E.L.D. Seu estômago revirou. Era o dia de seu julgamento. Se não tivesse sido sedada, a garota não teria pregado os olhos durante à noite. Sua mente estava girando. Era o dia em que receberia sua sentença - de morte ou perpétua. Evie sentia-se culpada, acima de tudo. Não sabia se seria capaz de perdoar a si mesma algum dia, caso sobrevivesse tudo o que estava passando. Apesar disso, ainda havia um fiozinho de esperança em seu coração completamente despedaçado. A promessa de seu pai. Loki havia prometido à ela que a tiraria dali.

A porta da cela se abriu e Evie sentou-se imediatamente. Seu corpo doía a cada dia mais. O vírus estava a matando. Ela semicerrou os olhos para ver melhor. Uma dúzia de agentes, bem armados e com roupas especiais de proteção adentraram no local. No mesmo instante, as pulseiras e tornozeleiras liberaram uma onda de choque em um nível quase alto demais, fazendo-a resmungar de dor. Evie deitou-se novamente, e mal viu quando os agentes abriram a cápsula de vidro onde estava e a arrastaram para fora. Quando estava completamente algemada e presa por correntes que a impediam de usar seus poderes dos pés ao pescoço, o grupo de agentes a conduziram dali.

— Já é o meu julgamento? - Balbuciou, tropeçando em suas próprias pernas enquanto era levada.

— Cale a boca, prisioneira! - Um dos agentes respondeu, ríspido. Ela encolheu os ombros, sentindo-se pequena e fraca. - Quem é a super-poderosa agora?- Debochou rindo. Evie ficou em silêncio de novo. - Acho que não é tão poderosa como disseram, não é? - Riu. Um dos agentes o repreendeu, mandando o homem se calar.

Não muito distante dali, na corte onde o julgamento seria realizado, Peter não parava de andar de um lado para o outro. Estava na porta da sala do julgamento, em um corredor amplo e movimentado. Parker estava tão nervoso, que poderia vomitar, mesmo não tendo comido quase nada no café da manhã. Ele não sabia o que fazer, mas queria ajudar Evie a escapar de alguma forma. Seu lado racional parecia gritar em sua cabeça que seria impossível. No entanto, o sentido aranha o alertava - algo errado, ou certo, estava acontecendo. Quando Loki passou na sua frente, em passos apressados, o garoto o seguiu imediatamente, tendo certeza que o deus planejava algo.

— Sr. Loki! - Chamou, tentando acompanhar o deus. Loki revirou os olhos e ignorou o chamado do garoto. - Sr. Loki! - Insistiu, correndo ainda mais. Peter o alcançou, parando na sua frente. O deus bufou, impaciente. - Sr. Loki, sei que está aprontando alguma coisa. - Sussurrou.

— Não faço ideia do que está falando, garoto inseto! - Respondeu indiferente. Peter soltou uma risada, nem um pouco convencido.

— Eu posso ser um pouco lesado, de vez em quando. Mas, eu não sou idiota. - Respondeu. Loki cruzou os braços por causa da resposta atravessada e Parker arregalou os olhos, percebendo o que tinha feito. - C-c-c-om to-to-todo respeito, sr. Loki. - O deus semicerrou os olhos. - Me deixe ajudar. - Seus olhos estavam suplicantes.

— Já disse que não sei de nada! - Loki o empurrou para o lado para seguir seu caminho, mas Peter colocou-se na sua frente de novo.

— Por favor. - Implorou. - Me deixe ajudar a Evie. - O deus franziu o cenho. - Sabe que eu gosto dela de verdade. Sabe que eu faria tudo por ela. Qualquer coisa. - Loki deu um longo suspiro, relutante.

— Ok. Você é tão irritantemente insistente que me convenceu. - Respondeu por fim. Peter deu um sorriso. Loki passou um braço por seu ombro, fazendo-o andar em passos lentos ao seu lado. - Me diga, Peter. - Sussurrou. - Você já sequestrou um prisioneiro? - Sorriu.


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