OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 30
Capítulo XXIX - Sempre


Notas iniciais do capítulo

Boa tardeee! Muito obrigada Derek Stefan, Magia, Carol Marques, Peh M Barton e Jace Jane por comentarem ♥

Como eu havia prometido, o link do trailer que Carol fez ♥

https://www.youtube.com/watch?v=qC0sneVJnMA

Espero que gostem do capítulo de hoje. Bjs *.*



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Prisão de segurança máxima, Base da S.H.I.E.L.D - Chicago

 

Johann estava deitado no chão, observando o teto de sua cela. O ambiente estava num completo silêncio como de costume. O homem não aguentava mais aquele lugar e não via a hora de sair dali. Ele sabia, de uma certa forma, que o seu plano daria certo. Loki precisaria da sua ajuda, ele tinha total convicção disso. Quando Johann encontrou, há meses atrás, um suposto pedaço de papel com o nome “Santiago Laboratório”, ele rapidamente concluiu que era uma laboratório secreto de Enrico. Johann foi esperto o suficiente naquele momento para não ler o endereço. Ele sabia, por experiência própria, que nem mesmo a sua mente seria segura para guardar tamanha informação. Ele preferiu guardar um pedaço de papel consigo mesmo, onde ninguém jamais conseguiria encontrar.

Uma sombra cobriu Johann, que sorriu, já sabendo de quem se tratava.

— Andei lendo as notícias. - Disse o dono do rosto cavernoso. - A Evie destruiu um bocado de coisas nos últimos dias, não? - Riu. Loki, em sua ilusão, permaneceu em silêncio, indiferente. - A ironia é uma coisa curiosa, não acha? - Provocou, sentando-se. - Vejamos, você, por causa de certa ambição, concedeu mais poderes à sua filha para que ela ficasse mais forte que todos. E agora, nem você mesmo consegue controlá-la. - Gargalhou. - É claro, você até poderia. Mais para isso teria que matá-la. - Suspirou.

— Eu aceito sua proposta, Johann. - Respondeu, ignorando as provocações e engolindo o orgulho. O homem sorriu, vitorioso.

— Não sabia que ficaria desesperado tão rápido.

— Não me provoque. - Rosnou.

— Desculpa. Estamos do mesmo lado agora.

— Me diga onde é o laboratório! - Exigiu. Johann balançou a cabeça.

— Não tão rápido. Primeiro, você me tira daqui e me entrega o cristal. - Respondeu cautelosamente. - Depois eu te passo o endereço. - Sorriu. O deus bufou, impaciente. - Vamos, me conte, qual é o seu plano para me tirar daqui? - Loki esboçou um sorriso.

 

***

A chuva caía forte naquele momento, encharcando a grama verde e fazendo todos abrirem seus guarda-chuvas. Uma pequena multidão de pessoas, vestindo preto, estava agrupada em uma parte do cemitério da cidade. Era o enterro de George Stacy. Oficiais da polícia, em honra ao capitão, disseram algumas palavras em forma de um breve discurso. Helen Stacy estava inconsolável diante do ocorrido e não parou de chorar durante todo o enterro. Gwen, no entanto, parecia não acreditar ainda no que havia acontecido. Seu pai, a quem ela tanto amava, estava morto. Ela ficou afastada o tempo inteiro, não conseguindo ver aquilo de perto. Não conseguia dizer adeus. Não ainda. Quando a cerimônia de despedida se encerrou, todos os amigos e familiares se afastaram um pouco. Gwen decidiu ficar ali, sozinha, segurando um guarda-chuva preto enquanto observava a lápide de seu pai em completo silêncio.

Quando Peter chegou ao local, encontrou a amiga sozinha, na chuva. Ele aproximou-se cautelosamente, não sabendo muito como ela iria reagir diante de sua presença. O garoto ficou ao seu lado, esperando que ela falasse primeiro. Mas, Gwen parecia nem mesmo ter percebido a sua presença ali. Os minutos se passaram, e só era possível ouvir o som da água batendo no chão por causa da chuva intensa. Gwen respirou fundo, e finalmente tomou coragem para encarar Parker.

— Eu sinto muito pelo que aconteceu. - Ele disse baixinho. Gwen apenas assentiu, com os olhos vermelhos e cheios de lágrimas. De novo, mais silêncio se fez.

— Ele estava fazendo o trabalho dele. - Respondeu por fim. - Tentando proteger a cidade. - Continuou, limpando algumas lágrimas. - Para mim, ele vai ser sempre um herói. - Completou e voltou sua atenção para lápide. Peter fez o mesmo, não sabendo o que responder.

— Ele era uma boa pessoa.

Gwen esboçou um sorriso fraco em meio às lágrimas.

— Sabe, nós tínhamos um jantar. - Contou. - Todos juntos. Depois do expediente. - Ela deu um sorriso amargo. - Ele nem mesmo deveria estar trabalhando. Mas, ele adorava o que ele fazia. - Suspirou. - Ele sabia do risco que ele corria, mas não se importava. Ele queria salvar pessoas.

— Foi uma fatalidade o que aconteceu. - Peter suspirou. Gwen assentiu com a cabeça e o encarou, séria demais.

— A Evie matou meu pai! - Acusou, quase furiosa. Parker engoliu seco.

— Foi um acidente. - Ele se embolou em suas palavras. - Acredite, não foi por querer. Ela não teve culpa. - Gwen franziu o cenho.

— Não? - Perguntou cética. - Todos viram o que ela fez. - Respirou fundo, tentando manter a calma. - Eu vou tentar ser racional. Então, me diga, Peter, por que ela faria isso? - Algumas lágrimas escorreram pelo seu rosto. - Por que a Evie matou meu pai? - E, Peter teve que contar o que se passava.

 

***

Ainda presa na cela de vidro, Evie sentou-se no chão frio, sem ter nada o que fazer. Estava presa há dois dias inteiros. Ela não podia fazer nada e não havia absolutamente nada com o que pudesse se distrair ali dentro. Para a S.H.I.E.L.D, tudo poderia virar uma arma em suas mãos. Evie só tinha direito a sair dali por dez minutos por dia. Cinco minutos pela manhã, cinco pela noite. Nesse tempo, ela poderia tomar banho e esticar as pernas um pouco. A comida - uma espécie de mingau acinzentado, sem gosto e sem cheiro - era servida duas vezes ao dia também. Na maioria das vezes, ela não comia. Não sentia fome e passava a maior parte do tempo inconsciente por causa dos sedativos. Ela sentia muitas dores pelo corpo por causa dos choques e do vírus que se espalhava cada vez mais, fazendo-a ter perdas de consciência mais constantes e duradouras. Evie estava pálida e abatida, com machucados nas mãos e nos braços. Mas, o que mais doía era a sua consciência. Parte de si, ainda queria lutar para sair dali e viver. A sua outra parte, achava que aquele castigo era merecido pelo que ela tinha feito e que deveria ser seu fim.

Quando Evie ouviu uma porta da cela se abrindo ela sentiu-se surpresa e levantou-se imediatamente. Não recebia visitas, era estritamente proibido. Quando viu uma silhueta feminina familiar, ela esboçou um sorriso fraco. Era Natasha. Logo atrás, outra figura familiar fez seus olhos se iluminarem um pouco mais. Peter seguiu Natasha até próximo à cápsula que Evie estava. Ele sorriu quando a viu. A ruiva deu um sorriso fraco para Evie antes de anunciar.

— Consegui deixar que uma pessoa entrasse para uma visita rápida apenas. Têm cinco minutos. - Ela saiu da cela, deixando os dois sozinhos.

Peter se aproximou um pouco mais do vidro da cápsula, fitando Evie do lado de dentro. Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos, quase não sabendo o que dizer. Para Peter, era estranho vê-la presa do lado de dentro.

— Você está bem? - Evie perguntou baixo. Peter assentiu.

— Não se preocupe comigo. É você que está com problemas agora. - Respondeu por fim. Seus olhos se encheram de lágrimas involuntariamente. - Olha, nós vamos dar um jeito e achar uma solução. - Disse rápido, o desespero tomando conta de si. - O dr. Banner está fazendo vários testes, eu também estou ajudando e até mesmo o sr. Stark está nessa. - Tagarelou freneticamente, sem nem mesmo respirar. - Tenho certeza que vamos conseguir alguma coisa e vamos provar no seu julgamento que você é inocente, então você vai poder voltar para a sua vida normal e tudo vai ficar bem de novo e...

— Pete. - Evie o interrompeu cautelosamente. Ele parou de falar, respirando fundo e contendo algumas lágrimas. Evie balançou a cabeça em negação, como se aceitasse que fosse o fim.

— Não pode desistir ainda, Evie. Não pode fazer isso com você mesma. - Peter engoliu o bolo que se formava em sua garganta. Ela desviou o olhar, sentindo seus olhos arderem.

— Diante dessa situação - Respondeu cansada. - devia pedir para você ir embora. - Peter franziu o cenho. - Mas, sou egoísta demais para fazer isso. - Deu um sorriso fraco. -  Então, vou pedir que você fique. - Peter sorriu.

— Eu não iria embora mesmo, de qualquer jeito. - Deu de ombros. Evie soltou uma risada fraca. - Jamais vou desistir de você, Evie. Pode até ser que, um dia, você não goste de mim do mesmo jeito e a gente não esteja mais junto. Mas, eu vou sempre seu amigo e pode contar comigo para o que precisar. Sempre.— Os olhos de Evie se encheram de lágrimas.

— Obrigada, Pete. - Sorriu. Ele estendeu uma mão, tocando o vidro pelo lado de fora, e ela repetiu o gesto, tocando o no mesmo lugar pelo lado de dentro.

***

A chuva não parava de cair do lado de fora, e Loki não parava de observar a água caindo pela janela, enquanto tomava um copo conhaque inteiramente asgardiano. Uma das bebidas mais fortes. Nenhum humano comum suportaria beber aquilo e ficar em pé. Loki estava perdido em pensamentos, organizando suas ideias para colocar seu plano em prática. Ele iria tirar Johann da prisão de um jeito ou de outro. E, não se importava se o homem era um criminoso ou não. Loki faria qualquer coisa para salvar a vida da filha e não mediria esforços para isso. Um trovão cortou o céu e o deus fez uma careta, com certo desgosto.

Exibido. - Murmurou.

Uma batida na porta fez o deus franzir o cenho. Não estava esperando por visitas. No entanto, ele nem mesmo se moveu de seu lugar. A batida continuou, ficando cada vez mais forte e insistente. Loki bufou, irritado por alguém estar atrapalhando o seu momento sozinho, e caminhou em passos lentos até a porta, abrindo-a. Natasha empurrou o deus para o lado e adentrou no local sem ser convidada. Ele franziu o cenho, quase confuso, e fechou a porta.

— Natasha? - Perguntou curioso. - O que está fazendo aqui? - Ela cruzou os braços, quase impaciente.

— Faz vinte e quatro horas que você não dá nenhum chilique, Loki. - Respondeu o avaliando. - Isso me faz ter absoluta certeza que você está aprontando alguma coisa. - Acusou. - E, é melhor que você me conte de uma vez, porque eu não gosto de surpresas. Principalmente, àquelas vindas de você! - Natasha arrancou o copo da mão de Loki, que observou a mão vazia, onde o copo estivera, incrédulo.

— Não deveria beber isso. - Ele aconselhou quando viu a ruiva prestes a beber o que sobrava do conhaque. Natasha ignorou seu conselho e engoliu o conhaque de uma vez só. O deus semicerrou os olhos, contrariado. - A teimosia humana. - Murmurou. - Depois não diga que eu não avisei. Se você cair dura no chão, vou jogar você do lado de fora, na chuva, e trancar a porta. - Avisou tranquilamente enquanto caminhava em passos lentos até o sofá, onde sentou-se com as pernas cruzadas.

— Preciso de bebida forte para aturar você. - Retrucou séria. Ele revirou os olhos diante da provocação.  - Fale logo, Loki! - Exigiu.

— Não faço ideia do que você está falando. - Deu de ombros, fingindo não saber do que ela falava. Natasha respirou fundo, tentando manter a paciência.

— Sem joguinhos! Não tenho tempo para isso. - Arqueou uma sobrancelha. - Ou vou ter que atrapalhar seus planos, contando aos outros. Thor não vai deixar você continuar, não importa o que esteja fazendo. - Esboçou um meio sorriso. Loki fechou a cara numa carranca.

— Não se atreva! - Rosnou.

— Quer apostar? - Desafiou. O deus ficou em silêncio por um breve instante, até que decidiu falar.

— Há alguém que tem o endereço de um possível laboratório secreto de Enrico Santiago. - Contou. Natasha franziu o cenho, séria. - Acredito que possa ter algum antídoto lá. Posso ter o endereço se tirá-lo da prisão.

Quem?

— Johann. - Respondeu baixo, quase sibilando e evitando encará-la.

— O que? - Natasha quase gritou. - Tem ideia do que ele fez? É um criminoso! - Loki deu de ombros.

— Não tô nem aí. - Respondeu indiferente e levantou-se.

— Você não tem garantia de que há um antídoto lá. Não vou deixá-lo soltar Johann.

— Vou fazer de tudo para salvar a Evie. E, se você tentar atrapalhar, vou ter que matá-la. - Sorriu.

— Como se você fosse capaz. - Murmurou. Loki arqueou uma sobrancelha, indignado. Natasha caminhou até a janela, pensando na ideia e passou uma mão na testa. - E então, Natasha? Vai ajudar ou não? - Perguntou por fim. A ruiva deu um longo suspiro.

— E que eu não me arrependa disso! - Murmurou.


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