OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 2
Capítulo I - Vida Nova


Notas iniciais do capítulo

Bom diaaa! Olha quem voltou bem mais cedo do que o esperado...
Bem, muito obrigada Violet Lestrange por favoritar ♥ ♥

Muito obrigada também Thay Paixão, Peh M Barton e Violet Lestrange por comentarem ♥

Espero que gostem. Bjs *.*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/773481/chapter/2

Evie

 

Hoje vai ser um ótimo dia! Tudo vai dar certo! - Repeti para mim mesma diante do espelho. Eu estava treinando ser mais positiva e pensar que as coisas iriam dar certo. Era como um novo mantra em minha vida. Estava funcionando. Tudo estava certo e na paz nos últimos meses, era até difícil de acreditar que nenhum doido estivesse planejando dominar o planeta ou a raça humana. Sorri comigo mesma.

Minha vida estava cheia de coisas novas. Eu estava no meu último ano da escola, e lutando ferozmente para ser menos distraída e mais dedicada nas matérias. Eu melhorei bastante, no entanto. O meu estágio na S.H.I.E.L.D consumia o resto da minha tarde. Apesar de não fazer muitas coisas interessantes na maior parte do tempo, os treinos eram bem intensos e a Nat pegava pesado nessa parte. Mary sabia tão bem quanto eu. Ah! Sim. Mary estava estagiando comigo e essa era a parte um tanto ruim do trabalho - ter que aturá-la. Entretanto, pelo menos agora eu tinha um salário e não precisava viver às custas do sr. Stark.

Terminei de me arrumar e desci para tomar café da manhã. Eu fui até a cozinha para pegar a ração do Fish. Não estava o encontrando em lugar nenhum.

— Fish! - Chamei fazendo barulho no pote de ração. Nada do meu gato. - Onde será que você se meteu? - Perguntei a mim mesma. - Pai? - Fui até a sala e me deparei com Loki deitado no sofá, lendo um livro, enquanto uma faca na bancada da cozinha cortava uma laranja sozinha. Aquilo poderia ser a coisa mais esquisita do dia, mas eu já estava acostumada. Meu pai não fazia serviços domésticos. Ele usava seus poderes para isso.

— O que foi? - Perguntou sem tirar os olhos do livro.

— Você viu o Fish? Ele sumiu.

Ele me encarou, arqueando uma sobrancelha.

— Como assim sumiu?

— Não o encontro em lugar nenhum. - Estava começando a ficar preocupada. Ele ficou em silêncio, perdido em pensamentos. Ele estava me escondendo alguma coisa.

— Não se preocupe. Ele vai voltar. - Ele tentou me tranquilizar e voltou sua atenção para o livro.

— Bem, estou quase atrasada para a aula. - Avisei enquanto pegava minha bolsa.

— Não sei por que ainda vai nessa tal escola. Já disse que não precisa. Mas você é teimosa. - Disse calmamente.

— Eu preciso da escola. - Roubei uma torrada e duas maçãs.

— Sabe, eu estou lendo neste livro e aqui diz que os humanos devem se alimentar de três em três horas, caso contrário, podem sofrer desnutrição, anemia e outros problemas. - Comentou com seus olhos ainda sobre o livro. - Eu não vejo você se alimentar de três em três horas.

Engoli um copo de suco de laranja sem nem me sentar.

— Não sou uma humana, esqueceu?

— Não. Mas, a sua parte humana precisa se alimentar de três em três horas. Está escrito aqui. - Me encarou.

— Está tudo bem. Tenho que ir. Tchau, pai. - Corri até a porta.

— Se você morrer de inanição, vou fazer questão de te ressuscitar só pra dizer que eu avisei! - O escutei gritar e contive uma risada.

— Também te amo, pai. - Abri a porta.

— Atropele bastante humanos!

— Pai! - O repreendi. Pude escutar ele rindo.

— Estou brincando.

Mas eu duvidava muito.

Parei em frente ao carro prata. Ao meu novo carro prata. Na verdade, ele não era meu e pertencia à S.H.I.E.L.D, mas eu podia usá-lo a vontade. Isso era outra coisa boa de se trabalhar para eles - os diversos benefícios. Entrei no carro e dei partida. Antes era difícil dirigir, mas com esse carro elétrico, era quase tudo tão automático quanto respirar. Era o meu primeiro dia com ele e eu estava torcendo para eu não arruinar tudo.

Segui com o carro para a escola. No meio do caminho, eu o avistei. Mochila nas costas, suéter azul, fones nos ouvidos. Peter estava caminhando na calçada completamente distraído. Estava indo para a escola também. Uma ideia ruim cruzou a minha mente. Seria aquela uma boa hora para um pequeno susto? Ele bem que merecia, por ter me chamado para sair e ter chegado duas horas atrasado. Tudo bem que ele estava salvando pessoas, mas ele bem que poderia ter mandado uma mensagem avisando. Diminuí a velocidade do carro, acompanhando os passos dele. Ele sentiu no mesmo instante que tinha um carro o seguindo. Ele começou a apertar os passos e eu aumentei a velocidade do carro também. Peter começou a correr até virar a esquerda, virei o carro também e freei bem na frente dele, que ficou encurralado. Ele tirou os fones e tocou seu pulso, em alerta, pronto para se defender se necessário e eu abaixei o vidro da janela, rindo. Ele gritou um palavrão.

—Um à zero para mim! - Sorri.

— Droga, Elsa! Você me deu um baita susto! - Ele passou a mão no rosto. Eu gargalhei. - Esse carro é seu? - Ele olhou o carro, boquiaberto. - Porque ele é incrível!

— Não exatamente. É do meu estágio. - Respondi por fim. Ele deu um sorrisinho, entendendo do que se tratava. - Sabe, você viu o meu namorado por aí? Você sabe se ele quer uma carona para a escola? - Peter sorriu. Sim. Nós estávamos namorando. Há três meses. Não graças ao Peter, é claro. Mas ao Ned, que armou para nós dois.  

— Ah, ele aceita a carona sim. Principalmente depois de quase ter tido um ataque do coração. - Ele sorriu e entrou no carro.

— Foi mal. - Dei um sorrisinho sem graça. Ele colocou o cinto. - Eu não resisti!

— Espera! - Ele quase gritou quando eu ia dar partida. - Você sabe dirigir agora, né? - Arqueou uma sobrancelha. - Porque ainda é um pouco cedo para sair destruindo shoppings e quebrando vidraças por aí. - Sorriu. Revirei os olhos. Ele nunca esqueceria aquele dia.

— Eu sei dirigir agora, Pete! - Dei partida no carro. - E, a propósito. Eu nem dirigi tão mal assim naquele dia! - Me defendi.

— Ah, nem um pouco. - Respondeu irônico. - Só destruiu metade de Nova York!

— Exagerado.

Não demorou muito e chegamos à escola. Estacionei o carro sentindo os olhares dos outros alunos sobre ele.

— Ai meu Deus! Mano! - Ned bateu no carro, quase babando. Nós rimos de seu exagero.  - Elsa, esse carro é seu? - Perguntou boquiaberto.

— Tecnicamente. - Suspirei. - Entra aí, Ned! Vamos dar uma volta! - Ned entrou e sentou-se no banco de trás.

— Dar uma volta? - Peter me encarou, sério, usando seu tom responsável. - E a aula?

— Faltam quinze minutos ainda. - Dei um sorriso. Peter cruzou os braços. - Não olha pra mim desse jeito. Eu me sinto uma malvada levando crianças inocentes para o caminho da perdição.

— É basicamente isso. - Respondeu rindo. Fechei a cara.

— Ah, vamos, mano! - Ned sacudiu o ombro do amigo. - Não vai demorar nada.

Peter estava irredutível.

— Por favor. - Eu balancei seu ombro também. Ele deu um longo suspiro.

— Ah, tá bom! - Respondeu por fim. - Mas só uma volta em frente a escola!

Eu e Ned batemos as mãos em comemoração e eu saí do estacionamento de novo.

— Evie, eu já disse que você é a melhor amiga do mundo hoje? - Ned perguntou.

— Hey! - Peter o encarou com uma carranca, enciumado.

— Eu falei melhor AMIGA! Você é melhor AMIGO! - Explicou. - Tem lugar para todo mundo no coração do Ned!

Parei o carro no mesmo lugar onde tinha estacionado. Vi Flash se aproximando do carro. Lá vinha o chato.

— E aí, gatinha de gelo! - Ele piscou pra mim e debruçou na janela do carro. - Pinto Parker, vulgo mané do ano! - Ele fez uma careta para o Peter.

— Ele me chamou de gatinha de gelo? - Sussurrei para Peter.

— Uhum.

— Então, carro bonito! - Flash falou para mim. - Pena que quem tá dentro não vale a pena. Mas, se você quiser, eu te dou a honra da minha presença aí dentro. A gente pode dar uma volta, sabe. - Peter soltou uma risada, incrédulo.

— Flash. - Sorri para ele. - Você quer levar o soco agora, ou prefere levar pra viagem? - Perguntei. Ele tirou os braços da janela.

— Acho que ele quer que você refresque a memória dele! - Disse Peter fazendo aspas com os dedos. Ned, Peter e eu soltamos uma gargalhada. Flash fechou a cara e saiu. Ele passou em frente ao carro e pulou em cima, pisando e depois saindo.

— Ele pisou no carro! - Ned disse tão pasmo quanto eu.

— FLASH! - Eu gritei. Ele se virou com um sorriso debochado. Eu sorri também. - Passa por cima do carro de novo, que eu passo com ele por cima de você! - Ameacei com a voz mais calma possível. Peter me encarou, rindo.

 

***

Peguei meu último livro e fechei a porta do armário. Ned estava mais tagarela do que nunca. Ele estava falando de algo sobre popularidade, mas eu estava tão distraída que só escutei a última parte.

—Então, seremos o trio mais popular da Midtown High School. - Ele disse. Peter soltou uma risada.

—E por que não um quarteto? - Ouvimos uma voz familiar atrás de nós e nos viramos praticamente ao mesmo tempo. Era Mary. Ela deu um sorriso. Ned franziu o cenho, pasmo.

—É mesmo a Mary Smith? - Ned perguntou, ignorando completamente a presença dela ali. - A Mary Smith está realmente falando com a gente? - Ele estava chocado. - Aquela líder de torcida super hiper mega popular que era insuportável e esnobava todo mundo está falando comigo?

— Eu estou aqui ainda. - Mary o interrompeu.

— Ela falou de novo! - Ned apareceu mais chocado ainda.

— Ned! - Peter o repreendeu entre dentes. - Olá, Mary. - Ele foi gentil. Um silêncio constrangedor.

—Por que está aqui exatamente? - Perguntei desconfiada. Ela deu um longo suspiro, impaciente.

—Será que posso falar com você um instante? - Ela perguntou por fim. Cruzei os braços.

—Vemos você depois, Evie. - Peter sorriu e praticamente arrastou Ned que não parava de encarar a Mary.

—É alguma coisa do estágio? - Perguntei afobada.

—Não.

—Então eu não entendo porque está falando comigo! Nunca fomos amigas e você sempre fez questão de me lembrar disso! - Respondi áspera. Ela bufou.

— Será que você pode calar a boca e me ouvir? - Perguntou impaciente. - Eu estou tentando recomeçar, está bem? Deixar o passado para trás… E você não está ajudando.

— Eu estou te atrapalhando? - Soltei uma risada sem humor. - Você lembra bem o que você fez comigo? O que você fez foi horrível! Fez todos ficarem contra mim! Sabe lá, o que vocês iam fazer aquele dia.

—E você congelou metade do meu corpo! Eu fui parar num hospital. Tudo bem, eu mereci. - Rebateu. Tremi ao lembrar do acontecido. - Acho que estamos quites. - Acrescentou. - Não estou pedindo para sermos amigas e nem quero isso! - Suspirou. - Só quero conviver em paz!

Fiquei em silêncio, apenas observando.

—Tudo bem! - Dei de ombros.

—Ótimo! - Respondeu e saiu da minha vista.

Respirei fundo e fui para aula.

 

***

Quando cheguei em casa o dia já tinha escurecido. Estava exausta do treino e tudo que eu mais queria era descansar um pouco. Loki estava lançando facas na parede. Ele estava entediado por ter de estar tanto tempo na Terra. Mas, ele não poderia sair. Ele ainda tinha uma dívida com a S.H.I.E.L.D para pagar.

—Cheguei! - Larguei a bolsa na cadeira. Ele acertou uma adaga bem no meio da parede da sala.

—Como foi o dia? - Ele acertou mais uma adaga na parede.

— Foi bem corrido. - Dei de ombros. - E o Fish? Ele apareceu? - Ele parou antes de lançar a nova adaga e me encarou com uma expressão preocupada que ele tentava esconder. Ele era bom em esconder emoções, mas eu já o conhecia bem para saber quando estava preocupado.

—Evie, precisamos conversar. - Ele disse por fim. - Preciso te contar uma coisa.

Franzi o cenho. Uma campainha ressoou, o fazendo parar.

—Quem será? - Perguntei e fui até a porta. Eu abri de uma vez só. Dei de cara com um garoto que devia ter a minha idade. Alto e esguio, vestindo roupas pretas, os cabelos castanhos que eu tive a impressão de terem mudado para um tom mais claro quando eu olhei e um par de olhos verdes amarelados. Verdes amarelados. Eu conhecia aqueles olhos de algum lugar. Ele ficou em silêncio, me encarando com uma expressão indecifrável e por um momento tive uma sensação ruim. Ele abriu um sorriso, que me pareceu mais sarcástico do que sincero.

—Olá, irmãzinha. - Falou por fim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.