OMG! Meu Pai é um deus - 2a. Temporada escrita por Sunny Spring


Capítulo 15
Capítulo XIV - Jealous


Notas iniciais do capítulo

Boa tardeee! Desculpe a demora para postar.

Muito obrigada MarionMilton14 e Uchiha Sofia por favoritarem ♥ ♥

Obrigada também Derek Stefan, Jace Jane, Thay Paixão, Uchiha Sofia, Peh M Barton e Violet Lestrange por comentarem ♥

Capítulo importante. Espero que gostem. Bjs *.*



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Em seu laboratório, na Oscorp, o dr. Lowell guardou uma nova substância numa caixa refrigerada. O expediente de Peter mal havia começado e ele apenas observou o que o homem fazia, com certa curiosidade e cruzou os braços. Lowell guardou a caixa no refrigerador especial e voltou sua atenção para o garoto.

— Essa nova fórmula que estamos desenvolvendo é para que exatamente, dr. Lowell? - Perguntou curioso. O doutor deu um breve sorriso. Admirava a curiosidade do garoto.

— Uma nova espécie de antiviral para doenças. - Explicou. Peter arqueou uma sobrancelha, prestando a atenção em cada palavra que ele dizia. -  Para doenças que ainda não têm cura.

— Como funciona exatamente?

— Ainda não funciona, meu caro Peter. A ideia é fazer com que o antiviral vivo destrua os causadores das enfermidades no corpo dos infectados, se adaptando ao organismo de cada um e se alimentando dos vírus e bactérias. Por exemplo, em caso de câncer, o antiviral eliminaria as células cancerígenas malignas se alimentando delas.  - Ele encolheu os ombros, quase desanimado. - Mas, está em fase de testes. Não sabemos se vai funcionar e nem como remover o antiviral vivo do corpo da pessoa depois de eliminar a doença. - Parker franziu o cenho, tentando entender a fórmula. - Como eu disse, é um antiviral vivo.

— Isso significa que a substância continuaria no corpo da pessoa mesmo depois de curada? - Lowell assentiu, perdido em pensamentos.

— E esse é o grande problema. Isso poderia matar o paciente já que, sem a doença, o antiviral consumiria as células saudáveis até o fim. - Cruzou os braços.

— Foi o senhor que teve a ideia inicial? - Perguntou curioso. Lowell sorriu.

— Não. A ideia inicial veio do sr. Osborn. Quero dizer, foi ele que me entregou as primeiras fórmulas, e nós vamos melhorá-la até que fique perfeita. - Peter sorriu. - Agora, vamos ao trabalho. Temos muito o que fazer. - Parker assentiu e vestiu o jaleco branco que era parte do uniforme da empresa.

Os dois já estavam prestes a começar a trabalhar quando Gwen entrou no laboratório, esbaforida. Ela estava atrasada, o que era muito incomum para a garota que andava sempre no horário certo. Lowell encarou a menina com uma ruga de preocupação na testa.

— Desculpa o atraso, Dr. Lowell. - Ela pediu, já vestindo o jaleco branco do uniforme. Peter a fitou, desconfiado. Gwen parecia diferente em alguma coisa que ele não conseguia identificar. Talvez fosse coisa da sua cabeça. Estava cansado e poderia estar imaginando coisas. - Eu prometo que não vai se repetir.

— Está tudo bem, srta. Stacy? - O dr. Lowell perguntou gentilmente, enquanto Gwen prendia o cabelo num rabo de cavalo. - Parece agitada.

— Está tudo bem sim. - Ela forçou um sorriso. - É que eu vim correndo. Só isso. - Deu de ombros.

— Tudo bem. Então, vamos começar.

 

Evie

 

Eu cheguei na escola um pouco antes do horário de entrada. Apesar de ter dormido durante a noite inteira, meu ossos pareciam ter sido mastigados por um dinossauro. Era óbvio que a luta com o meu irmão e tantos treinos na S.H.I.E.L.D trariam consequências nem um pouco agradáveis. Afinal, eu não era um robô e apesar de não ser totalmente humana, meu lado midgardiano reclamava de tanto esforço de vez em quando. Contive um bocejo enquanto me arrastava pelo pátio da escola. Avistei Peter de longe e dei uma breve corridinha, pulando em suas costas. Enlacei seus ombros, como se estivesse o atacando. Ele pareceu se assustar um pouco mas logo esboçou um sorriso, sabendo quem era.

— Dois à um para mim! - Avisei, ainda em suas costas.

— Me diga, Elsa, o sentido aranha é uma piada para você? - Sussurrou fingindo um tom sério. Soltei uma risada com vontade. - Acha que ele é exclusivo para você usá-lo contra mim e me assustar?

— Sim. - Sorri. Ele abriu a boca, fingindo estar ofendido.

— Isso é muita audácia. - Respondeu em tom de brincadeira. - Quando foi que ficou tão má assim? - Ele virou sua cabeça para o lado para me ver de relance.

— Hmm… - Arqueei uma sobrancelha pensando numa resposta. - Desde que nasci? - Ele riu.

— Bem, provavelmente. - Concordou.

Ele segurou meus dois joelhos para que eu não escorregasse e seguimos para o interior da escola. Peter subiu a escada da entrada, comigo nas costas, praticamente correndo. Eu quase resmunguei e ele riu. Não parecia nem um pouco cansado com isso. Como se eu pesasse como uma pena de passarinho.

— Como fez isso? - A voz de Mary atrás de nós, no corredor, nos fez levar um susto. Ela estava com os braços cruzados, encarando a Peter como se ele fosse uma aberração. Ele franziu o cenho, confuso. - Eu vi você subindo correndo com a Evie nas suas costas, sem nem ofegar ou parecer estar fazendo algum esforço.

Peter ficou paralisado, com os olhos arregalados. Ele havia se esquecido do detalhe - uma pessoa comum não conseguiria fazer o que ele fizera. Peter soltou meus joelhos rapidamente. Não tive tempo de me segurar e caí com tudo no chão. Eu soltei um gritinho quando minhas costas doeram por causa da batida. Droga, Peter!

— Nossa, Evie, você é pesada. - Ele fingiu estar cansado enquanto balançava os braços, como se eles estivessem doloridos. Cruzei os meus braços, ainda no chão. Mary franziu o cenho, nem um pouco convencida.

— Como fez isso, Peter? - Insistiu. Ele forçou um sorriso, sem saber o que dizer. - Como subiu a escada correndo daquele jeito? Você deveria estar morrendo de cansaço. Até porque, você não é muito atlético. - Ela semicerrou os olhos, o avaliando da cabeça aos pés. Mary era desconfiada, e, quando colocava algo na cabeça não havia nada que pudesse tirar. - Acho que eu sei o seu segredo. - Levantei rápido do chão e Peter endireitou os ombros, tenso. - Você está usando algum “suplemento” ilegal? - Ele quase respirou aliviado com a suposição de Mary.

— Não, não. - Respondeu mais tranquilo. - Eu não estou usando nada. - Ele fingiu estar com a respiração ofegante. - Veja como eu estou cansado agora. Minhas costas estão me matando. - Blefou. Mary ficou em silêncio, apenas o encarando. Ela não estava convencida com a explicação dele.

— Você tem um segredo, Peter Parker. - Acusou baixo, como uma policial severa num interrogatório. Ela deu uma volta em círculo ao redor dele, como se ele fosse apenas uma presa indefesa. Ela parou, encarando-o de novo. - E, acredite, eu vou descobrir qual é. - Mary deu as costas para nós e seguiu para a sua aula.

Peter respirou aliviado. Nos entreolhamos rapidamente e nem precisamos dizer nada. Ambos sabíamos o que aquele olhar de preocupação significava. O segredo do homem-aranha estava cada vez mais perto de deixar de ser um segredo, principalmente se Mary ligasse todos os pontos. Se ela lembrasse que me vira beijando o “homem-aranha” e pensasse um pouquinho mais apenas, tudo estaria perdido.

— Ela não vai descobrir. - Sussurrei, tentando animá-lo. Ele apenas assentiu com a cabeça como resposta e seguimos para as nossas aulas também.

 

***

Uma onda de fogo como lava veio na minha direção e eu apenas corri na direção contrária, fugindo da onda. O calor do chão escuro estava quase queimando os meus pés. Haviam montanhas de pedras por todos os lados. O lugar era quente e sombrio. Onde eu estava? Eu não fazia ideia. Uma criatura de pedra, com chifres em chamas veio na minha direção com gritos rasgados. Fechei os olhos, apavorada, desejando sair dali. Abri meus olhos novamente. Eu estava em outro lugar. Frio, mas também sombrio. O silêncio era gélido e até mesmo a minha respiração produzia um eco. Eu estava diante de um trono de gelo. O mesmo trono de gelo de antes.

— Evie! - Uma voz me chamou. O trono parecia me chamar. - Evie! - O grito pareceu ficar mais alto.

— EVIE! - Eu abri os olhos, perdida e assustada. Dei de cara com Mary e Ned na minha frente. Ao meu lado estava Peter, com uma ruga de preocupação na testa. Esfreguei os olhos, lembrando-me que eu ainda estava na escola. Na hora do almoço, para ser um pouco mais específica. Levantei minha cabeça, que estava deitada sobre a mesa do refeitório. Eu tinha dormido no meio do almoço. Já era a segunda vez que isso acontecia na mesma semana.  

— Você está bem? - Perguntou Peter, preocupado. Passei as mãos pelo meu rosto para despertar. Eu tivera mais uma visão perturbadora.

— Sim. - Assenti, sentindo-me um pouco perdida ainda.

— Você apagou do nada. - Ned comentou me encarando. - Você tem certeza que está bem?

— Estou. - Dei um sorriso fraco. -  Do que estavam falando? - Tentei mudar de assunto.

— Estávamos falando das universidades. - Respondeu Mary por fim. - Já sabe para qual vai mandar sua admissão?

— Ah! - Suspirei. - Eu não vou para a faculdade. - Dei de ombros. Com tudo que estava acontecendo nos últimos meses, eu não tinha tido tempo de pensar nas universidades e nos cursos ideais para mim. Eu não sabia nem a minha vocação e mal dava conta da escola. Talvez, a universidade não fosse mesmo o meu lugar.

— Você não vai? - Peter franziu o cenho, tentando esconder alguma emoção em sua voz.

— Acho que não. Eu ainda não sei. - Admiti. Mary deu de ombros, como se não se importasse com isso.

— É! - Peter sorriu, amigável. Mas, ele não me enganava. Peter parecia triste com a notícia. - Não tem problema se você não for. Tem várias outras oportunidades fora da universidade. E, você vai poder ver todo mundo sempre. - Ele parecia estar dizendo isso mais para si mesmo do que para mim. Dei um sorriso fraco.

O sinal tocou, alertando sobre o fim do intervalo. Nós tivemos que nos levantar e seguir para nossas respectivas aulas. A minha era de literatura. Fui direto para a sala e tomei meu lugar ao fundo. A professora adentrou logo em seguida já pedindo para que abríssemos nossos livros. Deixei o meu aberto em cima da mesa, na página que ela pediu e peguei o caderno que eu usava para desenhar. Observei o desenho do trono por alguns segundos antes de virar a página e começar um novo desenho. Com mais detalhes desta vez. Eu deveria estar prestando a atenção na aula, mas, aquilo não saía da minha cabeça. Eu precisava descobrir com que lugar eu estava sonhando e aquela era a única forma de descobrir algo mais tarde. A voz da professora estava apenas ao fundo, mas eu não estava ouvindo nada realmente, o que não era nenhuma novidade. Estava prestes a finalizar o meu desenho quando uma mão tocou o meu caderno. Levantei os olhos e vi que a professora me encarava, séria.

—Vou ficar com isso. - Ela avisou enquanto me tomava o meu caderno. Não tive tempo de protestar. - Ele ficará com a diretora e poderá tê-lo de volta. - Acrescentou. - Quando o seu responsável vier buscá-lo, obviamente. - Soltei um suspiro fraco. Ela voltou para a frente da classe, falando sobre o assunto da aula.

—Droga! - Murmurei baixinho. Sentia que iria ficar de castigo. De novo.

 

***

Já era de tarde quando as minhas aulas finalmente acabaram. Já estava na hora de ir para a S.H.I.E.L.D. Eu segui para o estacionamento da escola, onde encontrei Ned e Peter conversando. Me aproximei dos dois, sorrindo. Eles pararam de falar quando me viram e sorriram de volta.

— Achei que a aula não fosse acabar hoje. - Ned comentou. Cruzei os braços.

— É! Eu sei. - Concordei.

Franzi o cenho quando avistei de longe alguém que parecia ser conhecido. De moletom vermelho e calça jeans, Miles atravessou a rua e entrou no estacionamento da escola. Ele sorriu quando me viu e veio na minha direção em passos apressados. Ele parecia estar mesmo me procurando.

— Miles! - Sorri. Peter e Ned me encararam, confusos.

— Oi, Evie. - Seus olhos passaram por nós três. - Finalmente encontrei você! - Ele abriu sua mochila, tirando um caderno de dentro. Aquele caderno parecia um tanto familiar. - Você deixou o caderno cair naquele dia. - Ele me entregou o objeto que eu nem mesmo tinha dado falta.

— Eu nem tinha percebido. Obrigada, Miles. - Guardei o caderno em minha bolsa. Peter cruzou os braços, pigarreando, como um sinal para que eu os apresentasse. - Ah, esse o Ned e Peter. - Disse por fim.

— E, aí? - Ned o cumprimentou com uma batida de mão.

— E, aí, cara! - Respondeu Miles no mesmo tom. Peter o cumprimentou e deu um sorriso amigável. - Bem, eu vou indo. - Sorriu. - Vejo vocês por aí! - Ele se despediu e apertou os passos de novo para sair da escola.

— O garoto parece ser maneiro. - Ned comentou, observando na direção em que Miles tinha seguido. - Você não acha, Peter? - Nós o encaramos. Peter descruzou os braços e forçou um sorriso. Ele estava estranho e calado demais para quem tinha acabado de conhecer alguém.

— Sim. Ele parece ser bem legal. - Deu de ombros. - É, só por curiosidade, de onde vocês se conhecem mesmo, Evie? - Perguntou sem jeito. Contive uma risada.

— Eu o ajudei outro dia. Uns caras queriam fazer mal para ele. - Expliquei. - Por que? - Arqueei uma sobrancelha, desconfiada.

— Na-nada! - Deu de ombros. Eu e Ned nos entreolhamos, contendo um sorriso.

— Ciúmes! - Ned fingiu um engasgo e eu não pude me conter mais. Soltei uma risada, sendo acompanhada por Ned.

— C-claro que não! - Gaguejou, visivelmente nervoso. - E-eu não estou com ciúmes. - Acrescentou, com as bochechas ficando vermelhas como um tomate fresco. Mas, Peter estava mentindo. Eu sabia bem. - Eu só estava curioso. Só isso. - Deu de ombros.

— Aham. - Ned respondeu cético. - A gente acredita. - Peter revirou os olhos, emburrado.

— Pete… - Dei um beijo em sua bochecha. Ele esboçou um sorriso, envergonhado. Ned riu ainda mais. Mary se aproximou de nós três, curiosa e encostou na porta de seu carro, apenas nos observando.

Os alunos passavam para o lado e para um outro e os carros estavam saindo. Nerfi entrou no estacionamento, vindo direto até a mim. Se eu bem o conhecia, ele estava com cara de quem iria pedir alguma coisa. Meu irmão parou bem na minha frente e cruzou os braços, sem jeito.

— O que você quer, bebê javali? - Perguntei de uma vez só. Peter e Ned se entreolharam quase rindo. Nerfi fechou a cara. Ele odiava esse apelido mais que tudo e eu adorava provocá-lo.

— Não me chame de bebê javali! - Respondeu entre dentes, constrangido. - Será que você pode me emprestar seu carro? - Pediu, forçando um sorrisinho. Eu quase ri.

— Não. Para que você quer meu carro?

— Eu preciso ir à biblioteca pública, para o meu trabalho de biologia. - Disse baixo. Ele parecia estar dizendo a verdade.  

— Eu posso te dar uma carona. - Sugeri. Ele revirou os olhos, impaciente.

— Não quero uma carona sua!

Cruzei os braços, pasma com tamanha afronta.

— Qual o seu problema comigo, bebê javali? - Provoquei.

— Tá vendo? - Ele respondeu azedo. - Todos. Você só me faz passar vergonha. - Ele olhou ao redor, enquanto alguns alunos passavam olhando para nós. Peter e Ned fingiram não estar prestando a atenção em nossa discussão, mas Mary nem mesmo disfarçou. Ela estava se divertindo.

— Ah, desculpa, bebê javali. - Respondi sarcástica. Ele bufou.

— Eu te dou uma carona, gatinho. - Ofereceu Mary com um sorriso venenoso. Nerfi me encarou e depois encarou Mary. Meu irmão hesitou por um momento, até decidir.

— Tudo bem, humana. - Respondeu de má vontade e deu as costas para mim, seguindo em direção ao carro de Mary.

— Tchau, bebê javali! - Falei alto o suficiente para que todos no estacionamento escutassem.

— Vai para o inferno, Evie! - Meu irmão respondeu no mesmo tom e bateu a porta do carro. Mary me encarou, soltando uma risada e entrou logo em seguida. Ela deu partida no carro, deixando a escola.

— Não dou nem cinco minutos para os dois se envenenarem um com o veneno do outro. - Ned comentou. Nós três soltamos uma risada.


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