Ciúmes?! Não! escrita por Ariane Munhoz


Capítulo 1
É só o Naruto!


Notas iniciais do capítulo

To voltando a escrever engatinhando, gente! Tenham paciência comigo! Boa leitura!



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Todos os dias eram a mesma coisa. Shino chegava exausto do trabalho como professor universitário e deparava-se com Kiba sentado freneticamente diante da TV enquanto jogava mais uma partida de Street Fighter com Naruto.

— Ahh, cara! Dessa vez eu quase venci! – Kiba fez biquinho. – Ah, oi, Shino, pode trazer uma cerveja aqui pra nós?

Quase.— Naruto gracejou enquanto Shino aproximava-se com as bebidas. – Sabemos que sou o rei das lutas de rua, ‘te bayo!

Shino encarou os dois garotos e respirou fundo antes de entregar-lhes a cerveja.

— Vou estar no quarto. – A porta bateu antes que Kiba pudesse perguntar como havia sido o dia dele.

X

A verdade é que Shino já estava exausto.

Quando começaram a namorar, ele e Kiba, Naruto era uma espécie de móvel permanente. Não importava onde estivessem, o garoto loiro hiperativo os acompanhava. No início, Shino compreendeu. Uzumaki Naruto era o melhor amigo de Kiba e órfão de pai e mãe. Ambos haviam morrido em um acidente automobilístico quando ele era apenas um bebê.

O sistema não foi nada benevolente com Naruto que, desde pequeno, passou por diversos orfanatos, o que fez com que seu comportamento também não fosse dos melhores. Ele e Kiba se conheceram na tenra infância e foi travessura à primeira vista! Ambos, com o espírito da traquinagem, aprontaram diversas vezes até que Tsume foi chamada à escola para resolver o furacão Uzumaki-Inuzuka.

Foi então que descobriu a história de Naruto, mas ao invés de passar a mão na cabeça dele como todas as pessoas fizeram até então, puxou-lhe a orelha e lhe deu um safanão! Foram dias de castigo para ambos e não demorou muito para que Naruto praticamente fosse adotado por Tsume, responsável por todos os tramites legais até enviá-lo para a faculdade em Tokyo junto com Kiba.

Foi assim que Shino e Kiba se conheceram, a propósito. Shino fazia seu estágio probatório e Kiba era aluno do último ano do curso de artes cênicas; Naruto optara por gastronomia.

O amor aconteceu de uma forma engraçada e nada convencional pois Kiba achava Shino um esquisitão que o perseguia pelos lugares quando na verdade pegavam apenas o mesmo metrô!

Com o tempo, tomou coragem e falou com o rapaz de óculos escuros. A partir daí as coisas aconteceram naturalmente. O que também incluiu Naruto em praticamente todos os encontros dos dois!

Após tomar uma longa ducha, encontrou Kiba sentado na cama com um biquinho que indicava que não sabia o que havia feito de errado, como um cachorro sem dono.

— Ele já foi embora? – perguntou, os óculos escuros apoiados no criado mudo voltando para o rosto após enxugar-se com a toalha e pendurá-la de volta no banheiro. Vestiu apenas uma calça de moletom preta e optou por ficar sem camisa expondo a pele de alabastro e os músculos bem definidos de quem seguia uma rotina de academia rigorosa todas as manhãs.

— Já. – Kiba murmurou em um muxoxo. – Mas por que ‘cê tá tão bravo, Shino? O dia não foi bom?

Ele não sabia mesmo. Shino expirou o ar pelos lábios, sentando-se ao lado de Kiba na cama.

— Há quanto tempo estamos juntos, Kiba? – perguntou, olhando-o nos olhos. Às vezes era incômodo ter que ver através das lentes, mas aprendeu a se acostumar com isso.

Kiba contou nos dedos antes de dar a resposta certa.

— Quase três anos! – O sorriso com os caninos afiados era aconchegante.

— E quantas vezes nós saímos sozinhos sem o Naruto ou ele deixou de dormir aqui no apartamento que nós dividimos apesar de ele ter ficado com o antigo de vocês? – O tom de voz era comedido e controlado, mas Kiba captou algo de errado. Demorou um pouco para processar a informação que veio com um sorrisinho sacana.

— Ah não, Shino!

Aburame arqueou as sobrancelhas.

— Não acredito que você tá com ciúmes! – A fala veio seguida de uma gargalhada em forma de troça. – É só o Naruto!

Shino resignou-se ao silêncio e virou-se para o lado para dormir. Tudo aquilo acabaria na manhã seguinte.

X

Exceto que ele namorava com Inuzuka Kiba e o assunto não parou por aí. No dia seguinte, durante o café da manhã, tudo o que o rapaz fazia era gabar-se por sua beleza incrível.

— Sei que sou um partidão, Shino, mas qualé! É só o Naruto! – A frase vinha seguida de uma gargalhada bem-humorada. – Somos irmãos de criação!

Shino suspirou, abaixando o jornal, deixando de lado a coluna de esportes que lia sem muito interesse, sabendo que se arrependeria por dar atenção ao fato.

— Há quanto tempo moramos juntos, Kiba? – A pergunta pegou o outro desprevenido. Contou nos dedos como uma criança, fato que sempre enternecia Shino, mas não naquele momento.

— Faremos um ano e meio mês que vem. –  respondeu com simplicidade. – Mas ainda não entendi onde você quer chegar com essa porra toda!

— Consegue lembrar quantas noites Naruto deixou de dormir aqui nesse período?  – As sobrancelhas de Shino se arquearam por cima das lentes escuras.

— Claro! Teve aquela vez que... – A mente ficou em branco. – E aquela outra que... bem... ele dorme muito aqui, claro, mas nunca entrou no nosso quarto!

— Consigo lembrar uma ou duas vezes em que ele atrapalhou algo especialmente importante ao chegar bêbado e entrar no nosso quarto achando que era o banheiro.

Naruto era um molecão dado a festas e costumava arrastar Kiba para elas no passado. O jovem Inuzuka controlou-se apenas depois de começar a sair com Shino e ver que a vida caseira o agradava tanto quanto as noites agitadas. Ainda saía de vez em quando, é claro, mas a companhia do namorado o agradava muito mais do que as noitadas onde sempre ficava estragado no dia seguinte, sobretudo agora que se empenhava para a pós-graduação, incentivado por Shino a seguir com os próprios sonhos!

— Tenho certeza de que você está exagerando porque está com ci-ú-mes! – A palavra silabada estalou no céu da boca de Kiba. Shino resignou-se ao silêncio, sabendo que a discussão não atingiria o efeito desejado e retornou para a coluna de esportes onde a Aoba Johsai, sua antiga escola, destacava-se no vôlei com dois de seus alunos escolhidos para a seleção jovem do Japão.

X

A semana toda arrastou-se assim, com Kiba insistindo em provocar Shino a respeito de seu ciúmes, de tal forma que, mesmo sendo sempre controlado, uma veia ruim começou a incomodar Aburame. Tivera uma semana especialmente difícil com as cobranças da universidade, sobretudo agora que terminava o doutorado e finalmente poderia fazer o concurso para que seu salário melhorasse consideravelmente. Gostava muito de dar aulas e a área de pesquisa em muito o agradava. Uma de suas orientadas na área da biologia, Yamanaka Ino, trabalhava com plantas transgênicas que demorariam mais tempo para morrer e produziriam mais pólen, ajudando assim na polinização feita pelas abelhas—um passo muito importante para uma espécie que vinha entrando em extinção rapidamente.

Quando chegou ao apartamento naquele dia, tudo o que queria era tomar um banho relaxante e demorado na banheira e talvez assistir a um filme junto com o namorado, mas todos os seus planos foram frustrados quando, ao chegar em casa, quase foi atingido por uma garrafa que se estilhaçou ao lado do batente da porta.

— AQUI É ZAP, MULEQUE! – Naruto berrou, batendo com a carta contra a testa de Kiba.

— Isso não é justo, filho da puta! Você roubou!

Shino pigarreou naquele momento, chamando a atenção dos envolvidos. Havia pelo menos mais quatro rostos desconhecidos por ele na rodinha. Kiba voltou-se para o namorado naquele momento com um de seus melhores sorrisos.

— Ah, oi, Shino! Não vi você chegando! – O sorriso de dentinhos no rosto de Kiba era quase angelical.

Aburame fez o máximo para manter a tranquilidade diante do ocorrido, observando a carta ainda colada na testa do namorado.

— Posso imaginar que não. – A resposta foi curta e grossa.

— Já que você tá aí, pode trazer outra cerveja pra mim, Shinão?! A minha quebrou, ‘te bayo! – Naruto coçou de leve a nuca, o rosto corado devido ao excesso de bebida – cheiro este que Shino odiava e que espalhava-se por seu apartamento.

Não houve uma resposta por parte dele. Shino apenas seguiu na direção do quarto, tão silenciosamente quanto havia chegado.

X

Era impossível, pensava Shino enquanto enfiava as coisas dentro de uma mala. Ele simplesmente não poderia viver assim! Fora criado em meio a um ambiente organizado, apenas ele e o pai, e quando Kiba entrou em sua vida, tudo mudou drasticamente, de tal forma que não conseguia imaginar-se sem ele. E sabia, é claro, que Uzumaki Naruto vinha no pacote como móvel permanente no relacionamento dos dois – ele era, inclusive, seu amigo também –, mas precisava ser tão literal assim?

Não conseguia lembrar-se de um único encontro onde Naruto não estivesse presente. Em todas as idas ao cinema, Ichiraku, restaurantes – mesmo os mais finos e nas comemorações de namoro! – ele estava presente. Não, aquilo precisava de um basta e Shino seria radical.

X

Kiba achou que fosse apenas mais um dos surtos de Shino e não deu atenção quando Naruto perguntou se havia feito algo de errado.

— Nah, ele só tá um pouquinho estressado! – Deu uma gargalhada enquanto fazia o maço para a próxima rodada de truco.

Mas quando Chouji, colega de profissão de Naruto no restaurante em que trabalhavam, viu Shino passar com uma pequena maleta em mãos e apontou naquela direção, começou a pensar que talvez estivesse errado.

— O-oe! Para onde está indo, Shino?! – Kiba pareceu indignado diante da atitude do namorado, enquanto Aburame esforçava-se para desviar dos cacos que ainda permaneciam no chão! Para ele, tão obcecado por organização, aquilo era um martírio. Mas segurou-se para não demonstrar o que sentia.

— Preciso de um tempo. – Suas palavras foram firmes e causaram o efeito desejado: Kiba nem mesmo sabia como reagir!

— C-como assim precisa de um tempo?! – Ele ergueu-se espalmando as mãos na mesa, mas Shino sequer olhou em sua direção enquanto girava a maçaneta.

— Acredito que você vai compreender por si mesmo, Kiba. – Não falou nada a respeito da bagunça expressiva. Apenas saiu de casa solenemente, conquanto sua vontade fosse de abraçar o namorado ao ver o biquinho que formou-se em seu rosto. Mas não voltaria atrás. Agora não.

X

Desolado.

Destruído.

Triste.

Sozinho.

Não haviam palavras o suficiente no vocabulário para expressar como Kiba se sentia ao ver Shino partindo! Nenhuma diversão teve mais graça e, com isso, a turma do truco debandou deixando apenas Naruto para trás. Por que Shino havia ficado tão bravo?! Teriam exagerado daquela vez? Bem, não era nada muito diferente do que acontecia diariamente, mas...

— Nunca vi o Shino assim antes, ‘te bayo. Vocês brigaram? – Naruto perguntou, debruçado sobre a mesa onde as cartas permaneciam espalhadas.

— Não, cara! Somos o casal KiNo! A gente nunca briga! – Kiba soltou o ar pelos lábios.

— Kiba. – Naruto chamou-o com voz séria, de forma que o irmão de criação ergueu o rosto. – É ShiBa, cara, já conversamos sobre isso.

— Vai se foder, Naruto!

O loiro gargalhou passando uma das mãos sobre os ombros de Kiba.

— Você deve ter feito algo, Kiba. Não consegue mesmo se lembrar?

Kiba suspirou pesadamente. Claro que não conseguia lembrar-se! A única coisa fora do normal era...

— Ah não, porra! – Ele bateu o punho fechado contra a mesa.

— O quê?

— Acho que ele tá enfezado porque tá com ciúmes de você, seu paspalho!

Naruto arqueou as sobrancelhas.

— Ciúmes? De mim? Credo! Eu sou seu irmão, ‘te bayo! E tenho um gosto muito mais refinado para homens, obrigado. – Naruto se fez de desentendido enquanto olhava as unhas bem feitas por conta da profissão como chef.

— Eu sou um ótimo partido, seu porra! – Kiba acertou-o com um soco dolorido no braço, fazendo Naruto choramingar.

— Mas pera, me conta essa história aí direito, Kiba.

E então Kiba lhe contou tudo, desde o início.

X

— Você é mesmo burro, né? – Naruto concluiu após a narrativa.

— O-oe! Não me chama de burro não, seu otário!

Naruto suspirou pesadamente, negando com a cabeça.

— Mas eu sou mesmo um empata foda do caralho, ‘te bayo! – Naruto deu uma risada nervosa passando uma das mãos pelos cabelos arrepiados. – Estive tão presente na vida de vocês que não me dei conta de como tava sendo um folgado!

Kiba parecia incapaz de compreender então Naruto acertou-lhe um pescotapa.

— Pensa bem, moleque! – Naruto segurou os punhos de Kiba antes que ele pudesse revidar. – A gente sempre teve junto então é difícil ver essas coisas. Mas o Shino... ele é um cara legal pra porra e nunca disse nada.

— Tá, mas...

— Eu tô aqui o tempo inteiro igual uma árvore de natal que nunca desmonta. – Naruto riu novamente, mas não havia humor algum em sua gargalhada. – E o Shino e você... é meio que toda a minha família, saca? Claro que tem a mãe e a Hana, mas elas tão longe, porra! E eu me apoiei em vocês igual um membro do A.A!

A ficha de Kiba pareceu cair naquele momento. E para piorar tudo, ficou insistindo na ideia do ciúmes! Ele era mesmo um tapado!

— Caralho, e agora, o que eu vou fazer? – Segurou os fios castanhos com as pontas dos dedos, puxando-os.

— Você eu não sei, cabra, mas eu vou pedir desculpas pro Shino e me acertar na vida, ‘te bayo! A começar por uma faxina bem-feita aqui! Bora, Kiba!

Naruto tinha razão. Já era hora de deixarem as molecagens para trás e crescerem um pouco.

X

Os dias com o pai foram bem-vindos. Shibi ficou mais que satisfeito em ter a presença do filho em sua casa, jamais pressionando-o para saber o que de fato havia acontecido entre ele e Kiba. Conhecendo-o bem, não era difícil imaginar que o menino Inuzuka havia aprontado uma das boas para tirar seu filho do sério. Estavam desfrutando do chá da tarde, Shino lendo a coluna de esportes enquanto Shibi fazia as palavras cruzadas. Graças à paz na casa do pai, conseguiu colocar os trabalhos em dia e já havia corrigido o projeto de Ino para a defesa final. Mal podia esperar!

— Mais chá? – Shibi perguntou, tirando-o dos próprios devaneios. Sem que se desse conta, pensava no garoto hiperativo que havia deixado sozinho em casa—ou melhor, garotos hiperativos!

— Uhn? Claro. – Estendeu a xícara para o pai, que a encheu com o líquido fumegante. – Obrigado.

— Está um pouco distraído hoje, filho.

— Hm. – Shino concordou com um meneio de cabeça. – É meio... quieto demais aqui sem o Kiba.

Um sorriso discreto desenhou-se nos lábios de Shibi.

— Ele é uma figura e tanto, não é?

— E como. – Shino bebericou o chá.

— Sabe... sua mãe era uma pessoa cheia de energia também. – Shibi repousou a xícara na mesa para olhar para o filho. – E, às vezes, não concordávamos sobre tudo, mas sempre encontrávamos um ponto de equilíbrio quando as coisas ficavam realmente ruins. Não estou dizendo que não aprecio a sua companhia aqui, muito pelo contrário. Mas será que essa era a resposta correta para os seus problemas?

Silêncio imperou sobre ambos enquanto Shino refletia. A mãe, infelizmente, morrera antes que pudesse ter muitas lembranças dela, vítima de um assalto no qual o ladrão se desesperou findando-lhe a vida, ato que seu pai jamais superou, vestindo a máscara de viúvo pelo restante de sua vida. Apenas agora, mais velho e aposentado, começava a se aventurar novamente, fazendo excursões e viagens até mesmo para fora do país!

A verdade é que Shino não queria admitir, mas havia sim um pouco de ciúmes de Naruto, conquanto não fosse do tipo romântico. Ele também era seu amigo, mas não conseguia ser tão espontâneo como Kiba. Além disso, era barulhento em excesso – até mais do que seu namorado – e isso era um tantinho incômodo! Somar ele e Kiba significava problemas em dobro, e duas crianças para tomar conta! Aburame simplesmente enlouquecia!

Isso não queria dizer que desejava banir o loiro de sua vida—tinha um carinho especial por ele e pela forma como Kiba e ele mantinham a amizade e dividiam tudo.

Respirou fundo.

— Acho que você tem razão.

E assim, Shino juntou as coisas para voltar para o apartamento.

X

— Tadaima. – Shino anunciou, deixando os sapatos no gekan antes de adentrar o apartamento. Tudo estava impecavelmente limpo, os móveis lustrosos e nenhum sinal da bagunça que deixara para trás antes do fim de semana!

— Okaerinasai. – A voz veio mirrada e distante, do quarto que ambos dividiam.

Shino suspirou, caminhando pelos corredores escuros até deparar-se com o namorado enroladinho como um novelo de lã enquanto assistia a reprise de alguma série ruim daquelas que adorava e que forçava-o a assistir consigo.

— Foi você quem limpou tudo? – perguntou, passando os dedos pelos fios castanhos até atrás da orelha, carinho que sempre desarmava Kiba, fazendo-o agir como um cachorro feliz. Só faltava abanar o rabinho!

— O Naruto me ajudou. – murmurou em resposta, os olhos grandes e selvagens encarando o namorado, buscando as palavras ideais para iniciar seu pedido de desculpas.

— Olha... – falaram ao mesmo tempo.

— Você primeiro.

— Pode falar.

Trocaram sorrisos cúmplices, os dedos de Shino se emaranhando nos cabelos rebeldes de Kiba.

— Nunca quis que você se sentisse deixado de lado, Shino. Não imaginei que a presença do Naruto aqui incomodasse. Quer dizer... o cara tá sempre aqui, porra! Só faltava foder com a gente!

Shino quis apagar a imagem mental imediatamente.

— Ele não incomoda. – Suspirou pesadamente. – Admito que gostaria de ter um pouco da cumplicidade de vocês dois, mas jamais quis que ele se sentisse um peso entre nós. Só que tem momentos que quero apreciar apenas com você, entende? Ele não precisa ser excluído da nossa vida por isso.

— Acho que ele também entendeu isso quando contei a situação. Disse que ia dar jeito na própria vida. Acho que foi fazer as pazes com o Sasuke. – Deu de ombros. Shino sorriu. – Quer um espacinho?

— Claro. – Shino aconchegou-se ao lado de Kiba, tomando o lugar do travesseiro quando o namorado recostou a cabeça em seu peito. – O que estamos assistindo?

— Flash! – exclamou, animado. – Você acredita que o otário voltou no tempo de novo?! Esse merda vai bagunçar toda a realidade outra vez! Parece que não aprende!

Shino balançou a cabeça, sorrindo. A série era péssima, mas valia a pena sofrer um pouquinho apenas para ouvir as gargalhadas do namorado. Por um momento, olhou para o lado, lembrando-se de Naruto e das guerras de pipocas que ele e Kiba faziam no meio dos programas de tv. É, talvez não sentisse tanta falta dele assim!


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Notas finais do capítulo

A gente tenta, com comédia, mas tenta! Sinto muita falta de escrever e principalmente de escrever com os bbs. 2018 foi um ano cheio de coisas maravilhosas, mas também foi um ano onde eu não tive muito tempo pra fazer as coisas que mais amo fora do meu trabalho. Não posso reclamar, no entanto! Viajei, namorei, vi amigos maravilhosos, reforcei amizades e fiz novas!

A gente vai se virando nos 30 e tentando conciliar tudo. Não vou prometer atualizações frequentes, mas vou tentar participar do desafio todo! Vamos comigo e com a Kali nessa aventura, pessoal?

Aguardo vocês nas próximas!



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