12 & Clara: A Roda De Fogo escrita por Cassiano Souza


Capítulo 1
Condenados


Notas iniciais do capítulo

Olá! Estou muito feliz por esta história, é a primeira FanFic que fiz do 12! E ela faz parte do projeto da Valdie Black, uma fantástica escritora daqui do site! Então espero que goste, porque particularmente falando eu adorei esta história, que não será uma short fic, será algo bem mais complexo (que é como gosto de fazer). Então vamos lá, BOA LEITURA.



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NEVADA/ EUA/ ALGUM LUGAR NO DESERTO

E ali, neste cenário árido e estarrecido pelo sol forte, corria apressada e já cansada, uma mulher, já madura e de cabelos presos. Mas, apesar da correria, usava um longo vestido, porém, que nada a atrapalhava. Fugia ela, de quatro homens armados e bem vestidos, porém, que também muito cansados já estavam.

— Para! - Gritavam disparando para cima, tentando assusta-la. – Entregue-se logo!

— Me entregar?! Vocês não fazem o meu tipo! - Respondeu, continuando a correr.

— Tudo bem, então! - Os homens, sopravam ofegantes, e ali, davam uma pausa.

— Ah, não! Estava tão divertido. Por que pararam de me perseguir?! Já se cansaram? Esta foi apenas a minha décima quinta fuga! - Parou, reclamando com as mãos na cintura.

— Não precisamos nos preocupar mais com você.

— Como não?! Isso é um insulto!

— É que você tinha razão... Você é perigosa.

A mulher, sopra-lha um beijo. O homem esclarece:

— E chamamos reforços.

— E é assim que tenta me galantear?! Trapaceiro! Mas tchau, então. E até a próxima!

Assim, se virava para correr novamente, mas, neste momento, a sorte com certeza não estava ao seu lado, os reforços haviam chegado! E imediatamente, ela era cercada por dois carros negros, trazendo ainda mais homens armados. E olhando para cima, um helicóptero a-encarava, planando em sua frente, e com um atirador já em sua mira. A mulher comenta:

— Ops... Está sendo um dia muito divertido, mas, não acho que seja um dia de sorte. É sempre assim!

— Para o chão! E mãos para cima!

E a sujeita, cumpria a ordem, e os homens, cercavam ela.

— Quantas armas! - Ela olhava envolta. – Isso é algum país conservador? Ou isso tudo é medo? Estou me sentindo elogiada.

— Cale a boca.

— Ah, você é um dos estressados... Tudo bem, mas cuidado para isso não acabar intensificando a sua calvície, ainda tem um belo penteado.

— Você estava presa, e estava bem. Mas fugiu muitas vezes, e nos sabotou, e nos deu muito prejuízo e trabalho. -

A mulher, revirava os olhos. O homem prossegue:

— Recebemos ordens oficiais para eliminar você, caso continuasse negando a colaboração.

— É... Esse não é o meu dia de sorte! Mas... Ainda tenho direito de fazer uma ligação, não tenho?

O homem, apenas suspira impaciente. A sujeita completa:

— Pois acho que não poderei mais colaborar.

***

INGLATERRA/ LONDRES/ ESCOLA COAL HILL

— É, foi exatamente assim, mas não contem para ninguém! - Clara dava aulas, e todas as crianças, a-ouviam atentas. – Atlântida na verdade não submergiu como todos pensam, ela apenas está escondida...

— Escondida, senhorita Oswald?

— Sim! Está na Antártida, mas ninguém poderá encontra-la enquanto estiver toda coberta pelo gelo.

— A senhorita tem certeza de que não viu isso naquele filme que passou ontem?

— Não! Aquele filme não foi baseado em uma história real.

— E a sua foi?

— É claro que sim! Quando eu menti? Não respondam!

— Você não mente. - Responde um garoto de óculos, com um tom de voz e olhar assustador. – Os escondidos serão revelados, e o novo dono herdará a casa.

— Martin, você está bem? - Pergunta Clara, assustada. – Você me pareceu meio...

E o garoto, nada responde, e Clara, apenas permanecia o-encarando apreensiva, porém... Ela também era interrompida, pois, um estranho e familiar som rangente se manifestava na sala de aula, bem em frente a lousa. E assim, uma cabine azul estava ali, diante da presença de todos, e Clara, apenas olhava boquiaberta para os alunos, e eles para a caixa.

— Ah... - Encaravam Clara em busca de respostas. – Olha crianças, está tudo certo, isto é só coisa da diretoria, ok?

— O que é coisa da diretoria? - Pergunta o Doutor, abrindo a porta.

— Coisas!

— Quais tipos de coisas? Está irritada? - O Doutor prestava atenção nas sobrancelhas dela.

— Claro que não! Por que será que eu estaria irritada?!

— Não sei, talvez outro dia inteiro atormentado por um bando de crianças irritantes.

— Ou talvez, porque você se materializou bem em minha sala de aula!

— E daí?

— E na frente das crianças.

— Das crianças?! - Colocou a cabeça para fora da porta. – Ouu... Bem, olá crianças.

— Olá... - Respondiam, estranhando a situação.

— Agora, para dentro. - Começou Clara, a empurrar o Doutor. 

— Dentro? Já estou dentro.

— É, e precisamos ter uma conversa. - Assim Clara também entrava, mas, volta, para se despedir dos alunos. – E vocês... Estão todos dispensados. Porém, não se esqueçam de fazer o dever de casa! E se o diretor reclamar... Digam que isso está por conta dos superiores Chesterton e Wright.

Correria e gritos animados, foi isso o que houve após o aviso da professora. E na TARDIS, o Doutor já começava a manusear o console, e Clara, encosta-se nele de braços cruzados:

— Você ficou fora por um mês inteiro, sabia?

— Não, você ficou fora por um mês inteiro.

— Isso porque não sou eu quem tem a TARDIS, não sou eu quem pode estar em qualquer lugar e a qualquer hora.

— E o que tem isso?

— Você parece estar me abandonando aos poucos.

— Claro que não, por que eu faria isso? Somos melhores amigos.

— Então pare de sumir, pare de ser tão frio. E lembre-se sempre de que a Terra é um imã de catástrofes! Kate queria muito falar com você, sabia?

— Eu sei, e acabou fazendo com que a NASA usasse a sonda Kepler para me enviar uma mensagem!

— Sério?!

— E muito, me interrompeu em um duelo de guitarras no planeta 34. Parece que temos uma missão.

Puxou a alavanca.  E a turbulência, começava a acontecer, e a dupla, se segurava um no outro, mas, não se incomodavam com o desconfortável balanço, apenas, sorriam felizes, por estarem juntos em mais uma aventura novamente.

***

UNIT/ SALA DE OPERAÇÕES

— Onde ele deve estar? - Kate, olhava para uma imagem em 3D de uma galáxia.

— Ele pode estar em qualquer lugar, senhora. - Responde, um argente operando um dos muitos computadores. – Quer que eu cheque novamente a resposta que a NASA recebeu?

— Muito bem, Alonso, faça isso.

— Certo. - Verificava as mensagens. – Eles receberam... “Cale a boca, eu sou o Doutor. Ninguém me diz o que fazer, e acabei ficando em terceiro lugar!”. Será que isto é mesmo sério?!

— Muito, ele e assim mesmo. Se tiver sorte, irá conhece-lo.

E o ranger da materialização, então pegava Kate de surpresa, o Doutor havia chegado. Logo, o Senhor do Tempo e a sua amiga saíam para fora da TARDIS.

— Kate Stuart. - Cumprimentou o Doutor. 

— Muitíssimo obrigada por vir, senhor. - Kate, batia continências. – E olá também, Clara.

— Olá. - Correspondeu a acompanhante. 

— Você me interrompeu em um duelo, onde eu iria ganhar um troféu quadridimensional. - Acusou o extraterrestre. - Precisava mesmo me mandar um monte de mensagens pelo Kepler?!

— E o que eu faria? Você não atendia nenhuma das minhas ligações. - Responde Kate. - Foram mil ligações!

— Literalmente?! - Impressionou-se Clara. 

— Literalmente.

— Bom, lá não pegava o sinal da TARDIS! - Defendeu-se o Senhor do Tempo. 

— Ok, então. E perdão pelo terceiro lugar.

— Perdoada.

— Mas é que acho que temos novos problemas para serem resolvidos.

— Ah, estive um mês fora, me conte uma novidade!

— Muito bem, então venha ver isto, são duas novidades, Doutor. Duas coisas intrigantes. - Kate, se dirigia para um computador.

— Coisas intrigantes? Clara, por que isso me atrai? - Se aproximam de um monitor.

— Te atrai porque problemas geram problemas, e você é o especialista neles. - Esclareceu a professora. - Mesmo sendo o zelador do universo, ainda é um belo arruaceiro.

— Você não era paga para me elogiar?!

— Não! E você nem é capaz de pagar a lanchonete.

O Doutor, bufou contrariado. Kate, amplia algumas imagens cósmicas: 

— Vamos aos negócios. É esta uma das coisas intrigantes. - Estava ali, a representação artística de um planeta, mas, baseados dos dados astronômicos captados.

— É só um planeta. O que tem isso? - Pergunta o Doutor despreocupado.

— Não é só um planeta, Doutor. É um planeta emitindo altas rajadas luminosas e inúmeros sinais de rádio.

— Mas isto não é assunto para vocês, é? - Pergunta Clara. – Achei que casos fora da Terra eram para a Torchwood.

— Claro que não. E a parte interessante não é isto estar acontecendo, é isto estar totalmente direcionado para o planeta Terra. Como poderia estar direcionado, e como um planeta poderia emitir isso? Apenas estrelas são capazes.

— Certo, eu não estou entendendo nada!

— Não se preocupe, Clara, é normal para humanos. - Confortou o Doutor. - Mas já sei o que é, estão apenas enganados, deve ser tudo um simples Quasar.

— Não é um Quasar. - Insiste Kate.

— E o que é um Quasar? - Não sabia, a professora. 

— Um corpo celeste imensamente energético com um núcleo galáctico ativo, porém, maior do que uma estrela. Resumindo. - Resume o Doutor.

— Certo, entendi agora.

— Mesmo?

— Não.

— Mas como eu disse, Doutor. - Continua Kate. - Isto está sendo direcionado completamente para o nosso mundo. E está sendo causado por um planeta, um objeto sem luz própria!

— Correto, e isto está começando a me irritar.

— Mas tudo é muito simples. - Diz Clara. – Se isto vem de um planeta então podemos ir até lá e descobrir, podemos usar a TARDIS.

— Não, não é só isso que tenho a mostrar a vocês. - Avisa Kate. - Há mais algo de intrigante para nós, mas, talvez vocês irão detestar.

E o Doutor e Clara, apenas trocam alguns olhares curiosos.

***

WILTSHIRE/ UMA PLANTAÇÃO DE TRIGO QUALQUER

E em uma plantação de trigo em Wiltshire, um condado no sudeste da Inglaterra, a cabine azul, chegava agora, onde várias tropas da UNIT já se mantinham de guarda.

— Eu nunca vim em Wiltshire! - Diz Clara, empolgada. – Como deve ser?

— Não muito empolgante, um tédio talvez. - O Doutor e todos, acabavam de sair.

— E tem agro-grifos aqui? Isso não é um tédio, é muito legal. Você nunca me levou para ver um círculo desses antes.

— Porque são só um bando de bobagens. Adolescentes fantasiados e bêbados, querendo impressionar os tolos. Nós também fazíamos isso no gramado da academia! - Vestia o óculos sônico.

— Mas estes com certeza são autênticos, Doutor. - Diz Kate. – Eles não estão só aqui na Inglaterra.

— Porque se espalham fácil, são como Fake News e a internet, as pessoas gostam de se enganar.

— Sim, correto. Mas... Eles estão no mundo todo. Todas as plantações possuem exatamente o mesmo círculo, exatamente a mesma marca, e a cada dia uma nova vinha surgindo. Isso parou apenas na semana passada. Foram três semanas ao todo.

— Todas as plantações?! - Questiona Clara. – Mas como poderiam? E cada dia uma nova marca simplesmente aparecia?

— A cada dia. E esta que vemos em nossa frente, sexta passada.

E não querendo ouvir aquilo, ia o Doutor analisar as marcas, com o óculos sônico, mesmo, estando muito descrente.

— Mas quais ligações poderiam ter umas com as outras? - Questionava Clara, andando de um lado para o outro. – Vocês já trouxeram algum especialista para analisar elas de perto?

— Ora, trouxemos o Doutor!  E temos sim alguns padrões similares.

— Quais?

— Tamanho, localizações planas, e localizações afastadas ou próximas do meio urbano. E o principal, é que todas possuem o mesmo formato, e o mais curioso é isso.

— Talvez sejam...

Kate, esperava atenta pela teoria de Clara. Clara continua:

— Como exatamente aquelas coisas que vemos nos filmes, talvez sejam códigos ou avisos, ou... Ou a plantação seja como uma placa, um cartaz, para a impressão do círculo... E se todos eles possuem o mesmo formato, então todos eles devem ter o mesmo significado.

— Todos com um só significado?! Qual o sentido?

— Bem... Elas de repente começaram e depois de um tempo pararam. E todas de uma só forma, sabe o que isto parece?

— Adoraria saber.

— Parecem com números. - E assim, arregalavam os olhos, imaginando já o que isto significaria. – Será que... Mas acho que não. Doutor? - Chamou. – Você acha que se as marcas forem mesmo números elas poderiam representar alguma contagem?

Se virou o Doutor para as humanas, soltando um punhado de terra entre uma de suas mãos:

— Esta terra sofreu sérias alterações em sua composição. Acho que não será mais tão fértil na próxima plantagem.

— Mas você ouviu o que eu disse?

— Sim, bela teoria. Mas é completamente improvável que esteja correta. 

Clara, cruza os braços indignada. O Doutor prossegue:

— Sinto muito, mas se fosse mesmo uma contagem e todos os círculos pararam de aparecer há uma semana atrás... Então, algo aconteceria após isto. O que aconteceu nesta semana? Suponho que tenha sido bem chata.

— Bem, o de sempre. - Pensava Kate. – Escândalos políticos, desastres naturais... Multas de transito.

— Tudo certo então, é este mesmo o planeta Terra.

— E você queria uma invasão alienígena?

— Não, mas algo impressionante é sempre bem vindo, não?

 – E temos um aqui. - Diz Clara. – Se a minha teoria estava errada, então o que isso tudo pode significar a você?

— Primeiro, preciso de imagens de todos os círculos e plantações, todos.

— Temos isso. - Avisa Kate. – Alonso arquivou a imagem de cada um deles.

— Ótimo, promova o Alonso. E segundo, precisarei do programa de decodificação algoritmia da TARDIS, irei instala-lo em seus computadores.

— E eles irão suporta-lo?

— Sou o presidente do mundo, podemos conseguir alguns melhores então! E sou o melhor amigo da May.

— Não foi ela quem te expulsou daquela festa? - Lembrou Clara.

— Pois é, foi. Fui defender os imigrantes. Eu também sou estrangeiro.

***

UNIT/ SALA DE OPERAÇÕES

E já instalado o programa de decodificação, nos computadores da UNIT, começava agora, o programa de decodificação dos círculos, mas, que levaria um certo tempo para se concluir, já, que haviam quilômetros e mais quilômetros de imagem via-satélite das plantações. Contudo, de minuto em minuto, o processo ia se completando, cada vez mais.

— Eu nem consigo acreditar! - Diz Alonso, entusiasmado. – Há um programa da sua máquina do tempo em nossos computadores terráqueos primitivos!

— Sim, e de fato são muito primitivos, porém não se sinta tão humilhado. - Pede o Doutor.

— Não vou me sentir!

— Alonso... Isso me lembra alguém. Talvez você me lembre Alonso, Alonso.

— Sim, mas eu já sou Alonso.

— É, e isto me dá vontade de dizer algo agora.

— O quê?

— Nada.

Enquanto o Doutor e Alonso discutiam entre si, Clara, se distraía, olhando um quadro na parede, um quadro sobre alguém muito importante para Kate.

— Nas viagens no tempo você já o-conheceu? - Pergunta Kate, vindo até Clara.

— Não. Quer dizer... Não que eu me lembre. Mas talvez, teve uma vez onde todos os amigos do Doutor foram sequestrados, e com certeza ele devia estar lá. E eu também estava.

— Meu pai, Brigadeiro Alistair Gordon Lethbridge-Stewart. Ele nunca chegou a viajar como Doutor assim como você, mas eles eram grandes amigos.

— Ainda são, onde quer que ele esteja... A amizade nunca morre. E é o seu dever agora ser o que ele foi.

— Eu me sinto muito orgulhosa.

— Acho que ele também sente. - Olhava para o Doutor.

— Isso é confortante.

— E o Alonso, é o seu novo assistente agora? Cadê a Osgood e a Bonnie?

— Em uma missão especial.

Em 94%, era o que já havia de concluído sobre todos os dados das imagens processadas, então, restando agora apenas 6% para o resultado, uma grande ansiedade se abatia na sala.

— Estamos quase lá! - Berra Alonso contente. – Pela primeira vez na história os seres humanos irão entender o que querem dizer os alienígenas!

E o Doutor apenas fechou a cara. O humano, sorri sem jeito:

— Desculpe, senhor.

— Tem um telefone tocando? - Pergunta Clara. – Doutor, acho que é o seu.

— É, tem mesmo. - Diz Kate. – Mas acho que ele não vai atender, acho que aqui não pega o sinal da TARDIS. Onde estava?

— Me disse que em um duelo de guitarras.

— Em Vegas, presumo.

— Não, melhor ainda, planeta 34.

— Silencio! Estou atendendo um número desconhecido, isto sim é o que eu chamo de intrigante. - Atendia o telefone. – Olá, espero que não seja um trote bobo. Eu sou o Doutor.

— Eu sei! - Responde a voz feminina, pelo telefone. – Olá, amiguinho.

— Amiguinho?! - As sobrancelhas, quase acabavam se tocando.

— Sim! Não somos amigos? Na última vez ainda éramos. O que aconteceu, é por causa da outra?! Eu sabia, e não mude de assunto!

— Quem está falando?!

— Mary Poppins, quem você acha? Sou a Missy! Embora eu ache que isto fosse algo meio obvio.

— Então é você quem está brincando de fogos de artifícios em um planeta distante e dando prejuízo às plantações? - Perguntou furioso.

— Claro que não! De onde você tirou isso?! Eu sou a vítima aqui, querido!

— Vou fingir que acredito. O que você quer?

— Gosta de mim, não é? Pois é, e estou em apuros... Venha me salvar.

— Se isto for verdade, coisa que eu não acredito... Saiba que isto não é problema meu. - Disse, simplesmente sério. – Você sempre me enganou, acha que é tão fácil agora acreditar nas suas palavras? Quer me jogar em outra armadilha?

E aquelas palavras, lançadas naquele tom e pela pessoa que era... Acabavam de corroer os últimos resquícios de sentimentos dos corações da Missy. Ela claramente esperaria que o Doutor fosse mesmo mais áspero quando se dirigisse a ela, mas, não falando daquele jeito, e duvidando completamente das suas palavras, afinal, o Doutor, o seu melhor amigo, era a última esperança que ela havia encontrado. Mas, que agora, havia perdido. Pois, também depois de tantas maldades que a Missy havia cometido em seu passado, o que o Doutor diria?

— Tem razão. - Responde a Missy, abatida. – Realmente isto não é problema seu, eu fui muito tola. Perdão. E não se preocupe, acho que nunca mais irei incomodar. - E assim, ela mesma encerrava a ligação.

— Ela desligou na minha cara!

— Quem desligou em sua cara? - Pergunta Kate.

— Uma... - Quem? Uma amiga? Talvez fosse esta a palavra que completaria a frase, mas, que martelando na consciência do Doutor fazia com que ele refletisse em muitas coisas. Pois ele nunca foi e nunca será o mesmo tipo de pessoa que o Mestre é. E assim, correu ele, imediatamente apressado para a TARDIS, e Clara e os outros, apenas se perguntavam o que estava havendo, vendo a imagem da cabine sumir em suas frentes. Pois, o Doutor nunca abandonaria um amigo, por mais detestável que fosse o seu tipo.

— Para onde ele foi? - Quis saber Clara.

— Íamos perguntar a você. - Responde Alonso. 

— Pra mim?

— Viaja com ele!

— Prestem atenção! - Kate, apontava para os monitores. – Estamos em 99!

— E o Doutor tinha que sumir neste momento! - Murmura Clara.

— Mas vejam só... - Alonso estava embasbacado – Os dados estão se finalizando! Agora mesmo iremos descobrir o que significam todos aqueles agro-grifos.

— Eu só espero que não signifiquem algo de tão mal.

— Esperança, Clara. - Pediu Kate.

Mas, chegando agora em 100% o processo de decodificação, descobririam todos o que significariam os milhares de agro-grifos espalhados pelo mundo, porém, não seria aquela uma descoberta agradável, não seria nada agradável! E lá estava na tela, com todos os números recolhidos e entendidos. Os círculos nas plantações, significariam apenas uma coisa... “Leiloado, novo dono a caminho”.

— "Leiloado"?! - Pergunta Clara. – O que está leiloado?

— Se isto estiver certo com certeza não é o trigo ou o milho. - Responde Kate. – Alonso, veja isso novamente, isto é algo absurdo demais para ser verdade.

— Está certo, não há nada de incorreto em nenhum algoritmo ou nenhuma imagem! - Insistiu Alonso. 

— Mas isto é loucura! E como assim "dono a caminho"? Não me digam que... - Kate começava a entender.

— Talvez sim. - Diz Clara, também já imaginando. – Talvez os círculos realmente tenham este significado, mas com todas as suas letras espalhadas pelo mundo... Me faz imaginar muito bem o que foi leiloado.

— Estão falando da Terra?! - Supos Alonso. 

— Muito possivelmente. - Confirmou Kate. - Mas então, Clara, quem nos comprou, quem estaria vindo?

— Uma palavra muito familiar para nós, Kate... - Suspirou Clara. - Alienígenas.

O Doutor, partiu para uma situação, e o restante de seus acompanhantes, ficou em outra, porém, o que os dois problemas teriam em relação um com o outro? Talvez, tudo, ou talvez, nada, ou talvez... Isto não importe. Talvez, o que importe agora é apenas torcer para dar tudo certo, antes que tudo comesse a dar errado.

 

 


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Notas finais do capítulo

O seu olá faria total diferença em meu dia :(
E então, passou rápido, né? Como você acha que eu me saí escrevendo para o Capaldi e Clara? EU NUNCA FIZ ISSO ANTES! Apenas escrevia atualmente para o oitavo e Grace, e tanto é que nesta história tinha horas que eu ia escrever o nome da Clara mas acabava escrevendo Grace!kkk porém acho que consegui distingui-las de personalidade por personalidade. E o Doutor também, fiz ele do jeito que eu vejo ele sendo, e de como ele é para mim, mas uma prima leu este capítulo antes de publicado e disse que eu fiz ele muito rabugento. E eu disse “ele é rabugento!”. Porém caso tenha gostado da história devo lhes avisar que só poderei continuar com ela logo após eu terminar o volume 3 do Venha Comigo, pois não quero parar uma história que eu já tinha só para cuidar de outra, o doutor e Grace não merecem isso.
Mas algumas explicações agora.
Sobre Atlântida, dentro do cânone da série na verdade é algo que já está bem firmado, e ela já apareceu em alguns episódios, mas não como o descrito pela Clara. Ela aparece primeiro no EP The Underwater Menace, e em outros depois, mas que não me lembro o nome agora.
O planeta 34 não está no cânone, ou pelo menos não que eu saiba! Pois esse foi um planeta inventado por mim que acabei citando no volume 2 da VM, onde a Grace diz que ele é um planeta onde não existem camas.
A Kepler é uma sonda da NASA que consistiu em um observatório espacial projetado para procurar por planetas com características habitáveis fora do Sistema Solar.
E um Quasar é uma categoria peculiar de corpo celeste, e aquilo que foi dito no capítulo foi algo bem resumido mesmo.
E o acontecido descrito pela Clara onde ela diz que pode já ter conhecido o Brigadeiro foi na história em quadrinhos chamada O Prisioneiro do Tempo, algo que uso muito como base no VM.
E agora, obrigado pela leitura, e conte para mim o que achou do capítulo 1 de 12 & Clara: A Roda De Fogo.