Last Chance escrita por Rayanne Reis


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoa, tudo bem?
Não posso adiantar o capítulo em que a Bella vai acordar, então decidi adiantar as postagens até chegar o 24.

Aurora está com 4 anos.



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—Olha se não são os meus clientes favoritos. – Giana os cumprimentou com um sorriso enorme.

—Sorvete! – Aurora anunciou e Giana nem precisou perguntar o que eles iriam querer os dois tinham praticamente um ritual e iam pelo menos uma vez por semana a sorveteria. 

—Não sei como ainda não se cansou de nós. – Edward riu e levou as mãos ao bolso da calça. – Eu sinceramente estou começando a achar que tenho dado sorvete demais a minha filha.

—Já disse que não precisa se preocupar com isso. Nossos sorvetes têm pouca gordura e a maioria é natural.

—Isso me deixa mais aliviado. – Pegou as duas taças das mãos dela e foi sentar com a filha na mesa de sempre. Agora que Aurora já tinha 4 anos, conseguia tomar todo o sorvete, palavras dela.

Giana os observava e esperou até Aurora ir para os brinquedos para poder se aproximar de Edward.

—Estava bom?

—Delicioso como sempre. – Edward indicou com a mão para que ela sentasse.

—Estava pensando em expandir o cardápio, assim vocês não vão precisar tomar sorvete toda vez e poderá ficar com a consciência tranquila e continuar a vir aqui.

—Por favor, não faça isso apenas por nós. – Pediu erguendo as mãos.

—Não é só por vocês. No inverno as vendas caem, então seria bom ter opções.

—É uma ideia excelente.

—Sabe o que seria uma excelente ideia? – Ele balançou a cabeça negando.

—Sairmos qualquer dia desses. – Edward fora pego de surpresa. Ele a achava muito atraente e gostava das conversas entre eles, mas dar um passo a mais na relação deles, não sabia se seria capaz de tal coisa e nem se seria adequado. – Fui muito atirada?

—Não. De forma alguma. Você disse o que pensa e isso é ótimo. Mas não sei se seria uma boa ideia sairmos. – Ela fez uma cara de decepção e ele estendeu a mão para tocar a dela.

—Giana, não é...

—Não sou eu é você. – Completou e puxou a mão.

—Eu amei duas mulheres e as duas se machucaram. E sabe quem foi o culpado pelo que aconteceu a elas? Eu. Então, se digo que é melhor continuarmos assim, é porque me preocupo com você. Você é bonita, inteligente, faz um sorvete maravilhoso e é muito gentil. Não sou um cara para casar.

—Ei, quem falou em casar? – Giana começou a rir. – Só te chamei para sair. Tomar uma ou duas cervejas. Ou se preferir apenas um café. Só queria que me visse sem esse uniforme e não sermos interrompidos a cada três minutos. – Apontou para os clientes que acabaram de entrar.

—Adoraria tomar um café com você. Semana que vem combinamos a data.

—Espero vocês então. – Saiu saltitante e Edward riu. Tudo daria certo desde que ele não se envolvesse demais. Um café não poderia causar danos a ninguém.

—Vamos papai?

—Já cansou de brincar? – A pegou no colo e ela deitou com a cabeça no ombro dele.

—Estou com sono. – Coçou os olhos e Edward a ajeitou melhor no colo.

—Então vamos para casa, minha princesinha.

 

[...]

 

—Papai, o que vamos fazer aqui? – Ela pulava animada e Edward apenas riu da empolgação da filha.

—É uma surpresa. – Respondeu ajeitando a touca dela.

—Não gosto de touca. – Reclamou tentando tirar.

—Você vai precisar e vai ter que colocar as luvas. – Os olhos dela brilharam e ele sorriu satisfeito.

—Vamos patinar no gelo?

—Vamos. – Edward sabia que a filha adorava patinar, e ele fazia de tudo para vê-la feliz. – Ele acenou para a família e para a mulher sentada ao lado deles.

—Você sempre demora. – Emmett reclamou abraçado a esposa. Eles estavam casados há menos de dois meses e ainda estavam em lua de mel. Edward achava irritante ficar ao lado dos dois. Foi por isso que decidiu chamar a irmã e o cunhado. E Giana.

Não sabia se tinha sido uma boa ideia, mas pelo menos eles não estariam sozinhos.

—Pessoal essa é a Giana, uma amiga. – Alice e Emmett se entreolharam.

—Ela é da sorveteria. – Aurora explicou.

—Não sabia que estava namorando. – Rosalie olhou para Edward, o censurando.

—Nós somos apenas amigos. – Foi Giana quem explicou, já que Edward perdeu a capacidade de falar. – Nos conhecemos na sorveteria em que trabalho.

—Sua sorveteria é muito famosa. – Alice tentava segurar a mão do filho, Gregory, o garoto queria correr para a pista de gelo e brincar.

—Aurora e Edward parecem gostar. – Sorriu envergonhada. Ela não sabia ao certo como deveria interpretar o convite dele. Edward insistia que os dois não teriam nenhum tipo de relação amorosa, mas a havia convidado para patinar no gelo e conhecer a família dele.

—É uma delícia. Tia Alice, o Gregory pode ir um dia?

—O que acha de todos irmos? – Sugeriu interessada em conhecer a famosa sorveteria.

—Vou adorar receber vocês.

—Podemos patinar? – Edward perguntou louco para desviar o assunto.

—Vamos pegar os patins. – Rosalie saiu rebocando Edward.

—Vai com calma. – Pediu a parando.

—Não acredito que está substituído a Bella. – Ela tentou não gritar com ele.

—O quê? Rosalie, eu jamais substituiria a Bella. E sem falar que ela é insubstituível. Eu juro que a Giana é só uma amiga. Ela fica me chamando para sair e eu já estava sem desculpas para dar. Por isso a convidei para vir conosco. Isso daqui não parece com um encontro.

—Nem sei o porquê estou brava com você. Tem todo o direito de seguir com a sua vida. Só não quero que a Aurora tenha uma mãe substituta.

—E ela não vai ter. Bella é a única mãe que a Aurora vai ter. Sinto que ela vai acordar em breve.

—Não vamos perder a esperança. – Repetiu o mantra deles. Os dois e Renée nunca perderam as esperanças, nem mesmo quando os médicos sugeriram desligar os aparelhos. Eles acreditavam que Bella acordaria e não desistiriam.

—Jamais. Agora será que posso voltar lá e perguntar ao pessoal o número deles? – Ele riu e ela relaxou um pouco.

—Vou adiantando o processo. – Avisou indo até o caixa.

 

[...]

 

—Não me solta, papai. – Aurora gritou rindo e Edward a segurou com mais firmeza.

—Está indo muito bem. – Ele evitou que os dois caíssem e ela riu mais alto.

—Isso é muito divertido. Podemos ir mais rápido? – Juntou as mãos enquanto tentava se equilibrar sozinha.

—Vamos lá – Apertou a mão dela. – Não solte. – Avisou e ela assentiu animada e um pouco amedrontada. Amava patinar, mas tinha medo de cair.

—Não me solta, papai.

—Eu jamais a deixarei machucar, meu anjo. Papai vai te proteger.

—Vão ficar aí parados? – Giana deslizou ao lado deles.

—Vamos fazer igual, papai. – Pediu ao vê-la dar umas piruetas. Edward ergueu a filha e saltou com ela. A pequena gargalhava e a alegria dela era contagiante.

—Está gostando? – A pergunta era retórica. O sorriso dela dizia tudo.

—Muito, papai. De novo.

—Seu pedido é uma ordem.

 

[...]

 

—O que está fazendo, bebê? - Aurora estava deitada na cama olhando para o iPad. O dia fora bem cansativo.

—Eu não sou um bebê, papai. - Reclamou pausando o vídeo.

—É o meu bebê sim. - Deitou ao lado dela e passou o braço ao redor dela. - O que está assistindo aí? - Desde que ganhou o aparelho, a pequena não desgrudava dele. Edward selecionou alguns vídeos de Bella para que a filha pudesse assistir e conhecer um pouco mais da mãe.

—É a mamãe. - Apontou entregando um lado do fone para ele. - Ela é engraçada. - Edward lembrava muito bem do vídeo em questão, foi ele quem gravou.

 

[...]

 

—Vou provar que consigo sim fazer um en pointe— Desde que contou que praticou balé durante anos, Bella estava determinada a mostrar todos os passos a Edward. - É bem difícil, mas eu consigo. - Avisou escorando na parede para manter o equilíbrio.

—Eu acredito em você, agora deixa isso para lá, vai acabar se machucando. - Ela estava tentando ficar na ponta dos pés.

—Você está duvidando de mim. - Franziu a testa, concentrada na tarefa. - Só tomei dois martinis, estou ótima. - Ela perdeu o equilíbrio e ele correu para ajudá-la, o que fez sair um pouco de foco à imagem. Ele a achava muito fofa e engraçada quando estava bêbada.  

—Acredito em você. - Afirmou a apertando junto a ele. - Não precisa me provar nada.

—Eu era uma bailarina excelente. Tenho muita coordenação e elasticidade.

 

[...]

 

Edward pausou o vídeo. Ele esperava que a filha não tivesse entendido o duplo sentido na frase.

—Quero ver o final. - Pediu esticando os braços, mas Edward ergueu o aparelho, mantendo longe do alcance dela.

—Vou procurar outro. - Ele selecionou um de Bella quando criança em uma apresentação de balé.

—A mamãe dança bem e é muito bonita.

—É sim, assim como você. - Ele abaixou o tom de voz. - Só que você é ainda mais linda. - Aurora deu uma risadinha, aconchegando nele.

—Pai, quando a mamãe vai acordar? Ela está dormindo muito. - Edward não sabia como explicar a ela a situação em que Bella se encontrava.

—Sua mãe está doente, por isso não acordou ainda, mas os médicos estão cuidando dela e ela vai ficar boa logo. - Beijou os cabelos dela.

—Papai, quero aprender a dançar. - Tocou a tela admirada com os movimentos da mãe.

—Quer fazer balé? - Ela sorriu mostrando as covinhas. - Certo, vou perguntar a sua avó onde a sua mãe fazia aulas. Se você fizer e não gostar, é só me avisar que cancelamos, tudo bem? - Ele não queria obrigá-la a fazer nada. Odiou quando os pais o obrigaram a fazer aulas de karatê.

bom. Coloca outro? - Pediu bocejando.

—O último e depois você vai ir dormir, já está tarde. - Ela fez bico, mas concordou, estava mesmo com muito sono.

Edward colocou um vídeo de Charlie ensinando Bella a andar de bicicleta. Os olhos de Aurora brilharam na hora e ela olhou para o pai.

— Nem pensar. - Negou balançando a cabeça. - Você ainda é muito nova.

—Ah, papai. - Reclamou cruzando os braços e fazendo bico.

—Quando você fizer 5 anos eu te dou uma. - Ele era incapaz de negar algo a filha. Não queria nem pensar como seria quando ela chegar à adolescência.

—Com cestinha e rosa? - Pediu esperançosa.

—Do jeito que você quiser, mas tem que prometer que vai usar capacete, joelheira e cotoveleira. - Talvez ele a envolvesse em um plástico bolha para a proteger melhor. - Não quero que o meu bebê machuque.

—Tia Rose disse que eu já sou uma mocinha. Tenho 4 anos. - Ergueu os dedos.

—Tia Rose não sabe de nada. - Fez cócegas na filha e ela gargalhou. - Você é sim o meu bebê e vai ser para sempre.

—O vídeo, papai. - Desvencilhou dos braços dele e ajeitou para poder ver melhor. - Pipoca. - Pediu batendo palmas.

—Vai escovar os dentes? - Ela sempre o enrolar para escovar os dentes.

—Vou. Prometo.

—Tudo bem, então. Vou preparar a pipoca enquanto você escolhe um bem legal. - Ela bocejou concordando e ele sabia que ela não aguentaria até ele voltar.  

Entrou no quarto dela com a vasilha de pipoca em mãos e a filha já estava dormindo, abraçada ao iPad. Tirou com cuidado das mãos dela e a cobriu.

—Durma bem meu anjo. - Beijou a testa dela e seguiu para o quarto de Bella. Sentia a falta dela e resolveu assistir alguns vídeos para tentar diminuir um pouco a saudade.


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Notas finais do capítulo

Aurora ama o pai, mas ela se espelha na mãe e quer ser como ela. E vai começar pelo balé.

Bjs e até mais.