Rony Weasley e a Câmara Secreta escrita por biapurceno


Capítulo 9
O Balaço Assassino


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! ❤❤



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As aulas do professor Lockhart estavam se tornando quase tão monótonas quanto as aulas do professor Binns. Desde o desastroso episódio com os diabretes nunca mais tiveram aulas práticas, o que era péssimo, contando que a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas eram justamente para ensinar aos alunos à se defenderem com magia. Se bem que para Rony era melhor mesmo que não tivessem aulas práticas, com sua varinha quebrada o máximo que conseguiria era causar acidentes. O professor Lockhart então lia trechos de seus livros, os quais eram imensamente exagerados e mentirosos, e vez ou outra ainda encenava algumas passagens, arrancando suspiros das alunas, entre elas, Hermione. Rony nunca iria parar de se perguntar como a aluna mais inteligente da escola caía nas lorotas daquele homem.

Na aula de hoje, ele contava sobre o dia que teve que enfrentar um lobisomem da Tansilvânia em uma de suas aventuras. Harry, à contra gosto, teve que interpretar a criatura mágica na frente da turma inteira. Ainda bem que seu amigo não ouvia àquela distância, pois os meninos faziam piadas e riam com a situação dele do fundo da sala. Rony também estava louco para rir cada vez que Harry tinha que uivar lá na frente, mas se segurava e toda vez que o menino o olhava quase suplicando para ser salvo, Rony o incentivava a continuar. Precisavam do professor de ótimo humor para conseguir o que almejavam.

— Um belo uivo, Harry, exato, e então, queiram acreditar, eu saltei sobre ele, assim, joguei-o contra a porta, assim, consegui contê-lo com uma das mãos, com a outra apontei a varinha para o pescoço dele, e então reuni toda a força que me restava e lancei o Feitiço Homorfo, muitíssimo complicado, e ele soltou um gemido de dar pena... Vamos, Harry mais alto, bom, o pelo dele desapareceu, as presas encurtaram, e ele voltou a virar homem. Simples, mas eficiente, e mais uma aldeia que se lembrará de mim para sempre como o herói que os salvou do terror dos ataques de lobisomem.

A sineta tocou e Lockhart ficou em pé.

— Dever de casa... Compor um poema sobre a minha vitória sobre o lobisomem de Wagga Wagga! Exemplares autografados de O Meu Eu Mágico para o autor do melhor trabalho!

Harry voltou, completamente desarrumado e muito envergonhado, para o fundo da sala, onde já esperava Rony e Hermione.

— Prontos? — Ele perguntou

— Espere até todos saírem — pediu Mione, nervosa, vendo Neville sair aos papos com Simas Finnigan. — Certo, lá vou eu...

Eles se aproximaram da mesa do professor, Hermione à frente. Lockhart guardava seus pertences numa mochila grande e de cor azul, assim como suas vestes, cantarolando uma canção que se parecia muito com uma da Celestina Werbeck que sua mãe costumava ouvir.

Mione respirou fundo e olhou para os meninos, tomando coragem.

— Ah... Profº. Lockhart? — gaguejou — Eu queria... Retirar este livro da biblioteca.  Só para ter uma ideia geral do assunto. — Ela estendeu um papelzinho, a mão ligeiramente trêmula. — Mas o problema é que ele é guardado na Seção Reservada da biblioteca, então preciso que um professor autorize, tenho certeza de que o livro me ajudaria a entender o que o senhor diz em Como se Divertir com Vampiros sobre os venenos de ação retardada...

— Ah, Como se divertir com vampiros! — exclamou Lockhart apanhando o papelzinho de Hermione e lhe dando um grande sorriso. — Possivelmente é o livro de que mais gosto. Você gostou?

— Gostei — disse Hermione depressa. — Muito esperto o modo com que o senhor apanhou aquele último, com o coador de chá...

— Bem, tenho certeza de que ninguém vai se importar que eu dê à melhor aluna do ano uma ajudinha extra — disse Lockhart com um sorriso de lado. Mione corou com o elogio. Ele abriu a mochila e puxou uma enorme pena de pavio. — Bonita, não é? Em geral eu a uso para autografar livros.

Ele rabiscou uma enorme assinatura cheia de floreios no papel e devolveu-o a Hermione.

O trio saiu em direção à biblioteca feliz da vida com a permissão nas mãos.

— Eu não acredito — Harry suspirou. — Ele nem olhou o nome do livro que queríamos.

— É porque ele é um idiota desmiolado — Rony observou — Mas quem se importa, temos o que precisávamos.

— Ele não é um idiota desmiolado — Hermione o defendeu.

— Só porque ele disse que você é a melhor aluna do ano... — Rony revirou os olhos.

O trio adentrou à biblioteca silenciosa. Não tinham muitos alunos naquela hora, o que podia ser um ponto a mais para seus planos. Quando a biblioteca estava cheia, os alunos sempre acabavam fazendo mais barulho que o permitido, deixando a bibliotecária muito brava.

Madame Pince estava sentada à sua mesa com sua expressão habitual de irritação. Quando se aproximaram, ela mirou os três como uma águia avista a presa, o que quase os fez recuar.

— B-boa noite, Madame Pince — Disse Mione, nervosa, tirando o papel do bolso e estendendo — Nós temos autorização para pegar o livro Pociones Muy Potentes.

— Pociones Muy Potentes? — repetiu ela desconfiada, tentando tirar a autorização da mão de Hermione; mas ela recuou mais rápido, segurando o papel junto ao peito.

— Eu pensei que talvez pudesse guardar a autorização — disse Hermione ofegante.

Rony rosnou, irritado.

— Ah, qual é? — ele tomou a autorização das mãos da garota e entregou à Madame Pince — Nós lhe arranjamos outro autógrafo. Lockhart assina qualquer coisa que fique parada tempo suficiente.

Hermione corou e começou a gaguejar, mas Rony balançou a cabeça, fazendo com que se calasse. Não era hora para falar daquilo.

Madame Pince ergueu o papel contra a luz, como se estivesse decidida a descobrir uma falsificação, mas a autorização passou no teste. Ela desapareceu silenciosamente entre as estantes altas e voltou vários minutos depois trazendo um livro grande de aparência mofada. Hermione guardou-o cuidadosamente na mochila e os três foram embora, procurando não andar demasiado rápido nem parecer muito culpados.

Cinco minutos depois, chegaram à porta do banheiro interditado da Murta que Geme.

— Tem certeza que não vou encontrar ninguém além da Murta aí dentro? — Rony quis se certificar.

— Já falei, não há nenhuma garota sensata que use esse banheiro. Está sempre quebrado...

Eles entraram, silenciosos, e se esconderam em um dos boxes vazios. Murta Que Geme chorava alto de seu boxe, e nem notou a presença deles.

Hermione abriu o Pociones Muy Potentes com cuidado, e os três se debruçaram sobre as páginas manchadas de umidade. Era claro, ao primeiro olhar, a razão por que o livro pertencia à Seção Reservada. Algumas das poções produziam efeitos medonhos demais só de se imaginar, e havia algumas ilustrações muito impressionantes, que incluíam um homem que parecia ter virado do avesso e uma bruxa com vários pares de braço que saíam da cabeça.

— Aqui — A página intitulada “Poção Polissuco” não era nem um pouco convidativa. Mostrava imagens de bruxos em processo de transformação em outra pessoa. Rony esperava muito que a expressão de dor que fazia fosse apenas parte da ilustração.

— Esta é a poção mais complicada que já vi — disse Hermione, analisando a receita com cara de desespero. — Hemeróbios, sanguessugas, descutainia e sanguinária — enumerou a garota, correndo o dedo pela lista de ingredientes. — Bem, esses são bem fáceis, estão no armário dos alunos, podemos tirar o que precisarmos... Ah, olhem só isso, pó de chifre de bicórnio, não sei onde vamos arranjar isso... Pele de araramboia picada, essa vai ser muito difícil também... E, é claro, um pedacinho da pessoa em quem quisermos nos transformar.

— Como é que é? — Rony perguntou, espantado. — Que é que você quer dizer com um pedacinho da pessoa em quem quisermos nos transformar? Não vou tomar nada que tenha unhas do pé de Crabbe dentro...

Hermione continuou como se não tivesse ouvido.

— Ainda não temos que nos preocupar com isso, porque os pedacinhos só entram no fim...

Rony virou-se, sem fala, para Harry, que apenas deu ombros.

— Mione, você percebe quanta coisa vamos ter que roubar? — Harry pontuou, preocupado — Pele de araramboia picada, decididamente não está no armário dos alunos. Que vamos fazer, assaltar o estoque particular de Snape? Não sei se é uma boa ideia...

A fala de Harry parece ter ofendido profundamente Hermione, que fechou o livro com força.

— Bem, se vocês dois vão amarelar, ótimo. — Seu rosto se malhara de vermelho vivo e os olhos cintilavam mais do que o normal. — Eu não gosto desrespeitar o regulamento, vocês sabem muito bem. Acho que ameaçar gente que nasceu trouxa é muito mais sério do que preparar uma poção difícil. Mas se vocês não querem descobrir se é o Draco, eu vou direto à Madame Pince agora mesmo e devolvo o livro.

Então Rony lembrou: Hermione é trouxa! Se os trouxas correm perigo, ela corria também.

— Eu nunca pensei que veria o dia em que você nos convenceria a desrespeitar o regulamento — observou Rony — Muito bem, nós topamos. Mas unhas dos pés não, está bem?

Ela sorriu para Rony, que sorriu de volta.

— E quanto tempo vai levar para preparar a poção? — perguntou Harry.

— Bom, uma vez que a descurainia tem que ser colhida na lua cheia e os hemeróbios precisam cozinhar durante vinte e um dias... Eu diria que vai levar mais ou menos um mês para ficar pronta, se conseguirmos todos os ingredientes.

— Um mês? — exclamou Rony. — Até lá, Draco poderia atacar metade dos nascidos trouxas na escola!

O leve sorriso que Mione tinha no rosto sumiu na mesma hora, e ela mirou Rony com profunda irritação.

— Mas é o melhor plano que temos, portanto, vamos tocar para frente a todo vapor!

No entanto, quando Hermione foi verificar se não tinha ninguém no corredor para eles saírem do banheiro, Rony cochichou para Harry:

— Daria muito menos trabalho se você simplesmente derrubasse Draco da vassoura amanhã no jogo.

         O dia estava mormacento mas ainda não estava chovendo, o que era ótimo para uma partida de quadribol. Os alunos estavam agitados com a primeira partida do ano e principalmente para ver as novas vassouras da Sonserina. 

Quanto mais se aproximava das onze horas de sábado, mais pessoas corriam animadas para o campo de quadribol. Harry tinha levantado cedo para encontrar-se com o time, e pouco antes do jogo, Rony e Hermione foram até a porta do vestiário para desejar boa sorte a um Harry visivelmente nervoso, e logo foram para a arquibancada, antes que não restasse um lugar que fosse bom. Em pouco tempo as arquibancadas lotaram e os times saíram dos vestiários. Primeiro saiu o time da Grifinória, com suas vestes vermelhas, ovacionado por quase toda a escola (Os alunos da Corvinal e Lufa-Lufa também queriam a derrota da Sonserina; ninguém engoliu a história das vassouras). Logo depois saiu o time da Sonserina, com suas vestes verdes reluzentes. Madame Rooch, a professora de voo e juíza de quadribol, adentrou o campo com as bolas do jogo. Falou com os jogadores e deu início a partida.

“E começa a partida!” A voz de Lino Jordan ecoou pelo campo. “O jogo inicia com Montague. Flint, Warrington, Bole, Derrick e como novidade Malfoy como apanhador. Ainda não sabemos se Malfoy tem o talento necessário para ser apanhador, mas sabemos que sua família sabe dar ótimos presentes; não é todo mundo que presenteia um time inteiro com a melhor vassoura da atualidade... Mas não é isso que interessa, não é mesmo, Professora McGonagall?” Lino falou sob o olhar severo da professora “O time da Grifinória tem Wood, Johnson, Bell, Spinnet, Weasley, Weasley e Potter. Mais um ano se passou e Johnson continua a não me dar bola... ”

“Não precisa falar, professora: narrar o jogo! Potter e Malfoy sobrevoam o campo a procura do pomo e... Uh! Essa foi quase. O balaço foi na direção de Potter mas Weasley, seja lá qual deles, rebateu bem a tempo. Mas espere! O balaço deu meia volta e voltou na direção de Potter, mas Weasley pegou novamente. Enquanto isso... Uau! Enquanto o balaço perseguia Potter a Sonserina abriu trinta a zero! Essas novas vassouras estão dando mesmo conta do recado, pois sabemos que Wood tem olhos de águia e pega todas... E o balaço não desiste de Potter, continua a voar na direção do apanhador da Grifinória...  ”

— Rony, os balaços não se comportam assim, não é? — Hermione perguntou assustada, quando Fred salvou Harry pela quarta vez seguida.

— Não Mione, isso não é normal. Os balaços tentam derrubar o maior número de jogadores possíveis, não um só jogador na partida.

 O balaço cercava Harry para onde quer que ele fosse. O garoto sequer podia procurar o pomo de ouro. Fred e Jorge já tinham abandonado os artilheiros e a partida e ficavam apenas tentando salvar Harry daquele balaço errante.

— Rony, precisamos fazer alguma coisa! — se desesperou Mione — Ele vai acabar caindo!

— O que podemos fazer? Não podemos invadir o jogo.

— Alguém pode ter alterado esse balaço para fazer a Grifinória perder. Sabemos que com aquelas vassouras novas a salvação do time seria capturar o pomo. Manter Harry fora da jogada dá a chance a Draco de achar o pomo sem maiores complicações.

— Você pode ter razão. — concluiu — Vamos procurar a professora Minerva, talvez ela possa fazer algo ou remarcar o jogo.

Começara a chover. Rony e Hermione forçaram passagem pela multidão para chegar à cabine onde Lino narrava o jogo para falar com a professora, mas não a encontraram. Ela havia descido para o campo e o jogo estava paralisado. Os jogadores da Grifinória se reuniram no centro do campo durante um tempo.

— Será que vão encerrar a partida agora? Seria o mais sensato...

Mas a partida não foi encerrada. E diferente do que aconteceu anteriormente, Fred e Jorge não voltaram a voar em volta de Harry, não conseguiam, uma vez que começou a voar em ziguezague, fazer rodopios e loopings de forma bizarra para que o balaço não fosse capaz de alcançá-lo. A multidão que assistia ria da forma que Harry voava. Será que ninguém estava percebendo que o balaço estava tentando mata-lo?

Harry deu um looping particularmente ridículo no ar e parou próximo a Draco. O sonserino ria abertamente, zombando do desespero do garoto. Ah se Rony fosse do time, com certeza derrubaria aquela doninha irritante da vassoura antes que pudesse dizer quadribol. Em um descuido, o balaço acertou em cheio o braço de Harry, que urrou de dor. Draco chegou a se sacudir na vassoura e Rony viu quando Harry mirou Draco com raiva. O garoto desviou novamente do balaço e, com o braço machucado junto ao corpo, voou à toda velocidade na direção do Sonserino. Por um momento Rony achou que Harry ia bater em Draco, mas não, Harry passou direto por ele com o braço bom esticado.

— Ele avistou o pomo! — Berrou.

Sem se segurar na vassoura com as mãos, Harry jogou o corpo para a frente. Draco desviou e Harry começou a perder altura muito rápido, indo direto para a lama.

“E Potter pegou o Pomo, vitória da Grifinória!!”

Todos os alunos pulavam de alegria, menos Rony e Hermione, que tentavam a todo custo abrir caminho para chegar ao campo e ver o que houve com Harry, que continuava estirado no chão, com várias pessoas à sua volta. Não foi fácil passar por tanta gente eufórica para chegar onde o garoto estava, e quando finalmente chegaram, viram um Harry muito irritado sentado no chão, na frente de um Lockhart muito sem jeito.

— Ah — disse o professor — É, às vezes isso pode acontecer. Mas o importante é que os ossos não estão mais fraturados. Isto é o que se precisa ter em mente. Então, Harry, vá, dê uma chegada na ala hospitalar, — ele virou-se para Rony e Hermione — ah, Sr. Weasley, Srta. Granger podem acompanhá-lo? E Madame Pomfrey poderá... Hum... Dar um jeito nisso.

Rony não estava entendo nada do que acontecia, mas sua dúvida foi sanada no momento que pegou no braço de Harry para levantá-lo. Aquilo não era um braço, mais parecia um pedaço de borracha molenga, que escorregou por seus dedos de volta para a lateral do garoto, tremendo como uma gelatina.

— Mas... mas o que...

— Vamos para a enfermaria, no caminho eu explico. — ele falou entre os dentes, saindo na frente.

Quando o balaço acertou o braço do garoto, quebrou seus ossos. Até aí não tem nada de anormal, nada que madame Pomfrey não consertasse em questão de minutos. O problema foi que Lockhart chegou primeiro, e, tentando emendar os ossos de Harry, fez com que eles sumissem. A enfermeira ficou uma fera quando viu o que houve, e Rony teve certeza que a ouviu chamar o professor Lockhart de tapado intrometido. Por fim, Harry teve que ficar na enfermaria para passar a noite, já que criar ossos não era um processo muito rápido.

— O que importa é que ganhamos. — Rony sorriu ao lembrar-se de Harry apanhando o pomo do lado de Draco, que comeu mosca bonito. — Foi uma captura e tanto a que você fez. A cara do Malfoy... Ele parecia que ia matar alguém...

— Eu queria saber como foi que ele alterou aquele balaço — suspirou Hermione.

— Podemos acrescentar mais esta à lista de perguntas que vamos fazer a ele quando tomarmos a Poção Polissuco — disse Harry determinado.

Rony e Hermione combinaram de se encontrar cedo para ir à ala hospitalar ver se Harry já tinha ossos no braço. Por insistência de Rony, primeiro foram ao salão principal tomar café da manhã “Você acha que aguento esperar?”. Haviam poucos alunos tomando café àquela hora, entre os que estavam, também estava Gina. A menina estava sentada sozinha, parecendo muito perturbada, com o prato cheio de bacons e ovos mexidos, todos intocados. Rony deu ombros e abocanhou mais um pedaço de bolo.

— Rony! — Hermione bradou. — Vá falar com ela.

— Ela anda esquisita faz tempo, Mione. Ela não fala o que é, já perguntei.

— Pois vá de novo. Ela está triste!

Hermione o empurrou banco à fora, e Rony levantou-se a contra gosto e sentou-se ao lado da irmã.

— O que está havendo com você? — ele perguntou sem rodeios.

— E-eu... — ela virou para Rony com o olhar suplicante e cheio de lágrimas e, logo depois, levantou-se num salto. — Tenho que ir.

E saiu correndo para fora do salão principal.

— Eu disse que ela está esquisita. — Rony reclamou, voltando para o lado de Mione — Saiu correndo de novo. Coisa de mulheres, acho. Ela tem idade pra isso? Eu lembro que mamãe também ficava esquisita quando...

Mas não completou o raciocínio, pois Mione lhe acertou um tapa no braço.

— Se eu tornar a ouvir você falar sobre coisas assim, juro que vou te azarar. — ameaçou.

Ele encolheu-se, assustado. Mulheres são assustadoras as vezes.

— A-acho melhor irmos ver Harry, vamos...

Os dois tomaram o corredor para a ala hospitalar. Já estavam chegando quando ouviram algo que lhes chamou a atenção:

— Outro ataque?! — era a voz esganiçada do professor Flitwick vindo de uma das salas.

Rony e Hermione pararam na mesma hora. Será que tinham ouvido bem? Os dois se esgueiraram até a porta e se esconderam atrás de uma armadura, afim de ouvir melhor a conversa.

— Pois sim professor. — Era a voz da professora Minerva — Imagina que quando estava passando pela escadaria principal encontrei o menino Colin Creevey, primeiro ano, caído e petrificado, segurando sua câmera fotográfica. Tomei um susto ao me desesperar. Por sorte o professor Dumbledore estava passando por ali e tomou as rédeas da situação.

— Mas se estava com a câmera, não pôde ver quem fez isso?

— Não professor. O menino tentou tirar uma fotografia, mas seja lá quem tenha feito essa atrocidade conseguiu queimar o filme.

— Pobre menino... — lamentou o professor.

— Mas você sabe o que isso significa, não é? — a voz da professora ficou temerosa — Nascidos trouxas atacados... A câmara secreta foi aberta!

Hermione ficou tão nervosa que acabou esbarrando na armadura, fazendo um barulho estridente de ferro batendo em ferro.

— Ouviu isso? — o professor perguntou— Melhor sairmos daqui, algum aluno pode nos ouvir. Não podemos alarmá-los.

Rony e Hermione correram o mais rápido que puderam por cerca de três corredores, adentrando uma sala vazia e escura.

— Então não é uma lenda! — Hermione exclamou, abismada. — Ela existe!

— Como podem esconder essa informação de nós todos? — Rony se desesperou — Enquanto não pudermos provar que Draco está por trás disso tudo estaremos todos correndo perigo!

— Então é isso. — falou Hermione determinada — Não podemos esperar mais. Vamos começar a preparar a Poção Polissuco agora.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Comentem para alegrar meu coração!



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