Rony Weasley e a Câmara Secreta escrita por biapurceno


Capítulo 17
Os Heróis de Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Não acredito que tenha chegado a mais um final. Eu só tenho a agradecer a vocês pela força, pelos comentários, por estarem sempre comigo. Reescrever os livros é muito trabalhoso, e é bom demais ver todo esse esforço sendo recompensado por vocês. Obrigada de verdade por tudo, e espero muito que gostem.

Boa leitura! ❤❤



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Rony já estava com os braços doendo de tanto carregar pedras. Afastar tantos pedregulhos sozinho não estava sendo nada fácil. Além do escuro, quando tirava uma pedra, outras duas caíam no lugar da primeira e o trabalho parecia mais longo ainda. Lockhart estava num canto sentado, cantarolando uma música que desconhecia. No início o professor até estava empolgado ajudando no trabalho, mas Rony achou melhor que ele parasse. Logo nos primeiros minutos ele tropeçou umas dez vezes nos próprios pés, e em uma delas acabou caindo machucando a testa. Parece que ele esquecera como se usa os pés e as mãos com destreza, e até sua fala pareceu comprometida. Ele não estava mentindo, sabia usar bem o feitiço de memória. Se sua varinha quebrada não tivesse revertido o feitiço sabe Deus como estariam Rony e Harry.  Pela primeira vez naquele ano sua varinha serviu para alguma coisa boa.

Os minutos passavam devagar e não havia sinal de que Harry estava voltando, era agoniante. Precisava chegar até eles, talvez o monstro que capturou Gina tivesse capturado Harry também e agora os dois poderiam ser mortos, isso se já não estivessem... Não, não estavam. Harry não aceitaria morrer antes de salvar todo mundo, era assim que ele fazia as coisas, e Rony confiava nele.

Seus dedos já sangravam de tanto arrastar nas pedras quando finalmente notou uma movimentação, a primeira desde que Harry sumiu. Era um barulho alto, como pedras se arrastando, seguido de um alto silvo, como o de uma cobra enorme, e o chão começou a tremer levemente. Era o monstro!

— HARRY! — berrou — HARRY O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

Mas não houve resposta, e Rony se desesperou. Cavava e puxava as rochas com toda a força que tinha, o mais rápido que podia, sentindo seu coração acelerar a cada movimento do outro lado. Precisava passar a todo custo, Harry estava precisando de ajuda, estava sendo atacado.  Então, um outro som, como uma música suave, melodiosa, se fez presente, mas não vinha do mesmo lugar. Rony virou-se na direção da entrada da câmara e, rápido como um raio, um borrão dourado passou voando por ele, entrando direto no pequeno orifício que já tinha feito com seu esforço, abrindo um pequeno buraco até o outro lado, espalhando pedrinhas por todos os lados.

— O que foi aquilo? — Lockhart veio aos tropeços para perto de Rony — Uma luz dourada passou voando... Isso é normal?

— Não faço ideia... — Rony comentou, tentando enxergar do outro lado do buraco que foi feito. A parede de pedras era grossa demais, ia demorar um tempão para conseguir chegar do outro lado.

E em questão de segundos depois começaram sons muito altos, rugidos, silvos altos, o chão tremia ainda mais forte, a canção do pássaro ficava mais rápida, vozes muito baixas porém desesperadas também apareceram. Rony retomou o trabalho, cavando com pressa, nervoso. Seja lá o que passou voando, fez a estrutura da barreira ceder um pouco, e ficou mais fácil do buraco se abrir, mais um pouco e já teria espaço o suficiente para se arrastar até o outro lado.

— Estou quase, já vou ajuda-lo, Harry. — Murmurou — Só preciso...

Mas seus pensamentos foram interrompidos por uma pequena explosão. Rony virou-se para trás, assustado. Lockhart estava jogado no chão, segurando sua varinha remendada.

— Você viu isso? — ele perguntou, sorrindo abobalhado — Explode!

— Ora essa! — Rony marchou até ele, enraivecido — Está louco? Isso pode te matar! Sente-se onde mandei, anda!

Ele agarrou o braço do professor e o levou para perto do túnel de saída da câmara. Dava pena vê-lo daquela maneira, o enorme sorriso branco apagado, seu rosto antes iluminado e pomposo agora não passava se um monte de confusão.

Por falar em confusão, Rony notou que todo o barulho do outro lado da parede tinha cessado. Empurrou Lockhart sentado na pedra e voltou para o buraco, tratando de terminar a passagem para que encontrar-se com Harry. Não precisou de muito tempo para finalmente conseguir abrir um buraco grande o suficiente para passar se arrastando. Quando estava se preparando para passar, ouviu uma voz abafada:

— Rony, sou eu, Harry. Gina está bem, está comigo!

O grito de alívio saiu antes mesmo que Rony pudesse evitar. Guiou-os até o buraco que tinha feito e a primeira a passar foi Gina. Ela estava abatida, mais magra e chorava copiosamente; mas estava viva, isso era o importante.

— Gina! — Ele não a abraçou com força — Você está viva! Não acredito! Que aconteceu? — E naquele momento um pássaro enorme e brilhante irrompeu pelo buraco. Aquilo era uma Fênix! Por isso teve força para abrir um buraco na parede, nunca em sua vida imaginaria ver uma Fênix tão de perto. — Como... Que... De onde veio o pássaro?

— É do Dumbledore — respondeu Harry, espremendo-se para passar.

O garoto estava mais imundo do que antes, e com um corte no rosto. E em sua mão, para sua surpresa, tinha uma espada prateada com o punha cravejado de rubis.

— Onde arranjou essa espada? — Perguntou.

— Explico quando sairmos daqui — disse Harry com um olhar de esguelha para Gina, que agora chorava mais do que antes.

— Mas...

— Mais tarde — disse Harry o cortando, andando na direção da saída da câmara. — Onde anda Lockhart?

— Lá atrás — Rony respondeu pesaroso — Ele não está nada bem. Venha ver.

Rony saiu na frente, sendo liderado pelo pássaro dourado, que iluminava o caminho até Lockhart, que estava sentado próximo do cano em que desceram, cantarolando a mesma música desconhecida de antes.

— A memória dele desapareceu — Rony explicou. — O Feitiço da Memória saiu pela culatra. Atingiu ele em vez de nós. Ele não tem a menor ideia de quem é, onde está ou de quem somos. Eu o mandei vir esperar aqui. É um perigo para ele mesmo.

Lockhart mirou os garotos, sorrindo, parecendo plenamente feliz.

— Olá — disse ele. — Lugar esquisito, esse, não acham? Vocês moram aqui?

— Não! — respondeu Rony. E deu de ombros a Harry.

Harry se abaixou e espiou para dentro do cano longo e escuro.

— Você já pensou como é que vamos subir por isso para voltar? — perguntou.

Rony passou tanto tempo cavando um buraco na barreira que esqueceu-se totalmente que não tinham como voltar para o banheiro feminino. Sacudiu a cabeça, envergonhado, mas o pássaro de Dumbledore se adiantou para frente de Harry, acenando com as compridas penas douradas e brilhantes para sua longa cauda. Harry encarou-a, confuso.

— Parece que ela quer que você segure nela... — disse Rony sem entender muito bem as intenções do animal — Mas você é pesado demais para um pássaro arrastá-lo por ali...

— Fawkes não é um pássaro comum. — Harry se virou depressa para os outros. — Temos que nos segurar uns nos outros. Gina, agarre a mão de Rony. Professor Lockhart...

Mas o professor continuou sentado encarando as paredes.

— Ele está se referindo ao senhor — Rony bradou, puxando-o com força, obrigando-o a segurar a mão de Gina.

Harry estendeu a mão receoso, e então segurou a cauda da Fênix. Foi automático: No momento em que tocou o pássaro foi como se todo seu corpo tivesse perdido toda sua massa muscular e passasse pesar o mesmo que uma folha de pergaminho, e no instante seguinte já estavam levantando voo em direção ao cano. O caminho de volta foi curto e a única coisa que ouviram durante o trajeto foi as risadas de Lockhart, que estava impressionado de estar voando. "incrível! Incrível! Isso parece magia!".

Quando finalmente os quatro caíram no chão molhado do banheiro feminino, Murta Que Geme apareceu voando ao encontro deles, os olhos arregalados por vê-los. Ela virou-se para Harry, triste.

— Você está vivo!

— Não precisa parecer tão desapontada — respondeu o garoto, sério, limpando os óculos na capa, no momento em que a pia e os canos voltavam para o lugar, fechando a câmara.

— Ah, bem... Andei pensando... Se você tivesse morrido, seria bem-vindo a dividir o meu boxe — disse Murta, com o rosto tingindo-se de prateado.

— Ah, eu sobrevivi, que pena... — ele falou, sem jeito. — Melhor irmos!

Rony mal esperou passarem pela porta e caiu na gargalhada.

— Harry! Acho que Murta está gostando de você! Já imaginou passar a eternidade no banheiro com ela? — E riu ainda mais alto — Gina você ganhou uma concorrente!

Porém sua irmã não parecia querer fazer piadas naquela hora, e grossas lágrimas corriam pelo seu rosto. Não gostava de vê-la desse jeito.

— Onde agora? — perguntou.

Fawkes, a Fênix, tomou a frente, voando rápido, deixando um rastro dourado atrás de si. Os quatro correram para alcança-la até que ela parou em frente a uma porta, a porta da sala da diretoria. Harry tomou a frente, bateu na porta e abriu-a.

Seu olho bateu direto na poltrona em frente à lareira, onde sua mãe estava sentada, o rosto molhado de lágrimas, os olhos vermelhos e inchados mirando-os espantada. Segurando sua mão estava Arthur, os olhos também vermelhos e olhava para eles tão espantado quanto sua mãe. Um pouco mais atrás estava a professora Minerva, com o rosto pálido, a mão no peito, respirando pesado. À seu lado estava Dumbledore, seu semblante era tranquilo, e sorria para eles.

Houve um silêncio momentâneo onde todos se encaravam, em seguida, sua mãe levantou-se em um salto.

— GINA!

Seus pais correram em direção à sua irmã e a abraçaram, emocionados. Rony olhou para Harry e sorriu; estava tudo resolvido. Antes que pudesse evitar, sentiu-se ser puxado em um abraço esmagador por sua mãe

— Vocês a salvaram! Vocês a salvaram! Como conseguiram?

— Acho que todos nós gostaríamos de saber — disse a Profª. McGonagall parecendo sair do choque por vê-los bem.

Rony e Harry trocaram olhares, suspirando. A história seria longa, muito longa. Harry andou até a escrivaninha e pôs a espada em cima dela, em seguida e, para seu espanto, Chapéu Seletor. Logo depois, tirou do bolso um livreto preto quase destruído, com um buraco no meio. Ele juntou-se a Rony novamente e desatou a falar. Contou tudo, desde o início: a voz invisível que ouvia nas paredes, como Hermione descobriu que ele estava ouvindo um basilisco na tubulação, como ele e Rony haviam seguido as aranhas na floresta, e que a aranha gigante havia revelado onde foi que a última vítima do monstro morrera (nessa parte, seus pais o olharam boquiabertos. Eles sabiam de seu medo de aranhas), como tinham adivinhado que a Murta Que Geme fora essa vítima e a entrada para a câmara. Ele contou, inclusive que ouviram a conversa dos professores escondidos. Foram uns quinze minutos onde tudo que ouviam era a voz cansada de Harry, ninguém ousou interromper, nem mesmo Rony acrescentou nada à história.

— Muito bem — encorajou-o a Profª. McGonagall quando ele parou —, então vocês descobriram onde era a entrada, e eu acrescentaria: atropelando umas cem regras do nosso regulamento, mas, por Deus, Potter, como foi que vocês conseguiram sair de lá com vida?

— Depois que eu, Rony e o professor Lockhart conseguimos entrar na câmara, encontramos uma pele que seria de uma cobra enorme, de pelo menos uns seis metros, e logo imaginamos ser do basilisco. Quando nós três íamos prosseguir... 

Harry virou-se para Rony. Essa era a parte onde Lockhart tentara enfeitiçar os dois. Rony maneou a cabeça. Além dessa parte não ser interessante para a história em si, teriam que expor um homem que nem tinha possibilidade de se defender. Aquele não era o momento.

— Bem, houve um deslizamento de pedras que acabou me separando de Rony e do professor. A barreira era grossa demais e não tínhamos tempo a perder, então prossegui sozinho. — continuou o garoto, sua voz estava rouca de tanto falar — Fui parar num corredor comprido, que levava à câmara pouco iluminada, e lá encontrei Gina deitada no chão. Pensei que tinha chegado tarde demais, ela estava tão fria... Quando tentava acordá-la, apareceu... — Harry hesitou, e suas mãos ficaram trêmulas. Ele olhou para Dumbledore e o diretor acenou com a cabeça, incentivando-o a continuar — Apareceu Tom Riddle.

A professora Minerva levou a mão à boca e Dumbledore retesou o corpo à menção desse nome. Rony não entendeu, o que o dono do diário tinha assustou os professores daquela forma?

— Não era ele de verdade, era uma memória, mais que um fantasma, mas não chegava a ser real. Ele estava consumindo a vitalidade de Gina para que voltasse a viver, e nesse tempo todo ele esteva controlando o basilisco, através de Gina. Logo depois que o encontrei, Fawkes chegou e trouxe consigo o Chapéu Seletor. Não demorou e Riddle chamou o basilisco para me atacar. Ele já tinha consumido muito da vitalidade dela, já podia controla-lo sozinho. Fawkes tentou me defender, avançou no monstro e destruiu seus olhos, assim não poderia me matar só de olhar; mas não era o suficiente. Ele seguia meu cheiro e os comandos de Riddle, e eu não tinha conhecimento mágico o suficiente para contra atacar. Quando estava prestes a ser morto, no desespero, pedi ajuda ao chapéu e para minha surpresa, de dentro dele saiu essa espada, foi então que, quando o monstro veio em minha direção, eu enfiei a espada no céu da sua boca e o matei... E quase morri também, pois um de seus dentes venenosos enterrou em meu braço quando o golpeei. Então Fawkes me curou com suas lágrimas, então.... então... Riddle...

Mais uma vez Harry hesitou. Ele olhou para Gina, que chorava silenciosamente apoiada no ombro de sua mãe. Harry parou de falar, parecendo um tanto nervoso. Alguma coisa ele não queria contar, isso estava claro. Ele virou-se para Dumbledore em busca de apoio, e o diretor interveio:

— O que me interessa mais — disse ele docemente — é como foi que Lord Voldemort conseguiu enfeitiçar Gina, quando as minhas fontes me informaram que no momento ele está escondido nas florestas da Albânia.

Os Weasleys deram um pulo, surpresos e assustados à menção do nome.

— Q-que foi que disse? — Perguntou Arthur, completamente desconsertado — Você-Sabe-Quem? En-enfeitiçou Gina? Mas Gina não... Gina não esteve... Esteve?

— Com esse diário — respondeu Harry depressa, apanhando-o na mesa e mostrando-o a Dumbledore. — Riddle escreveu nele quando tinha dezesseis anos...

Dumbledore recebeu o diário de Harry e examinou-o com atenção. As páginas estavam molhadas e soltando. Rony estava perplexo, então Tom Riddle era Você-Sabe-Quem, e esteve controlando sua irmã por todo esse tempo. Não é de se estranhar que ela estivesse tão esquisita durante todo aquele ano. Ela chorou um pouco mais forte, enterrando a cabeça no ombro de sua mãe, ele não poderia culpa-la, também choraria em seu lugar.

— Genial — o diretor murmurou baixinho. — É claro, ele foi provavelmente o aluno mais brilhante que Hogwarts já teve. — E se virou para seus pais, que estavam boquiabertos.

— Muito pouca gente sabe que Lord Voldemort um dia se chamou Tom Riddle. Eu fui seu professor há cinquenta anos, em Hogwarts. Ele desapareceu depois que terminou a escola... Viajou por toda parte... Aprofundou-se nas Artes das Trevas, associou-se com os piores elementos do nosso povo, passou por tantas transformações mágicas e perigosas que, quando reapareceu como Lord Voldemort, quase não dava para reconhecê-lo. Muito pouca gente ligou Lord Voldemort ao garoto inteligente e bonito que, no passado, fora monitor-chefe aqui.

— Mas, Gina — perguntou Molly. — Que é que a nossa Gina tem a ver com... Com... Ele?

— O d-diário dele! — soluçou Gina. — And-dei escrevendo no diário, e ele andou me respondendo o ano todo...

— Gina! — exclamou Arthur — Será que não lhe ensinei nada? Que foi que sempre lhe disse? Nunca confie em nada que é capaz de pensar se você não pode ver onde fica o seu cérebro. Por que não mostrou o diário a mim ou a sua mãe? Um objeto suspeito desses, estava obviamente carregado de Artes das Trevas...

— Eu n-não sabia — soluçou a menina sem conseguir se controlar. — Encontrei o diário junto com os livros que mamãe comprou para mim. P-pensei que alguém o deixara ali e se esquecera dele.

— A Srta. Weasley devia ir imediatamente para a ala hospitalar — Dumbledore interrompeu-a com firmeza. — Ela passou por uma terrível provação. Não haverá castigo. Bruxos mais velhos e mais sensatos que ela já foram enganados por Lord Voldemort. — Encaminhou-se, então, para a porta e abriu-a. — Repouso e talvez uma boa xícara de chocolate fumegante. Sempre acho que isto me reanima — acrescentou ele, piscando bondosamente para a garota. — Os senhores encontrarão Madame Pomfrey ainda acordada. Está administrando suco de mandrágoras, imagino que as vítimas do basilisco irão acordar a qualquer momento.

Rony sentiu seu coração acelerar de felicidade.

— Então Mione está bem! — exclamou, animado.

— Não houve dano permanente — disse Dumbledore.

Seus pais levaram Gina para a ala hospitalar. Estavam claramente abalados com o que acontecera.

— Sabe, Minerva — disse o Profº. Dumbledore pensativo —, acho que tudo isto merece uma boa festança. Será que eu poderia lhe pedir para avisar às cozinhas?

— Certo — disse a professora, eficiente, encaminhando-se também para a porta. — Vou deixar você lidar com Potter e Weasley, concorda?

— Com certeza.

Ela saiu, e Rony e Harry olharam inseguros para Dumbledore. Haviam quebrado tantas regras que castigo seria pouco, eles certamente seriam expulsos; já conseguia até imaginar a bronca que levaria de sua mãe. Mas tinham salvado a todos outra vez, não? Dumbledore precisava levar isso em consideração.

— Estou me lembrando que disse a ambos que teria de expulsá-los se infringissem mais um artigo do regulamento da escola — começou Dumbledore.

Rony abriu a boca horrorizado. Ele ia mesmo expulsá-los.

— O que prova que até o melhor de nós às vezes precisa engolir o que disse. — continuou o diretor, sorrindo. — Os dois receberão prêmios especiais por serviços prestados à escola e... Vejamos... É, acho que duzentos pontos para a Grifinória, por cabeça.

Rony soltou a respiração que só agora notou que estava prendendo. Eles seriam premiados, seus nomes ficariam nos registros para sempre.

— Mas um de nós parece que está caladíssimo sobre a parte que teve nesta aventura perigosa — acrescentou Dumbledore.

— Por que tão modesto, Gilderoy?

Por um momento Rony havia esquecido de Lockhart. O professor cantarolava baixinho a mesma canção da câmara, olhando curioso para todos os lados da sala do diretor. Quando percebeu que falavam com ele, virou seus olhos azuis brilhantes para o grupo, curioso.

— Profº. Dumbledore — disse Rony depressa —, houve um acidente lá na Câmara Secreta. O Profº. Lockhart...

— Eu sou professor? — perguntou ligeiramente surpreso. — Nossa! Acho que fui inútil, não fui?

Rony suspirou.

— Ele tentou lançar um Feitiço da Memória em mim e no Harry, mas minha varinha estava quebrada, então o feitiço acabou saindo pela culatra. — explicou à Dumbledore.

— Ai, ai — exclamou Dumbledore, balançando a cabeça, seus longos bigodes prateados tremendo. — impalado com a própria espada, Gilderoy?

— Espada? — repetiu Lockhart confuso. — Não tenho espada. Mas esse menino tem. — E apontou para Harry. — Ele pode lhe emprestar uma.

Eles seguraram uma risada.

— Importa-se de levar o Profº. Lockhart à enfermaria, também? — o diretor pediu a Rony — Gostaria de dar mais uma palavrinha com o Harry.

Rony sentiu-se levemente ofendido. Esteve com Harry durante toda a jornada, e só não estava na luta com o basilisco porque ficou preso do outro lado. Porém não iria contraria-lo; já não foi expulso por pouco, melhor não abusar.

Seguiu o caminho até a enfermaria em silêncio, acompanhado pelo cantarolar de seu ex professor atrás de si. Não iria admitir, mas estava realmente sentido pelo que houve com ele. Era uma fraude total, tentou enfeitiça-lo, mas agora, tão vulnerável, era digno de pena.

Ao chegar na ala hospitalar viu a enfermeira cuidando de Gina, que dormia serenamente. Chamou-a em um canto e contou o que houve com Lockhart na câmara.

— Mas um feitiço desses... — Madame Pomfrey examinou-o — Não sei se sou capaz... bem, levarei ele para uma cama. O senhor ocupe a mais próxima de sua irmã, sim?

— Eu? Eu estou bem, não preciso de atendimento médico.

— Seus dedos estão machucados, ande logo! — e saiu puxando Lockhart pelo braço.

Rony se arrastou para a cama desocupada ao lado de Gina, tentando espiar os leitos ao fundo, onde Mione estava acomodada. Mas sua visão foi bloqueada por um forte abraço surpresa.

— Obrigada por cuidar tão bem de sua irmã. — Sua mãe falou, alisando suas costas.

— Não precisa disso... — murmurou, mas não tentou sair do abraço. — No final das contas eu não pude fazer nada, fiquei preso com um professor sem memória. Além disso, se eu tivesse prestado mais atenção à Gina...

— Do que você está falando? — Arthur bagunçou seus cabelos assim que Molly o soltou — Você fez um ótimo trabalho. Ajudou a descobrir um mistério, enfrentou aranhas gigantes e eu sei o que isso significa para você, e não pensou duas vezes antes de se jogar na câmara secreta para salvar sua irmã. Fez muita coisa, Rony, e eu estou muito orgulhoso de sua coragem. —Rony sorriu, sem jeito — Porém você podia ter morrido. Não quero perder você nem nenhum de seus irmãos, não quero mais que corra tantos riscos.

— Eu não pude evitar. — defendeu-se — Essas confusões vêm até a mim.

Arthur, Molly e Rony riram. Não que tenha sido engraçado o que disse, talvez tenha sido o alívio que sentiam por todos estarem bem.

— Sobre sua varinha... — Arthur começou a falar — As coisas estão um pouco difíceis em casa, você sabe. Mas ano que vem lhe compraremos uma nova.

— Nova? Nova mesmo? Do Olivaras?

— Sim, uma nova, que escolha você como dono.

Rony não conseguiu parar de sorrir. Essa seria a primeira vez que ia comprar uma varinha, algo somente seu, sem ser de segunda mão. Sua varinha quebrada pertenceu a Carlinhos, que comprou uma nova assim que se formou, assim como a maioria de suas coisas.

Não demorou muito e finalmente foram liberados para a festa. Rony correu para o banheiro, onde pôde se lavar e tirar todo aquele limo e sujeira do corpo. Finalmente tudo estava resolvido e ele poderia relaxar. Depois de tantas aventuras, merecia mesmo um banquete. Marchou para o salão principal, e de longe pôde sentir o cheiro delicioso de comida que vinha de lá, o que fez seu estômago roncar alto. Não conseguia lembrar a última vez que comeu.

O lugar já estava cheio quando chegou na porta, e no momento em que pôs o pé para dentro todos o olharam ao mesmo tempo. Sentiu seu rosto esquentar e correu para a mesa da Grifinória, onde Harry já se encontrava sentado e comendo. Ao passar, os alunos cochichavam e apontavam.

— As notícias voam por aqui. — Harry comentou, enchendo o prato com salada de batatas — Todo mundo veio me perguntar o que aconteceu.

— Eu devia imaginar — disse Rony, pegando um prato para si — O banquete está caprichado mesmo.

— Sim está... — Harry olhou para os lados e se aproximou de Rony — Preciso te contar algo. Lembra do Dobby, o elfo doméstico que causou tanta confusão para mim? — Rony assentiu — Pois bem, quando estava conversando com o professor Dumbledore apareceu Lucio Malfoy na porta, e para minha surpresa, acompanhado de Dobby.

Rony arregalou os olhos, soltando o garfo com um pedaço da torta de carne que estava à caminho da boca.

— Então esse elfo pertence à família Malfoy?

— Pertencia... Me ouça. — Harry continuou — Ele chegou lá todo desarrumado e bastante nervoso, revoltado por Dumbledore ter voltado para seu cargo de diretor. E o pior? Dumbledore disse que ele havia ameaçado os outros conselheiros para que concordassem em afastá-lo, mas quando viram que os ataques continuaram, voltaram atrás e pediram que voltasse.

— Que safado! Esses Malfoys não prestam mesmo... Espera! Não foi ele que pôs o diário no meio dos materiais escolares no dia que ele e meu pai brigaram? — Harry assentiu, e Rony sentiu seu sangue subir — Eu vou contar isso ao papai, vão ter que abrir um inquérito. Esse cara quase matou minha irmã!

Rony estava exaltado, e algumas pessoas olharam para eles.

— Acalme-se! — Harry pediu — Não temos como provar, mas o próprio Dumbledore está sabendo do que houve, agora ficarão de olho. Disse que se Lúcio sair “distribuindo materiais que pertenceram ao Voldemort por aí” seu pai mesmo iria providenciar um inquérito.

Rony bufou. Lúcio Malfoy era um homem rico e influente. Logo ninguém lembraria do que aconteceu, e só a família de Gina iria ficar com o gosto amargo de quase ter perdido a menina.

— Bem, ele é claro desconversou e virou-se para ir embora, e Dobby foi atrás. Tinha que ver, o elfo estava todo machucado por ter se punido, e Lúcio ainda o empurrava o tempo todo, não aguentava mais ver aquilo, então tive uma ideia. Peguei de volta o diário, tirei minha meia e o escondi dentro, então corri atrás de Lúcio Malfoy e entreguei a ele. Minha meia estava nojenta, obviamente que ele não iria querer segurar, então entregou tudo à Dobby.

Harry parou de falar e Rony coçou a cabeça, confuso.

— E o que tem isso?

— Não percebe? Ele deu uma meia à Dobby! Se você dá roupas para um elfo ele é liberto, não é?

Rony levou a mão à boca, horrorizado. Harry libertou um elfo!

— Harry, como você pôde? — Rony exclamou horrorizado — Como ele está? Viu para onde foi?

— Por que está tratando como se fosse algo ruim? Dobby ficou muito feliz! Quando lúcio se deu conta do que houve tentou me atacar, mas Dobby me defendeu, disse que não deixaria que Lúcio encostasse em mim, o enfeitiçou e fez com que ele caísse escada abaixo.

Rony estava com a boca tão arreganhada que mais um pouco deslocaria o maxilar. Aquela era a história mais maluca que já ouviu. Elfos domésticos são seres que nasceram para servir à seus donos. Serem humilhados é normal para eles, por mais cruel que isso soe. Se os donos querem humilhar, eles têm esse direito e seus servos aceitam de bom grado. Ganharem roupas, serem libertos de seus deveres, é a maior humilhação que um elfo doméstico pode sofrer. Para eles é uma grande desonra, como se não fossem capazes de cumprirem seus deveres, muitos até se suicidam ao serem dispensados.

— Elfos não querem ter a liberdade, Harry!

— Como não? Dobby ficou muito feliz, no final ainda me deu um abraço. Além do mais...

Harry parou de falar, apontando a porta para Rony. Por lá, entrava Colin Creevey, com um enorme sorriso, correndo para a mesa da Grifinória. Em seguida, entrou Justino Finch-Fletchley e logo atrás Penelope Clearwater, que lançou um enorme sorriso em direção à mesa da Grifinória, mas Rony não reparou para quem foi, pois no mesmo momento apareceu Hermione, e seu coração acelerou como ele não lembrava de ter acelerado na vida. Vê-la bem, ainda que abatida, dava um alívio tão grande que não conseguia explicar. Ela, ao vê-los, correu em disparada, gritando “vocês solucionaram o mistério, vocês conseguiram!”. Harry levantou-se primeiro e no momento que Hermione o alcançou ele a abraçou com gosto. Ela soltou-se e caminhou até Rony e todos olhavam, na expectativa. Eles ergueram os braços, e na mesma hora Hermione ficou vermelha feito um pimentão; o castelo inteiro os observava e ela ficou com vergonha, e vê-la envergonhada o fez ficar sem graça também. Por fim, esticou a mão, e ela apertou. O monstrinho em sua barriga rosnou desconfortável. No fundo, ele queria o mesmo abraço que Harry recebeu.

— Er... Bem vinda de volta. — Foi o que conseguiu dizer, tentando parecer normal.

— É bom estar de volta. — Ela respondeu sem jeito. — Como conseguiram resolver o mistério?

— Encontramos sua dica do basilisco, não teríamos conseguido sem você. — disse Harry emocionado — É uma longa história. Vamos comer, assim te contamos.

— Quero todos os detalhes! — Ela pediu, empolgada, sentando-se e pegando um prato.

Rony ainda estava incomodado pelo abraço não dado, e deixou a maior parte da narração por conta de Harry.

Os professores permitiram tocar músicas no salão principal, o que deixava o ambiente ainda mais divertido. A todo momento, alguém aparecia para falar sobre a câmara secreta e como conseguiram acabar com os ataques. Percy contou para todos que quem tinha desvendado o mistério fora seu irmão caçula, e a quem contava dava a impressão que tinha feito tudo sozinho, e Rony não ia desmentir, até que gostava de ser o herói pra variar.

Os alunos já estavam na sobremesa quando o Professor Dumbledore levantou-se para fazer os anúncios finais.

— Mais um ano termina, e esse em especial não foi um ano fácil. Tivemos muitas provações, muitas aventuras, mas estamos todos aqui, saudáveis, e nos deliciando com essa comida maravilhosa. — ele deu uma pausa, olhando para cada aluno ali presente, como se vê-los sãos e salvos fosse a coisa mais bonita que já viu na vida — Antes de anunciar a casa vencedora da Taça das Casas, gostaria de avisar-lhes que o professor Gilderoy Lockhart não ocupará mais o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas no próximo ano para poder recuperar sua memória.

Muitos alunos – em sua maioria alunas – choramingaram baixinho.

— Então vamos ao que interessa: Até hoje mais cedo o primeiro lugar era da Lufa-Lufa, que possuía 425 pontos. Porém como já sabem, os senhores Ronald Weasley e Harry Potter arriscaram suas vidas mais uma vez para proteger a escola, portanto, foi concedido a cada um duzentos pontos, e assim a Grifinória sai do terceiro lugar e passa a ter 750 pontos, e mais uma vez, a Grifinória é a campeã da Taça das Casas.

A gritaria pôde ser ouvida de longe. Foram tantos abraços, tantos tapinhas, tantas felicitações que Rony nem lembrou mais do porquê de estar chateado mais cedo. Pelo segundo ano consecutivo, seus pontos por serviços prestados à escola levou sua casa a ser campeã. Rony achou que não tinha como melhorar, então a Professora Minerva levantou-se:

— Quero comunicar-lhes que devido a todas as provações que passaram esse ano, e por alguns alunos não terem tido a oportunidade de estudar, — ela olhou para os alunos que foram petrificados — todas as provas do final do ano foram canceladas.

Mais uma chuva de vivas irrompeu pelo salão. Todos pulavam, emocionados, com exceção de Hermione, que reclamava baixinho. Lá pelo meio da madrugada, Hagrid apareceu, emocionadíssimo. Ele correu para os meninos e puxou-os para um abraço tão apertado que quase lhes quebrou as costelas, agradecendo por terem confiado nele e seguido as aranhas. Rony ia reclamar pela furada em que o meio-gigante os meteu, mas Harry o cutucou na costela, impedindo-o de falar. Não era hora para reclamações, era hora de festejar e foi isso que fizeram a noite inteira, e só voltaram para os dormitórios ao amanhecer.

 As últimas semanas foram bem leves. Sem a pressão de provas, que foram substituídas por trabalhos em grupos, todos puderam finalmente aproveitar os dias quentes sem a preocupação de serem petrificados a qualquer momento. Em uma tarde ensolarada, Rony, Hermione e Harry descansavam sob a sombra de uma árvore. Os meninos narravam para Mione o que aconteceu depois que ela fora petrificada.

— Eu mal consigo acreditar... — ela suspirou — Depois de dez anos desaparecido, Você-Sabe-Quem dá as caras por dois anos seguidos. Isso é perigoso; até agora ele não apareceu por completo, mas pode ser que consiga um meio de voltar.

— Não acho que Dumbledore vá permitir tal coisa. — Harry afirmou —Tenho certeza que ele já tem um plano para eliminá-lo.

— Por falar em Dumbledore, o que ele queria falar com você quando saímos da câmara? Ele mandou que eu saísse da sala com o professor Lockhart para lhe falar a sós, como se houvessem segredos entre nós...

Harry coçou a nuca, incomodado.

— Ah... ele falou algumas coisas. Ele me explicou o porquê de poder falar a língua das cobras.

Rony e Hermione se curvaram para o garoto, curiosos.

— Quando fui atacado ainda bebê, Voldemort passou uma parte dele para mim, assim ele disse.

— Como se você tivesse adquirido poderes dele? — Hermione quis saber.

— Mais ou menos isso. Não tenho nada a ver com o herdeiro da Sonserina afinal.

— Ainda bem. Pelo menos os próximos dias poderemos descansar de verdade. — Rony deitou-se com os braços atrás da cabeça — Acho que já fomos heróis por uma vida, não é?

— Tomara que ano que vem seja mais tranquilo. — Hermione desejou, abrindo um livro em cima das pernas — Mais um ano sem fazer provas finais não dá!

Num piscar de olhos todos já estavam embarcando de volta para casa. Embarcaram no expresso de Hogwarts animados, Rony, Hermione, Harry, Fred, Jorge e Gina conseguiram uma cabine só pra eles. Aliás, Gina era outra pessoa, voltou a ser a menina alegre e tagarela de sempre. Passaram a viagem inteira jogando todos os jogos que Fred e Jorge levavam consigo, comeram muitos doces que compraram do carrinho e se divertiram como puderam naquelas últimas horas juntos.

— Gina... Que foi que você viu Percy fazendo, que ele não queria que contasse a todo mundo? — Harry perguntou quando todos já se arrumavam para sair do trem.

— Ah, aquilo — ela falou entre risos. — Bom... Percy tem uma namorada.

Rony parou com a mão no ar a caminho de pegar seu malão no bagageiro. Fred deixou cair uma pilha de livros na cabeça de Jorge.

— Você não pode estar falando sério! — Disse Rony, surpreso.

— Seríssimo — Ela afirmou — É aquela monitora da Corvinal, Penelope Clearwater. Foi para ela que esteve escrevendo o verão todo. Eles têm se encontrado escondido por toda a escola. Um dia eu peguei os dois se beijando numa sala vazia. Ele ficou tão perturbado quando ela foi... Sabe, atacada.— acrescentou ansiosa.

— Percy usava o horário de monitoria para dar uns amassos escondido, foi isso mesmo que entendi? — Rony estava incrédulo.

— Não era bem isso... — Ela virou-se para Fred e Jorge, que abafavam risos — Vocês não vão caçoar dele, vão?

— Eu nem sonharia — respondeu Fred, que parecia um menino cujo aniversário tivesse chegado mais cedo.

— De jeito nenhum — disse Jorge, abafando o riso.

O Expresso de Hogwarts reduziu a velocidade e finalmente parou.

Eles mal passaram pela barreira do trem e os tios de Harry já o aguardavam, afastados da entrada da plataforma. O garoto os fez prometer que ligariam na casa dele durante o verão, e assegurou que tinha ensinado Arthur a usar um tefelone. Hermione também fora encontrar seus pais e logo a família Weasley caminhava em direção à loja do Senhor Ziran, um bruxo abortado que cedia sua lareira para enviar os estudantes de volta às suas casas via Flu. Finalmente estava entrando de férias, pelo menos em casa sabia que não iria se meter em confusão.

— O que? Percy tem uma namorada? — Arthur perguntou, espantado.

— Teeeeeem! — Jorge cantarolou.

— Devo falar dos amassos nas salas vazias em horário de monitoria? — Fred perguntou com a mão no queixo.

— Amassos? Como é que é? Você vai me explicar essa história direitinho! — Disse Molly entre os dentes

— Gina, você disse que não iria contar! — Percy bradou desesperado.

Se bem que... O que Rony mais teria em casa é confusão.


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Notas finais do capítulo

A cena do "não abraço" do Rony e Mione é exclusiva dos filmes, porém eu fiz questão de colocar aqui, pois foi nesse momento que nasceu Romione para mim, foi o start para esse ship cheiroso que amo desde 2002. Eu nunca teria vergonha de abraçar um amigo meu na frente de todos, mas meu Crush... hhaha (to falando aos 13 anos, gente. Hj em dia tenho vergonha de mais nada. rs).

Sobre Prisioneiro de Azkaban, já está sendo produzido. Como falei uma vez, até a Câmara eu tinha pronto, agora vou fazendo e postando, então a frequência talvez não seja como é hoje, mas faço questão de ir até o fim! Quero acabar a primeira parte antes de começar a postar (A viagem ao egito, tenho certeza que vcs vão gostar). Tenham só um pouquinho de paciência que quando menos esperarem estarei aqui de novo! rsrs

Iasmin, obrigada por ser minha alma gêmea e estar sempre do meu lado. Sem você não conseguiria nem a metade. Te amo! ❤️

A vocês leitores, obrigada por tudo mais uma vez. ❤️❤️



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