Oneshots Havaianas escrita por Any Sciuto


Capítulo 7
Um Bebê Na Porta




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A época do natal era a época preferida de Danny. Ele se vestia de papai noel para Charlie, uma vez que Grace estava crescida, faria seus biscoitos e montaria a arvore de natal. Nada podia estragar isso, a menos que ele tivesse um caso.

Steve estava cozinhando seu jantar de natal, afinal, esse ano era sozinho com um peru e uma taça de vinho. Ouvindo uma batida insistente na porta, ele largou tudo e foi atender a porta. No caminho, Eddie roubou o peru todo.

Abrindo a porta, ele foi surpreendido por um embrulho rosa em sua porta, do mesmo jeito que Mary havia feito algum tempo atrás, mas sua irmã estava em Los Angeles agora.

“Me desculpe por abandonar meu bebê. Eu só não quero que ela fique em perigo. Eu estou morta e não quero que ela seja também”. Steve suspirou e levou a menina para sua casa, a tirando do frio.

Ligando para Danno, Steve observou a pequena criança deitada em seus braços. Ele não julgava a mulher, ela tinha seus motivos para deixar a filha dela, o bilhete com a bebê dizia tudo o que ele precisava saber.

— Steve, não me diga que temos outro caso. – Danny olhou para o relógio.

— Não, Danno, mas preciso que você venha até aqui. – Steve olhou para Eddie com sua cara de culpado. – E traga Charlie e um peru.

Quando Danno chegou, ele se perguntou o que Steve tinha. Ele parecia chateado ao telefone e pareceu ter ouvido um bebê chorando.

— Que bom que vocês vieram. – Steve nem deu chance de Danno bater. – Charlie, brinque com Eddie, ok? Seu pai e eu temos que conversar.

Acompanhando Steve até o quarto de hospedes, ele logo viu o motivo de tanto mistério. Havia uma garotinha deitada em um cesto enrolada em cobertas que pareciam serem de Mary quando bebê.

— De quem é a menina? – Ele sentiu uma ligação com a criança.

— Não sei. Ela estava na porta quando a abri e tinha um bilhete implorando que eu não a procurasse. – Steve olhou para a bebê. – Ela nem sequer tem um nome.

— Sabe que temos que chamar o serviço social, né? – Danno viu Steve murchar. – Mas podemos fazer isso depois do ano novo. O que o bilhete dizia?

— Que ela estaria morta e que era para cuidar da filha dela. – Steve suspirou e se sentou na cama. – Danny, eu não posso deixar essa criança entrar num sistema de adoção. Sabe quantas crianças ficam anos nesses lugares ou quanto são mortos por seus pais adotivos?

— Então, o que pensa em fazer? – Ele olhou para o amigo.

— Eu vou adotar ela. – Steve parecia decidido. - E fazer de tudo para que ela tenha uma família que a ama.

— Eu vou estar ao seu lado. – Danno deu um sorriso. – E qual o nome que você vai dar a ela?

— Anna Luisa.  – Steve respondeu. – Significa combatente gloriosa e cheia de graça.

Danno pegou a garotinha nos braços e deu um sorriso. Ele sabia que Steve precisaria de ajuda para cuidar de Anna.

— Seja bem-vinda, Anna Luisa. – Danno a viu sorrir. – Vamos nos dar muito bem.

Charlie olhou para o pai segurando um bebê e ficou confuso. Apesar disso, ele gostou da menina.

1 Ano depois...

— Embora os argumentos dos avós de Anna Luisa sejam bons, eu acredito que não seja um bom lar para uma criança viver. – A juíza olhou para o casal, quase soltando fogo pelas narinas. – Sua filha foi assassinada e seu filho era o assassino. Tudo o que ela fez a partir do momento em que ela deixou a bebê na casa do comandante McGarrett foi uma tentativa de salvar sua filha. Por isso, eu declaro que a guarda ficará para o comandante McGarrett.

Ela bateu o martelo três vezes e Steve sorriu. Anna agora tinha um ano e cresceu com Danno, Charlie e Grace. Samantha e Will também adoravam a pequena garotinha.

A mãe de Anna, Grace, fora assassinada. O irmão dela, Grant foi seu executor. Uma reviravolta inexplicável entre aqueles que conheciam a família.

Anna correu para os braços de seu pai. Steve agora era um pai responsável. Ele evitava manobras arriscadas e voltava cedo para casa. Mary e Joan vieram morar com Steve definitivamente.

— Sabe, eu achei que seria mais difícil ser pai. – Steve falou na frente do túmulo de Grace.  – Mas você me escolher para cuidar de sua filha me fez perceber que não se precisa ser casado para ter um filho. Ou filha.

— Papai! – Anna correu para os braços de Steve. – Posso ver meu avô?

— Claro querida, mas antes se despeça de sua mãe. – Steve viu a garotinha atirar um beijo para onde Grace estava. – Vamos ver o vovô.

A vida na Five 0 havia prosperado. Tani e Junior haviam tido um filho a quem deram o nome de Spencer. Eles estavam felizes em estar juntos e com um filho todo deles.

Danno havia engatado um romance com uma moça brasileira e nem dois meses depois se casaram em uma cerimônia apenas para amigos.

Steve, no entanto, preferiu ser pai solteiro. Sim haviam muitas pretendes e mulheres, mas a única coisa que ele queria era ser pai de Anna.

— Anna, hora do café. – Steve sorriu ao ver a menina correndo para baixo. – Bom dia, princesa.

— Bom dia, pai. – Anna era feliz com seu pai adotivo. – Pai, podemos convidar Charlie e Spencer para brincar comigo e com Joan?

— Primeiro coma seus ovos. – Steve sorriu para filha. – Depois vamos conversar.

— Obrigada Papi. – Ela sorriu colocando uma colherada de cereal na boca.

E a vida foi seguindo. Steve ficou feliz com cada uma das conquistas de Anna. Mas foi o dia do casamento com Charlie que o deixou mais feliz. Ele estava quase com 65 e já havia se aposentado da força tarefa.

— Você se arrepende de ter adotado Anna? – Danno estava curioso.

—Não. – Steve sorriu. – Desde que a vi dormindo na minha porta achei que ser o pai dessa menina era o certo.

— O que Deus uniu, o homem não separa. – O padre disse e Steve soltou lágrimas. – Eu apresento a vocês Anna Luisa E Charles Willians.

Todos bateram palmas para o casal recém-casado. Steve dançou a primeira dança com sua filha agora casada.

Se passaram dois meses desde o dia do casamento e Anna foi a casa de seu pai com uma caixa de presentes.

— Eu acho que você deveria ser um dos primeiros a saber disso. – Anna sorriu para o pai. – Você vai ser avô.

Abraçando a filha, Steve derramou mais lágrimas. Mesmo que a filha não fosse realmente filha dele, a partir que ela entrou na escola, ele sempre fora apresentado como pai dela.

Quando a primeira neta chegou, ela deu o nome de Dóris em homenagem a mãe de Steve.


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