Oneshots Havaianas escrita por Any Sciuto


Capítulo 3
Malia




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Ele era do estilo Bad Boy havaiano, mas seu distintivo era a prova que ele só era mau com os bandidos. Em se tratando de garotas ele era gentil demais, as vezes até demais.

Ele recebia números de telefone antes de conhecer Malia em uma praia quando sua casa estava em reforma. Foi paixão instantânea. Ela usava strep na prancha e mesmo assim perdeu, fazendo o primeiro encontro mais maluco dele.

Aquela mulher era uma gata. Ela era gentil e fofa. Deus sabe que ela era demais para ele. Um policial e uma medica namorando era uma coisa diferente, porém nada estranha. O irmão dela, um problemático, era que era o problema.

Quando o pai dele foi baleado e ela o confortou e alguns dias depois pediu sua ajuda para seu irmão problemático ele ajudou. Seu pai estava morto e ele e Malia passaram a ter encontros e depois começaram a namorar.

Em uma das suas saídas até o restaurante favorito dos dois, em cima de sua moto, eles desceram a Avenida Kalakaua de moto, juntos e foi muita emoção. Chegando ao pequeno restaurante, enquanto Chin estacionava sua moto, Malia foi pegar uma mesa.

Um grupo de homens na porta do local, tentou mexer com Malia e boa coisa não iria surgir dali.

— Ei gatinha. – Um dos homens tentou provocar. – Já esteve com um homem de verdade?

— Qualquer um é melhor que você. – Malia tentou passar, mas foi impedida.

— Não me magoe garota. – Ele segurou seu pulso forte.

— Você não vai querer mexer comigo. – Ela tentou puxar, apenas para sentir mais dor. – Eu já falei para me soltar.

— Se acha esperta garota? – Ele a encarou, centímetros do rosto dela.

— Ela não se acha. – Chin chegou a tempo. – Ela é esperta.

— Cai fora daqui cara. – O homem puxou Malia para perto dele. – Ela já tem dono.

— Sim. – Chin tocou seu distintivo. – E sou eu.

— Você? – O grandalhão riu. – Você nem é homem.

— Geralmente eu não me gabo disso. – Chin deslizou seu distintivo. – Mas se não a soltar será preso por agressão.

Chin mostrou o distintivo dourado para o homem.

— Eu também tenho uma arma. – Malia foi empurrada para a porta. – Quer testar quem tem o gatilho mais rápido?

— Não ganhei minha arma para entrar em uma disputa de poder. – Chin apenas falou. – Entretanto, minhas algemas são o mais perto que vai chegar de mim.

— Quer tentar a sorte? – Ele riu.

Malia entrou assustada no restaurante. Pedindo ajuda para o companheiro de Chin John por telefone e explicando a situação.

Ela se sentou e esperou. Ela não tinha arma e aquele homem quase esmagou o pulso dela. Ela não podia fazer nada, a não ser olhar e rezar pela chegada do amigo.

John pegou sua patrulha e sirenes ligadas correu até o restaurante. Uma foto de Steve perto do retrovisor lhe lembrava do que ele havia perdido ao mandar seu filho para longe. Ele esperava o dia para remediar essa situação.

— Eu tenho todo o tempo do mundo. -  homem gritou para Chin, ainda parado.

— Se não se importa eu só quero comer algo gostoso com minha namorada e ir embora. – Chin recolocou a arma no coldre. – Eu sou um policial e você é só alguém que gosta de confusão.

— Isso diz o que sobre mim – O grandalhão começou a dar risadas. – Não diga que você sabe aquelas estúpidas técnicas de perfil do FBI. Elas são patéticas.

— Mas funcionam. – Chin esperou. Ele não estava aqui para fazer cena. – Então se vai atirar em mim saiba duas coisas. A primeira é que se puxar esse gatilho, na frente dessas testemunhas você vai receber pena máxima, perpetua ou pena de morte.

O homem agora estava sem palavra.

— A segunda é que você e seus lacaios não tem balas o suficiente para matar todo mundo. – Chin continuou. – Então você vai deixar ainda muita gente viva pronta para subir na fila do reconhecimento quando você for preso.

O homem começou a abaixar a arma. Ele teve que admitir. Ele não era melhor que Chin, mas ele não queria deixar pontas soltas.

Malia e o resto dos clientes olhavam para o homem e depois para Chin. Uma sirene soou perto e homem deixou a arma cair no chão, dando a Chin uma chance para conter o homem.

John conseguiu deter o resto que conseguiu fugir.  Os dois riram da situação uma centena de vezes depois daquilo.

Logo eles ficaram noivos. A relação ia tão bem quanto podia. Eles planejaram cada passo do casamento e esperavam que pudessem contornar o resto que faltou.

Mas eles não chegaram ao altar. Pouco tempo antes do casamento, Chin foi acusado de roubar o dinheiro e achou melhor terminar com Malia.

A família e seus agora ex-colegas de corporação o chamaram de corrupto e ele tomou a decisão de sair da polícia e foi trabalhar como segurança em uma doca.

John foi o único a ficar do lado dele. Mas ele sentia a falta dela. Ele disse para ela ficar com o anel. Ela podia vender ou fazer o que bem quisesse.

Se passaram alguns anos quando ele avistou Steve conversando com Pat Jameson, a então governadora do estado do Hawaii.

Ele soube da morte de John pelas mãos de Victor Hesse e se sentiu em uma dívida com o filho dele. Eles foram jogadores no mesmo esporte.

Quando ele foi chamado para a força tarefa Five 0, ele foi relutante, mas Steve foi persuasivo.

Então, por obra do destino, em um caso ele precisou da ajuda dela. Sua ex-noiva. Tão linda quanto ele se lembrava dela. Ambos ainda se amavam e isso estava no olhar deles.

Marcando um jantar com ele, Chin trocou pequenos olhares e depois que o falso alarme de tsunami foi implantado. Kono não gostava dela se envolvendo com seu primo outra vez, um pouco talvez pelo jeito que tudo acabou.

Ele não tinha certeza de quando eles começaram a namorar de novo. Um momento, eles conversavam e no outro, suas bocas se encontraram e eles acabaram na cama.

Eles estavam quase oficialmente juntos. Chin a convidou para descer a avenida Kalakaua de moto e ela foi.

— Eu tinha me esquecido a sensação. – Ela deu um sorriso inocente. – Que era descer a Kalakaua de moto.

Chin adorava ouvir aquelas palavras. Ele não diria em voz alta ainda, mas estava grato por estar de volta com Malia.

Então, em um belo dia, ele resolveu fazer os erros certos de novo.

— Você aceita ser minha esposa? – Chin perguntou.

— Claro que sim. – Ela viu Chin tirando o colar dela. – O que está fazendo?

— Colocando esse anel no lugar que ele pertence. – Chin a beijou, mas seu celular tocou.

A festa de casamento foi simples e com vista para o pôr do sol. Eles nunca estiveram tão felizes. Até pensaram em construir em uma família juntos.

Kono aceitou Malia de volta porque percebeu o quanto ela amava seu primo e como ela estava preocupada com ela quando Kono estava afastada e disfarçada.

Avançando um bom tempo, ele foi tratado da explosão que abalou a delegacia. Seu pior pesadelo quando Malia morreu em seus braços depois de ser machucada pelo capanga de Delano.

Limpando as coisas dela, ele encontrou uma caixa de teste de gravidez. Mais uma vez, ele deslizou para o chão e chorou. Eles estavam quase conseguindo uma família.

— Como se supera uma coisa dessas? – Cath perguntou, logo depois do funeral de Malia.

— Você não supera. – Steve olhou para o amigo. – Não rápido o suficiente.

Chin trabalhou com eficiência no caso seguinte. Kono o abraçou em sinal de amizade.

— Até dois Anos atrás eu achei que a tivesse perdido para sempre. – Chin falou. – E foi esse trabalho que a trouxe de volta. Eu a verei de novo um dia.

Ele sabia que a veria de novo.

 No final, todos se reuniram para comemorar o fim de mais um caso. A menina sequestrada estava a salvo e Kamekona entrou com sua jaqueta de aviador.

Chin, no entanto, ficou de frente a água vendo as lanternas de papel.

— Oi. – Danno lhe entregou uma cerveja. – Tudo bem?

— Quando eu conheci Malia eu estava hospedado em North Shore. Minha casa estava sendo pintada. – Chin começou a contar. – Malia estava pegando uma onda, usava strep, mas mesmo assim perdeu a prancha. Eu a encontrei, é claro e disse que só devolveria se ela aceitasse jantar comigo.

— Hahaha. – Danno riu. – Que ótimo. Chantagem.

— Mas não deu certo. – Chin continuou. – Depois de uns cinco dias a loja me ligou e disse: "A prancha é nossa. Você nos deve cinco dias de aluguel."

—Haha. – Danno sorria com a história. – Você se deu mal.

— Logo ela entrou em contato comigo. – Chin sorriu. – Ela foi a melhor coisa que já aconteceu.

Danno colocou uma mão sobre seus ombros.

— Você está com fome? – Danno resolveu mudar um pouco de clima.

— Cara. – Chin o olhou. – Eu estou morrendo de fome.

— Então vamos. – Danno resolveu fazer uma piada. – O McGarrett paga.

— O Steve nunca paga. – Chin disse.

— Eu sei. – Danno o arrastou para a mesa. - Eu só queria ouvir isso de outra pessoa.

Eles foram rindo para a mesa. Rindo e dividindo brincadeiras com Kamekona.

Mesmo que Chin se apaixonasse de novo, ele nunca esqueceria Malia.  


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