A Luz dos Guardiões escrita por 2la1n


Capítulo 2
Ato II




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A cabeça estava girando quando ele acordou, o encosto era macio, mas sua saúde não estava nas melhores condições para dizer o mesmo. Com o abrir dos olhos, Jack vê que está na cama beliche de Jamie, estava deitado na parte de baixo dela. Ele se sentou rapidamente com um impulso para frente, sentindo seu corpo levemente cansado.

Jack: Ah...

Ele esticou o braço e o torceu de leve, virou o pescoço e também o torceu.

Jack: Nossa...

Jamie: Jack?

Ele entrou no quarto e fechou rapidamente a porta para não chamar atenção.

Jamie: Você acordou, finalmente.

Ele se aproximou, olhando preocupado.

Jack: Jamie, o que que está acontecendo? Como foi que eu vim parar aqui?

Ele esticou as costas com as mãos, estralando a coluna.

Jamie: Mano, eu te vi daqui da janela lá fora e só de noite consegui te pegar. Ficaria estranho me verem levando um corpo invisível para dentro do quarto.

Ele franziu o cenho, falando levemente irritado do esforço que teve.

Jamie: Você é mais pesado do que parece.

Ele disse com as testas franzidas e Jack ergueu uma sombrancelha de desdém para seu melhor amigo.

Jack: Eu, hein? Que amigo você é.

Afirmou com ironia. Jamie acenou com a cabeça.

Jamie: O que aconteceu?  Você está bem?

Ele perguntou com sinceridade desta vez, com preocupação no tom de voz. Jack se sentou na beirada da cama e se lembrou melhor do que aconteceu antes de desmaiar.

Jack: Me desculpa... eu... eu só pensei em vir e aí eu vim...

Se lembrou ele devagar, se dando o tempo para absorver as informações. Jack não aceitou o que aconteceu do Polo Norte até ali e balançou negativamente a cabeça.

Jack: Eu tenho que voltar para o Polo Norte, ter vindo aqui foi um erro.

Ele se levantou pegando o cajado na beirada da cama, mas sentiu fraqueza e inclinou para frente. Jamie se projetou até ele e o segurou.

Jamie: Ei, calma, calma! Vai com calma, Jack.

Ele o ajudou a se sentar.

Jamie: Me fala... o que aconteceu.

Segurou no ombro dele.

Jack: Jamie, uma coisa horrível aconteceu.

Ele pensou, ainda confuso pelo acontecido, mas tinha certeza de que algo bem errado estava acontecendo.

Jamie: Hmmm?

Deu sinal para ele prosseguir com a fala.

Jack: Os Guardiões estão com problemas...

Ele deu de ombros, tentando encontrar palavras.

Jack: Eles parecem ter trocado de personalidades... o Norte começou a agir com o Bunnymund e o Coelho assumiu a liderança...

Ele foi explicando e Jamie deu uma risada de leve, Jack olhou para ele.

Jamie: Sinto muito, é que... pensar neles trocando de personalidade é bem estranho, o Coelho da Páscoa realmente parece ter um pouco de liderança no tom arrogante dele.

Ele falou, imaginando.

Jack: Isso não é engraçado, Jamie! Eu tô confuso. A Fada não tem mais falado nenhuma palavra. Alguma coisa aconteceu com todos eles e não acho que seja um simples ensaio ou exercício.

Ele se lançou para frente, se levantando ao passar por Jamie.

Jamie: Eu não entendi.

Ele se levantou.

Jamie: Como isso é possível?

Jack olhou para a Lua cheia iluminando bem alto no céu.

Jack: Breu...

Jack disse em voz baixa, pensativo.

Jamie: Breu? O Breu está por trás disso?

Jack: O Norte tinha falado nele antes do Coelho assumir, disse que alguma coisa aconteceu em Veneza, aonde vimos ele pela última vez...

Ele se lembrou de quando derrotou Breu, quando ele foi enviado de volta para seu covil de baixo da terra, na Itália.

Jamie: Sinto muito por tudo que está acontecendo. Mas por que agora? O Breu podia ter feito isso antes, não?

Jack: Só se ele conseguiu acumular poder para finalmente afetar os Guardiões novamente, assim como foi há 6 anos.

Jack pensou, segurando firme seu cajado, só de pensar no que Breu podia ter feito e no que isso causaria nos Guardiões. Ele se vira para Jamie.

Jack: Que tipo de poder será que ele conseguiu? Da última vez, ele só demorou 300 anos para sequer ferir o Sandman.

Ele pensou em como aquilo poderia estar acontecendo, mas está vendo que não faria sentido o maior adversário dos Guardiões simplesmente ter conseguido tanto poder assim do nada, dentro da vigília dos próprios Guardiões.

Jamie: Vocês passaram esse tempo todo vigiando ele, talvez tenham deixado alguma coisa fugir da sua vista.

Ele deu de ombros. Jack andou um pouco de um lado para o outro, ainda considerando o que ia fazer.

Jack: Isso tudo está parecendo um pesadelo.

Ele pensou, decidido.

Jack: Eu vou para a Itália. Vou atrás do Breu.

Ele se virou para a janela, Jamie entrou na frente com as mãos abertas.

Jamie: Jack, espera. Não seria melhor confiar nos Guardiões e talvez formarem um plano? Eles podem estar confusos, mas eles ainda têm você.

Ele o chamou atenção, apontando estes fatos.

Jack: Obrigado, mas eu creio que os Guardiões tenham que ver o que está acontecendo... e eu também.

Ele disse confiante, se colocando no lugar de Jamie enquanto andava e gesticulava. Ele dá um pequeno empurrãozinho na janela.

Jamie: Toma bastante cuidado, Jack. Ninguém sabe o que te espera lá.

Ele advertiu.

Jack: É... somente o Breu.

Ele disse bem confiante e lhe deu um sorriso. Jack flutuou para fora da janela e o vento o pegou com força, lançando ele para cima. Jack firma as mãos no cajado e se deixa levar com força para cima.

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VENEZA

O vento que levava Jack já estava fraco fazia algumas horas, mas de repente ele sente a força do vento se esvair e ele fica em queda livre.

Jack: Oh!

Ele extendeu as mãos para frente, tentando recuperar a força sobre os ventos, mas não conseguia.

Jack: O que que está acontecendo!?

Ele cerrou os punhos no cajado e o vento o soprou mais uma vez. Jack pousa no meio de uma floresta queimada.
Ao andar um pouco, ele vê a entrada destruída para o covil de Breu, uma cratera no chão, marcada pela grama carbonizada ao redor. Ele olhou para a escuridão lá em baixo e pulou no buraco, deslizando com os braços juntos ao corpo até uma parte plana no subterrâneo. De imediato, Jack puxou seu cajado para frente, mirando na direção de qualquer um que cruzasse sua reta.
Jack andou pela caverna, com seu cajado iluminando o interior em uma luz azulada. Ao entrar em uma câmara, ele encontra sem querer uma das grades de jaulas que um dia Breu usou para prender as legiões de Toothiana, há 6 anos.
 Ele flutua por elas, olhando para cada uma naquela câmara, até encontrar em uma parte erguida da caverna, alguma coisa negra e refletindo uma luz branca, era um dos pesadelos de Breu, deitado no chão.
Jack pousa perto dele e encosta nele com o pé, não havia nenhum movimento. O equino estava imóvel.

Jack: Está... morto?

Jack acaba vendo um vulto no canto do olho, mais ou menos à frente da carcaça, algo estava se movendo para dentro de outra câmara na caverna. Jack pode ver uma sombra humanoide correndo para lá. Ele franze o rosto e corre até lá, tentando realizar movimentos espertos e suaves. Jack cai na entrada da outra caverna e fica de frente para a escuridão da caverna, encarando.

Jack: Ata, eu não caio mais nessa, não. Breu, aparece, seu covarde!

Jack gritou irritado para a escuridão e ouviu a risada de Breu atrás dele, ele se vira e vê uma sombra há uns 10 metros dele, que some em um piscar de olhos.

Breu: Frost.

A voz dele ecoou pela escuridão da caverna e da câmara.

Jack olha para os lados, apontando o cajado e iluminando tudo ao seu redor.

Breu: Mais que bela vista.

Jack olha para cima e vê a sombra de Breu se estendendo pelo teto, por cima dele e envolvendo as estalactites, mas ela não parecia ter um ponto de origem observável.

Breu: Veio zoar com a minha cara? Saia logo da minha casa!

Ele disse com um tom de ordem.

Jack: Não até me dar as devidas satisfações!

Jack dispara uma pequena rajada na direção da estalactite e a sombra sai de lá.

Jack: Você vai desfazer o que fez com meus amigos.

Ele apontou.

Breu: Seus amig- oh... os Guardiões, mas como assim? O que houve!?

Ele perguntou de maneira sombria, aparecendo como um vulto negro atrás de Jack, Jack vira o cajado brilhando com força na direção do vulto. A sombra de Breu se projeta na parede atrás de Jack como sua sombra, fazendo parecer que foi uma alucinação.

Jack: Sai da minha cabeça!

Jack segura o cajado com as duas mãos e atira contra a caverna atrás dele, congelando toda a sua entrada.

Jack: Trás eles de volta ao normal!

Ele disse, ameaçando.

Breu: Eu não sei do que você está falando!

Respondeu normalmente e com calma.

Jack: Não fala besteira!

Jack vira para trás novamente e bate com a ponta do cajado no chão, lançando uma onda de choque gelada que se esparrama por toda a caverna e atinge Breu, o lançando para fora de sua forma fantasmagórica e sombria.

Breu: Oh!

Breu volta a sua forma normal, caindo para trás. Jack andou até ele e encostou a ponta do cajado no seu queixo.

Jack: Como você fez?

Breu franze o rosto e se ergue para encarar seu inimigo, dando um tapa na beirada do cajado para o lado.

Breu: Ah. Jack! Está me acusando de algo que eu não cometi, seja lá o que for.

Ele andou um pouco e se virou apontando com o dedo indicador e sorrindo para ele. As luzes da caverna se acenderam levemente, chamando a atenção de Breu.

Jack: Você é o meu único inimigo, para de mentir!

Ele disse em alto e bom som, mirando o cajado novamente contra ele. Breu se virou.

Breu: Ora, eu nem tenho força o suficiente para lançar sombra em uma cidade, imagina os Guardiões!

Disse ele, bem irritado.

Jack: Peraí, o que? Você acabou de comparar a sua força?

Jack olhou confuso para o lado, pensativo.

Breu: Oh, não vai me dizer que não me conhece, picolé de neve.

Ele cassoou de Jack com um tom sombrio.

Breu: Eu só quero que aponte esse teu cajado na direção de outro maltrapilho arruinando seu dia e caia fora da minha casa!

Jack chaqualha a cabeça, apontando o cajado na cara dele.

Jack: Me diz então o que está acontecendo.

Breu levanta os braços, levantando uma sombrancelha de desprezo.

Breu: Eu não sei o que aconteceu com eles. Mas não fui eu.

Jack: Me dê uma prova do que você fala, se estiver fraco...

Breu: Meus pesadelos... eles estão todos mortos. As crianças acreditam nas lendas agora, mais do que nunca.

Jack olha para a carcaça em uma das subidas na câmara.

Breu: Só vai embora.

Jack: Se não foi você, então quem foi?

Ele recuou o cajado, falando normalmente.

Jack: Quem trocaria as personalidades dos Guardiões?

Tentou ele descobrir, mas nenhuma identidade caia na sua cabeça.

Breu: Aconteceu isso? E por que não ocorreu o mesmo com você?

Ele olhou para Jack de cima para baixo, suspeito.

Jack: Responde a pergunta... quem faria isso?

Ele apontou novamente o cajado, retomando o controle.

Breu: Eu não sei, pergunta ao seu precioso e patético Homem Da Lua.

Ele aponta para cima com desprezo, se vira e começa a andar na direção da caverna.

Breu: Eu não tô nem aí.

Um tremor vindo da direção da caverna atinge eles.

Breu: Ué? Essa parte da Itália não tem terremotos.

Ele olhou ao redor.

Várias estruturas negras pontiagudas se formam da parede da caverna e começam a se aproximar, todas parecendo terra em sua textura, mas incrivelmente compactas e formatadas no formato de espinhos, como projeções da parede. Breu se transforma em sombra e corre na direção contrária, sumindo em meio à escuridão. Jack sobe em cima de seu cajado e flutua para longe delas. Breu sobe em uma das gaiolas e Jack começa a voar pela câmara, as lâminas o perseguem, nascendo uma após a outra pelo caminho que Jack percorre.

Breu: Essa coisa está atrás de você!

Jack se vira e congela uma delas, mas outra nasce no lugar e maior, estourando em pedaço de gelo a anterior.

Jack: Ai, isso foi inútil, não foi?

Se perguntou retoricamente, antes de se virar e bater de cara com um pico gigante. Jack cai de frente no chão. Ao se levantar, ele observa dois afloramentos se dirigindo até ele, Jack extende a mão e o cajado voa até ele, e este alça voo antes de ser partido ao meio. Ele voa até um beco sem saída e as lâminas o cercam, deixando ele sem saída. Quando uma delas se projeta do teto em direção ao seu rosto, ela é fatiada ao meio por algo, mas continua crescendo mesmo assim, atingindo o rosto de Jack e o fazendo cair e rolar pelo chão para fora do beco.
Jack: Ah!

Três lâminas crescem na direção dele e são explodidas, todas as três, por algo invisível. As gaiolas de Breu começam a ser atacadas. Breu desaparece dali. Alguém joga um explosivo nas maiores e elas explodem em pedaços. A figura desconhecida passa por alguns picos de cabeça para baixo e as enchem de teia, Jack começa a congelar alguns grupos delas, impedindo seu crescimento.

Breu: Não.

A base de Breu começa a ser destruída, suas gaiolas são todas perfuradas pelos picos ou retorcidas pelas explosões. Breu cria uma foice gigante e pula na direção de algumas.

Breu: Saiam daqui!

Breu as corta ao meio em um ato imprudente e desesperado. Os atos de Breu, Jack e a figura dão uma limpa no local de todos os picos que haviam se espalhado.

?: Todo mundo se abaixa!

Gritou ela. Breu desapareceu e Jack observou a sombra feminina ser erguer ao alto. A pessoa chaqualha as duas mãos, voa até o teto e joga centenas de pontos pequenos que parecem balas de café, quando tocam as lâminas, elas explodem. Jack pega seu cajado e se lança para frente em um voo emergencial. A câmara inteira explode aos pedaços. Jack voa até a caverna de onde veio e toda a base vem abaixo, a poeira erguida o atinge e atrapalha seu vôo, fazendo Jack cair de frente, ele derrapa e se levanta .
 Breu volta a superfície e ao normal. Jack começa a tossir com a poeira.
Uma luz vinha agora da direção da antiga câmara.

Breu: MINHA CASA!

Ele gritou aterrorizado e correu naquela direção.

Jack: Peraí, Breu!

Ele tentou atingir Breu com um golpe com seu cajado, mas errou, o homem se misturou com a fumaça. Jack correu atrás dele, vendo que a câmara inteira tinha vindo abaixo e haviam sobrado apenas escombros. Jack olhou ao redor, procurando alguém com os olhos, mas vê uma figura no meio da cratera.

Jack: Quem é você?

Ele ilumina o cajado na direção da figura e se aproxima devagar. A pessoa sumiu conforme ele prosseguia, mas ele ouviu passos ao seu redor, risadinhas. Ele tenta acompanhar o movimento da pessoa, mas ela era rápida, ágil e esperta.

?: Oi.

Disse uma voz levemente infantil atrás dele. Ele se virou lentamente, ainda apontando o cajado. Ele pode ver a silhueta da pessoa fixar os olhos nele.

Jack: Quem é você?

A mulher do tamanho dele se aproximou e o sol revelou sua identidade, totalmente pálida como se fosse um vampiro, olhos amarelados, um cabelo ruívo, cortado na altura do pescoço, comprido na parte de trás e totalmente espetado, usava um sobretudo roxo por fora, que dava em um vestido ala Era Vitoriana, com um amarelo-dourado por dentro como se fosse a luz de uma lanterna, estava de calça-meias enormes, cobrindo toda sua coxa, ao passo que calçava saltos altos negros. De acessórios, ela tinha um colar negro no pescoço, que culminava com um colar duplo com símbolos de abóboras douradas esculpidas em metal e braceletes com rostos assustados esculpidos nele.

Jack: Quem é você?

Ele recuou o cajado para baixo, perguntando com paciência leve.

?: Meu nome é Shade von Halloween.

Ela via o contorno de suas unhas pintadas de preto e olhou para ele, suas pupilas por um segundo pareceram mudar de formato de fenda para normal.

?: Mas pode me chamar de Umbra, se você quiser.

Ela disse calmamente, quase cassoando dele.

Umbra: Você é o Jack Frost?

Ela perguntou desinteressada e segurou as pontas da saia do sobretudo, flutuando até o lado dele, aonde ela pousou e a saia automaticamente abaixou. Umbra olhou para Jack de cima para baixo, olhando pensativa.

Jack: Como você sabe?

Ela começou a contornar ele, vendo sua vestimenta, cajado, corpo e etc.... Ele tentou acompanhar o movimento da garota.

Umbra: Coisas de Guardião?

Ela puxou a toca dele, Jack puxou de volta, mas não antes dela soltar e a toca bater com tudo em sua nuca.

Jack: Oh!

Ele se virou e não viu mais ela. Ela estava sentada, acima de um rochedo na frente dele.

Umbra: Devia prestar mais atenção no que deixei para trás.

Jack puxou a toca para frente e a viu completamente cheia de teia.

Jack: Argh...

Ele congelou a teia com os dedos e sacodiu a toca para tirar os cacos.

Jack: Pro seu governo... isso não lhe diz respeito, Espírito do Halloween.

Disse ele com esperteza e procurando manter a formalidade perante ela, lhe dando um sorriso malandro. Shade revirou os olhos e se levantou.

Breu: Guardião e um estorvo também.

Sua voz ecoou pela cratera. Breu se dirigiu da fumaça até eles.

Breu: Você me deve uma nova base.

Ele andou até Jack, apontando o dedo indicador no seu rosto.

Jack: Quer ser congelado, pesadelinho? Parece que você precisa resfriar a cachola.

Ele o provocou e segurou firme seu cajado.

Umbra: Parece que deixam qualquer um ser Guardião estes dias, mas fui eu quem explodiu sua base, sacou?

Ambos pararam para prestar atenção dela. Umbra encostou em uma parede e continuou vendo suas unhas.

Umbra: Sabe, foi bem divertido.

Ela sorriu ao estender a mão na direção de Breu e vê-los entre seus dedos de maneira desdenhosa. Breu se teletransportou para a frente dela, irritado com suas palavras.

Breu: Vai querer escolher estas palavras com cuidado, criança!

Ele ameaçou, se aproximando com um tom sombrio. Ela soprou uma mecha de cabelo para o lado e o encarou de frente.

Umbra: Explodindo pelos ares o covil do Bicho Papão, uma das melhores coisas que já fiz.

Ela disse no mesmo tom de volta, espelhando sua ameaça.

Breu: Que tal se eu descobrir a sua casa e encher ela de correntes?

Ele abriu um sorriso bem grande e cínico.

Jack: Gente, esperem!

Ele voou até ambos e os separou com um simples empurrãozinho, a poeira acaba abaixando muito rápido, como se batesse um vento e ela sumisse.

Jack: Como foi que a poeira abaixou tão rápido?

Todos se silenciaram e olharam alertas ao redor de si mesmos.

Eles estavam no meio de uma cratera cheia de terra por dentro agora que podiam ver melhor, Breu e Jack olham para a floresta e veem um monte de lâminas, cobrindo as árvores mortas e toda a paisagem de fundo.

Breu: O que é isso?

Jack foca nelas, quando um vento bate e vaporiza as lâminas de terra, um pequeno vórtice de ar gira ao redor da cratera e se ergue com os picos virando poeira, limpando a paisagem. O pequeno vórtice concentrado termina lentamente, com o cessar dos movimentos após a paisagem ser limpa daquelas aberrações saindo da terra.

Umbra: Hmmm, bem feito...

Disse ela, encostando o braço na nuca de Jack e se afastando rapidamente.

Jack: Ei, não fui eu quem fez isso.

Ele se pronunciou. Umbra parou, olhando desinteressada.

Umbra: Então eu não devia ter vindo aqui. Isso deve ter sido tudo uma perda de tempo.

Ela andou um pouco, olhando ao redor e pensando.

?: Qual de vocês foi responsável por essa bagunça?

Uma voz ecoou pela cratera, uma voz feminina e autoritária. Breu, Jack e Umbra se viraram procurando da onde vinha a voz.

?: Aqui em cima.

 O vento começou a formar uma figura humanoide, a terra se aglutinou e do nada surgiu uma mulher na borda da cratera. Ali havia a silhueta de uma mulher de cabelo longo. Ela senta e fica de pernas cruzadas.
Breu arregalou os olhos ao vê-la e permaneceu calmo.

Umbra: E quem é você?

Ela se projetou na direção da figura, seus olhos haviam ficado em formato de fenda e ela cerrou os punhos.

?: Mas qual é o significado disso?

Umbra: Sou eu quem estou perguntando aqui!

Ela gritou, procurando manter sua autoridade. A silhueta não respondeu nada.

Umbra: Agora vai se calar? Pela última vez, quem é você!?

Ela perdeu a linha, se preparando para dar um bote em seja lá quem fosse.

Jack: Olha, acho que não devíamos fazer nada precipitado-

Umbra disparou flutuando com tudo na direção da figura e tentou acertar ela com um item negro, parecido com um morcego pequeno de brinquedo, cujas asas eram afiadas como lâminas. A figura simplesmente desapareceu ao vento e reapareceu no alto de uma árvore. Umbra se lançou na direção dela e lançou uma teia, a silhueta some dentro da madeira e ela erra o tiro. Jack voa atrás delas e Breu some entre as sombras de sua base destruída.
Umbra continuava perseguindo a figura sem parar, atirando teias e bumerangues de morcego, cortando plantas e troncos, sem sucesso.

Umbra: Fica parada, covarde!

Ela gritou sem paciência enquanto flutuava em pleno ar. Galhos começaram a se enrolar nela e a prenderam em pleno ar. Umbra se transformou em morcego e voltou ao normal acima das árvores.

Umbra: Para!

As árvores esticaram seus galhos até ela e bateram nela, ela desviou várias vezes, até não poder mais. Jack entrou na frente dela e congelou um galho, e depois a árvore, por inteira.

Jack: Parece que eu te salvei.

Ele se virou para ela. Umbra o encarou e o empurrou para o lado. Jack franziu o cenho após o ato e ela desceu e pousou na terra.

Umbra: Não preciso ser salva, Guardião!

Respondeu ela com rebeldia. Jack pousou atrás dela, olhando confuso.

Jack: Não entendo, você está atrás daquela pessoa?

Galhos se espalharam de um tronco e prendeu Jack no lugar, imobilizando ele. Umbra fora pega por alguns galhos, ela os quebrou com golpes rápidos.

Umbra: Hah! Eu sou mais esperta que isso!

Ela se transformou fora da área de influência dos galhos, mas fora presa por eles novamente, até não poder mais se mexer.

Umbra: Droga.

Ela e Jack tentaram se soltar, mas sem sucesso. A figura os observou de longe, era uma mulher morena um pouco mais baixa que Umbra, usando uma túnica única e esverdeada igual uma folha, como se fossem várias folhas cobrindo o tecido, olhos verdes claros, um longo cabelo preto e solto e sapatilhas da mesma cor da túnica. Ao se virar para trás, ela acaba batendo de frente com Breu, que a encarava seriamente.

?: Oh, oh, oh!

Ela se assustou e se afastou em uma posição de luta, raízes saíram do chão e a defenderam, prendendo o pé de Breu. Ele cortou a raiz com uma pequena foice negra.

Breu: É sério que vai me cumprimentar dessa maneira?

Ele disse com um certo desprezo e fez a foice desaparecer. A garota o encarou com desgosto e abaixou as raízes, abaixando a sua guarda.

?: Por que está fazendo isso com a natureza?

Breu: Eu não estou fazendo nada, eu juro.

?: Não acredito em você.

Ele diz em um tom sério.
Preso, Jack segura forte seu cajado e congela os galhos ao seu redor, quebrando eles facilmente para ele e Umbra poderem sair. Jack ouve as vozes femininas vindo de trás de um arbusto e faz sinal com a cabeça para Umbra, ela dá a volta e começa a cercar por trás quem quer que fosse. Jack caminha devagar com seu cajado em mãos e rapidamente abaixa o arbusto com a ponta torcida de seu cajado, revelando a garota e Breu.

Breu: Ei!

A garota se virou em uma posição de combate e o encarou surpresa logo em seguida, abandonando sua posição de luta. Breu sentiu uma força por trás o imobilizando.

Breu: Airgh!

Ele é inclinado com tudo para trás.

Umbra: Já vi que não luta Tai Chi.

Ela envolve seu braço ao redor do pescoço dele, aplicando um mata-leão.

Breu: Oh!

?: Larga ele!

Ordenou ela. Raízes se ergueram do chão, ameaçando atingir ela e Jack. Uma raiz cresceu atrás de Umbra.

Umbra: Você primeira! Abaixa estas coisas e se rende!

Ela ordenou de volta. Jack encarou Breu e ela.

Jack: O que você quer com ele?

Ele suspeitou.

?: Nada!

Ela recuou depois que Jack se aproximou de leve até ela, se sentindo ameaçada. Uma raiz ameaçou avançar contra Jack e ele apontou o cajado. Ninguém disse mais nada depois dessa.

Jack: Okay... acho que temos uma situação bem delicada aqui.

Ele disse bem calmamente.

Jack: Tem algo muito de errado acontecendo e eu sei quem é o principal suspeito.

Breu: Oh, já disse que não fiz nada!

Umbra: Fala sério!

Ela apertou o pescoço dele.

Jack: Não tô dizendo que foi ele!

Ele soltou rapidamente, olhando para os olhos de Umbra com medo.

Jack: Mas mesmo assim, como eu sou um Guardião, ele está aqui, acusado do aparecimento daquelas... coisas lá atrás, que provavelmente foi o que mencionaram. Você...

Ele disse sobre Umbra.

Jack: ... não sei o que veio fazer aqui.

Ela se manteve quieta.

Jack: O Breu mora aqui. E... você...

Ele abaixou o cajado e apontou para a garota desconhecida. Ela resmungou.

?: Vim ver o que andam tramando.

Ela respondeu com rispidez.

Jack: Ótimo, quem?

?: A pessoa por trás daquelas lâminas de terra.

Respondeu no mesmo tom.

Umbra: Os picos?

Breu: Que destruíram o meu lar!

Jack: Os Guardiões disseram ser uma anomalia.

Ele deixou sua pose de luta e bateu o cajado no chão, esperando que todos abaixassem a guarda também. Umbra e a garota o encararam sem entender. Jack piscou pesadamente.

Jack: Não foi o bobalhão que fez isso.

Ele bufou. A garota se virou para Umbra, abaixando as raízes que estavam prontas para atacar Jack, mas ela não soltou Breu.

Umbra: Espera. Mas ela não contou o que veio fazer aqui. Você conhece esse cara!?

Perguntou sobre Breu e tirou um bumerangue, ameaçando cortar Breu.

Breu: Ei!

Jack: Umbra!!

Ele deu dois passos afrente.

?: Já disse: Eu estou atrás de quem fez aquelas coisas. Ele é um suspeito.

Repetiu o que Jack havia dito, de maneira ríspida. Ambas trocaram olhares desafiadores e desdenhosos, mas Umbra cedeu e soltou Breu, empurrando ele para frente. Breu tropeçou de leve e retomou sua respiração antes de retomar sua pose natural. Umbra encarou todos eles e guardou seu bumerangue dentro da capa do sobretudo. A garota abaixou sua guarda completamente, todas as raízes voltaram para dentro da terra.

?: Jack Frost...

Ele diz preocupada, se virando para ele, parecendo que sabia mais do que aparentava com seu olhar sobre Jack Frost.

Jack: Eu não acho que a gente se conhece.

Ele piscou, olhando para ela e vendo se a reconhecia, mas não batia com a descrição de nenhuma lenda que já tenha ouvido falar antes.

Jack: Quem é você?

?: Ainda não...

Ela deu um passo para o lado e jogou uma parte do cabelo para trás, sorrindo.

?: Eu sou a Mãe Natureza.

Ela disse de maneira pacífica e calma. Jack franziu a testa para Breu e Umbra, procurando saber pelo olhar se a conheciam. Umbra fez o mesmo olhar e Breu olhar indiferente de volta.

Jack: Mãe Natureza?

Umbra: Mas não pode, você é só um mito.

Ela se aproximou de ambos.

?: Acredite, eu sou bem real. Poucos já me viram.

Breu: É, eu acredito que seja mesmo.

Disse ele, de uma maneira um pouco fria e consciente.

Breu: Olhem para o que ela pode fazer.

Ela se vira para ele, olhando com um pouco de emoção para ele e depois desviando o olhar.

?: Meu nome é Emily Jane.

Ela olhou para Breu por um segundo e se virou para eles.

Emily: Agora. Jack. O que faz aqui? Os outros Guardiões também estão investigando esses eventos?

Ela perguntou de maneira aberta. Jack olhou estranhando para ela.

Jack: Olha só... Emily Jane... eu nem te conheço, e você parece que já me conhece faz um tempo. 

Ele sorriu, achando estranho ela fazer tantas perguntas, sendo que ele era o Guardião no local. Ela olha para baixo.

Emily: Bom... me perdoe pela invasão.

Disse de maneira educada e disciplinada.

Jack: Como vou saber que não foi você que nos atacou?

Ele perguntou de maneira que fez Umbra sorrir. Um vento soprou bem forte, algo que fazia folhas e terra voarem no rosto dos quatro.

Emily: Esse vento não é meu!

 Uma energia azulada se formou diante deles, surge e revela a silhueta holográfica de uma enorme mulher com vestido e cabelos longos. Umbra encosta na figura e sua mão atravessa ela.

Umbra: Não é real...

?: Hmmm, mas que união irregular de cabeças.

Ela sacaneou no tom de voz atirado dela.

Breu: Quem se atreve a assumir essa forma de enêrgia diante de mim?

?: Vocês não vão saber, por enquanto! Este mundo foi tomado pelos Guardiões, são eles quem o protege, agora. As coisas não eram assim antes, e não deverão mais ser a partir de agora! Podemos ter um mundo seguro sem gente como vocês, lendas.

Falou ela, não tendo misericórdia no jeito como falava com desdém. Jack fica levemente furioso.

Jack: Foi você quem fez aquilo? Com meus amigos!?

Ele perguntou irritado e se aproximou.

?: Logo você também vai cair nessa, Frost. Todos estão caindo.

Ela balançou a cabeça.

?: Olhe para cima... veja só seu reflexo.

Ela apontou para cima e a Lua estava a pino. Jack colocou a mão na frente, a luz da Lua parecia ser forte demais para ele, mas ao pôr a mão na frente, ele percebe que sua mão estava translucida, transparente. Jack arregalou os olhos ao ver perceber.

Jack: O que... o que que...

?: Hhum hum hum.

Ela deu uma pequena risada, sorrindo bem aberto para Jack. Ele olhou preocupado de volta para ela e deu alguns passos para trás.

Emily: Está louca se acha que uma insignificante como você tem poder sobre um Guardião como ele!

Ela deu um passo adiante, dizendo com força.

?: Eu não tenho nada de insignificante, criança.

Ela deu de ombros, a encarando com superioridade.

?: Eu arrancarei seus poderes, Emily Jane. Já sentiu seu poder enfraquecendo, não já? Eu sou a verdade aqui.

Ela falou com confiança e encarou Emily Jane com olhos predatórios. Ambas trocaram olhares mortais antes dela terminar.

Breu: Fica longe dela!

Ele entrou na frente de Emily.

?: Ou o que? Vai me atormentar durante meus sonhos? Tentem sobreviver a estas mudanças... lendas.

Ela disse mais uma vez com ares de superioridade.

Umbra: Vai sonhando.

Se preparou ela para socar a silhueta.

?: Não ousem me desafiar! Estão mais sozinhos do que podem contar!

A figura desaparece em uma névoa azulada, dando risada, conforme Umbra descia um soco na cara transparente dela.

Jack: Quem... quem é ela?

Umbra olhou com muita fúria para o chão. Jack podia se sentir enfraquecido.

Jack: Meus poderes... estou sentindo eles ficando fracos.

Ele disse incrédulo, nunca tinha sentido tamanha mudança.

Emily: Eu também estou.

Ela olhou preocupada para ele.

Breu: Viram, eu disse que não fui eu!

Ele apontou.

Emily: Então é isso.

Breu: O quê?

Emily: Eu tenho me sentido mais fraca com o tempo. É ela que tem feito isso.

Explicou para Breu.

Jack: Foi ela quem amaldiçoou os Guardiões...

Ele arregalou os olhos.

Umbra: Mas quem é ela?

Jack começa a pensar.

Emily: Ela disse que era a verdade...

Pensou sem entender.

Breu: Eu não sei quem ela é.

Deu de ombros.

Jack: Eu tenho que ir atrás dela.

Disse determinado, fechando seu punho e puxando para próximo do peito. Jack estava com medo, muito medo, mas tinha que fazer algo e rápido. Sua vida, tudo que mais apreciava, o que sempre quis e pelo que mais lutou, estava sendo tirado dele pouco a pouco e logo não faria mais sentido.

Emily: Eu vou com você.

Afirmou, também determinada. Jack olhou para ela e viu determinação em seu rosto.

Jack: Não, de verdade. Isso é assunto de Guardião.

Ele afirmou.

Emily: Ela tem alguma coisa minha e...

Breu: Não, espera, espera, aí!

Ele deu um passo afrente, entre os dois.

Breu: Ninguém vai a lugar algum.

Ele disse para Emily, sorrindo bem forte para Jack.

Breu: Isso tudo tem que ser bem pensado, afinal. Não sabemos nada sobre ela, nem para onde ela foi ou onde está.

Ele contou, ambos pensaram um pouco.

Umbra: Eu também vou.

Ela cortou Breu.

Jack: O motivo da Emily ir, eu entendo. Uma mão da natureza vai cair bem...

Ele disse sorrindo para ela.

Jack: Mas você...? O que você quer? Não acho que uma missão de Guardião seja para qualquer um.

Ele se pôs de frente para Umbra.

Umbra: Não vai se achando, tá? Se não fosse eu, ela teria feito picadinho de você e do pesadelo meia hora atrás!

Ela jogou o fato na cara de Jack, que feriu seu ego.

Breu: Epa, é Rei dos Pesadelos, pra você! Vampira...

Jack pensou.

Jack: Tá certo. Talvez precise mesmo de agilidade.

Breu: E com os Guardiões comprometidos, o jovem novato acha que pode recrutar novos, quanta onda.

Ele zombou de Jack. Ele revirou os olhos.

Jack: Bem... então acho que já está tudo certo.

Disse para Emily e Umbra. Emily olhou preocupada para Breu.

Breu: Epa!

Ele se virou após soltar.

Breu: Eu também vou.

Emily: Aé, como?

Ela deu um passo adiante, retrucando com hostilidade no tom de voz.

Jack: Breu, sem chance, eu não vou trabalhar com você.

Ele arregalou os olhos e pressionou os lábios.

Breu: Pera, rebobina essa fita, ae! Você disse que toda a ajuda é bem-vinda.

Jack: Acho que não preciso nem dizer que não somos amigos.

Ele arregalou os olhos, se afastando do pesadelo. Ambos começaram a andar em círculo, na direção contrária um do outro.

Breu: Com um inimigo em comum!

Apontou.

Jack: Nem em um um milhão de anos.

Umbra: Jack, talvez ele seja útil, afinal ele controla pesadelos.

Jack: Controle, é?

Ele jogou o cajado para o ombro, duvidando.

Breu: É...

Disse sem muita confiança.

Jack: Achava que estava fraco desde a última vez.

Breu: Olha, eu não estou com paciência e nem temos tempo para discutir se estou apto ou não!

Afirmou.

Umbra: Vocês sabem onde ela pode estar?

Não quis mais ela perder tempo.

Emily: Eu posso "rastrear" onde ela mais causou desastres.

Ela revelou.

Jack: É, vale a pena checar esses lugares. Espera, “desastres”?

Emily: Aquelas coisas brotando do chão... aquilo foi coisa dela. Falo de verdadeiros desastres naturais, aberrações elementais têm se formado mundo afora.

Jack: Ok. Vocês sabem voar?

Ele olhou para o tempo aberto e olhou para trás com um sorriso. Emily se aproximou dele e começou a fazer um pequeno vórtice na sua frente.

Emily: Ok, fiquem próximos.

Ela envolveu a cintura de Jack com o braço esquerdo.

Jack: Epa...

Ela lançou ambos ao ar com uma tromba de ar poderosa. Umbra flutou atrás deles. Breu olhou irritado, se transformou em sombra e foi seguindo eles pelo chão.



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 Na cratera, pela manhã, os Guardiões chegam de trenó e Coelho sai pelo buraco, investigando.

Coelho: Nada aqui.

Ele fala no sotaque de Norte e checa o local. Fada sinaliza para onde eles foram.

Coelho: Eu não sei. Não, espera!

Ele descobre pegadas, fazendo um sinal de alerta para todos.

Norte: Pegadas, mais alguém esteve aqui!

Sandman cria o rosto de Breu na cabeça.

Coelho: Breu, com certeza. Só que MAIS alguém também esteve aqui. Elas acabam naquela direção.

Ele aponta onde Emily, Jack e Umbra saíram voando.

Norte: E como é que vamos fazer? Alguém tem que cuidar das crianças, o Natal se aproxima.

Ele abaixou os bumerangues em suas mãos.

Coelho: É, nós dois temos que preparar as coisas pro Natal...

Ele disse com ares ocupados. Sandy dá um sorriso e aponta pra ele mesmo.

Coelho: Não, Sand. Pode ir atrás deles, Fada?

Ela balança a cabeça positivamente para Coelho.

Coelho: Se vir o Jack, tente leva-lo ao Polo Norte, se Breu capturou ele, precisamos resgatá-lo.

Ela acenou positivamente com a cabeça e saiu voando na direção em que eles foram, seguindo a uma velocidade realmente bem alta.


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