A Luz dos Guardiões escrita por 2la1n


Capítulo 1
Ato I




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INTRODUÇÃO

 “Meu nome é Jack Overland Frost. Jack Frost para encurtar. Eu sou um Guardião. Foi O Homem da Lua que me contou, foi ele quem me escolheu. Eu me juntei ao Papai Noel, Nicholas São Norte. O Coelho da Páscoa, E. AsterBunnymund. Toothiana, a Fada do Dente.E Sanderson Manchester, o Sandman. Juntos, partimos em uma grande viagem para derrotar a nossa maior sombra e rival, Breu, o Bicho Papão. Ele queria que as pessoas acreditassem nele, assim como acreditavam na gente. Ele foi derrotado, assim as crianças voltaram a acreditar nos Guardiões, assim como em mim. Essa é a minha história, mas este foi só o primeiro capítulo dela...”

No momento em que os Guardiões iam embora de Burgess após a grande batalha, alguma coisa os observava de cima de uma árvore, os vendo passar pelo portal para o Polo Norte.

Este é apenas um capítulo na história dos Guardiões. Breu pode ter sido derrotado, mas há ainda muitos inimigos perambulando nas trevas. Alguns mais poderosos até do que o próprio Bicho Papão.”

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Em uma montanha gélida, a Lua cheia atinge seu âpice e ilumina toda a região. Uma criatura anda por aquela região cantarolando, um ser verde de baixa estatura e com pelo arrepiado na cabeça, pequeno como se fosse um gremlin e segurando um objeto quadrado, com duas extremidades ovais e azuladas tipo cristal, era O Grinch. A criatura para na beira da montanha e encara a Lua por um momento.

Grinch: Oh, olha!

Gritou ele, abrindo um belo sorriso de ponta a ponta, mostrando seus enormes dentes afiados e uma expressão cínica para o gigantesco símbolo líder dos Guardiões.

Grinch: Eu espero não estar te incomodando. Sabe, Homem Na Lua, eu vim aqui questionar você e suas ações nos últimos séculos.

Ele anda de umlado para o outro enquanto fala, colocando as garras na lombar enquanto encontrava as palavras certas em sua cabeça.

Grinch:  Eu tenho mesmo algo em mente, como já deve estar pensando... eu sempre tive para o Natal

Ele riu desenfreadamente, perdendo sua pose formal.

Grinch: Vê essa belezinha?

Ele balança o objeto, caçoando do Homem Na Lua enquanto esfrega a lateral do olho, tirando uma lágrima de tanto rir.

Grinch: Oh, você não reconhece?

Ele olha para o objeto e sorri.

Grinch: Mas você nunca o viu também, há coisas também que você não pode ver, lugares aonde seu brilho, sua luz não alcançam. HAHA!

Ele voltou a andar.

Grinch: O que você pensa reunindo e... chamando os Guardiões?  As crianças e o mundo não precisam de Guardiões.

Ele parou e olhou sério para a Lua.

Grinch:Você viu o que aconteceu agora pouco!  Eles deixaram um... demônio à solta. Huh... e podiam ter acabado com ele há muito tempo.

Ele parou e apontou o dedo na direção da Lua, balançando o indicador para frente e para trás com uma prepotência.

Grinch: O mundo não vai mais precisar deles a partir de agora. 

Ele pressiona as duas extremidades e a caixa quadrada central começa a brilhar. Uma eletricidade começa a percorrer ela.

Grinch: Nem nunca mais, sei que eles protegem as crianças, mas nós seremos os guardiões delas agora.

Afirmou ele, acenando com a cabeça.

Grinch: SEJA BEM-VINDO AO MUNDO DO CAOS!

Ele grita, rindo sem parar. Grinch vira uma ponta brilhando com eletricidade para a Lua. O brilho cria uma orbe ao redor da criatura na borda da montanha, uma luz azulada, que é lançada como um raio de várias cores na direção da Lua. O tiro viaja e atinge a Lua em cheio, alterando o brilho dela para arco-íris e lançando pequenas ondas na superfície dela, faixas de várias cores que a envolvem.

Grinch: É, é só isso. É o suficiente. Boa noite!

Ele segura o objeto deixando de brilhar e desativando. Grinch sai correndo, dando pulinhos de alegria. A Lua começa a tentar refletir um brilho para os Guardiões verem, mas acaba jogando um jogo de luzes coloridas na superfície da Terra.
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Himalaia

6 ANOS DEPOIS

Apenas menos de uma semana do Natal, esquiadores descem uma montanha ao mesmo tempo que uma avalanche se forma sem explicação. Um portal se abre, trazendo os Guardiões para o local em cima do trenó movido pelas renas de Norte. 
Coelho sente dificuldade para se manter firme no trenó, segurando nas bordas dele.

Coelho: Hmmmmm...

Norte: Não brinca, Coelho! Estamos em missão!

Coelho: Eu não estou brincando... não, pera... do que você está falando!?

Ele olhou, suspeito.

Norte: Você não agüenta o balançar deste trenó!

Ele deu um giro no ar com dificuldade.

Coelho: Eu aguento!

Norte acelera e Coelho dá um grito de surpresa.

Norte: Eu só estou aquecendo.
Jack sobe na beira no trenó, observando os  esquiadores descerem a montanha.

Jack: Norte, tem alpinistas na área!

Ele alertou.

Norte: Podem pular...

Ele gritou, cerrando os punhos nas cordas que se ligavam aos alces.

Jack: Mas e você?

Norte: Vou tentar controlar o trenó, o vento aqui é muito forte!

Fada desce rapidamente. Sandy se joga e cria uma nuvem de areia sobre seus pés. Coelho se joga em um pulo, assim como Jack acelera até o chão. Conforme a avalanche chega perto dos alpinistas, Coelho joga vários ovos explosivos na frente da avalanche e explode a neve, na tentativa de fazer um barranco que desacelere a neve, mas não acontece nada e a avalanche passa por cima das crateras com sua velocidade.

Coelho: Droga!

Fada voa por cima da avalanche, para e lança uma corrente de ar em alguns deles, fazendo eles acelerarem e se afastarem da avalanche.

Jack: Precisa de uma ajuda, Fada?

Jack leva mais vento a eles.

Fada: Jack? Não devia estar controlando avalanche?

Ela o chamou atenção com bastante gentileza.

Jack: Bem pensado, né?

Ele parou no ar e inclinou a cabeça depois de perceber a raiz da problema.

Coelho: Aaaah!

Ele estava despencando. Sandy cria três chicotes com um só cabo e o arremessa na direção de Coelho, ele pega e balança na direção da avalanche. Fada o pega no ar antes que ele trombasse e voa para cima.

Coelho: Eu acho que vou botar umas cenouras... para fora...

Ele fecha os olhos e fica enjoado demais.

Fada: Ah, não! Não vai fazer isso durante o vôo!

Sandy lança novos chicotes e pega três alpinistas, eles sentem uma força invisível segurando eles e eles são puxados para frente com tudo, caindo para frente e deslizando para longe de seu equipamentos deslizando pela neve. Sandy voa montanha abaixo com eles em alta velocidade.

Jack: Saquem só, gente!

Ele disse em voz alta.

Coelho: Ih, lá vamos nós, de novo!

Reclamou ele.

Fada: Ah... deixa ele tentar, talvez ele note dessa vez que não é bem assim que a banda toca.

Ela falou esperançosa. Jack segura seu cajado com as duas mãos, fecha aos olhos e encosta a testa nele, fazendo ele brilhar totalmente. Jack encara a avalanche rumando em sua direção e se lança contra ela, mergulhando com tudo para dentro dela. Sandman observou e expressou medo.
Uma onda de raios gelados explodem de dentro para fora, congelando toda a neve da avalanche e criando uma espécie de escultura de gelo na forma de escarpa/rampa para cima após completamente congelada.
Uma explosão ocorre, lançando estilhaços de gelo para todos os lados da escultura congelada. Sandman é obrigado a desviar os alpinistas mais uma vez para o lado, para evitar os estilhaços que quase os partem ao meio. Jack sai voando dela, dada pela explosão.

Jack: YAAAAAAAAAAAAAAAAAAY!

Vibrou ele de emoção.
Fada pousa com Coelho do lado de Jack e Sandy voa até eles. Jack fica encarando a escarpa de gelo que fez com tamanho orgulho e encosta o cajado na nuca, se virando com um sorriso.

Jack: E mais uma vez, o dia foi salvo, graças aos Guardiões.

Coelho olha com a testa franzida para Fada, ela olhou de volta com um certo receio e Sandman inclinou a cabeça.
Um peso forte bate com tudo no chão e todos eles tremem com os passos irritadiços de Norte.

Norte: Você. Tem que prestar. Mais atenção!

Ele disse irritado para Jack e se aproximou deles.

Coelho: Norte, até que enfim, nós conseguimos... com sorte.

Ele desdenhou de Jack.

Norte: Heh, da pra ver a bela escultura de gelo que o Jack fez.

Jack dá uma risadinha disfarçada.

Jack: A natureza... nunca se sabe o que se pode encontrar.

Demonstrou o desinteresse ao mostrar um tamanho ato. Os alpinistas haviam parado próximos de uma chácara, aonde as pessoas estavam tirando foto da escultura de gelo que havia se formado do nada.

Norte: Jack Frost, precisamos conversar!

Norte falou intolerante, voltando para o trenó.

Jack: Eu...

Ele vira para Sandman.

Jack: ... nunca vi ele irritado assim, e você?

Sandman balança a cabeça positivamente, depois encara a neve e balança negativamente com um sorriso no rosto.

Jack: Ai, tomara que seja coisa leve.


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Eles retornam ao Polo Norte durante uma nevasca. Norte chega indicando o caminho para seus yetis. Jack evita Norte e se dirige para outro lado.

Fada: Bom, tenho que voltar ao meu reino. As coisas não param lá! Tchau, gente. Beijos, Jack.

Ela se despede de todos rapidamente e sai voando. Jack paralisa e vira para ela com uma sombrancelha levantada.

Jack: Como é que é?

Ela corou enquanto saia.

Fada: Nada...

Coelho: Eu também já vou indo. Boa sorte, Jack.

Ele bate a pata duas vezes no chão, um buraco se abre e ele pula nele para seguir de volta à sua terra.

Jack: Tá, valeu pela força.

Ele sinaliza com dois dedos. Sand sai acenando para Jack e ele acena de volta, indo na direção contrária de Norte, achando que ele não fosse notar.

Norte: Jack, venha cá!

Disse Norte de maneira estóica na sacada da sua fábrica. Jack atravessa o estoque de brinquedos e vai até a sacada, pensando nas milhões de formas de bronca que poderia tomar, mas do qual não sabia a verdadeira natureza.

Jack: Deixa eu adivinhar, quer que eu faça nevar.

Ele aponta, tentando desviar do assunto com sua sagacidade.

Norte: Não estou para brincadeira, Jack.

Ele franze a testa e se vira.

Jack: Ok, então me diz porque deixou todo mundo ir menos eu?

Ele se impulsiona até a beira e encosta as costas no cajado, se sentando e olhando pra ele ao se inclinar. Jack sorri para o rosto franzido de Norte, este que desvia o olhar com desdém.

Norte: Ai... eu vou ser legal... é que você tem me irritado ultimamente. Você tem agido irresponsavelmente como um Guardião.

Tentou ele suavizar sua impaciência. Norte se virou para ele de braços cruzados.

Jack: O que? E-eu não entendi.

Expressou a duvida.

Norte: Você é obediente, sabe seguir os planos e resolver as coisas, mas Jack, tem que ter mais disciplina e coerência. Não pode simplesmente se arriscar desse jeito e mostrar ao mundo eventos naturais desconhecidos.

Ele apontou,

Jack: Peraí, você tá falando do que eu fiz lá no Himalaia, né? Não entendo... nós já conversamos várias vezes, mas meu cerne é fazer diversão acontecer-

Norte: Isso, aquela coisa que você fez com a avalanche é imprudência! Seu cerne é fazer crianças se divertir, mesmo frente aos perigos. Aquilo não foi diversão para quem estava em perigo, Jack!

Ele chamou atenção enquanto Jack se afastava, não querendo ouvir o sermão. Jack se apoiou do outro lado, pensando em como conciliar os dois.

Jack: Eu tenho tentado conciliar minha própria diversão com as demais e as responsabilidades.

Explicou.

Norte: Os humanos viram magia acontecer diante deles, e vão achar uma explicação.

Explicou de volta.

Norte: Não houve nada de divertido.

Tentou conscientizá-lo sobre sua responsabilidade e dever.

Jack: Depois de 6 anos, parece que não mudou muita coisa.

Ele deu de ombros.

Norte: Mudou sim. Se tornou irresponsável e faz tudo por diversão.

Ele descruzou os braços.

Jack: Tá certo...

Ele se virou, tentando passar essa advertência.

Jack: Desculpa, é que depois de tanto tempo se perguntando quem eu era... eu achava que estava fazendo um bom trabalho.

Ele deu de ombros novamente, não parecendo preocupado de fato.

Norte: Essas coisas de trabalho e mais trabalho de Guardião começou há 6 anos, você tem feito um ótimo trabalho... mas pare de deixar a sua marca neles só porque é divertido.

Ele deu sua palavra final e foi embora, pensando no que disse a Jack. Jack olhou e pensou, fechando os olhos.

Jack: Ah... haja responsabilidade!

Ele se levanta e fica de frente para o abismo de neve e se joga da sacada, deixando vento levar ele para cima.


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Ele voa até uma cidade estadunidense e pousa em cima de um fio elétrico. Jack sobe em cima do cajado e deixa o vento soprar ele até uma das janelas de um prédio com várias repúblicas em seu interior. Ele se agacha e olha para duas pessoas conversando.

?: Pego a lição com você depois, tá?

??: Tá. Boa noite.

?: Boa noite.

Uma delas fecha a porta e olha para a janela, por sentir uma sensação de estar sendo observada.

?: Jack Frost?

Jack: Jamie, e ae?

Jamie: Nossa, já faz um tempinho.

Cumprimentou –o, o adolescente.

Jack: Procurando companhia?

Jamie: Claro, eu vou abrir.

Ele abre e Jack voa para dentro na velocidade do vento. Jamie havia crescido, estava maior que Jack e se tornara um adolescente universitário daquele tempo pra cá.

Jamie: Fala aí, como vai?

Jack: É, esse é que é o problema...

Jamie começa a arrumar algumas coisas e revirar outras, tentando balancear para que não tenha muito material em só uma parte do quarto.

Jamie: Ah, meu quarto! É, ele está todo desarrumado, desculpa a bagunça, mas a vida de universitário é assim mesmo...

Disse ele, falando educadamente e envergonhado.

Jack: Tudo bem, se eu tivesse um quarto, eu acho que também seria assim.

Ele brincou.

Jamie: Não diz isso, não. É pra minha própria organização!

Ele disse bem disciplinadamente.

Jack: Você é mesmo muito sagaz, hein?

Disse com ironia.

Jamie: Tá difícil, tá complicado.

Ele diz freneticamente.

Jack: Arruma depois, se senta e se acalma!

Jamie: Uh... terminei!

Jack dá uma olhada e vê páginas de caderno e livro arrancadas e presas a uma placa de cortiça utilizada para marcar data e um calendário com folhas destacáveis em cima de alguns livros.

Jack: É, tá legal...

Jamie desaba em sua cama beliche.

Jamie: Ah, tô exausto, sorte que semana que vem é Natal.

Jack se senta ao lado dele.

Jack: Ahah, é, e com quem você vai passar ele?

Jamie: Lá em casa.

Disse finalmente calmo.

Jamie: Eu te convidaria, mas...

Ele brincou.

Jack: E eu aceitaria.

Deu risada.

Jamie: Mhm. E você sempre aparece quando tem algo. Ou só ta se sentindo sozinho de novo?

Ele se sentou.

Jack: O mesmo de sempre. Hoje eu tive que congelar uma avalanche no Himalaia...

Disse entediado.

Jamie: E então...?

Jack: Protegendo a esperança do mundo, como sempre...

Disse tentando esconder algo.

Jamie: E o que tem haver com avalanches?

Ele inclinou a cabeça, levemente paciente.

Jack: É a natureza, ela está descontrolada. Já fazem 6 anos desde que começamos a reparar os danos mágicos causados pelo desequilíbrio da natureza. Algumas lendas controlam o clima e pediram nossa assistência, é coisa rápida. Não chega a ser uma grande aventura contra as forças do mal.

Ele desembuchou, falando entediado e levemente irritado.

Jack: Toda essa dureza no trabalho está começando a encher o saco.

Ele olhou para longe.

Jamie: Sinto muito.

Deu de ombros.

Jack: Está tudo bem, nós temos mais o que fazer.

Ele pensou por outro lado.

Jamie: Você parece incomodado.

Afirmou, acenando positivamente.

Jack: É que, ah... é o Norte, ele acha que sou irresponsável com tudo isso. Não acho que seja uma tarefa a altura dos Guardiões.

Jamie: É, eles têm mais experiência, né?

Tentou puxar uma conversa mais para um lado paciente.

Jack: Ele acha que... levo as missões muito na brincadeira. Aliás, foi por isso que vim aqui, não queria só ouvir sermão durante as vésperas.

Tomou cuidado nas palavras.

Jamie: Jack, amigo, você está sempre bem-vindo.

Jack: Obrigado, Jamie.

Ele sorriu.

Jamie: Não é fácil, às vezes mudanças ocorrem. Se quiser, podemos sair dessa ambiente de república.

Ele olhou ao redor.

Jack: Não, valeu. Talvez precise de uma nova abordagem sobre essa situação.

Jack: Como disse, semana de Natal. É hora de diversão.

Ele deu um sorriso e arregalou os olhos propositalmente.

Jack: Tenho que espalhar a neve.

Jamie: Sei, Natal com neve... tenha um bom Natal.

Ele sorriu.

Jack: Você também.

Jamie: Tchau.

Jack: Tchau!

Ele faz o vento abrir a janela e sai voando, indo para o alto das nuvens rapidamente em um piscar de olhos. Quando ele a atinge o alto das nuvens, ele virou o cajado par baixo, fazendo as nuvens começarem a nevar. Algumas nuvens foram enviadas pelo seu vento para os cantos do mundo para espalhar a neve.
Enquanto fazia seu trabalho de sempre e recorrente, ele testemunha um brilho colorido acima das nuvens e olha para trás, pra Lua, mas não vê nada. Jack coça sua nuca, se vendo em um céu livre de nuvens, com a Lua brilhando sobre ele.

Jack: Hmmmm, você tem andado bem calado ultimamente, não é?

Quando uma série de auroras acontecem, indicando que os Guardiões estão sendo convocados.

Jack: Ora?

Jack voa rapidamente na direção do Polo Norte. Ele pousa na sacada da fábrica, durante aquela noite, e corre na direção da sala de comando, passa correndo pelos empregados carregando caixas de brinquedos, mas o local estava parcialmente apagado, com uma espécie de recesso.

Jack: Licença.

Jack chega no centro da fábrica, aonde se localizava o observatório.

Jack: Cheguei.

Estava tudo parcialmente apagado, assim como o resto da instalação. Mas lá estava Norte, de frente para máquinas operativas.

Norte: Jack Frost, heh. Chega mais!

Disse ele se virando. Sandman, Coelho e Fada se aproximam de outras direções.

Coelho: Muito bem, vamos com isso.

Coelho fala no sotaque de Norte enquanto se aproxima.

Jack: O que está acontecendo?

Fada levanta um dedo, ela levanta o braço esquerdo reto, abre a mão direita e faz seus dedos passarem pela sua mão esquerda, fazendo eles se juntarem, fazendo uma espécie de mímica.

Coelho: Olha, uma nova forma de arte, tá se expressando bem.

Zoou ele, continunando a puxar o sotaque de Norte.

Norte: Ela foi bem explicita, achamos que seja o Breu.

Ele se aproximou, falando para os demais que não pareciam prestar atenção. Jack franziu o cenho e arregalou os olhos depois de ouvir.

Jack: Breu?

Ele deu alguns passos para trás e olhou sem ar para o lado, procurando pensar melhor naquilo que ouviu e processar isso, o seu profundo medo dele retornar estava brotando.

Jack: Breu... mas como?

Coelho: Sim. Em Veneza, na Itália, na antiga base dele começaram a brotar coisas do solo, na superfície.

Ele disse confiante.

Norte: Não é momento para alarde, para quem não sabe.

Estendeu ele as mãos, se preocupando em fazer todos focarem no que estava para dizer.

Jack: Ok, como é que vai ser, vamos chegar com tudo?

Ele se aproximou do Coelho. 

Coelho: Não, vamos ter que investigar mais de perto.

Ele disse para Norte.

Jack: Aí, Coelho, puxar o "r" que nem o Norte soa ridículo vindo de você.

Ele zoou.

Coelho: Ora, mas esse é o meu tom de voz.

Ele se virou para Jack, falando bem sério.

Jack: Mhm...

Ele deu um sorriso malandro para Bunnymund.

Norte: Aí Coelho, põe ordem na casa, esse pé rapado tá zoando com a sua cara! Coelho, pode mandar.

Ele passou após chamar a atenção de Jack.

Jack: Oi?

Coelho: Bom, acho que precisamos de idéias, saber melhor o que está causando aquelas anomalias em Veneza, obter informações. Vamos precisar de uma operação mais furtiva.

Afirmou ele, liderando. Jack ergueu uma sombrancelha e Fada deu de ombros. Jack deu um passo afrente.

Jack: Ok... Norte, não acha melhor assumir isso? Ou vai deixar o Coelho zoando?

Ele vira para Bunnymund, apontando para ele e zoando no tom. Nenhum dos Guardiões deu risada depois dele apontar isso e Jack fingiu uma tosse forte, assumindo uma pose mais formal.

Jack: Bom... foi só uma sugestão.

Olhou envergonhado para todos. Norte se aproxima de Jack.

Norte: Isso não é engraçado, você, dentre todos os maltrapilhos, deveria saber.

Ele disse de maneira jogada, ainda sim séria, sem roco ou sotaque. Seu andar também foi jogado na direção de Jack.

Jack: Aí, Fada, Sandman, podem dar uma ajuda?

Tentou ele dizer sem zoeira. Os dois olham com o rosto franzido e cruzando os braços. Sandy balança a cabeça negativamente.

Jack: Fada? Sandy? Me ajudem aqui? Eu só acho que precisamos de uma melhor voz do Norte para saber o que está acontecendo?

Norte: Mas o Coelho já está fazendo isso.

Ele apontou para Coelho, falando para ele prestar atenção.

Jack: Mas foi você que chamou a gente, não o Coelho.

Coelho roncou forte e retomou o que estava dizendo. Os outros voltaram a prestar atenção naturalmente, ignorando a parada.

Norte: Não testa minha paciência. A-Aliás, espera aí... "Papai Noel"? Eu sou o Papai Pascoal.

Ele disse em voz baixa, empurrando Jack com alguns soquinhos em seu ombro, como se tentasse provoca-lo. Jack tentou ignorar, mas percebeu que era o que Coelho fazia com ele as vezes.

Coelho: E então? Idéias?

Ele diz com o sotaque de Norte. Jack dá risada. Fada começa a fazer mímica novamente e Sandy a formar objetos em sua cabeça.

Jack: Ok, vamos todos respirar fundo.

Ele tenta, mas dá risada com todos não sendo nem um pouco sutis com suas expressões. Depois fica sério, conforme passa a risada.

Jack: O que deu em vocês, hein?

Ele perguntou, rindo. Todos pararam para encará-lo, não gostando nem um pouco.

Jack: O Breu tá por aí e vocês estão aí de gracinha. Então... tudo isso é pegadinha?

Eles cruzam os braços e olham feio, todos eles, depois de Jack falar com suposição.

Jack: Não é?

Ele deu de ombros depois de ver o olhar sério na cara de cada um deles. Norte respira fundo.

Norte: Qual é a sua moral? Isso não é brincadeira! Nós temos um novo perigo emergente e você fica aí brincando!?

Chamou atenção.

Jack: O que? Peraí, quem foi que começou com essa onda de brincadeira?

Ele não acredita e joga de volta com tom de provocação para Norte depois de ouvir essa.

Coelho: Já chega! Estão passando dos limites, todos vocês! Respondam logo a pergunta, me ajudem a formar um plano e vamos resolver logo está bagunça!

Ele gritou irritado para todo mundo e desabafou enquanto isso, pondo uma linha rígida na cabeça de todos. Jack arrepiou depois dele ter se dirigido à todos com tamanha disciplina, que nem mesmo Coelho era tão capaz.

Norte: Concordo.

Jack: Peraí...

Ele parou e pensou. Sandy levanta "?!" na sua cabeça.

Jack: O que está acontecendo?

Ele parou e pensou, mas dizer isso acabou de vez com a paciência de Norte. Norte revirou os olhos e respirou fundo.

Norte: Já chega.

Ele se vira para Jack, lhe dando um chute que o faz cair rolando no chão.

Jack: Agh!

Ele se levantou rapidamente e instintivamente ativou a magia de seu cajado e lança gelo no chão até levantar uma parede de gelo entre ele e Norte.

Jack: O que foi que deu em você!?

Ele arregalou os olhos, confuso e surpreso. Quando ouve um estalo e Norte atravessa a parede de gelo segurando os boomerangs de Bunnymund.

Norte: Você não vai parar com essas brincadeiras, vai?

Perguntou, sendo arrogante no tom e provocante também.

Norte: Cabeça de neve!

Jack: “Cabeça de neve”?

Ele viu que ele segurava os boomerangs.

Jack: Opa...?

Norte: Você passou dos limites.

Coelho: Os dois passarão!

Ele gritou. Norte bate com as costas da mão na cara de Jack, o lançando contra a parede. Jack cai em pé na parede e pisa no chão com facilidade, mantendo sua flexibilidade. Norte lança um dos boomerangs, Jack o atinge para cima com um golpe, congelando ele no toque e sai correndo pela sala, criando um caminho de gelo no ar. Norte taca outro, Jack pula, da um mortal e cria outro caminho de gelo. Norte pega de volta o boomerang e joga um ovo explosivo. Jack atira contra o ovo explosívo e ele explode neve no ar, Norte se defende com os braços da cortina de neve, mas a explosão atrapalha levemente a visão de Jack, fazendo ele bater contra o globo mundial na sala e cair de cara no chão.

Jack: Agh!
Coelho fica entre ambos.

Coelho: Não é hora de briga, vocês dois!

Ele gritou, com uma voz imperadora.

Norte: Ele continuou pressionando e pressionando...

Disse irritado, parado de frente para Coelho.

Coelho: Eu sei disso, isso não é motivo para atacar de volta! Vocês dois! Vão se levantar, apertar as mãos e ajudar com o resto!

Ele pôs ordem. Jack se levantou e olhou incrédulo. Sandy cria uma estrela de Natal e um ovo da Páscoa na cabeça e Fada olha pensativa para os dois lados.

Coelho: Ou vão ter o que merecem...

Ele disse olhando para Norte e Jack. Jack estava com medo, não sabia como aquilo havia acontecido, mas só seguiu seus instintos, seu amigo mais sábio e aconselhador havia lhe atacado com vontade, com uma impulsividade que somente Bunnymund tinha e Bunnymund agia da mesma forma estoica que Norte e impedia a briga dele com uma personalidade competitiva.

Jack: O que está acontecendo?

Ele se perguntou em voz baixa, conforme Norte e Coelho discutiam entre si. Jack manteve o cajado à sua frente, pensando e tentando entender.

Norte: Mas eu quero...

Coelho: Não, vê se se acalma, respira fundo.

Fada voou até Jack e fez algumas mímicas que ele não soube entender.

Jack: Não...

Ele disse, tentando respirar. Jack pôs a mão na cabeça, sem entender.

Jack: Eu não entendo...

 Coelho vira para ele.

Coelho: Jack, você também precisa ceder mais para estas situações entre os dois.

Jack: Hein?

Ele franziu o cenho.

Coelho: Já disse, não vou tornar a repetir, vocês dois têm que se aguentar de maneira profissional!

Ele disse sendo bem estrito. Jack carregou seu cajado e lançou uma pequena série de flocos de neve no rosto de Coelho, estes que estouraram e revelaram para Jack uma série de flashes sobre mudanças de cores na Lua e os Guardiões invertendo seus deveres, mas via de forma muito rápida. Jack olhou para trás.

Jack: O que aconteceu com vocês?

Ele viu as personalidades trocadas, Fada e Sandy se expressavam através de linguagens corporais, Norte e Coelho trocaram de personalidades completamente.

Coelho: Você me ouviu!?

Ele gritou mais uma vez, de uma forma que parou toda a fábrica, chamando a atenção de todas as criaturas com o eco de seu berro. Jack se virava para cada um deles, olhando confuso para eles.

Jack: Você disse que foram registradas anormalidades na Itália?

Ele olhou para Coelho.

Coelho: Muito bem. Ouviu, finalmente. Então, como eu estava dizendo, precisamos formar um plano...

Ele manteve o olhar reto para Frost e se virou, retomando a liderança.

Jack: Breu...

Disse em voz baixa para si mesmo, sabendo que essa confusão só podia ser causada pelo Rei dos Pesadelos. Jack para o alto, congelando o teto. Coelho e os outros param e se viram, encarando.

Coelho: Jack, o que está fazendo!?

Ele perguntou desesperado ao ver o telhado congelando. Jack sai voando verticalmente enquanto congela mais.

Coelho: Fada!

Fada voa atrás de Jack e tenta pegar ele pela perna, Jack acelera ao máximo e atinge o teto congelado, atravessando ele e lançando uma montanha de neve logo em baixo. Coelho, Norte, Sandman e Fada se afastam rapidamente do centro da fábrica para evitar a neve.
Jack se lança para fora da fábrica a uma velocidade muito alta e quica na neve por alguns metros.

Jack: Ooooh!

Jack se levanta, pega seu cajado e sai voando rapidamente em direção aos Estados Unidos. Quando ele pousa na frente da faculdade de Jamie, ele cai de joelho e segura o cajado, mas desaba, deixando o próprio cair, enfraquecido.

Jack: Ah...

Ele olha para a janela de Jamie e tenta se arrastar, mas não consegue, estava incrivelmente exausto, se sentindo bem enfraquecido.

Jack: Jamie...

Seu braço cai duro e ele desmaia.


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