Dragonize escrita por Kemur
Notas iniciais do capítulo
Eis o novo capítulo aqui! O maior deles e o mais "fofo"... eu não sei escrever coisas fofas...
Enfim, boa leitura.
O homem acordou desnorteado, seu corpo inteiro doía devido as fortes pancadas que havia recebido. Ele olha ao redor e se vê no centro de uma sala vazia, preso numa cadeira por estranhas correntes luminosas. Tentando se livrar das correntes, o homem começa a se debater, mas de nada adiantou.
— São correntes divinas. – disse Mark, que estava sentando numa cadeira atrás do homem. — Ao menos que saiba como desfazê-las, não vai conseguir fugir.
Mark se levanta e vai até o homem, ao notar que ele parecia procurar algo em sua boca, o padre puxa de seu bolso uma pílula branca e mostra ao homem que não esconde sua cara de surpresa ao ver aquilo.
— Se pensava em se matar, devia ter feito isso antes que o nocauteei. – disse Mark jogando a pílula longe.
— Onde estão meus companheiros? – o homem pergunta.
— Infelizmente, acabei matando um. Dois deles se envenenaram e um escapou. – Mark responde. — Como pode ver, você foi deixado para trás.
— Heh... Isso não me importa, quando Hi no Kagutsuchi descer ao mundo, tudo será perdoado... – Mark desfere um soco nele.
— O que vocês vieram fazer aqui?! – ele grita.
— Viemos buscar o que nos pertence... – Mark logo entendeu do que se tratava.
— Mesmo depois de oito anos... Vocês ainda insistem em fazê-la sofrer? – Mark desfere dois socos contra o homem. — Por quê?! Qual o significado por trás dessa obsessão em trazer esse deus morto de volta?!
— Não foram os católicos que mataram milhares de pessoas apenas por contrariarem a palavra de seu deus? – Mark estava pronto para acertar o mais forte de seus socos, porém teve seu braço segurado por Waver.
— Não faça besteiras. – disse Waver soltando o braço do amigo. — Deixe que eu interrogo ele.
— Sim... – Mark se afastou.
— Bem, já que teve sua cota de diversão com ele, que tal mudarmos a brincadeira? – Waver pega a cadeira que estava atrás do homem e a coloca em sua frente, sentando logo em seguida. — Você vai me contar quem mandou vocês aqui?
— Prefiro morrer.
— Pois que assim seja. – Waver traga seu cigarro e sopra a fumaça no rosto do homem, em seguida, usa sua magia para que a fumaça entre dentro dos pulmões dele e fique alojada, atrapalhando seu sistema respiratório. — Vamos ver quando tempo você aguenta. Se mudar de ideia, eu tiro essa fumaça do seu peito.
Alguns minutos se passaram, o apóstolo resistiu bem ao ter os pulmões entupidos, porém ele ainda era humano e não aguentou aquela nuvem em seu peito. Eventualmente ele acabou morrendo por asfixia.
— Era necessário isso? – Mark pergunta.
— Ele escolheu morrer a nos revelar qualquer coisa. – Waver se levanta. — Quem sou eu para tirar o livre arbítrio de escolha de alguém? Vamos, temos muito o que investiga ainda.
— Sim... – Mark voltou o olhar para o apóstolo morto e então saiu da sala.
— Algum resultado, senhor? – o assistente de Waver que o esperava no corredor.
— Ele escolheu morrer, não obtivemos nada. – Waver responde. — E a outra?
— Bem... Ela parou de chorar, mas...
— Mas? – Mark questiona.
— É melhor verem os senhores mesmos. – o garoto guiou os dois até outra sala e quando abriu a porta.
— QUE FALTA DE SENSO ARTISTICO!!!! – Estelle que estava presa pelas correntes divinas e por algemas de madeira, bem similares as que usavam na idade média. — PRENDER NÃO APENAS UMA DONZELA, MAS UMA SANTA DESSE JEITO É UMA FALTA INCOMENSURAVÉL DE SENSO ARTISTICO!!! AINDA MAIS QUANDO EU SOU A PRÓPRIA DEFINIÇÃO DE ARTE!!!!!
— Calada. – disse Mark.
— AH?! É VOCÊ!!! – a garota nota a presença de Mark. — O HOMEM SEM CLASSE QUE TEVE A CORAGEM DE FERIR A BELEZA DE UMA SANTA ABENÇOADA PELOS PRÓPRIOS DEUSES GREGOS!!!
— Alguém faz ela calar a boca. – Waver ordenou e logo um dos magos ali presentes injetou um sedativo em Estelle.
— SE VOCÊ ACHA QUE ESSE SUCO DE MARÁCUJA VAI ME FAZER PARAR SAIBA que você está... errado... pois... eu... – ela cai no sono.
— Ou o sedativo foi muito forte, ou teve um efeito totalmente oposto nela. – Mark estava impressionado com o fato de Estelle ser excêntrica até quando é sedada. — Acordem ela.
— Sim! – um mago invocou um jato de água e jogou na cara dela, a fazendo acordar assustada.
— Eh?! Tão tentando me afogar é?
— Já se acalmou? – Mark pergunta.
— Hm! – ela vira o rosto e faz bico.
— Deixa-me adivinhar, não vai responder nenhuma de nossas perguntas? – perguntou Waver.
— Exatamente!
— Acabou de responder uma. – Mark comenta.
— Eh? Ah! Essa não valeu! – Estelle volta a fazer bico.
— Hoje vai ser um dia longo. – Waver reclama.
...
Stella estava na varanda de seu apartamento, seu rosto esbanjava um enorme sorriso por finalmente ter a conquista de fazer Zack comer sua comida e elogiar ela. Pode não aparecer, mas Stella é uma garota mimada perto de Zack, isso se deve pela forma que ele a tratava quando ainda eram estudantes.
— Aqui esta você. – disse Zack enquanto se aproximava. — Queria conversar com você.
— Eh? Veio me elogiar mais é? – Stella brinca.
— Heh, não, pelo menos por enquanto. – Zack responde a brincadeira de Stella, deixando-a corada. — Desde que cheguei, nós só falamos sobre mim e sobre a Neko. Eu queria escutar um pouco mais sobre você.
— Bem... Eu realmente não tenho muito mais o que falar. – Stella responde meio sem jeito. — Eu só larguei o curso de magia e foquei nos meus estudos em pedagogia, trabalhei meio período em vários lugares, juntei dinheiro e comprei esse apartamento. Nunca vi a diretora tão orgulhosa de mim antes. Completei a faculdade, arrumei um emprego na escola e vim morar aqui, nada mais que isso.
— E como está a diretora hoje em dia?
— Ela está bem, mais cansada que na minha época, porém continua dando o melhor de si para aquelas crianças. – Stella sorri. — Ás vezes vou visita-la, como ela me aturou até os 21 anos, acho que a visitar é mínimo que posso fazer para compensar.
— 21?
— Ah, é. Eu nunca fui adotada e não tinha para onde ir, então antes de me mudar para o dormitório da faculdade, pois estava lotado nos primeiros anos, eu morei por lá até os 21.
— Entendo... – Zack se incomodou com o fato dela nunca ter tido pais verdadeiros. — E seus amigos?
— Ah, eu tenho alguns amigos da faculdade. – ela responde. — A maioria está fora do pais ou continuam estudando. Ah, se lembra da Misha?!
— Misha Rose? Aquela que era como sua irmã mais velha no orfanato?
— Sim! Ela virou enfermeira e depois médica, até se casou com um ricaço e teve um filho. – Stella se animou ao falar da amiga. — Ela costuma me chamar para sair de vez em quando, mas é muito ocupada com sua família e trabalho.
— Incrível, ela realmente deu a volta por cima.
— Sim... Sabe quem também deu a volta por cima?
— Quem?
— Seus pais.
— Hã? – Zack foi pego de surpresa.
— Depois que você sumiu, eles entraram em desespero e até se separaram. – Stella observa o rosto melancólico de Zack. — Porém, eu não podia deixar que tudo aquilo que construíram juntos se tornasse ruina. Então eu fui até seu pai e o indiquei para a diretora do orfanato como o novo zelador.
— Você arrumou um emprego para meu pai?!
— Sim, mas foi apenas sorte, pois o antigo havia se demitido. – Stella respondeu. — Depois eu ajudei sua mãe com aquele negócio de doces caseiros dela, comecei a vender na escola e ela em alguns parques, como eu sempre me dei bem com crianças, eu conseguia atrair elas até sua mãe onde ela compravam e adoravam, eventualmente sua mãe conseguiu uma boa grana e abriu um pequeno negócio de doces que hoje em dia está ficando cada vez maior, ela até abriu uma rede de padarias, a Crescent Rose.
— Entendo, incrível...
— E tem mais!
— Eh?
— Depois de passar um tempo vendendo doces para sua mãe, eu acabei conhecendo um jornalista de uma revista virtual, conversei com ele e consegui que ele arrumasse um emprego para seu pai nessa revista. – Stella se perdeu em sua história que não notou Zack chorando. — Como eu sabia sobre seu pai ser formado em jornalismo e como é difícil arrumar desses sem recomendações, eu dei um jeito de convencer tanto o jornalista, quanto o seu pai para que ele seguisse essa carreira.
— E hoje ele está como? – Zack põe a mão sobre os olhos para esconder as lágrimas.
— Chefe do departamento de jornalismo de Key. – Stella sente como se tivesse se liberto de um peso enorme. — Depois de um tempo, seus pais se reconciliaram e hoje em dia são casados de novo e você tem uma irmã mais nova agora, ela tem dois anos e se chama Zeira. Assim como você ela tem uma franja verde e... Zack?
Zack não conseguia mais esconder o choro, estava tão visível que toda aquela tristeza em seu peito havia se tornado felicidade. Suas lágrimas eram puras e cheias de emoção, sendo essa a primeira vez que Stella havia visto seu amigo chorar desde que se conheceram.
— Obrigado... – Zack abraça Stella lentamente. — Você só pode ser um anjo. Não acredito nessas coisas, mas eu tenho certeza que você é um. Obrigado por apoiar minha família, enquanto eu não pude.
— Poxa, seus pais e você me apoiaram tanto, que se me tornei o que sou hoje, é graças a vocês. – ela devolve o abraço. — Todos merecem a chance de dar a volta por cima, seus pais, você e a Neko. todos merecem dar a volta por cima, conquistar o inimaginável e acima de tudo, ter a felicidade que merecem.
— Sim. Obrigado. – ele desfaz o abraço e limpa as lágrimas. — Stella tenho que te contar algo.
— Pode falar, sou toda ouvidos.
— Eu te amo. – ele diz, enquanto seu rosto fica levemente corado
— Eh?
— Eu te amo, Stella. – ele repete, porém dessa vez todo corado.
— Eh!!!!!
— Há muito tempo eu havia percebido que se fosse para alcançar meus sonhos, eu queria alcança-los com você! Eu desejo estar para sempre ao seu lado, eu desejo te dar toda a felicidade que você merece! – ele respira fundo e então continua. — Professor Mark me fez prometer que eu iria te dar o final feliz que você merecia. Então eu queria te pedir que... – Stella da um tapa em Zack.
— Pare de falar e me escuta! – ela estava relutante. — Eu também te amo! Sempre te amei e nunca deixarei de te amar! Eu esperei por você por longos oito anos sem poder te dizer isso e agora você quer roubar a minha vez?! Eu consegui aguentar a dor de ter te perdido, quase desisti de te encontrar, mas a chama em meu peito não me deixava parar de te procurar, foi só então que eu percebi que a única felicidade que mereço é estar com você! Então se você prometeu ao professor que iria me dar um final feliz, apenas fique ao meu lado.
— Stella... – Zack pega a mão esquerda de Stella. — Sei que pode não ser uma verdade, mas eu quero te dar isso.
Um brilho esverdeado surge na mão direita de Zack, esse brilho logo tomou a forma de um pequeno anel de prata que devido a forte concentração de magia de projeção, soltava um pouco de fumaça branca, como se tivesse acabado de sair de uma forja.
— Para que eu possa realizar meu sonho, cumprir minha promessa e te dar o final feliz que tanto merece... – Zack se ajoelha e coloca o anel recém produzido no dedo de Stella. — Stella, você se casaria comigo?
— Sim! – os olhos de Stella se enchem de lágrimas e ela abraça Zack, enquanto ele se levanta. — Eu esperei oito anos por isso, não acredito que está se tornando realidade!
— Eu também esperei oito anos por isso, eu te amo Stella. – Zack começa a encarar Stella.
— Sim, eu também te amo. – Stella retorna o olhar e então começa a aproximar o rosto ao de Zack e quando seus lábios estavam prestes a se juntar...
— Problemas! – Noire surge gritando.
— Eh?! – os dois olham assustados para o gato.
— Lady Kuroneko, a mutação dela está se agravando! – o gato alerta.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Curiosidade Básica: A Padaria Crescent Rose é a padaria favorita da May, protagonista do meu livro. Se visitarem Key, passem por lá, ganha 15% de desconto se falar que foi eu que indiquei, ó bwahahahahaha
Até o próximo!