Dragonize escrita por Kemur


Capítulo 13
O Anjo e o Demônio de Seleanna.


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Sim
Tinha motivo? Não
Me arrependo? Talvez
Brincadeiras a parte, mas eu meio que me viciei em muitas coisas nesse tempo que sumi e por isso atrasei o capítulo, mas olha que legal. Esse é o penúltimo o/
Eu não devia estar feliz, eu realmente não quero que acabe...
MAS AHEM, senta ai que esse cap é grandão.
Boa leitura



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A chuva se mantinha intensa, mas o real perigo era maior do que um desastre natural. Waver e Mark se dirigiam até as coordenadas, onde um grupos de magos e exorcistas lutavam contra um Bahamut descontrolado.

— Acelera esse troço, Rick! – dizia Mark impaciente.

— Sei que a situação é grave, mas com essa chuva não há nada que um mero detetive como eu possa fazer. – Waver respondia. — Já disse para você se acalmar, mesmo que tudo indique que esse Bahamut seja a tal de Kuroneko, ainda há chances de que ele tenha a salvo.

 Mark não sabia o que dizer, sua preocupação era maior do que apenas um Bahamut destruindo tudo. Ele se preocupava com seus alunos, seus filhos, pessoas a quem ele tinha o dever de proteger a todo custo.

— Eu sei o que você sente. – disse Waver. — Eu também sei o que é ser um pai, por isso digo que você...

— Cuidado! – Mark grita enquanto cria uma barreira ao redor do carro.

Quatro bolas de fogo são atiradas contra o veículo em que os dois se encontravam. Se não fosse pela ação rápida de Mark, o carro seria totalmente destruído, porém o ataque apenas resultou em Waver perdendo o controle do volante e consequentemente batendo o carro contra uma parede.

— Merda. – Waver reclama. — Você está bem?

— Sim, e você?

— O que um airbag não faz? – Waver chuta a porta do carro para que conseguisse sair, Mark faz o mesmo. — Eu nem terminei de pagar por ele ainda.

— Você vai ter muito tempo para se preocupar com o carro depois, veja. – Mark aponta para o céu, antes fechado por conta da chuva e agora apenas escurecido num tom avermelhado. — Estamos num Campo Demarcado.

— Quem nos atacou apenas queria nos distrair para que a barreira fosse erguida. – disse Mark.

— Da mesma forma que querem nos tirar do jogo, veja. - Waver aponta para frente deles, onde muitos Apóstolos de Kagutsuchi e outro sectários se encontravam. — Acho que querem nos matar para terem mandados tantos.

— Não funcionou da última vez, não vai funcionar agora. – Mark começa a se aproximar de seus inimigos. — Há quanto tempos nós não lutamos juntos contra essa quantia de inimigos mesmo?

— Normalmente é você que se lembra dessa coisas banais. – Waver seguiu o amigo. — Mas eu chutaria algo por volta de quinze anos.

— Os necromantes sul-americanos?... Sim, foram com eles. - disse Mark abrindo um sorriso ao se lembrar. — Naquela época nós não sabíamos nos controlar numa luta.

— Bem, estamos num Campo Demarcado. – Waver acende seu cigarro. — Acho que podemos sair um pouco do controle.

— Entendo, como nos velhos tempos. – Mark bate as palmas das mãos ao juntá-las. — Pai nosso que estais no céu. Conceda-me o milagre e transforme minha energia mágica em poder divino. – diversas linhas douradas começaram a surgir no corpo de Mark, como se fossem tatuagens. — Em nome do sangue de Cristo, invoco a benção de Sansão e a luz divina de Davi, impondo teu nome como o meu mestre.

— Sansão e Davi? Heh, vou ter que levar a sério então. – Waver sopra uma enorme nuvem de fumaça a mesma começa tomar uma forma de um demônio de quatro braços e três faces, era também possível de se ver chamas em seu interior. — Minha mais forte magia de fogo, o Demônio Carmesim: Asura!

— Oh! Faz um bom tempo que não a vejo. – disse Mark entra na posição de combate da Tartaruga Negra.

— E eu espero que seja a última vez que eu a use. – Waver saca sua pistola e conjura uma magia nela. — Aqui vou eu!

— Sim!  -os dois avançam contra seus inimigos que fazem o mesmo.

  Mark ao ter mais aproximação, salta e desfere um poderoso soco contra o chão o fazendo estremecer, assim derrubando seus inimigos. Waver se aproveita disso e começa a atirar nos que não haviam caído, enquanto Asura desferia soco e disparava chamas em quem tentava se aproximar de Waver.

Um apóstolo pula por trás de Mark e desfere um corte em suas costas, mas apenas resultou em sua adaga se quebrar em milhares de pedaços ao entrar em contato com o corpo do clérigo, este que apenas sorriu ao ver a tentativa falha do apóstolo.

— Acredito que deve ter entendido errado, mas a benção de Sansão não apenas me concede a força, mas também resistência física. – Marka agarrou a cabeça de seu alvo e começou a apertar. — Simples facas como essa não me matariam, da mesma forma que as presas e garras do leão não mataram Sansão. – com apenas um pouco de sua força atual, Mark rachou todo o crânio do seu inimigo, o derrubando morto no chão. — Aqueles que são inimigos de meus filhos, serão inimigos meus e Deus me deu a força para que eu pudesse derrubar meus inimigos.

Do outro lado do campo de batalha, Waver enfrentava seus inimigos com uma certa dificuldade, pois diferente de Mark que vive na ativa, o corpo de Waver envelheceu mais por estar quase sempre enfiado num escritório.

— Desgraçados, morram de uma vez! – Waver gritava, enquanto atirava e recarregava sempre que suas munições acabavam.

Um apóstolo se aproximou e projetou sua adaga em direção ao rosto de Waver, mas ele conseguir se agarrar o braço do assassino e com um movimento giratório, ele não apenas derrubou seu inimigo, como também quebrou seu braço. Porém quando voltou a olhar, ele estava totalmente cercado por seus inimigos.

— Agora eu me ferrei.  – Waver largou sua pistola no chão e puxou faca baioneta que estava presa em um coldre no seu cinto. — Asura, cuide da minha retaguarda.

O demônio criado pela piromancia de Waver se posiciona atrás dele. O mago então avança e é recebido por raios e bolas de fogo, mas seu controle sobre as chamas era tão grande ao ponto de conseguir defletir qualquer magia de fogo que fosse usada contra ele.

— Isso que acontece quando vocês adoram um deus do fogo e não aprendem nenhuma outra magia. – Ao se aproximar do primeiro, Waver apenas moveu seu braço igual a um pintor passando o pincel em sua tela, assim degolando o alvo. — Façam o seu pior.

Diversos apóstolos e magos de Kagutsuchi avançaram, mas não apenas de magia e armas militares Waver era feito. Ele também era um lutador profissional e artista marcial, porém seu estilo era totalmente focado no karatê e kickboxing. Desferindo socos, chutes e cortes, poucos tiveram a chance de se aproximar do detetive chefe do departamento de investigações da policial federal. Enquanto em suas costas, Asura esmagava crânios ao chocar um contra o outro, enquanto suas outras mão livres ele usava para lançar chamas, assim contendo diversos inimigos de uma só vez.

— Rick, abaixe-se!  -Mark que saltava bem alto gritava enquanto disparava uma lança mágica feita com a energia magia provida da luz de Davi.

— Sim! Asura, cuidado! – Rick fez como  solicitado e Asura se afastou da área de impacto da lança que após perfurar um sectário, criou uma enorme explosão de luz divina, afetando todos os alvos ao redor.

— Mark, você quase me matou!  - Waver reclamou.

— Desculpe, haha. – Mark brinca. — Mas agora, já diminuímos bastante do o número deles, que tal lutarmos juntos?

— E reviver aquela coisa ridícula?

— O que? Diz a “dupla mais forte”.

— Sim, aquele papo de anjo e demônio que por sua culpa, fomos chamados assim por anos.

— Ah, mas era divertido.

— Não era, mas se o jeito é reviver isso. Que assim seja.

— Sim!

Ambos os amigos se põem numa postura de combate, Mark usaria os punhos e Waver sua baioneta. Os sectário restantes se reuniam começavam a avançar contra os dois, enquanto alguns conjuravam diversas magias de dano em área.

— Rick!

— Sim!

Os dois correram e saltaram. Waver lançou sua baioneta, enquanto conjurava feitiços de reforço em seu corpo. Já Mark disparava raios de luz divina em seus alvos que iam caindo um por um. Ao pousar, os dois socaram o chão causando um tremor maior do que o anterior.

— Iremos mostrar para vocês, o que acontece quando se metem com a dupla mais forte. - disse Waver, enquanto criava uma enorme esfera flamejante no ar acima da dupla.

— “O Anjo e o Demônio de Seleanna” – disse Mark, enquanto fazia os mesmo, porém com uma magia de luz.

— Encarem o julgamento divino! – ambos gritaram em uníssono e as duas esferas se uniram numa só e após saltarem para trás, eles lançam a esfera em direção ao grupo de inimigos. — Estrela do Amanhecer!

A esfera de magia combinada causa uma enorme explosão seguido de uma luz cegante ao tocar o chão.

...

A chuva havia cessado, mas uma enorme poça havia se formado abaixo do  rosto de Zack. Era seu sangue, que escorria de seu nariz e boca. Ele sabia que não teria chances contra Muller, uma vez que até seu professor o teme, mas ele tinha que se levantar, ele tinha que passar por isso para que pudesse chegar até Stella.

— Você lutou bem, moleque. – Muller se aproxima de Zack. — Vou-lhe  dar os créditos pelo arranhão que me causou no rosto.

Isso mesmo. Dez minutos de combate e somente um arranhão. Zack notou que o rosto era o mais vulnerável e começou a mirar seus golpes lá, porém a defesa de Muller era inquebrável, não foi possível fazer mais do que isso.

— Agora vou descartar você, pois tenho um dragão para matar. – Muller ergue Zack e o joga em um latão de lixo e fecha a tampa. — Até mais ver, Mago das Espadas.

Zack estava destruído, havia falhado em proteger Kuroneko e falhado ao tentar salvar Stella. Naquele momento, ele só esperava a morte e nada mais. Afinal, havia falhado com todos aqueles cujo fez uma promessa.

— O que pensa que está fazendo? – uma voz masculina e desconhecida ecoa do lado de fora do latão.

— Q-Quem?

— Pretende se entregar desse jeito? – a voz pergunta. — Você apenas está com vergonha de si mesmo e de fato, deveria.

— N-Não há nada que eu possa fazer. – disse Zack. — E-Eu não posso vencê-lo...

— Eu não estaria aqui se não pudesse. – Zack fica confuso ao escutar isso. — Vivi tempo o suficiente para dizer quem pode ou não fazer algo.

— Q-Quem é você?

— Isso não importa agora. – a voz se aproximava do latão. — Ninguém é invencível, nem mesmo um santo. Se não quiser morrer de forma vergonhosa, saia dai e mostre ao Muller do que é feito o Mago das Espadas!

Nesse momento, a tampa do latão se abre e ao olhar para cima, Zack tem uma visão angelical. Era Stella, com os olhos e os cabelos mais brilhantes do que nunca. Ela abria um sorriso e derramava lágrimas de alegria ao ver o noivo.

— Zack!  - ela começa a ajudar Zack a se levantar.

— Stella? Como chegou aqui e que roupas são essas? – ele olha bem e nota algo de diferente. — Isso são asas?

— Digamos que eu recebi presentes de casamento antes da hora. – ela brinca.

— Onde está Noire? Perdi o contato com ele faz uns minutos.

— Noire... Ele voltou para sua família, em Alfheim. – Stella começa a conjurar uma magia de cura em Zack.

— Ah, entendo...

— Mas antes de ir, ele me deu seus poderes, para que pudéssemos derrotar Muller juntos.

— Por falar nele, onde ele está?

— Ali. – Stella aponta para um buraco numa parede próxima, onde Muller se levantava.

— Eu não esperava que a garota fosse uma fada. – dizia Muller, enquanto saia do buraco.

O santo encara o casal dessa vez com um olhar de ódio. Ainda amedrontado, Zack tremia e quase não conseguia se manter de pé, mas Stela o confortou ao pegar em sua mão e olhar fixamente em seus olhos.

— Zack, eu estou aqui. Juntos nós venceremos.

— Stella? Heh... – Zack recupera sua compostura. — Me faça um favor?

— Quando isso aqui acabar, cozinhe algo para mim.

— Eh? – Stella o encara confusa, mas depois sorri novamente. — Pode deixar!

Ambos se põem em posição de combate e avançam contra Muller que faz o mesmo.

...

— Eh... Então é assim que tem que ser. - Estelle observava a cidade de cima de um prédio. Ela estava agachada com as mãos em seu rosto. — Conseguiu falar com ele, sr. Mago?

— Sim, eu consegui. – um homem alto de pele morena e cabelos espetados cor de cerejeira surge de um portal. Ele trajava calças árabes brancas, seu braço direito estava coberto por uma manga longa presa por uma argola próxima ao ombro, seu braço esquerdo vestia uma luva metálica azul que cobria seu braço até próximo do cotovelo e em seu ombro esquerdo, uma ombreira metálica da mesma cor que a luva. Seu peito ficava exposto, mostrando uma enorme cicatriz no formato de uma cruz cristã. Seu pescoço havia um colar dourado com cinco joias, uma vermelha, uma verde, uma azul, branca e uma preta. Seu cinto era apenas um tecido da mesma cor de seu cabelo e nele estava presa uma espada longa e dourada de lâmina fina, adornada com quimeras e algumas inscrições. Seus olhos eram dourados e havia um par de brincos de pena em suas orelhas. — E eu já disse para não me chamar assim. 

— Tá bom... – ela se levanta. — E o meu pagamento?

— Já foi depositado. – ele responde. — Agradeço seus serviços. Estelle.

 — Ta, agora devolve minha santidade, por favor. – ela faz uma cara emburrada. — Não sei por que você teve que tirá-la pra fazer esse serviço.

— Se eu não tivesse feito, você teria matado alguém que eu precisaria vivo. Como o Muller, por exemplo. – ele põe a mão esquerda sobre a cabeça da garota e uma luz cobre seu corpo. — Pronto, uma santa novamente.

— Eu nunca deixei de ser uma, sabe. – Estelle conjura uma magia em seu corpo e ele se torna menor, do tamanho normal de uma garotinha de 13 anos. Suas roupas excêntricas passam a ser um vestido de Lolita nas cores azul, lilás e com bolinhas brancas. Ela então se espreguiça. — que alívio, meu corpo original é realmente o melhor. Mas agora me diz uma coisa sr. Mago, qual o futuro que você viu? Acho que não teria sido necessário me contratar.

— Se não tivéssemos interferido, ambos Zack e Stella morreriam naquela praça. – ele aponta para a praça Wesker. — Há uma série de eventos que preciso que aconteçam para que eu possa apagar de vez a maior e pior criação minha. E aliás, qual a sua dificuldade de me chamar pelo nome?

— Ah, ta bom! – Estelle faz uma pose de bailarina. — Grande Sábio do Deserto, Filho de Davi, Rei de Israel e Rei Mago. Primogênito da Magia e Formador de Reis, grande mago Salomão!

— Obrigado pela apresentação de circo, mas que tal o meu nome atual?

— Você é muito chato sabia? – Estelle começa a ir embora. — Até mais ver, sr. Merlin.


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Notas finais do capítulo

Ufa... Agora é só esperar pra ver quanto tempo vou demorar pra postar o último.
Até lá, adeus!



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