Capital Letter Love escrita por xthayx


Capítulo 5
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

Espero que estejam gostando da história.
Boa leitura



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“...depois de semanas fora dos holofotes. Aparentemente a mulher misteriosa é Camila Cabello, uma professora cubana. Os dois teriam se conhecido na escola em que Jack, o filho de Harry, estuda.” A apresentadora do programa se virou então para o colega. “O que você acha, Tom, será que Harry finalmente encontrou a sua alma gêmea?”

“Esperamos que sim, Stephanie. Estamos na torcida,Harry!” disse o rapaz olhando diretamente para a câmera.

 

— Eu não acredito que você está assistindo a essa porcaria, Sofia!- repreendeu Camila ao entrar na sala.

— Mas é claro! Minha irmã é 'a garota misteriosa de Harry Styles’ e eu não vou aproveitar cada minuto disso?- disse animada, apertando uma das almofadas do sofá. - Aliás, me fala, quando você vai ver ele de novo?”

— Eu já te disse. Ele é só um conhecido. Além do mais ele deve ser uma pessoa muito ocupada!

— Claro, Claro. Fale o o que quiser, mas eu sei que você fica planejando o casamento de vocês toda noite antes de dormir… Carla.- disse Sofia zombando da irmã.

— Não me chama de Carla!- Camila lançou uma almofada na direção da irmã mais nova. Nunca gostara de seu primeiro nome, e por isso, desde a infância, todos a chamavam pelo segundo, ‘Camila’. Sofia se divertia ao ver a irmã brava ao simples mencionar 'Carla’.

— Nunca entendi o porquê de você não gostar de ‘Carla’, é um nome tão bonito.- as irmãs se viraram ao ouvir a voz da mãe. Sinuhe era uma mulher vivaz e engraçada que, aos 60 anos, demonstrava uma grande alegria de viver.

— É claro, mãe. Foi você que o escolheu! Aliás, você deve ser a única pessoa do mundo a achar esse nome bonito.

— Bom dia, vovó.- um Luke ainda sonolento aparecia na sala com uma vasilha de cereal numa mão e a colher na outra.

— Bom dia, meu pequeno.- A avó o apertava e beijava a sua testa. Depois de se desvencilhar, o menino se sentou no sofá entre a tia e a mãe.

— Bom dia, mamãe. Bom dia, tia Sofia.

— Antes tarde que nunca, pestinha.- disse a tia colocando a língua pra fora, em tom de brincadeira.

— Não fala assim do meu dorminhoco.- Camila apertou o filho e não quis soltá-lo até ele reclamar.

Luke terminou o café da manhã e foi se arrumar para a partida de futebol. De uniforme e com a chuteira nos pés, do sofá ele gritava para que a mãe se apressasse.

— Calma, calma.- ela vinha colocando um dos brincos.- Ainda faltam quarenta minutos pro jogo. Que pressa é essa?

— Quero entregar um presente pra Jack antes da partida.

— Presente?

— Sim.- o menino pegou a folha de papel ao seu lado e a segurou com as duas mãos, para que a mãe pudesse ver. Nele estavam desenhadas, debaixo de um belo sol amarelo, quatro figuras de mãos dadas; cada uma tinha um nome escrito no peito: Camila, Luke, Jack e Harry. O coração de Camila se aqueceu e ela sorriu pro menino. Se abaixou à sua altura e bagunçou o cabelo do filho.

— Entao vamos, meu pequeno Van Gogh.

Ao chegar no campinho de futebol, mãe e filho avistaram Jack sentado em um canto da arquibancada. Luke saiu correndo na direção do amigo, gritando o seu nome e balançando o braço para cima.

— Olá, Jack- disse Camila logo atrás, mas não obteve resposta. Os meninos estavam muito entretidos entre si, como se estivessem em seu pequeno mundo particular.

— Diga olá, Jack- Uma senhorinha sentada ao lado dos meninos repreendia o moreno.

— Oi, Camila.- Jack levantou os olhos rapidamente, mas logo voltou a conversar com o amigo.

— Peço que nos desculpe, sabe como são feitas as crianças.- a senhora tinha os cabelos brancos, uma pele pálida e um sorriso encantador.- Você deve ser a mãe do Luke.- Ela levantou e deu um abraço inesperado em Camila que, após alguns instantes imóvel, retribuiu o gesto.- Eu sou a Helen, a babá de Jack. E esse é Carl, o gentleman que nos acompanha para onde vamos.

— Também conhecido como motorista.- disse (acompanhado de uma pequena risada) o senhor de terno e gravata pretos ao seu lado.- Prazer, senhora...

— Cabello, senhorita Cabello. Mas pode me chamar de Camila.

— Você é realmente muito bonita- Camila sentiu as bochechas queimarem ao comentário de Helen.- Os meninos não paravam de falar em você e seu filho.

— Meninos?

— Jack e Harry. Harry é apenas uma criança um pouco mais crescida. Eu fui babá dele e de sua irmã durante muitos anos, para mim eles sempre serão meus anjinhos.- o sorriso da senhora parecia ficar maior a cada palavra.

— Eu esperava vê-lo por aqui hoje.

— Ele preferiu não vir. Depois do incidente da semana passada, está tentando ficar fora das ruas por uns dias, só até as águas se acalmarem.

— Claro.- Camila vestiu o seu melhor sorriso e tentou disfarçar a leve decepção que sentira ao saber que Harry não viria.

Mais pais e crianças foram chegando. Algumas mães conhecidas de Camila se juntaram a ela, Carl e Helen. Logo formavam um grupo animado e barulhento, gritando coordenadas e incentivos para os meninos em campo.

O sol já estava alto no céu quando o juiz apitou o fim do jogo e os meninos de uniforme vermelho, incluindo Jack e Luke, saíram correndo em direção um dos outros, se abraçando e gritando, em comemoração a vitória.

Camila desceu da arquibancada e chegou perto do campo, tirou o celular do bolso e bateu uma foto. “A alegria de quem venceu o primeiro jogo da temporada”, escreveu e mandou a foto para Harry. Quase instantaneamente o celular vibrou e a mulher o resgatou de volta do bolso sorridente, pensando que fosse ver o nome de Harry na tela.

 

James

“em meia hora estou aí. Não me faça esperar”

 

O balde de água fria fez o sorriso de Camila morrer instantaneamente. Não era a primeira vez que o pai de seu filho aparecia do nada, avisando instantes antes de chegar. Ela não queria privar Luke de passar tempo com James, mas estava cansada do desrespeito que ele tinha com ela e os compromissos do menino. Seu filho não era um brinquedo, um passatempo para James se entreter nos momentos de tédio.  Levantando o olhar ela viu o filho sorridente, vindo em sua direção.

— Mãe, mãe. A mãe do Alex e do Caleb vai levar eles e mais alguns meninos pra almoçar no McDonald’s. A gente pode ir junto? Por favorzinho...

Camila não resistia aos olhos grandes de súplica de Luke e ele sabia disso.

— Claro, mas... só porque vocês jogaram muito bem. Não se acostuma não!

— Yeeey- disse ele levantando os braços para o alto- ah, e... tem como você convencer o pai do Jack a deixar ele ir?

— Luke, eu não sei, o pai do Jack parece não gostar muito que ele vá em lugares muito movimentados, ainda mais sem ele estar por perto.

— Mas não vai ser o mesmo sem o Jack...

— Tá bom, eu vou ver o que eu consigo fazer.

Como se adivinhando o assunto da conversa dos dois, o celular de Camila vibrou, dessa vez com uma mensagem de Harry.

 

Harry

“Eu sabia que eles iriam ganhar! Fala pro Jack que o papai está muito orgulhoso!”

 

Camila

“Pode deixar! Á propósito, eu e uma outra mãe vamos levar os filhos para almoçar no MacDonald’s, eu estava me perguntando se Jack não poderia vir conosco.”

 

Harry está digitando...

 

Harry

“Uhm... claro. Vou ligar pra Helen.”

 

A cena era levemente cômica: uma minivan, um carro popular e um carro de luxo, carregados de crianças barulhentas, iam um atrás do outro por uma Londres estranhamente ensolarada.


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