A Ascensão do Império Vampiro escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 14
Um Original e uma Rainha




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P.O.V. Elijah.

Perdi as contas de por quantos dias, meses eu chorei. Eu chorei, gritei, esperneei. Mas, quando toda aquela dor finalmente saiu, me senti tão bem. Que até me assustei.

—Então, se sente melhor?

—Sim. Muito.

—Ainda tem coisa ai dentro, mas pelo menos eu já não passo mais mal estando na sua presença. Foi mais rápido do que pensei que seria, quer dizer, são mil anos de sentimentos sufocados, mil anos de drama familiar.

—Se me permite perguntar, como conseguiu ter um filho?

—Fazendo sexo. Tem outro jeito? Certo, é claro que tem. Inseminação, fertilização, mas no meu caso foi do jeito antigo.

Nós tivemos uma longa conversa. Bem, na verdade foi um monólogo. Eu falei e ela me ouviu.

—Porque não... pensa antes de falar. Melhor ainda. Pensa antes de prometer. Pensa, vou ser capaz de cumprir esta promessa? Quando prometer, vou fazer isso pensando mais á frente e deixando uma brecha? Como esta promessa vai me afetar? Como vai afetar minha família no futuro? Eu não posso morrer, mas não significa que não terei que lidar com as consequências da minha ação. Das minhas escolhas. Você acha que é inatingível, inalcançável, mas nós dois sabemos que a única coisa, a única pessoa que pode te destruir, é você mesmo. Eu sei que é difícil, Elijah. Sou meio vampira também. Sei como as emoções ampliadas funcionam, mas sempre penso duas vezes antes de falar, de fazer. Talvez devesse tentar fazer o mesmo.

—Para alguém tão jovem você é muito sábia.

—O amor é e sempre foi mais forte e poderoso do que o medo. Lembre disso.

—E quanto ao seu namorado?

—Alec e eu estamos passando por uma fase difícil. São tantas pessoas que precisam de tantas coisas que quase não me sobra tempo para ficar com ele. Podemos dizer que estamos dando um tempo.

Parece-me que ela também carrega o peso do mundo.

—Bem, se não se importa eu tenho um compromisso.

—Não, absolutamente.

—Vou te dar um conselho, para não voltar a ser como antes... tire um dia. Um dia da semana, toda semana para si mesmo. Não abra mão deste dia por nada, á menos que algum membro da sua família esteja morrendo, morto ou hospitalizado. Vá fazer algo que você goste. Desligue o celular, se desligue do mundo.

O compromisso que ela tinha não era diplomático. Era uma sessão de massagem. Um dia no spa.

P.O.V. Renesmee.

Terça-feira. Ah, eu adoro as terças feiras. É o meu dia.  Minha massagem, fazer as unhas, o cabelo, ir á cabana que comprei só para mim. Meu avô fica no comando nas terças.

Depois de passar o dia no spa, cheguei á Cabana e cai na cama.

Por mais chocante que possa ser, gosto de ficar pelada quando estou sozinha. Prendi o meu cabelo com uma piranha pra não marcar a escova, servi um pouquinho de vinho numa taça, enchi a banheira e me enfiei lá dentro.

Estava de olhos fechados com a cabeça encostada na banheira de louça quando sinto uma presença. Delicadamente peguei a adaga que estava escondida dentro d'água e a coloquei no pescoço do indivíduo.

—Parece-me que você não faz o tipo dama em perigo.

—Não. Eu não faço. E você acaba de estragar o meu clima de relaxamento, seu Originalzinho metido!

Dai que eu percebi que eu tava pelada.

—Filho da mãe.

Me afundei na banheira de novo. A água começou a esfriar e o diabo do homem não saia!

Limpei a garganta.

—Se importa em me dar licença?

—Oh, certo. Desculpe.

Quando eu percebi o que eu tinha feito... eu já tinha feito.


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