O Internato escrita por Rain


Capítulo 6
Seis




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A brisa da manhã batia em meu rosto me trazendo a consciência. Tive um sonho estranho à noite.

Eu estava no meu dormitório do colégio. O grêmio me fazia mais perguntas sobre minha mim e minha família, dois alunos fortes me seguravam e me ameaçavam. André batia no meu rosto e me forçava a responder, mas eu me mantinha calado. A situação me assustava muito. Sebastian entra no quarto violentamente, bate em todos eles deixando-os inconscientes, vem até mim e me carrega para fora. Depois me coloca no chão delicadamente e acaricia meu rosto pedindo perdão por ter demorado tanto.

O sonho foi super estranho. Fico alguns segundos parado tentando me recuperar do sonho. Quando ia levantar sinto o corpo de Sebastian encostado ao meu e seu braço me segurando pela cintura. Podia sentir sua ereção matinal encostando em mim. Fico muito constrangido. Como eu fui me meter numa situação dessas?

Decido, por fim, levantar bem devagar pra não acordá-lo. Mas quando me mexo Sebastian segura minha cintura. Eu me viro assustado e o vejo de olhos abertos. Minhas bochechas começam a queimar de vergonha. Sebastian abre um pequeno sorriso. Ele é lindo mesmo pela manhã, seus cabelos estavam desgrenhados, o rosto levemente marcado, mas ainda sim, lindo.

— Bom dia, dormiu bem? — pergunta.

— Bom dia, dormi sim. E você?

— Dormi muito bem.

— Eu vou levantar e fazer um café, se quiser fique deitado mais um pouco.

— Claro, vai lá.

— É… Você podia me soltar? — digo sentindo novamente minhas bochechas queimarem.

— Ah, me desculpe. — até Sebastian fica meio sem graça.

Levanto-me, vou ao banheiro fazer minha higiene matinal e depois desço pra fazer café. Coloco algumas opções de café da manhã na mesa e pego uma banda de mamão descascada que havia na geladeira pra ir comendo enquanto esperava Sebastian descer. Instantes depois ele desce, estava apenas com o samba canção que tinha usado para dormir, os cabelos ainda desgrenhados e os pés descalços. Presumo então, que ele deve ter levantado da cama direto para o café. Ele vem até mim, pega a colher da minha mão e come um pouco do mamão que estou segurando.

— Se quiser eu corto um pra você. — falo observando ele sentar de frente para mim no balcão da cozinha.

— Não precisa, eu posso comer junto com você.

Depois do café passamos o resto da manhã no sofá jogando conversa fora e rindo de bobagens. Por volta das 11 horas meus pais chegam. Eles se sentam e conversam um pouco conosco. Era engraçado ver o quanto Sebastian se deu bem com meus pais. Ele conversava com eles como se conhecessem há anos. Por fim papai nos chama para almoçar fora, pois minha mãe não estava a fim de ir para a cozinha depois de uma noite cansativa cuidando da égua e do filhote.

Sebastian nos indicou um restaurante no centro da cidade e fomos até lá. Quando saímos do carro, passamos por um pequeno grupo de garotas. Elas ficaram malucas e começaram a sussurrar entre si enquanto Sebastian e eu caminhávamos. Sebastian sorria como se tivesse gostando da atenção que as garotas estavam dando a ele. Chegando mais próximo do grupinho, conseguimos ouvir uma das garotas falando algo como “esse mais baixo também é uma delicia”, e as outras riram. Sebastian que antes sorria fechou o rosto e passou o braço por cima dos meus ombros, me puxando para mais próximo de si. Depois segurou em minha cintura como se fossemos um casal. As garotas que antes cochichavam risonhas agora nos observavam chocadas. Passamos por elas e entramos no restaurante.

— Por que fez aquilo lá fora? — questionei baixo para meus pais não ouvirem.

— Foi só uma brincadeira. Viu a cara delas? Elas ficaram chocadas. — disse tranquilamente.

Sentamo em uma mesa que meus pais haviam escolhido e fizemos o nosso pedido. Decidi sair novamente da dieta de atleta e pedi uma lasanha junto com um suco de maracujá natural. Sebastian pediu o mesmo que eu enquanto meus pais pediram algo mais leve. Sim, meus pais também são meio obcecados por alimentação saudável e creio que isso começou por minha causa. Desde que comecei a praticar natação meus hábitos alimentares mudaram e meus pais acabaram entrando nessa, mesmo que involuntariamente. Hoje em dia eles são mais obcecados do que eu por uma alimentação balanceada e fazem questão de me vigiar. Se soubessem que comemos pizza ontem e hoje estou comendo massa novamente, com certeza eu levaria um sermão sobre como é importante para um atleta se alimentar corretamente.

Depois do almoço voltamos pra casa, Sebastian e eu fomos jogar vídeo game. Jogamos um jogo de futebol. Sebastian era muito bom, bem melhor que eu, com certeza me venceria. Jogamos o resto da tarde e depois da minha milésima derrota seguida resolvi parar. Sebastian curtiu com a minha cara e ficou jogando sozinho enquanto eu peguei um livro para ler. Fazia um tempinho que eu não lia nada. Estava me adaptando à rotina do colégio e acabei deixando coisas que gosto de fazer meio de lado. Depois de mais ou menos uma hora Sebastian desliga o vídeo game e se senta ao meu lado.

— O que está lendo? — pergunta Sebastian.

Mostro a capa do livro para Sebastian.

— É uma trilogia. Este é o último livro.

— Eu quero ler também. — diz abrindo um sorriso animado.

— Você gosta de ler?

— Não costumo ler muito, mas gosto. Se for um livro legal melhor ainda.

Levanto-me e vou até a estante, procuro o primeiro livro da trilogia que estou lendo e entrego pra Sebastian. Ele analisa a capa por uns instantes e lê atentamente a sinopse atrás do livro. Abro um sorriso discreto, Sebastian é muito prestativo em tudo que faz, e ele ficou tão fofo observando o livro. Sento-me de volta na cama e começamos a ler juntos.

Minha mãe entra no quarto.

— Nossa que visão bonita de ser ver, os dois lendo. — disse — O jantar estará pronto daqui a uns 15 minutos.

Descemos para jantar. Mamãe havia dado uma variada no cardápio, fez arroz normal (geralmente comemos arroz integral), feijão, batata frita, filé de frango e salada de alface. Acho que por consideração a Sebastian que não participava da nossa dieta balanceada. Achei legal da parte dela ter essa consideração. Ela nunca fez isso com nenhum dos meus amigos de São Paulo.

Depois do jantar fomos todos assistir a um filme. Meus pais gostam muito dessas atividades em família e pelo tempo que fiquei fora eles estão aproveitando o máximo possível comigo em casa. Papai colocou um filme de terror clássico dos anos 80. Ele adora filmes antigos. Sebastian sentou ao meu lado num sofá enquanto meus pais sentaram no outro.

O filme começou, eu estava tremendo. Odeio filmes de terror. Levar sustos não é exatamente minha coisa preferida de fazer nas horas vagas, mas Sebastian estava adorando e assistia atentamente. Na hora dos sustos me abraçava enquanto ria. Depois que o filme acabou meu pai falou pra gente ir dormir porque acordaríamos muito cedo amanhã pra voltar ao colégio. Fomos pra cama. Conversamos por alguns minutos com a luz apagada e depois dormimos.

 

 

 

Chegando na entrada do colégio. O clima estava frio como de costume. Alguns alunos já estavam entrando no colégio, mas, no geral estava bem vazio.

— Sebastian, se importa de ir na frente pra eu poder falar em particular com o Toni? — disse meu pai olhando pra Sebastian pelo espelho retrovisor.

— Não, eu preciso resolver umas coisas. Obrigado por tudo senhor Vidal. — Respondeu Sebastian.

— Nada de senhor, me chame de Carlos. E você sempre será bem-vindo em nossa casa.

Sebastian sai do carro, e, enquanto caminhava acendeu um cigarro. Eu estava torcendo para meu pai não perceber, mas mesmo Sebastian estando de costas era impossível não ver o cigarro ou a fumaça subindo.

— Ele acendeu um cigarro? — questionou.

— É… Ele fuma. — respondo abrindo um sorriso amarelo.

— Toni pelo amor de Deus, fala pra mim que você não está fumando.

— Não pai, relaxa. Eu não faria isso com meu corpo, eu sou atleta.

— Atleta aposentado. — acrescentou em tom de provocação.

— Era. Sebastian me convenceu a entrar pra equipe. Eu vou falar com o técnico assim que chegar ao prédio escolar.

— Fico feliz por você, filho. Eu já disse que não precisava parar com a natação só por causa da mudança, mas você é muito marrento quando quer. Eu respeitei sua decisão, embora não concordasse. Saiba que não importa o que você escolher fazer, eu sempre estarei aqui pra te apoiar.

— Valeu, pai. Eu te amo.

Saio do carro. Entro no colégio e vou direto para meu dormitório para vestir o uniforme escolar. Encontro com Victor acordando todo desorientado e perguntando onde está. Não é a primeira vez que ele faz isso, às vezes acho que ele tem algum problema, mas é quase certeza que faz isso por costume.

— Bom dia, Victor, voltei. — digo enquanto troco de roupa.

— E aí cara, como foi seu fim de semana? — diz se levantando.

De repente me deparo com um Victor completamente nu.

— Que porra é essa, Victor? O que você ta fazendo? — digo dando risada.

— Foi mal, a noite foi bem divertida. Se é que me entende.

— Imagino.

Vestimos o uniforme e minutos depois estávamos indo para o refeitório tomar nosso café da manhã. Enquanto caminhávamos pelos corredores do prédio até chegar no nosso destino encontramos com o treinador. Ótimo, poupou meu esforço de ir atrás dele mais tarde. Aviso a Victor pra ir na frente e vou em direção ao técnico.

— Bom dia professor Fernando. Tem tempo de falar agora?

— Toni, bom dia. No que posso te ajudar?

— Eu gostaria de saber se a oferta para a equipe de natação ainda está de pé.

O treinador abre um sorriso triunfante.

— Claro, com disse antes, você está 100% dentro. O treino começa logo após as aulas. Não se atrase.

Ele me entregou uma chave que seria do meu armário no vestiário. Fiquei me perguntando por que ele carrega uma chave avulsa de vestiário por aí. Será que já é de seu costume andar por aí com uma chave avulsa ou ele esperava que eu reconsiderasse a decisão de entrar no time?

Sigo meu caminho para o refeitório. Perto da entrada, tenho minha passagem interrompida por um garoto alto com traços asiáticos.

— Você é o Antônio?

— Sim, mas me chame de…

eu não ligo. — disse me interrompendo. — O treinador me avisou que você entrou pra equipe. Só quero que saiba que eu sou o capitão e que não dou a mínima pros seus títulos.

— Desculpe, acho que você entendeu errado. Eu não quero roubar o lugar de ninguém.

O garoto se aproxima mais de mim e encosta o dedo indicador em meu peito.

— Está avisado.

Sai dando passos largos.

Fico parado perplexo com a agressividade com a qual o garoto falou. Eu não sei o que ele está pensando, mas definitivamente eu não saio por aí falando das minhas conquistas e prêmios. Sigo meu caminho.

Entro no refeitório. Victor e Sebastian já me esperavam na mesma mesa de sempre. Pego minha bandeja com o café da manhã e me sento ao lado de Sebastian.

— Que cara é essa? — perguntou Victor.

— Falei com o treinador, eu to na equipe. Mas… acho que ganhei um inimigo. — respondo.

— Que fofo, você finalmente fez um inimigo. — diz Victor — Bem-vindo de verdade ao Elite.

 

 

 

Fim da quarta aula. O professor de biologia havia passado uma pesquisa sobre vírus, e como eu me esqueci de trazer o notebook paro o colégio, terei que ir à biblioteca fazer a pesquisa. Vou perder meu almoço por causa disso. Por sorte encontrei Victor no corredor principal e pedi para ele guardar comida no dormitório para que eu pudesse comer no final da aula. No Elite é proibido qualquer tipo de refeição fora do refeitório. Só é liberado se for as máquinas de café e mesmo assim os monitores ficam de olho. Com o pouco tempo estudando aqui percebi que ninguém respeita de verdade essa regra e sempre tentamos burlar de alguma forma.

O prédio da biblioteca era mais afastado do prédio escolar. Durante o caminho encontro com Juliano.

— E aí, garoto, como vai? — disse.

Juliano não costuma ser legal com os outros alunos. Das outras vezes que me encontrei com ele pelo colégio, sempre usou um tom mais formal, mas comigo ele sempre era simpático.

— Oi, vou bem e você?

— Vou bem, o que faz por aqui? Deveria estar almoçando agora.

— Fui privado do meu almoço graças a uma pesquisa de biologia.

— Hum… isso é terrível. Ainda bem que já faz uns dez anos que me formei.

— Dez anos? Ta brincando, você não parece ser tão velho assim.

— E quantos anos você acha que eu tenho? — Juliano sorriu.

— Eu dou 20, no máximo.

— Quem me dera ter essa idade. Tenho 27. Não é muito, mas é mais do que você me deu. Agradeço a gentileza.

— Espero chegar aos meus 27 tão bem quanto você.

Por que eu disse isso?

Juliano sorriu sem graça.

— Como está indo na escola? Ouvi dizer que entrou pra equipe de natação.

Ainda me surpreendia o quanto às fofocas se espalhavam rápido nesse colégio. Acho que o fato de todo mundo se conhecer ajuda nisso.

— Hoje é meu primeiro dia. Estou bem ansioso.

— Imagino. Toni vou te deixar aqui. Preciso observar os outros alunos e ver se eles estão na linha. Boa sorte no treino. — disse se virando e voltando pelo caminho que acabamos de fazer.

Entro na biblioteca. A biblioteca era bem grande e tinha tudo o que uma biblioteca costuma ter, mesas espalhadas, um balcão receptivo com uma senhora de cabelos grisalhos sentada atrás lendo um livro, muitas e muitas estantes cheias de livros. Havia poucos alunos espalhados pela biblioteca, alguns liam e outros mexiam nos computadores que ficavam no canto. Sentei-me na última mesa de computador e fiz minha pesquisa. Depois de uns quarenta minutos colhi o material necessário para a pesquisa e salvei em um pendrive. Mais tarde era só pegar o notebook de Victor emprestado e arrumar a pesquisa de forma coerente pra entregar ao professor por e-mail.

Quando estava quase indo em direção à saída um barulho me chama atenção. Uma garota havia derrubado vários livros de uma das estantes. Vou até lá para ajudá-la a pegar os livros do chão. Me abaixo próximo a ela e pego alguns livros. Ela agradece com um singelo sorriso e nossas mãos se encostam.

— Me desculpe. — digo sem jeito.

Sou bem tímido falando com garotas, mas ainda consigo manter um dialogo.

— Não foi nada. Eu que agradeço a gentileza, você deve ser a única pessoa que faz uma coisa boa sem ganhar nada de volta neste colégio.

— Eu sou Toni. — falo enquanto levantávamos para organizar os livros na prateleira.

— Eu sei quem você é, acho que todo mundo sabe. Você é muito popular sabia?

— Os vários olhares que recebo todo dia não me deixam esquecer nunca.

— Eu sou Alice, terceiro ano e secretaria do grêmio estudantil.

Após a revelação de Alice, dou um passo para trás involuntário. Estava tentando manter distância de problemas e o grêmio é um grande problema em potencial.

— Não se preocupe, irei te encher de perguntas como André e Camila fizeram. Eles são péssimos colhendo informações.

— Colhendo informações… Por que iam querer informações sobre mim?

— Você é novato e a presidente queria saber mais sobre você. Eles só estavam obedecendo ordens.

— Eu tento entender o porquê de vocês separarem a escola em classes, mas sinceramente não entendo. O que ganham excluindo alunos pobres?

— Eu não gosto disso tanto quanto você. Foi a presidente quem decidiu isso, e, ela é incrível. Se você a conhecesse entenderia.

— Eu não quero conhecer alguém como ela. Na verdade uma das minhas maiores metas nessa escola é ficar longe do grêmio estudantil.

— Desculpe se a forma como regemos o colégio te incomoda. Entendo que isso possa te assustar. Agradeço pela ajuda, mas você deveria voltar para a aula agora, faz uns dez minutos que o intervalo acabou.

O que? Droga eu preciso ir. To ferrado é aula de literatura.

Quando dou de ombros para sair Alice segura em meu ombro.

— Espera, eu vou com você. Se o professor te ver comigo não vai reclamar do atraso. Vamos.

Voltamos a passos rápidos para a escola, durante o caminho pude conversar melhor com Alice. Ela não parecia ser uma pessoa ruim, mas o simples fato de fazer parte do grêmio estudantil me repelia de me envolver com ela.

Chegamos em frente da porta que estava fechada. Alice bate algumas vezes, e, em instantes ela é aberta pela professora.

— Desculpe incomodar professora, mas é que o aluno Vidal estava me ajudando com uma atividade do grêmio por isso ele está atrasado. — disse Alice.

— Não sabia que novatos podiam entrar no grêmio. — a professora me analisava.

— Eu não faço. — acrescento.

— Ele só me ajudou com algo, senhora, por isso se atrasou.

— Tudo bem senhor Vidal, entre.

Viro-me para agradecer Alice. Ela acena positivamente e volta a caminhar pelo corredor. Entro na sala e vou em direção ao meu lugar. Obviamente todos olhavam para mim, eu era praticamente uma atração para os alunos do Elite. Tudo o que eu fazia era fora do padrão. Sebastian também me observava, mas seu olhar não havia curiosidade, era mais um olhar de raiva, ou seria de ciúmes?

— O que você estava fazendo com uma aluna do grêmio? — sussurrou no meu ouvido quando me sentei.

Seu hálito quente em perto do meu pescoço me fez arrepiar.

— Nada. Só a ajudei com uma coisa na biblioteca e ela me acompanhou até a sala para que eu não me encrencasse com a professora. — respondo virando-me para encará-lo.

Sebastian não diz nada, apenas me observa. Seu olhar estava indecifrável e comecei a me perguntar o porquê dele estar me olhando dessa forma. Eu não fiz nada de errado, fui apenas gentil com uma garota. Embora Alice seja linda, não foi isso que me motivou a ajudá-la e sim minha mania de ser altruísta.

Passamos o restante da aula sem nos falar muito e, por fim, o sinal bate. E Sebastian se levanta e para em frente a minha mesa como de costume. Abre um sorriso e diz:

— Vamos?

— Vamos.


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Notas finais do capítulo

Olá leitores!
Estão gostando da história? Seu feedback é muito importante para mim.
Um grande abraço a todos :)



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