O Internato escrita por Rain


Capítulo 22
Vinte e Dois




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O café está mais amargo que o normal. Na mesa do refeitório todos comíamos em silêncio. Ainda estou atônito com o que aconteceu mais cedo. A aula anterior foi uma bagunça, a professora não conseguiu dar aula, pois, tanto ela quanto os alunos, estavam chocados com a polícia invadindo a escola. Até mesmo eu, que fui o responsável por tudo isso, não esperava tal acontecimento.

Sebastian comia sua baguete com requeijão e não olhava muito na minha cara. Também passou o período anterior quieto. Estou um pouco preocupado com o que ele está pensando de mim.

Alice ignorava completamente seu prato e continuava concentrada em seu livro, desde ontem. Victor roubava algumas coisas do prato dela sem que ela percebesse. Aparentemente o choque de Victor já passou desde que ele descobriu o que estava acontecendo.

Eu não sei como está a repercussão do caso do Elite na TV, pois não temos tanto acesso. Mas nas internet o caso está a todo vapor. Em minhas redes sociais todos comentam, nos sites de grande alcance também não se fala em outra coisa. Um verdadeiro escândalo.

O sinal toca. Sebastian, Victor e eu nos levantamos para irmos a próxima aula, que será de literatura. Nos corredores o assunto ainda não havia acabado. Os alunos falavam uns com os outros sobre o ocorrido, alguns ainda incrédulos. Outros xingavam Valentina e os membros do grêmio estudantil.

Do nada, um pequeno grupo de garotas vai até o armário de Alice para confrontá-la.

— Ei garota. Por que você não foi levada pelos policiais junto com seu grupinho? — disse uma delas.

— Talvez por que eu não faça mais parte do grêmio há um bom tempo? — respondeu Alice sem medo.

— E por que você resolveu sair logo agora? Depois de três anos sendo cachorrinha de Valentina. — disse outra garota.

— Garotas eu não devo explicação nenhuma a vocês. Agora me dão licença.

Quando Alice ia passar, uma dela bloqueia o caminho. Ela tenta passar do outro lado e tem seu caminho bloqueado novamente.

— Você não vai a lugar nenhum. — disse a garota que parecia ser a líder do grupinho.

Num ato involuntário, corro até lá para tentar apaziguar a situação.

— Ei garotas, já chega. — digo me aproximando.

As atenções de todas as meninas se voltam para mim. Mas não demora muito até que eu sinta uma grande mão tocar em meu ombro. Me viro para ver quem me tocava, é Bruno um garoto do terceiro ano, também da elite.

— Toni, deixe as meninas conversarem. Alice nos deve algumas explicações. — disse amigavelmente, mas sei bem que de amigável, Bruno não tem nada.

— Tire a mão dele. — falou Sebastian num tom calmo enquanto se aproximava de nós.

— Sebastian, calma. — disse Victor colocando as mãos nos ombros de Sebastian para acalmá-lo.

O corredor principal que a essa altura já era pra estar vazio, só se enchia cada vez mais de gente. Todos os olhos estavam sobre nós. Inclusive alguns professores começaram a aparecer pra entender o que estava acontecendo.

— Sebastian, faz tempo que não nos falamos. Como anda a vida? Você também, Victor, sumido. — disse Bruno.

— Não importa como anda a minha vida. Tire as mãos do Toni agora.

— Claro, você quem manda, meu chapa. — falou Bruno tirando a mão do meu ombro.

— Enquanto a vocês garotas. Deixem Alice em paz, ela não tem nada a ver com isso. — disse Sebastian.

— O que está acontecendo aqui?! — gritou a vice-diretora abrindo caminho entre os alunos.

— Nada vice-diretora. — disse a líder do grupinho de garotas. Rapidamente as outras meninas abriram caminho para Alice e ela veio para perto de mim.

— Que desordem está acontecendo neste colégio! — gritou Helena. Eu nunca tinha visto ela tão fora de si antes. — Todos para seus dormitórios, agora! As aulas de hoje estão canceladas. Professores aguardem instruções. Enquanto aos monitores, se pegarem algum aluno fora do quarto, tragam direto para a diretoria para ser severamente punido. Vão!

Todos os alunos seguiram as ordens da diretora. Eu rapidamente não pude nem falar com Alice, pois quando dei por mim, ela já tinha sumido da minha vista. Seguimos nosso caminho para o dormitório. Sebastian me deu um abraço e foi para o seu dormitório. Sobrando apenas Victor e eu.

— Toni, que loucura. Eu ainda estou tentando absorver tudo o que está acontecendo. Você viu a senhorita Helena? — disse Victor sentando-se em sua cama coçando os cabelos de nervosismo.

— É loucura, mas é real. — digo.

— Você não parece tão chocado.

— A eu estou sim, é terrível. — digo tentando disfarçar.

Ficamos em silêncio por alguns instantes. Depois Victor resolveu ligar seu notebook pra ver como estavam as notícias sobre o colégio.

Como imaginava. A maior parte das manchetes era falando sobre o colégio e o caso do plano de vida. Em uma das matérias dizia que a polícia estava pegando depoimento dos membros do grêmio estudantil, do diretor e do dono do colégio Elite. A coisa estava feia, mas eu não consegui resistir a um sorriso de satisfação. É exatamente isso o que eu queria desde o começo, justiça. Espero que todos os responsáveis se deem muito mal.

Algumas horas se passam. Já não aguento mais ficar dentro do quarto, estou muito entendiado. Victor caiu no sono. E eu estou aqui, trocando mensagens com Sebastian pra me distrair. Ele está bem preocupado comigo. É muito fofa essa preocupação que ele tem comigo. Mas as vezes me irrita um pouco, sei que ele quer me proteger, mas eu não sou indefeso, consigo cuidar de mim mesmo. A conversa prosseguia, mas uma mensagem de Alice interrompeu meu momento de fofura com Sebastian.

Me encontre no meu lugar secreto em 15 minutos.”

Dizia a mensagem.

Alice sempre inventa uma maneira de complicar as coisas. Se ela quer falar comigo, por que não conversa por mensagem? Agora vou ter que me virar pra sair em plena luz do dia com o colégio cheio de monitores andando por todos os lados.

Levanto-me da cama em silêncio para não acordar Victor. Abro a porta lentamente para ver se o corredor está vazio. Está. Fecho a porta atrás de mim. Vou rapidamente até o sótão do alojamento masculino. Está exatamente como da última vez que estive aqui. Sem demora desci a escada. Consegui sair do dormitório. Agora só preciso chegar até o prédio administrativo sem ser pego.

Vou com muito cuidado, sempre olhando para todos os lados pra ver se algum monitor se aproximava. Consegui fazer o trajeto em segurança e rapidamente entrei no prédio administrativo e segui pelo caminho que tinha feito da última vez que estive aqui. Quando cheguei no na sala, Alice já estava lá. Ela mexia num dos computadores e mal notou minha presença.

— Oi — digo entrando na sala.

— Oi. — disse me encarando.

Sento numa cadeira próxima a Alice.

— Como você está? Deve ter sido chato passar por aquilo mais cedo.

— Estou ótima. Já esperava esse tipo de reação, eu também acharia estranho se estivesse no lugar deles. Alguém sair do grêmio antes de essa coisa toda estourar. — respondeu Alice. — E você? Como está se sentindo vendo tudo acontecer?

— Se eu disser que estou tranquilo, estaria mentindo. Na verdade eu estou bem tenso. Só vou ficar aliviado quando ver como isso vai acabar.

— Entendo. Mas se anime, Toni. Uma coisa você pode ter certeza. Esse plano de vida já era. Você está livre.

Não consigo conter um sorriso.

— Não só eu, como todos os outros alunos bolsistas. Fizemos isso por eles também. Obrigado por me ajudar, Alice. Você é incrível.

— Eu só dei uma ajudinha.

— Claro que não. Você foi essencial, Alice. Obrigado, de verdade.

Abraço Alice, ela retribui.

— Agora vou fazer uma pergunta pra você, me diga a verdade. — disse Alice soltando-se do abraço

— Claro. Pode fazer.

— Você e Sebastian…são um casal?

Não estava esperando esse questionamento logo de Alice. Mas também não vejo razão para não abrir o jogo com ela, afinal somos amigos.

— É tão óbvio assim? — respondo dando um sorriso sem graça.

— Na verdade é sim. Qualquer um que observe vocês por mais de dez minutos consegue perceber. Vocês dois têm uma química incrível. E Sebastian é muito ciumento, ele não consegue disfarçar tão bem quanto você.

Rimos.

— Vou revelar uma coisa pra você, Toni. Quando nos conhecemos eu me senti atraída. Cheguei a gostar de você por um tempo, mas aí percebi que o lance entre você e Sebastian era mais que amizade. Então deixei pra lá.

Essa nova revelação de Alice me pega de surpresa. Eu nunca percebi isso dela. Devo ser muito lerdo pra relacionamentos. Só fui descobrir que Alice não é a primeira, Rafael, Otávio e até mesmo Sebastian eram afim de mim depois que os mesmos revelaram. Eu sou muito idiota.

— É… me desculpa? — digo meio sem saber o que dizer.

— Pelo que? Isso acontece, é a vida. Você não tem culpa de não gostar de mim. E isso é coisa do passado, hoje em dia gosto de ti apenas como amigo.

— Talvez você já tenha encontrado um novo amor. Sabem… eu percebi um certo clima entre você e Victor.

— Meu Deus, Toni, não! Victor e eu? Jamais vai acontecer. — disse Alice ficando toda corada.

Dou uma gargalhada. Mas logo paro de rir pra admirar a beleza de Alice. Ela fica muito fofa com as bochechas coradas. As vezes me esqueço que sou rodeado de pessoas extremamente atraentes, se é que é possível se esquecer disso.

— Por que está me olhando dessa forma? — indaga Alice.

— Nada. É que você está corada e está muito fofa. — volto a rir.

Alice sorri.

— Acho melhor voltarmos. Está quase de noite. Daqui a pouco é hora do jantar e confesso que estou faminta.

Voltamos para nossos dormitórios. Ao chegar no meu quarto, encontro Victor acordado.

— Toni onde você esteve? — perguntou assim que fechei a porta.

— Eu fui falar com Alice. Estava preocupado com ela.

— Cara você podia ser pego.

— Mas não fui. Relaxa, Victor.

— Só to preocupado com você, Toni. Você andou meio estranho o dia todo.

— Me desculpa. Acho que preciso descansar um pouco. Vou tentar dormir. Me acorda na hora do jantar?

— Claro. Descansa, irmão.

O café da manhã está muito bom hoje. Parece que o pessoal que trabalha na cozinha acordou animado e decidiram cozinhar da melhor forma possível. Tanto que tive que sair da dieta e comer dois croissants e uma banda de pão com geleia. Comi massa demais, mas sem estou sem um pingo de remorso por ter comido tanto.

Já faz uma semana desde que Alice e eu revelamos ao mundo a verdade escondida dentro dos portões do colégio Elite. A vice-diretora Helena foi inocentada do caso, e promovida a diretora principal. O antigo diretor foi preso, juntamente com o dono do colégio, que teve que colocar o colégio a venda. Alguns alunos saíram do colégio também. Claro que os pais ricos não iam deixar os filhos em um lugar que era considerado a melhor escola do país, e que agora perdeu toda a credibilidade. E por último, mas não menos importante, os alunos do grêmio foram expulsos do colégio. E todos estão sendo obrigados a passar por exames psicológicos pra ver se não há nenhum problema neste sentido. Óbvio que Valentina recebeu um diagnóstico de esquizofrenia e transtorno de bipolaridade, e foi internada em um hospital psiquiátrico pelo pai, um empresário muito influente no ramo automobilístico. Um fim trágico até mesmo para ela.

As aulas continuam normalmente para os muitos alunos que ainda estudam aqui. Agora é proibida qualquer tipo de acesso à internet dentro do colégio. Os computadores que são usados pra pesquisa, foram bloqueados todos os sites que não sejam de pesquisa, e mesmo os computadores são sempre monitorados. Todos suspeitam que tudo isso vazou de dentro do colégio, e estão certos. Por isso foram tomadas medidas para que não ocorra vazamento de informações de novo.

O sinal toca. Hora de ir para a aula. Hoje tenho prova de matemática logo no primeiro período. Não é como se eu achasse ruim, sou bom em matemática, tirarei de letra.

O segundo período foi de inglês. Seguido de intervalo e mais um período de história e outro de física. Depois fomos almoçar. Sebastian e eu fomos na frente, enquanto Victor ficou conversando com um amigo do clube de futebol. Rafael e Alice já estavam na mesa. Eles tem os mesmos horários, e geralmente chegam juntos no refeitório. Alice comia um prato de salada, enquanto Rafael tentava dar conta de uma montanha sobre seu prato. Sentei ao lado de Alice, e Sebastian sentou ao meu lado, passando seu braço direito sobre meus ombros. A essa altura a gente quase nem finge mais que somos amigos. E honestamente, nem ligo mais. Eu amo Sebastian e quero que o mundo veja o quanto sou feliz ao lado da pessoa que amo.

Ao final do intervalo fomos para a última aula do dia, que seria de artes. Mas a professora disse que teríamos uma reunião no auditório. Então lá vamos nós para o auditório.

Chegando no auditório, vemos que o colégio inteiro foi chamado pra essa reunião. Sentamos mais ou menos no meio do auditório, Victor sentou do meu lado direito seguido de Alice, e Sebastian sentou do meu lado esquerdo. Todos os alunos estão aqui, inclusive os do fundamental, que nós mal tínhamos contato por estudarem do outro lado do campus do colégio. A senhorita Helena, agora diretora estava em cima do palco com um microfone na mão. Ela aguardava todos se sentarem. Até que finalmente o barulho da multidão entrando se cessa e ela dá início a reunião.

— Boa tarde alunos. — respostas de boa tarde são ouvidas de todo o auditório — Como sabem, o colégio Elite vem passando por um momento delicado, infelizmente um crime ocorria bem debaixo do nosso nariz. Porém saibam que nada disso vai apagar o grande legado e respeito que o colégio Elite construiu por todos esses anos.

— Já apagou, a reputação deste colégio está no subsolo. — sussurrou Victor no meu ouvido.

Encaro Victor sorrindo. Voltamos a prestar atenção no discurso.

— Essa última semana sofremos momentos difíceis e de incertezas. Mas no fim tudo contribuiu para o bem maior.

— O dela é claro, ela foi promovida. Mas isso nem é muito porque comandar um barco sem rumo nem deve vale tanto a pena. — sussurrou Victor no meu ouvido de novo.

Coloco minhas duas mãos na boca pra abafar uma gargalhada. Só meu melhor amigo conseguiria fazer uma reunião dessas se tornar algo legal.

— Como vocês sabem, o colégio Elite estava a venda, e não demorou muito para que um comprador aparecesse. Agora vou-lhes apresentar o novo dono do colégio Elite: Deputado D´Angelo.

As essa altura do campeonato nem estávamos mais prestando atenção em nada, e eu só ria das gracinhas que Victor soltava. Mas foi impossível não assustar com a diretora anunciando o nome do pai do meu amigo no mais alto tom.

O deputado aparece por detrás das cortinas. Aplausos se surgiram de todos os lados, e teve alguns alunos que até ficaram de pé. Num grande efeito dominó todos se levantaram pra aplaudir o novo dono de todo este império burgues de pé. Porém eu estou chocado demais pra ter qualquer reação que não seja ficar de boca aberta. E meu amigo está tão chocado quanto eu.

Todos voltaram a se sentar. A senhorita Helena entregou o microfone ao deputado, e automaticamente ele começou a fazer um discurso chato e cheio de firulas políticas que ninguém entende ou se importa de verdade. Ainda mais pessoas da minha idade. No fim saímos do auditório e fomos caminhando para o alojamento. Caminhamos em silêncio. Até Sebastian finalmente rompê-lo.

— Você sabia que seu pai tinha comprado o colégio, Victor?

— Eu não fazia ideia. Vocês sabem… eu não converso muito com meu pai. — respondeu Victor.

— A questão é: Por que um político influente como ele compraria um colégio? — indagou Alice.

O questionamento de Alice faz muito sentido. O deputado é um homem ocupado, o que um colégio teria de especial pra atrair o interesse dele. Muito suspeito, não sei porque, mas acho que fui usado.

Todos ficamos pensativos.

— Eu vou falar com meu pai. Nos vemos depois — disse Victor voltando pelo caminho que acabamos de fazer.

Continuamos nosso caminho. Um pouco mais pra frente Alice se separou de nós, disse que tinha coisas pra fazer e se despediu. Ficando apenas eu e Sebastian.

— Parece que somos só nós dois. — disse.

Sentamos no banco próximo dali e conversamos um pouco sobre tudo o que vem acontecendo. Era bom passar um tempo a sós com Sebastian, não temos tido muitas oportunidades de ficarmos sozinhos dentro do colégio.

No dia seguinte, as aulas ocorreram dentro das normalidades. A primeira aula foi de biologia, seguida de literatura. No intervalo, quando ia rumo ao refeitório fui surpreendido por Juliano.

— Bom dia, senhor Vidal. — disse num tom formal, pois estou acompanhado dos meus amigos e ele tem que manter uma postura profissional. — A diretora quer te ver na sala dela.

— Claro. Obrigado por avisar.

Fui sozinho em direção ao prédio administrativo, encontrar a diretora. Não faço ideia do por que ela quer me ver, mas boa coisa não é. Que eu saiba não infringi nenhuma regra, quer dizer, não fui pego infringindo nenhuma regra. Entrando no prédio, vi alguns professores, cumprimentei de longe e segui para a sala da diretora, a nova sala dela.

Bato na porta, uma voz masculina me manda entrar. Entro e me deparo com o deputado D´Angelo.

— Nos encontramos de novo, garoto.

— O que você quer? — digo fechando a porta atrás de mim.

— Primeiramente, sente-se.

Sento-me de frente pra ele. Minhas mãos começam a suar, ficar cara a cara com o pai de Victor nunca é bom, sua presença continua tão intimidadora como da outra vez que o vi.

— Tenho que te parabenizar. Não achava que fosse dar conta do serviço, mas você realmente denunciou expôs todo o esquema. Me surpreendeu.

Não digo nada.

— Cumpri com minha parte no acordo, agora quero aquela gravação que me liga ao caso.

— Claro que você quer, e vai ter. Cumpro com a minha palavra. — digo enfim.

— Que bom que você cumpre, pois ainda me deve uma, eu não me esqueci.

— O que quer de mim.

— Ainda nada. Tudo o que eu queria de você eu consegui. — o deputado abre um sorriso sádico.

— Não é coincidência você ter me ajudado e depois ter comprado o colégio, é?

O pai de Victor me encara em silêncios por alguns instantes, como se tivesse pensando no que dizer.

— Você realmente é muito esperto. E está certo, você foi a oportunidade perfeita pra colocar minhas mão no colégio Elite, e nem foi tão caro comprá-lo. Com a baixa que ele sofreu, as ações despencaram.

Como eu suspeitava, esse tempo todo estava sendo usado. Uma onda de ira me invade, mas me contenho.

— Então tudo o que você quer de mim é a gravação? Eu vou te entregar, não tenho interesse nenhum nela, agora que já alcancei meu objetivo. Foi bom fazer negócio com o senhor. — digo me levantando e pra ir embora.

— Não seja inocente, garoto. Nunca é bom fazer negócios comigo. — disse o deputado antes que eu fechasse a porta.


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Notas finais do capítulo

Oi pessoal, como estão?
To postando o capítulo sem revisão pra n atrasar de novo, depois arrumo os erros.
Um grande abraço pra todos :)



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