O Internato escrita por Rain


Capítulo 15
Quinze




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Os corredores estão cheios. Todos estavam seguindo para suas práticas esportivas, inclusive eu. Mas durante todo o percurso só sentia solidão. A competição de natação estava chegando e minha cabeça está cheia de coisas. Mas eu estava treinando como nunca. Eu canalizava toda raiva, impotência e frustração, e extravasava nos treinos de natação. Estava agindo como uma máquina. Até Rafael falou que eu estava estranho nos treinos, mas que estava gostando da minha competitividade.

Aguentar todo esse fardo sozinho era difícil, minha única forma de extravasar era nadando. O treinador estava bastante satisfeito com o meu desempenho. Meu único problema era que eu estava atrapalhando a equipe de revezamento com a minha individualidade.

Já faz um mês que venho sendo intimidado pelos dois jogadores de basquete. E aguentando tudo calado. Sebastian também não fala mais comigo e me evita em todos os lugares. Alice e eu ficamos mais próximos, assim como fiquei mais próximo de Rafael, mas a amizade dos dois não apaga a lacuna que Sebastian deixou.

Entrando no ginásio, encontro o pessoal da equipe de natação. Cumprimento alguns deles e vou para o vestiário guardar minha mochila e minhas roupas. Quando volto, o treinador me chama de canto para conversar em particular.

— Toni, faltam duas semanas para o estadual. E a equipe está dando tudo de si para isso. Eu estou bem satisfeito com o seu desempenho no Crawl, mas preciso tirar você do revezamento.

Eu não estava esperando por isso, mas sei que é o melhor a fazer. Fico chateado, mas aceito pelo bem da equipe.

— Tudo bem treinador. Se você prefere assim.

— Toni, eu não sei pelo que você vem passando. Conheço meus nadadores e sei que você está diferente, está mais distante, seu desempenho continua ótimo, mas você não transmite nenhuma emoção nadando. Não tem nada aqui. — ele encostou a mão no meu peito, na região do coração — Isso é uma coisa boa, mas não é o seu estilo. Temo que isso possa fazer mal a você quando chegar o grande dia. Tente achar um equilíbrio, garoto. Não gosto de ver você assim.

O treinador sempre foi uma pessoa legal comigo, mas nunca o vi falar dessa forma antes. Era como se ele entendesse meus sentimentos. É bom ouvir essas palavras, mesmo que ele não soubesse exatamente pelo que venho passando.

— Obrigado pelo conselho, treinador. Quem vai ficar no meu lugar no revezamento?

— Carlos. Ele é quase tão bom quanto você. Agora concentre-se apenas na sua especialidade e dê o seu melhor.

Fico feliz por Carlos, de verdade. Torço pra que a equipe fique ainda melhor com a adição dele.

— Valeu treinador. Vou me esforçar ao máximo.

O treino ocorreu normalmente. Carlos foi muito bom no revezamento, e eu gostei de vê-lo feliz. Acho que no fim, foi até melhor ele ter entrado no meu lugar. Rafael que ficou o caminho inteiro de volta ao dormitório questionando do porque da mudança. Eu dizia a verdade, que foi decisão do treinador, mas ele continuava questionando, dizendo que devia ter algo a mais pra ele me tirar do revezamento. Quando cheguei nas escadas do dormitório, até respirei aliviado. O dormitório de Rafael ficava do outro lado, ele teria que subir a outra escadaria.

Chego no meu quarto. Encontro Victor sentado de frente pra seu guarda-roupa de malas abertas, com ele empilhando várias roupas bagunçadas dentro delas.

— Victor?

Victor me olha surpreso, como se não esperasse ninguém agora.

— Toni, chegou cedo hoje. Que horas são? Perdi a noção da hora.

— É quase a hora do jantar. Por que as malas? Vai aonde?

— Toni eu… não queria ter que te contar assim, mas eu vou embora do colégio. De manhã.

— Por que? Como você vai assim do nada?

— Meu pai. Ele está me mandando pra Suíça.

— Porque agora? Já estamos quase no fim do ano letivo, não faz sentido nenhum. — meus olhos enchem de lágrimas. Não só os meus, mas os de Victor também.

— Ele quer se livrar de mim, Toni. Ele vem me pressionando faz um tempo, mas não dá mais pra fugir. Ele está vindo me buscar pessoalmente amanhã, e fechar minha matrícula no Elite.

— E você só me conta agora?

— Eu queria contar, mas você está meio distante desde que se afastou de Sebastian. Não queria te atrapalhar com meus problemas.

— Mas somos amigos, Victor. Independente do estado que estou, eu sempre estarei aqui por você. Eu poderia ter ajudado de alguma forma. Você não precisava aguentar tudo sozinho. Você não quer ir, e… eu não posso perder você também.

Abraço Victor. Lágrimas escapam do meu rosto sem que eu consiga contê-las. Um grande sentimento de culpa me invade. Culpa por estar tão focado nos meus próprios problemas que não fui capaz de notar que meu amigo estava precisando de mim. Fui muito egoísta em pensar apenas em mim.

— Me desculpe por não ter percebido. Eu sou um idiota.

Victor se afasta de mim, coloca a mão no meu rosto e seca algumas de minhas lágrimas.

— Você não tem que se desculpar, Toni. Não chore.

— Eu quem deveria consolar você e não o contrário. — digo.

Victor ri.

— E agora. O que fazemos? — pergunto.

— Você poderia me ajudar a fazer as malas.

Não era bem isso que eu tinha em mente, mas sentei-me pra ajudar Victor. Porém minha cabeça pensava em maneiras de poder ajudar Victor nisso. Não posso simplesmente deixar que meu amigo vá embora contra sua vontade.

De manhã, acordo mais cedo que de costume. Mal dormi a noite com tantos problemas a minha volta. Levanto-me e me arrumo para o colégio. Leva um bom tempo para que o despertador soe e Victor acorde. Ele levanta, sorri para mim de forma segura. Está tentando ser forte.

Depois dele já vestido tento criar um diálogo.

— Você vai assistir alguma aula hoje?

— Não. Seria inútil. Vou me arrumar e depois esperarei meu pai no prédio administrativo.

— Tudo bem. Vamos tomar café então?

— Desculpe, Toni, mas estou sem apetite hoje. E meu pai já deve estar chegando.

— Bem, acho que isso é um adeus então.

Nos abraçamos.

— É difícil dizer adeus. — digo.

— Muito difícil. Mas vai ficar tudo bem, tente se resolver com Sebastian. Ele sente sua falta, já me disse isso várias vezes.

Aceno positivamente.

Deixo o quarto e vou em direção ao refeitório. Caminhei boa parte do percurso sozinho, mas quando estava andando pelo corredor que dava acesso ao refeitório, encontro os dois brutamontes jogadores de basquete. Era tudo o que eu não precisava no início do meu dia, encontrar esses dois babacas.

— Olha só quem nós encontramos logo cedo. — disse o mais baixo, que acabei descobrindo que se chama Natan.

— Me deixem, não estou num bom dia hoje.

— Ei, fale direito conosco. Quem você pensa que é seu viadinho! — disse Gabriel se alterando.

— Toni? — ouço a voz de Sebastian atrás de mim. Me viro e lá estava ele me olhando de forma meio curiosa, meio intrigada. — Algum problema?

— Claro que não. — disse Natan — Estávamos apenas conversando.

— Com certeza. — disse Sebastian irônico — Então já estão de saída né? Tchau rapazes.

Natan e Gabriel saem desconfiados, e, sem dizer uma única palavra para Sebastian. Esses covardes não tem coragem de mexer com alunos ricos.

— O que foi isso? — indagou Sebastian.

— Isso o que? Estávamos apenas conversando.

A expressão de Sebastian mudou em segundos. Agora ele parecia triste. É a mesma expressão que ele sempre me olha desde que nos afastamos.

— Preciso falar uma coisa com Victor. Ele pediu pra eu encontrar ele hoje, mas não o encontro. Sabe onde ele está?

Uma pontada de decepção me atinge. Eu não esperava que Sebastian fosse me procurar logo agora, mas me procurar pra perguntar de outra pessoa, doeu.

— Então você não sabe? Ele vai embora. Hoje.

— Como assim? Embora pra onde?

— Pra suíça. O pai dele vai mandá-lo para o exterior pra manter ele sob controle.

— Que droga.

Sebastian sai correndo pelo corredor. Eu o sigo.

— Onde você vai?!

— Não posso simplesmente ver meu amigo ir embora assim.

— E o que planeja fazer?

— Invadir o prédio de administração e falar com o pai dele.

— O que? — paro no meio do percurso — Isso é loucura.

Sebastian para também e me encara com seus profundos olhos pretos.

— É, Toni. É loucura, mas fazer algo louco ainda é mais válido do que simplesmente não fazer nada. E aí, vai ficar ai ou vai me ajudar?

Sebastian me estende a mão. Eu a pego e seguro firme.

— Estou com você.

E partimos os dois, de mãos dadas, para fazer algo insano aos olhos de todos no colégio. Afinal, não é todo dia que dois alunos invadem o prédio administrativo para impedir que seu amigo seja transferido.

Chegando no prédio administrativo. Procuramos por Victor ou por qualquer homem de meia idade que se pareça com ele. Nos deparamos com Victor sentado numa cadeira de frente para a sala da vice-diretora.

— Victor. — disse Sebastian se aproximando.

Victor nos olhou surpreso.

— O que vocês tão fazendo aqui? Deviam estar na aula uma hora dessas.

— Não podemos deixa você ir — disse Sebastian –— viemos falar com seu pai.

A expressão de Victor era de choque.

— Eu não sei se isso é uma boa ideia.

A porta dá sala da vice-diretora se abre. Helena sai acompanhada de um homem de meia idade, alto, cabelo arrumado num topete perfeito, terno preto muito bem passado e uma áurea fria e superior. Eu já o tinha visto na TV – e na internet – em algumas notícias relacionadas a política no jornal, mas vê-lo em minha frente e saber que ele é o pai de um amigo próximo me fez sentir o peso do nome do colégio Elite.

— Pai? — disse Victor sem graça ao notar a presença do seu carrancudo pai.

— Já está pronto para ir, Victor?

— Sim. Estava apenas me despedindo dos meus amigos.

— Deputado D´Angelo, queremos falar com o senhor. — Sebastian falou num tom destemido.

O homem nos encara como se só agora percebesse nossa presença ali. Encarou Sebastian de cima a baixo e depois me encarou, mas ao me encarar, sua expressão fria muda para espanto. Em questão de segundos sua expressão volta a ser fria, mas ele ainda mantinha os olhos em mim.

— Vocês não deviam estar aqui, garotos, é horário de aula. — disse Helena revezando o olhar entre mim e Sebastian.

— Quem são vocês? — O pai de Victor continuava e me encarar.

— Eu sou Sebastian Ferraz, filho do dono da Corporação Ferraz, e ele — Sebastian apontou para mim — É Antônio Vidal, atleta premiado nacionalmente. Somos amigos do seu filho.

— E o que querem falar comigo?

— O senhor não pode simplesmente levar Victor para fora do país assim.

— Não se intrometa em assuntos que não são de sua conta, garoto. — o senhor D´Angelo era muito intimidador.

Eu respiro fundo tomando coragem e digo.

— Mas isso é de nossa conta, quer dizer… Victor é nosso amigo, Senhor. E ele está infeliz de ir embora.

— Se vocês são amigos dele, sabem o quanto este garoto é irresponsável. Ele não tem um rumo na vida e nem interesse em nada, é inconsequente, tem péssimas notas e só pensa em si mesmo. Ele vai suceder meu lugar na política um dia. Precisa tomar jeito.

— Eu não quero entrar pra política, você sabe disso, pai! — Victor rompeu seu silêncio.

— Não discuta comigo, garoto!

Victor abaixou a cabeça envergonhado.

Foi a primeira vez que vi Victor agir dessa forma. Ele sempre pareceu tão seguro de si e corajoso. Parece que lidar com a pai controlador não era tão fácil assim, a postura de Victor era completamente diferente. Ele estava nervoso, quase chorando.

— Nós entendemos que o senhor tem grandes planos para o seu filho, isso é perfeitamente normal. Mas ele é jovem, e ainda está no ensino médio. Acha justo ele passar os últimos meses do ensino médio, longe dos amigos e pessoas amadas?

— Este garoto só ama a si mesmo! — o pai de Victor o encarava com desgosto.

Eu não sei qual pessoa o pai de Victor estava falando, mas definitivamente não é o meu amigo. Lembro-me dos momentos que passei com Victor, do grande amigo que ele é. De quando ele percebeu meus sentimentos por Sebastian e mesmo assim me deu total apoio.

— Victor foi a primeira pessoa a me acolher quando cheguei nesta escola. Sempre me ajudou em tudo que estivesse em seu alcance. Ele me compreendeu num dos momentos que mais tive medo. Seu filho é uma das melhores pessoas que conheci. Esta pessoa que o senhor está falando, não é Victor — digo.

O senhor D´Angelo me encarou calado por uns instantes. Depois olhou para Victor que mantinha a cabeça baixa.

— Tudo bem. Eu darei essa chance a você, garoto. É a primeira vez que vejo alguém falar de você assim. Você parece ter arranjado bons amigos. — Ele virou-se para a vice-diretora, que eu até tinha esquecido que estava ali. — Senhorita Helena, é tarde para rematricular meu filho de volta no colégio?

— De forma alguma, Deputado D´Angelo.

— É sério? Eu… eu vou ficar no colégio, pai?

— Vá pra aula logo, antes que eu mude de ideia.

Victor me abraça e depois abraça Sebastian em comemoração. Depois pega uma de suas malas enquanto Sebastian o ajuda pegando a outra.

— Estou te dando uma segunda chance, Victor. — disse o deputado quando estávamos virando as costas para irmos embora. Rapidamente voltamos a encará-lo — Não me decepcione.

— Eu vou chamar um monitor para acompanhar os três. E para ele dar uma detenção a vocês dois. — disse Helena.

— O que?! — Sebastian e eu falamos em uma só voz.

— Vocês deveriam estar em aula. Infringiram uma de nossas regras mais importantes.

Helena saiu em busca de um monitor.

— Droga. — reclamou Sebastian.

O pai de Victor pareceu satisfeito em ver a diretora nos dando uma punição. Ele observava com um pequeno sorriso sádico no rosto.

Nos viramos para acompanhar a diretora a busca por um monitor, mas algo me incomodava. Porque o pai de Victor me olhou daquela forma ao me ver? Ele parecia intrigado comigo ali. Eu precisava de respostas. Voltei-me para o homem.

— Deputado, eu poderia conversar com o senhor em particular? — perguntei.

O pai de Victor pareceu surpreso. Não só ele, mas Sebastian, Victor e até a vice-diretora me olhavam intrigados.

— Claro. — ele se vira aos outros que ainda me olhava boquiabertos — Poderiam nos deixar sozinhos?

Os três seguem pelo corredor.

O Deputado abre a porta do escritório da vice-diretora para eu entrar. Depois ele entra e fecha porta atrás de si.

— Então garoto, o que quer comigo?

Estar sozinho com o pai de Victor numa sala vazia, me assustava. Mas eu precisava saber o por que dele ter agido daquela forma ao me ver.

— Eu percebi que o senhor ficou meio… — tento achar uma palavra que se encaixe sem deixar o homem irritado comigo — surpreso ao me ver com Victor. E ficou me observando durante a conversa. Eu gostaria de saber o porquê?

— Eu só fiquei surpreso do meu filho se misturar com pessoas como você.

— Pessoas como eu?

— Sim. A essa altura já devem ter entregado o plano de vida a você.

Como eu suspeitava, o pai de Victor sabe sobre essa merda de esquema doentio de leilões de adolescentes.

— Então o senhor sabe.

— Claro que sei. Eu estava tentando comprá-lo.

Meu coração congela com esta informação. Então o pai de Victor também me queria. Estar frente a frente com uma das pessoas envolvidas nos leilões me assusta. Não hesitei em dar um passo para trás. Ele ri.

— Eu não queria você para mim, se é isso o que está pensando. Minha filha mais velha ao ver que você estava a venda ficou louca, ela queria você de todo jeito. Então tive que participar do leilão, mas as ofertas eram muitas, e aumentavam cada vez mais. Não deu para comprá-lo. É vantajoso ter o rostinho tão belo e frágil como o seu, todos queriam você. Não consegui comprá-lo. Minha filha ficou brava comigo por dias.

— Isso é nojento. Eu não sou um objeto! — não consegui conter meu tom de voz. — O senhor acha certo venderem pessoas assim, apenas para o prazer da elite?

— A vida é assim. Parece bela, mas se você olhar direito, é obscura.

— Minha vida não era assim. Não até eu entrar nesta droga de colégio e ter meu futuro roubado.

— Olha garoto, eu sinto muito por você. Se soubesse que você era amigo de Victor, teria me esforçado mais para tê-lo. Vocês parecem bem… íntimos. E você daria um bom assessor para a futura carreira política do meu filho. Seria um grande investimento.

— Íntimos? Victor é como um irmão pra mim. Você realmente não sabe nada sobre o seu filho.

— Tanto faz. — falou seco — Se é só isso o que queria, preciso ir embora. Tenho muitos compromissos.

— Eu preciso de sua ajuda. — digo rapidamente antes que ele se virasse.

Ele riu de desdem.

— Ajuda? Para que?

— Eu quero acabar com todo este esquema. Mas não consigo sozinho, preciso de alguém influente para me ajudar.

— Como você pretende fazer isso?

— Eu vou expor tudo para a mídia, cada meio de comunicação vai saber do que ocorre aqui. Vou expor cada membro do grêmio estudantil, eles vão pagar pelo que fizeram comigo. Principalmente Valentina.

O Deputado sorriu, seu sorriso era malicioso.

— Você tem coragem, eu admito. Mas eu não vejo vantagem nenhuma em te ajudar. O que eu ganharia com isso?

Tive que reunir toda a coragem que tinha para dizer o que estava prestes a dizer.

— O que senhor quiser. — minha voz tremeu.

— Tudo bem, garoto. Eu irei ajudá-lo nisto. Mas com duas condições: Você não envolverá nem o meu nome, nem o de Victor no meio disso. E quero que você destrua totalmente a reputação do dono e também do diretor deste colégio, quero eles na prisão. Aceita meus termos?

Era arriscado, e eu estava entrando em um terreno desconhecido, mas alguém precisa dar um basta nisso, e eu tenho a oportunidade de fazer isso. Não é só por mim, também é por cada um que teve sua vida roubada por este lugar.

— Aceito.

— Perfeito. Meu motorista entrará em contato com você. Ele é a pessoa que mais confio para esta função, aguarde contato.

O deputado estava quase saindo da sala, mas eu o chamo. Ele se vira para mim.

— E o que eu terei que fazer pra honrar nosso acordo… quer dizer, creio que essas condições impostas no acordo são a parte do que o senhor irá mesmo me pedir.

— Tudo a seu tempo, Antônio. Primeiro nós nos vingamos, depois você me paga o favor.

Está feito, meu pacto com o diabo.


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Notas finais do capítulo

Oi pessoal, como vcs estão? O próximo capítulo sai na quarta-feira.
Um grande abraço a todos :)



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