Já era sábado e Tasha não via Reade há dois dias, apenas uma mensagem de bom dia ou boa noite que ela não se estendia, ele ligou sexta à noite mas ela não atendeu. Estava se sentindo sozinha, mas precisava se cuidar principalmente por causa da gravidez. Pela manhã foi às compras em busca de abastecer a geladeira e a dispensa e passou o restante do dia organizando e limpando seu apartamento, quando já estava terminando recebeu um telefonema de Patterson avisando que iria com Jane até lá. Tasha se arrumou para esperar as amigas. Pelo menos teria um pouco de companhia.

As duas chegaram levando lanche para um café da tarde, Tasha preparou café e chá pra elas.

— Como ele está lindo, Jane! – Tasha segurava Ben em seus braços. Era um bebê lindo e saudável que misturava as feições do pai e da mãe.

— Daqui uns dias você terá Miguel e vai ver só como essas coisas pequenas alegram nossas vidas. – Disse a morena sorrindo para o filho.

— Não vejo a hora disso acontecer.

— E Reade? – Patterson tinha achado Tasha meio triste, talvez por causa da viagem do marido.

— Chega amanhã às tarde. – Tasha desviou os olhos e tentou mudar de assunto, pois não queria falar sobre a bagunça que eles estavam.

As amigas passaram uma tarde perfeita e descontraída, falando sobre crianças, bebês, e Patterson confessou que havia dado entrada a um processo de adoção. As amigas se admiraram, pois não sabiam que ela desejava ser mãe e a apoiaram na decisão.

Ao se deitar naquela noite Tasha viu um alerta de mensagem no celular “Estou com muitas saudades. Te amo! Ed.” A mensagem veio acompanhada por um coração. Tasha sentiu um aperto no peito, pois estava sentindo muita falta de seu companheiro, ela esperava que os dois conseguissem se ajeitar. Ela não respondeu a mensagem, apenas fechou os olhos e dormiu.

No domingo pela manhã Tasha saiu pra caminhar nos arredores e comprou algumas flores para alegrar a casa. Como sentia falta de Reade! Ela pode entender o que ele sentira quando ela partiu. Ela preparou seu almoço e procurou um livro pra ler para que o tempo passasse mais rápido. Reade voltaria hoje e apesar de todos os acontecimentos ela estava com uma vontade imensa de vê-lo, mas estava muito abatida devido a tudo que estavam passando.

Já era tarde quando ela se deu conta que Reade não chegara e já começou a se preocupar, mas decidiu esperar mais um pouco pra ligar e saber se havia acontecido alguma coisa. Tomou um banho e vestiu uma camiseta do marido para tentar senti-lo mais próximo. O cheiro dele estava na camisa e ela já se viu chorando de saudade e solidão. Tasha se deitou no sofá para esperá-lo, mas o abatimento a levou a adormecer.

Reade já estava longe de casa por tempo demais e não via a hora de voltar, ele sabia que precisava consertar as coisas com Tasha, mas não sabia realmente como fazer isso, pois ele havia bagunçado tudo. Mandou mensagens pra ela e sentiu muita distância nas respostas, quando ligou ela não lhe atendeu. Ele sabia que havia errado em suas atitudes, mas o tempo fora serviu para lhe mostrar que não podia viver sem ela e agora também sem seu filho.

Seu voo havia sido cancelado e fora substituído por outro duas horas mais tarde. Devido ao tempo que ficou em reunião quando voltou pro hotel pra se arrumar antes de ir embora não teve tempo de carregar o celular e ficou sem ter como ligar pra Tasha e avisar que demoraria. Ela estava sozinha esses dias todos e ele imaginava que ela devia estar ainda mais chateada por toda essa distância.

Ao chegar em casa já era noite e às luzes estavam todas apagadas, ele a viu dormindo no sofá vestindo sua camiseta e não pode deixar de notar como ela estava maravilhosa, já estava bem evidente o volume em sua barriga e Reade se aproximou colocando a mão sobre ela. Ele sentiu um movimento sob sua mão e por um momento pensou que estava imaginando coisas, mas o movimento se repetiu e ele percebeu que Miguel estava se mexendo no ventre da mãe. Sua emoção fora tanta que as lágrimas desciam por seu rosto.

— Oi. O que houve? – Tasha acabara acordou e se assustou ao vê-lo chorando.

— Ele está se mexendo. Eu senti. Miguel está mexendo. Desde quando isto vem acontecendo? O que eu perdi esses dias todos longe? – Reade continuava chorando.

— Ele não tinha se mexido, foi a primeira vez. – Tasha colocou a mão sobre sua barriga e também pode sentir um leve movimento. – Oh! – Ela também chorava com uma das mãos na boca.

Os dois se abraçaram e os soluços só aumentaram, principalmente Reade que chorava feito criança pequena. Por fim Tasha cessou o choro e apenas permaneceu abraçada à ele lhe dando apoio. Os dois permaneceram abraçados por vários minutos sentindo o conforto dos braços um do outro.

— Reade olha pra mim. – Ele olhou nos olhos dela que segurou-lhe o rosto entre as mãos. – Eu estou aqui pra você, sempre!

— Obrigado, não sei o que eu faria sem você.

A promessa de Tasha de estar sempre com ele ia muito além da vida matrimonial, pois há anos os dois nutriam uma amizade tecida na confiança que encontraram ao lado um do outro o que só fez aumentar quando eles assumiram seus sentimentos.

Reade sentiu tanto amor nos gestos e nas palavras dela que não pode deixar de se sentir idiota por quase ter colocado tudo isso a perder com suas atitudes.

— Vem cá. – Reade a carregou no colo e os dois foram sorrindo até chegarem no quarto. Reade a colocou na cama e a olhou com carinho e amor.

— Eu senti tanto a sua falta. – Tasha era só carinho e amor em suas palavras.

Eles se beijaram intensamente dispostos a destruir qualquer distância que ainda houvesse entre eles. Quando Reade tocou o seio dela sobre a camiseta Tasha não pode deixar de soltar uma gemido baixo, pois sentia falta de estar com ele há dias. Reade se apressou em tirar-lhe a blusa aprofundando no toque e buscando com a língua espaço na boca dela. A morena o ajudou a se livrar da gravata e camisa e se apressou em tocar a pele nua de seu amante explorando cada parte de seu peitoral. Reade se acendeu com o toque familiar de suas mãos delicadas em sua pele e não pode deixar de se sentir um homem de sorte por ter ao seu lado uma mulher maravilhosa como essa.

Tasha deitou-se na cama e Reade pôs-se a admirá-la, seus seios estavam maiores devido às gravidez o que a fazia ainda mais sensual, sua barriga de quase cinco meses se mostrava protuberante o excitava ainda mais sabendo que havia algo seu ali. Ele distribuiu beijos e toques suaves nos seios dela, pois sabia o quanto estavam sensíveis, enquanto corria a mão pela barriga dela despertava ainda mais o desejo entre eles. Quando ele alcançou seu centro Tasha gemeu mais alto lhe trazendo mais necessidade de senti-lo. Reade a penetrou com um dedo depois mais um e com o polegar traçava círculos em seu clitóris fazendo-a enlouquecer, quando Tasha pensou que não aguentaria mais ele parou aproximando seus rostos e beijando-a com ferocidade.

— Reade, eu preciso agora! – Tasha suplicou interrompendo o beijo.

Ao seu comando e, sabendo da limitação de posições devido à gravidez, Reade se colocou de pé fora da cama e a puxou para a beirada, Tasha o enlaçou com as pernas erguendo o quadril enquanto ele a penetrava cuidadosamente.

Ao senti-lo completamente dentro dela Tasha pensou que enlouqueceria de prazer. Reade se movimentava com tranquilidade sentindo-se preencher cada espaço dentro dela, ele não queria ir muito rápido na tentativa de intensificar ainda mais esse momento, e também pelo cuidado com o estado dela, mas aquilo a estava fazendo enlouquecer.

— Não precisa ter medo de me machucar. Por favor! – Tasha pediu com um fio de voz.

Reade sorriu segurando firmemente as pernas dela em sua cintura, aumentou os movimentos e em poucos minutos a sentiu estremecer e o apertar dentro dela. Aquilo atingiu Tasha como um choque elétrico a fazendo tremer da cabeça aos pés enquanto soltava gemidos baixos, suas sensações se prolongaram até que Reade caiu de cabeça em seu orgasmo.

O cansaço a atingiu com tanta intensidade que Reade a ajudou a se deitar colocando o cobertor sobre ela que adormeceu quase imediatamente.

Essa foi uma das poucas noites que Reade não teve pesadelo, pois estava disposto a lutar contra tudo isso e sua força estava ali ao seu lado e era o amor pela esposa e pelo filho.