Calabasas' Almost Fairytale — Interativa escrita por Mxtheusx


Capítulo 5
04 — Your Secret Is Safe


Notas iniciais do capítulo

SOCORRO eu nem acredito que finalmente to postando capítulo novo, parece que faz anos que eu não postava!
Enfim, morecos, me perdoem, o álcool tá acabando comigo mas eu prometo que vou parar.



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Após o fim do desfile todos foram aproveitar o incrível evento, era o lugar perfeito para fazer contatos, e é claro, beber e comer de graça. Quase todo mundo estava contente com o resultado final do show que havia ocorrido na passarela, perto da grande mesa, onde a família Contursi e os seus convidados festejavam o sucesso do evento, a família Duarte parecia um pouco abalada, o Senhor Duarte resmungava enquanto a sua esposa tentava desesperadamente falar com a filha através do telefone, se perguntava o que havia ocorrido de errado para que ela não tivesse participado do desfile.

Alissa estava de volta a mesa, ela se sentava entre Jack e Alexis, que estava sentada ao lado de Pedro, Jason ainda não tinha voltado, o que podia ser considerado bom porque ele odiaria ouvir as coisas que a senhora Contursi e a senhora Cavallari cochichavam a respeito da tia do rapaz. As senhoras da alta sociedade tinham a filantropia em seu sangue, faziam eventos para ajudar os sem-teto ou crianças com algum tipo de deficiência, mas conseguiam ser bem maldosas quando queriam.

— Abby veio desacompanhada? De novo? — A senhora Cavallari comentava sussurrando com a mãe de Alexis — Ela deve ter vindo com o sobrinho Jason ou com o filho Michael.

— Disseram que foi com o Jason — A senhora Contursi colocou a mão na boca e abafou uma risadinha — Oh, Lilian, você está nova demais para estar esquecendo as coisas — Se aproximou mais da amiga para falar, não podia ser ouvida por outra pessoa naquele momento — Eu te liguei enquanto você estava na Europa, eu te falei, Michael morreu.

 

As pessoas mais velhas podiam ficar sussurrando entre si sobre os filhos dos outros, mas ninguém iria falar publicamente sobre os seus próprios filhos. Daniel Contursi jamais iria dizer publicamente que havia achado cocaína no quarto da filha, William Cavallari nunca iria comentar sobre o fato de Alissa ter ficado bêbada nas férias em família e ter feito topless, os Anwhistle se gabavam do filho perfeito, Pedro, mas nunca iriam mencionar o passado do filho na roda dos amigos, os Snyde jamais diriam publicamente o quanto acham que o filho é um fracassado e os De Palma também não iriam sair por aí falando que achavam que o filho beijava meninos.

 

Jack Snyde estava um pouco chapado, meio bêbado e meio inconsciente, no começo do evento parecia um príncipe da Disney, agora parecia... Um príncipe chapado, não era como se ele fosse um desses maconheiros qualquer que se vê por aí. Ele não é hippie, nem anda de skate e nem tem uma dieta vegana. Ele estava com os olhos vermelhos e havia acabado de apertar um nos bastidores, mas ele cheirava bem, vestia o seu terno da Gucci, definitivamente sabia como amarrar uma gravata e jogava futebol na escola, certamente iria para Harvard ou Yale. Mesmo após o desfile, Alexis e Rico ainda estavam um pouco nervosos, ambos estavam se cobrando demais. Apenas Pedro e Alissa pareciam estar realmente relaxados, ele comendo alguns rolinho-primavera e ela bebericando o seu Bloody Mary.

— Estou louca para comer esses ovos — Disse a agregada da família Cavallari para ninguém em particular enquanto cortava seu omelete de salmão. A madrasta de Alissa tinha um sotaque que dia “ei, suas vadias, eu vim do Bronx”, mas é claro que ela tentava se segurar e ser elegante. — Ai, era disso que eu precisava, de alguns bons ovos.

Alissa ria sem pensar no quão constrangida a avó estava naquele momento. Jack olhou para ela e começou a rir, as palavras da mulher ecoavam na sua cabeça, como ele não havia reparado antes no duplo sentido das palavras. Estou louca para comer esses ovos. Era tão engraçado e a risada de Alissa era tão contagiante, ele estava preparado para rir até perder o fôlego. Quando a risada da morena cessou todos olharam para eles, os Snyde estavam constrangidos, se perguntavam se o filho já estava bêbado. Normalmente o Senhor Snyde iria repreender o filho, mas ele só estava se divertindo com a caçula dos Cavallari, e talvez isso fosse bom para os negócios, certo?

— Então, Pedro, como está indo o planejamento para o baile de inverno? — Perguntou a Senhora Cavallari, balançando a sua taça com vinho tinto. Estava tentando mudar o assunto da mesa, conseguia ouvir as risadinhas devido ao comportamento da nora.

— Estamos planejando a decoração e os convites — Respondeu o rapaz com um belo sorriso nos lábios. — Estávamos pensando em alguma coisa no estilo de Winter Wonderland, aliás, eu estava pensando — Ele deixou escapar uma risadinha, quando parava para pensar nos idiotas que cercavam ele era necessário rir, era rir ou surtar, e Pedro não podia se dar ao luxo de surtar. — Todos acham que é cedo demais para começar a planejar.

— Isso é maravilhoso! — A idosa deu um gole na bebida escura. — Eu me lembro dos bailes que eu costumava organizar — Ela estava nostálgica e tinha uma expressão sonhadora — Mas o que sempre me preocupava era se os meninos bonitos iriam aparecer.

Pedro sorriu, um pouco constrangido, era estranho pensar que um dia aquela mulher havia tido a idade deles.

A filha dos anfitriões estava extremamente entediada na mesa, quando chegou trifles para todos na mesa ela percebeu que só desejava mesmo comer um cheeseburger, o que era completamente diferente da situação que se encontrava a melhor amiga, que mal havia recebido a sobremesa e já estava enfiando uma cereja na boca. Quando a Senhora Contursi começou a ficar nostálgica a respeito de seu tempo no colégio Alexis simplesmente levantou e saiu sem direção. Alissa não desejava se levantar, mas sentiu-se na obrigação de ver como a melhor amiga estaria. A música Eastside, do benny blanco, tocava e alguns jovens dançavam enquanto bebiam champanhe.

— E aí, Lexi — Era engraçado quando elas se chamavam pelos apelidos de infância. — Não quer ouvir a sua mãe falando sobre a época em que ela tinha uma gangue? É sempre divertido.

— Sai fora, Ali — Alexis não conseguia disfarçar o fato de que algo a incomodava, não era como se ter colocado a amiga para desfilar tivesse feito seu coração se acalmar. Onde Melinda havia se metido? E por que a mesa dos Duarte estava vazia? — Eu só preciso de uma bebida e é isso.

Logo uma garçonete passou pelas meninas e elas acabaram agarrando duas taças de champanhe cada uma, mas logo apareceu Jack, um pouco bêbado, envolvendo as garotas em seus braços. Caiu um pouco de bebida no vestido de Alexis, mas ela não ligou, virou a bebida garganta abaixo e em seguida ofereceu a outra taça ao rapaz louro, que as soltou e voltou a beber.

— E aí? O que a gente vai fazer pra sair dessa chatice? — Ele perguntou dando um longo gole no champanhe. Ele sabia que se andasse colado nas duas meninas iria acabando tendo uma noite épica.

— A gente deveria ir para a casa da piscina, sabe? Relembrar os velhos tempos — Sugeriu Alexis.

Eles certamente deveriam, a festa já começava a ficar chata para eles, o DJ abaixou a música e começou a tocar uma espécie de soft electronic, as pessoas se levantavam das mesas e começavam a interagir, falavam sobre o futuro, negócios a serem fechados e universidades a se entrar. Certamente aqueles três não precisavam daquilo, uma ligação para um antigo colega ou para o reitor e pronto, já estavam nas graças de qualquer instituição qual desejassem ir. Então o que restava fazer era aproveitar o resto daquele dia fazendo uma farra, o que eles sabiam fazer muito bem. Alissa esvaziou os dois flutes que segurava e em questão de segundos já estava com mais um na mão. O coração dela ficou um pouco apertado ao se lembrar da garota que havia desfilado ao seu lado: onde estaria Arabella? Ela talvez precisasse de um bom drink depois de ter sido esfaqueada nas costas.

— Por que não manda mensagem para a Arabella? Talvez ela queira se juntar a nós — Sério que Alissa estava sugerindo isso? Chamar a garota que havia feito confusão em sua festa a troco de nada? De qualquer maneira Alexis já estava tirando o celular do sutiã e enviando mensagem para sua traficante preferida.

 

De volta à mesa os três jovens se encarregaram de arrastar os outros para a festinha particular. Alexis pediu a ajuda de Pedro, sabia que na frente de todos ele não iria recusar e além de tudo, não era possível que eles gostasse tanto assim da companhia dos pais, Jack ajudou Rico a se levantar e o puxou pelo pulso, estava sendo um pouco bruto e desajeitado, mas ninguém podia culpá-lo, corria álcool em suas veias. Todos olhavam para eles, pareciam um pouco suspeitos, mas logo a Senhora Contursi começou a chamar toda a atenção para ela novamente, ela simplesmente não conseguia evitar.

 

Após receber as mensagens de Lexi, Arabella encontrou com os outros adolescentes e se juntou ao grupo, caminhava na frente dos rapazes junto das outras duas garotas. Elas pareciam mulheres de filmes, seguravam seus vestidos com uma mão e os sapatos com a outra, elas já estavam um pouquinho bêbadas depois de algumas doses de tequila no bar junto dos rapazes. Todos pareciam estar se divertindo, menos Pedro, que parecia se esforçar para ser visto com um sorriso nos lábios, enquanto caminhava tentava ignorar qualquer pensamento negativo que viesse a sua cabeça, qualquer faísca que pudesse surgir podia ser capaz de provocar uma explosão.

— Quem ‘tá na porra da minha casa?! — Alexis gritou percebendo que havia algumas luzes ligadas, havia uma música alta vindo de dentro, ela não conseguia acreditar que alguém havia invadido, a sua casa da piscina era como se fosse a casa da árvore de uma criança de classe média. — Quem é o filho da puta que tá aí dentro? — Ela gritou enquanto abria de uma vez a porta dupla que levava ao interior.

Quando a porta branca se abriu foi possível ter uma visão perfeita de Jason Osborne e do novato, Enricco Lefon, se agarrando sem camisa no sofá que a avó de Alexis havia dado a ela antes de morrer. Era uma cena chocante e todos estavam boquiabertos com a situação, menos Alissa que não conseguia parar de rir em pensar no casal se agarrando no último presente da avó da amiga e Pedro que agiu com indiferença, ele já havia visto uma versão mais nojenta daquele beijo. Eles só perceberam que havia pessoas encarando quando a gargalhada de Ali foi mais alta do que a música, e então eles ficaram mais chocados do que os próprios colegas. Enri desejou poder se esconder, ele ainda não estava pronto mesmo que soubesse que em algum momento aquilo poderia acontecer.

— O que está acontecendo aqui? — Não era como se ela estivesse brava, mas se alguém tivesse pedido um quarto emprestado teria sido menos chocante. Rapidamente todos entraram, a porta se fechou e o som foi desligado. E olha só, silêncio estranho e constrangedor. Foi então que todos que haviam acabado de chegar começaram a rir, cada um com o seu motivo: Jack e Rico riram porque a risada de Alissa era contagiante, Alexis riu porque aquele era o sofá que a avó havia comprado para ela semanas antes de morrer, Arabella riu porque Jason parecia um pimentão de tão vermelho e Enricco estava completamente constrangido, Pedro só riu para fingir simpatia, não queria ser a única pessoa séria que encarava o casal.

— Porra, vamos começar a essa festa — Gritou a jovem Cavallari. Mesmo que já estivessem todos bêbados a festa só acabaria quando eles passassem pelo estágio da transtornação.

Alissa e Jack foram para o bar, o louro abriu o frigobar e pegou uma garrafa de vodca russa, a morena abriu a geladeira e levou até ele uma garrafa de coca-cola. Uma mistura mortal, que deixaria até o mais resistente entre eles bêbado. Alexis sincronizou o seu celular com o som, colocou para tocar R U Mine?, música dos Arctic Monkeys, e começou a dançar com Rico. Pedro caminhou até Jason e Enricco, que tentava desesperadamente achar a sua camisa.

— Vocês estão bem? Como vocês estão se sentindo? — Pedro quis saber, ele sempre perguntava sobre como as pessoas se sentiam em relação às coisas, ele era um fofo em se importar tanto assim com as pessoas ao seu redor, certo? Era melhor se preocupar em como as pessoas se sentiam do que parar para pensar em si mesmo e em como se sente.

— Eu acho que estou bem — Jason parecia um pouco confuso ao responder a pergunta — Só é estranho… É, sei lá… — Ele não sabia o que falar e esperava que Enricco dissesse alguma coisa para encerrar esse assunto, mas o garoto não disse nada. Ele nunca sabia o que dizer quando se tratava das pessoas que ele não conhecia. — Acho que estamos surpresos.

— Se você pudesse não falar sobre isso — Jason sentiu um leve aperto em seu coração quando ouviu as palavras de Enri, ele não havia dito nada, a única coisa que ele fez foi pedir para que Pedro não falasse sobre isso? Todd queria por fim naquele assunto mas não tinha como ser mais sútil?

— Eu não falei da primeira vez — Pedro possuía um sorriso doce no rosto — Não vai ser dessa vez que eu irei falar.

Arabella fumava um cigarro e bebia enquanto ouvia toda a conversa. Ela não podia acreditar no que havia acabado de ouvir: o casal recém formado já tinha um segredo, e veja bem, o segredo era que eles eram um casal, isso era no mínimo interessante. Caminhou até o grupo de rapazes e ergueu o copo até a altura do peito. Eles iam ficar ali parados como três estátuas ou iriam beber e dançar?

— Qual é? Vocês não vão beber? — Ela perguntou, erguendo a sobrancelha e um pouco agressiva. — E não se preocupem — Arabella começou a dizer para Jasone e Enricco — Ninguém vai falar sobre o segredinho de vocês então fiquem calmos e aproveitem a festa — Ela entregou o copo para Jason — Toma, é por conta da casa! — Um pouco animada ela puxou Enri pelo pulso e o arrastou até o bar.

— É, essa é minha deixa — Pedro disse dramaticamente para si mesmo, mas assim que ele se virou para ir em direção a porta se encontrou com uma garota, baixa e com os olhos que pareciam piscinas redondas com água cristalina. Alexis estava especialmente bonita naquela noite, mesmo que estivesse um pouco bêbada e com os seios quase pulando para fora do decote.

— Não vai não, Pedro — A garota segurava um copo com bebida e quando tentou se aproximar cambaleou. Ela parecia um pouco patética, mas na cabeça dela, tudo estava fantástico e ela parecia a Miss Universo. — Não sem antes me dar um beijo de despedida.

— Eu preciso ir, Alexis — Ele não queria ser rude com ela, mas não estava nem um pouco afim de beijá-la. — Você está bêbada, e você nem precisa da minha ajuda nem nada — Ele estava fugindo do assunto do beijo.

— Vai, Pedro, só um beijinho — Ela insistia, mantendo a fé de que conseguiria se dar bem naquela noite, mas tudo que ela conseguiu foi que o rapaz saísse pela porta acenando e exibindo um sorriso lindo nos lábios finos e rosados que ele tinha.

Sentiu-se um pouco mal e se sentou no chão, perto do sofá. Qual era o problema dela? O que ela havia feito de errado? Alexis não sabia a resposta para nenhuma dessas perguntas porque nunca se sentia assim, nunca havia sido rejeitada e aquela era uma sensação horrível. Talvez o álcool tivesse inflado seus sentimentos ruins e inseguranças. Apesar do sucesso de seu desfile, de repente, ela só queria esquecer-se daquele dia. Ela havia ficado interessada nele desde seu primeiro dia no Clube do Teatro, quando ele se mostrou super prestativo, até convidou ele para a festa e quando percebeu que não havia lhe dado atenção começou a bajulá-lo na escola. A vida era tão injusta.

— Alexis, você ‘tá chorando? — Arabella estava um pouco bêbada e não conseguiu ver que ela não estava chorando, só estava sendo dramática. — Não chora! — Exclamou sentando-se ao lado da sua melhor cliente. — Por que você está chorando?

— Do que adianta eu falar, você ‘tá tão chapada que nem vai se lembrar — Se Pedro achava que ela estava bêbada é porque ele não havia prestado atenção em Arabella, mas mesmo assim ela parecia tentar aparentar sobriedade. — Acontece que eu sou um lixo inútil.

— Não, não, não! — Arabella não conseguia acreditar que estava ouvindo isso, afinal Alexis havia planejado aquele desfile extraordinário quase que sozinha, ela não podia se menosprezar e dizer que era inútil por qual motivo que fosse. — Você é uma garota incrível e com muito talento, você é incrível — Ela realmente achava aquilo ou era o efeito do álcool? A filha do xerife envolveu a colega em um abraço com um dos braços, a outra mão estava muito ocupada segurando a bebida.

Ainda abraçada com Alexis, Arabella levou o copo até seus lábios e tomou um longo gole da bebida. Contursi envolveu a traficante com os seus dois braços e de repente para as duas aquele pareceu o melhor abraço do mundo, como se as duas nunca mais quisessem se soltar. O abraço foi se afrouxando, os olhos azuis de Alexis se encontraram com os olhos verdes de Arabella, coincidentemente enquanto tocava Arabella, também dos Arctic Monkeys. Era aquilo uma espécie de sinal? Talvez tenha sido porque no momento em que ouviu o nome da garota na voz do Alex Turner, a loira sentiu os lábios da líder de torcida nos seus. Com certeza a boca de Arabella era bem melhor que a de Pedro, ele tinha hálito de menta, Arabella tinha gosto de maconha com coca-cola com hálito de álcool. Alexis odiava menta.

 

As garotas se beijavam no chão, Jason e Enri haviam voltado para o sofá. Jack sentia que o ambiente estava muito abafado, a fumaça da maconha com a do cigarro haviam se misturado dando-lhe a impressão de que estava com falta de ar. Começou a se sentir desconfortável. Alissa bebia uma lata de Coca-Cola de Cereja enquanto fumava um de seus cigarros em cima do balcão do bar, ela era linda de se admirar, mas ele precisava de um pouco de ar. Pulou o balcão e abriu uma porta. Havia um pequeno corredor, no final havia uma porta, quando ele abriu sentiu que estava no paraíso. O quarto estava com todas as janelas abertas, estava cercado por árvores e arbustos, os seus pulmões nunca estiveram tão felizes. Ele ouviu passos atrás dele, era Alissa. Se ele estava no paraíso ela era um divino anjo negro, com o cabelo e com o vestido longo voando com a brisa ela parecia ter sido construída por anjos de verdade. Era como se ela soubesse que ele não estava bem e que sentia-se desconfortável.   

Rico se sentia sozinho, as meninas estavam no chão se beijando, os garotos se atacavam no sofá e onde havia ido parar as outras duas pessoas que estavam lhe fazendo companhia anteriormente. Caminho um pouco tonto até a porta em que a colega havia entrado, ela levava até um corredor e no final do corredor havia outra porta aberta. O que ele devia fazer? Rico não conseguia se decidir, ele não queria ser invasivo, não queria atrapalhar seja lá o que eles estivessem fazendo. A voz do The Weeknd ecoava pelo corredor enquanto ele cantava sua canção Party Monster e parecia que a melodia o deixava mais tonto. Conseguia sentir o vômito na sua garganta, precisa urgentemente achar um banheiro, então correu em direção a porta, não tinha outra opção.

Alissa estava de joelhos em cima de uma cama, vestindo nada além de uma lingerie de renda preta, Jack estava sem camisa, havia tirado o cinto e eles se beijavam. Rico sentiu-se tão desconfortável que nem sentia mais vontade de vomitar, era constrangedor ser o empata foda de alguém. Alissa interrompeu o beijo, ela estava bêbada mas ainda estava incrível.

— Qual é Rico, ‘tá olhando o que? — A morena encarava o colega que estava parado no rumo da porta, Jack beijava o pescoço dela como se ele fosse um leão faminto devorando um pedaço de carne. — Ou você entra no meio ou vaza — Ela disse rindo.

O rapaz italiano ficou parado por alguns segundos, estava bêbado, mas mesmo assim estava tentando analisar sua consciência, mas ela estava silenciosa naquele instante. Jack era incrivelmente atraente, assim como Alissa. Rico mais tarde poderia até se arrepender, mas naquele instante ele caminhava até a cama e beijava os lábios carnudos da garota. Então ele virou para o lado, acariciou o abdômen de Jack e o beijou também. O loiro deveria estar muito bêbado porque assim que Rico afastou os seus lábios o outro garoto caiu para trás puxando Ali para se deitar na cama também. O jovem De Palma também se deitou na cama, pelo jeito eles iriam simplesmente dormir. Jack abraçou Alissa por trás e afastou o seu corpo do corpo de Rico. E mesmo naquela cama, com duas pessoas, mais uma vez Rico Lorenzo De Palma se encontrava sozinho.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥ E mais uma vez, desculpem pela demora.