Calabasas' Almost Fairytale — Interativa escrita por Mxtheusx


Capítulo 10
09 — Love Is Not A Maybe Thing


Notas iniciais do capítulo

Então, parece que o próximo capítulo nem demorou tanto, o que me surpreende, já que ontem quando eu terminei o capítulo foi o dia que eu participei da seletiva para a equipe de cheers da atlética do meu curso, então eu to bem dolorido KKKKK É isso, aproveitem o capítulo.



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— Eu não quero falar sobre isso com você — Elizabeth disse sentando-se na cadeira de frente a mesa da orientadora pedagógica. 

A Senhorita Dabovich parecia uma versão mais velha e bronzeada da Barbie. Ela usava um terninho todo rosa, com grandes pérolas ao redor do pescoço, uma maquiagem pesada para se usar às oito horas da manhã. O cabelo loiro ia até a altura dos ombros, possuía um corte reto e simétrico.O sorriso dela era amarelado e ela tinha um hálito fresco, como se tivesse acabado de escovar os dentes. Mas tudo nela parecia tão falso, ela não parecia realmente se importar.

— Aceita um café? Um cházinho? — Ela serviu duas xícaras de café. Entregou uma para Elizabeth, que colocou em cima da mesa. — Elizabeth, não precisa de dizer nada. 

— Só quero que saiba que caso deseje conversar estarei aqui — A mulher exibiu uma meio sorriso, qual Lizzie não teve a mínima vontade de retribuir.

A verdade era que a vida da garota estava um caos. A mãe chorava vinte quatro horas por dia durante os sete dias da semana, a polícia entrava e saía da sua casa, sempre alguma pista nova, ou algo que eles já haviam investigado, ou informações sobre o pai. Lizzie ainda não sabia de nada, tudo que ela sabia era que ele só havia visto o advogado até então, ele não queria ver a esposa e nem a filha. O que ele havia feito de errado?

A morena vivia sendo julgada. Assim que saiu da sala da orientadora pedagógica conseguiu sentir os olhares de julgamento sobre ela, era como se todos soubessem o que o Hiram Marshall tivesse feito, menos ela mesma. Ela estava frequentando uma psicóloga em Los Angeles uma vez por semana, não queria frequentar nenhum psicólogo local e ainda dar motivos para acharem que ela era louca, apesar de que muita gente já pensava isso dela. Apesar de ter conseguido disfarçar bem com maquiagem as marcas dos socos de Arabella, não conseguiu esconder isso por muito tempo, no dia seguinte todos sabiam e ela ainda conseguia ouvir as pessoas comentando sobre a briga. 

— Hey, Lizzie! — Ela ouviu alguém chamá-la. Ela olhou para trás e era Jack Snyde, o garoto que havia lhe proporcionado o melhor dos momentos de suas últimas semanas. — Espera aí — Ele deu uma corridinha para alcançar a garota — E aí? Tá tudo bem com você?

— Não vou mentir, tá sendo difícil — Ela não conhecia muitas pessoas naquela cidade, era bom conversar com alguém que realmente se importava. — Minha vida não anda das mais fáceis e meus pensamentos andam me atormentando. 

— Tenta ocupar seu tempo, sei lá — Ele sugeriu. — Você faz parte das líderes de torcida, deve ser boa dançando, tenta ver se consegue um papel no musical da escola. Soube que ainda estão aceitando testes. 

— Outra coisa que está me incomodando: ser líder de torcida está cada vez mais difícil — Ela parou de frente para seu armário, guardou um livro e pegou outros dois. — Mas eu amo ser ginasta, saltos e mortais, mas confesso que estou evitando os treinos o máximo que eu posso. Eu não aguento mais aquelas meninas. 

— Então sai, foca em outras coisas — Jack fechou o armário depois dela terminar de pegar o que precisava. — Do que mais você gosta? Além de ginástica olímpica?

— Promete que não vai rir? — Ela perguntou segurando os livros contra o peito. 

— Eu te prometo — Jack prometeu já com um sorrisinho no rosto. 

— Eu adoro histórias em quadrinhos — Ela sussurrou com um largo sorriso nos lábios. — Eu adoro histórias em quadrinhos, adoro história e matemática também, sou muito boa nessas matérias — Ela não acreditava que estava falando aquilo. Ao mesmo tempo que queria desfazer de sua pose de garota superficial, Elizabeth queria ter mantido aquelas informações em segredo.

— Que legal! — Jack se surpreendeu, Lizzie não parecia ser aquele tipo de garota.

— E você? Além de futebol gosta de que? — Ela perguntou parando em frente a sala na qual seria sua próxima aula. 

— Futebol. E só futebol, é tudo em que eu sou bom — Ele mentiu.

— Qual é, Jack! Você deve ser bom em mais alguma coisa. 

— Tá bom — Ele começou a se aproximar da garota. — Eu amo cozinhar e amo aprender receitas novas — Ele sussurrou baixo o suficiente para que somente a garota ouvisse. 

— Então deveria entrar para o Clube de Culinária — Ela respondeu se afastando e colocando a mão na maçaneta para abrir a porta. — Você entra e depois me chama para eu experimentar alguma receita sua, tá bom?

Elizabeth nem esperou o garoto responder, temendo que o professor chegasse e ela estivesse de papo fora da sala optou por entrar logo. 

 

— E aí, filhão?! Tudo bem? — O pai de Enricco perguntou dando-lhe um tapinha nos ombros. Ele não estava esperando ver o filho naquela hora na empresa da família. — Não deveria estar no treino?

— O técnico está com meningite, o treino foi cancelado — Enri respondeu separando alguns papéis para o pai. Ajeitou alguns outros documentos sobre a mesa e ligou o computador. — Decidi vir pra cá, te ajudar 

— Eu acharia melhor se tivesse estudando — O senhor Lefon riu. — Mas já que decidiu vir fazer uma surpresa, eu fico feliz que tenha vindo aprender um pouco mais, mal posso esperar para você se tornar um homem de negócios. Você vai tomar conta dessa empresa melhor do que eu. 

Enricco forçou-se a sorrir. Na tela inicial do computador de Enri havia uma foto de plano de fundo que mostrava ele e Mila sorrindo depois dele ter ganhado um jogo de rugby. O pai olhou para a foto atentamente. 

— Filho, o que vai fazer esse fim de semana? — O pai questionou. Enricco estranhou, ele raramente fazia esse tipo de pergunta. 

— Acho que vou ir pra casa do Jason, acho que vamos assistir algum filme, sei lá — Enri respondeu, um pouco nervoso.

Tinha medo que parecesse estranho ele falar em voz alta que passaria sábado a noite na casa de um ‘amigo’ assistindo a filmes com ele, mas aparentemente estava tudo bem. Ele já havia falado de Jason para os pais, ele era um melhor amigo rico com qual Enri passava muito tempo, parecia normal. 

— Você não encontrou nenhuma garota legal pra chamar pra sair? As garotas daqui são bem bonitas — O pai disse dando uma risadinha. 

— Não me interessei por nenhuma até agora — Enricco respondeu secamente. 

— Já faz algum tempo que você namora, seu último namoro foi tão curto, que… — O senhor Lefon ouviu alguém o chamando, então deixou o filho sozinho e saiu andando rapidamente na direção da voz. 

Enricco sentiu o estômago revirar, aquele tipo de assunto sempre causava náuseas nele. Ele simplesmente não tinha ideia de como iria sair do armário, como iria revelar para os pais sua verdadeira orientação sexual. Ele ansiava por ser verdadeiro e sincero com a família, e consigo mesmo, mas toda vez em que ele tinha a oportunidade de se libertar, ele simplesmente travava, simplesmente fraquejava e só sentia o desejo de se isolar. O garoto se consolava com o pensamento de que um dia, em um futuro próximo, ele tomaria coragem e revelaria para os pais o amor que ele sentia por Jason. 

 

Arabella chegou no emprego exausta do treino, o seu chefe velho e gordo estava no caixa, ele olhava para ela com uma expressão zangada do rosto. Ela já vestia o uniforme, uma camiseta verde com a logo da livraria estampada no peito, uma calça jeans simples e seus tênis Adidas com qual ela treinava. Passou direto até a sala dos funcionários, onde iria deixar as suas coisas. Quando ela abriu a porta se deparou com Thomas vestindo apenas uma cueca, agiu naturalmente, ela simplesmente riu, deixou as coisas e foi trabalhar. Ele ficou vermelho, com um pouco de vergonha, mas riu também, colocou seu uniforme e também foi trabalhar.

O chefe dos meninos já tinha ido embora e era responsabilidade deles fecharem a loja. Arabella estava com uma aparência exausta, ela estava tão cansada, mas ela não podia evitar, ela adorava o emprego, adorava o desconto nos livros e nos discos, podia até ler durante o trabalho, além de tudo ela gostava de passar algum tempo com Thomas e precisava de uma desculpa para enganar o pai a respeito do dinheiro que ela ganhava com o tráfico, então a livraria acabava se tornando o emprego perfeito.

— Você pode ir, eu fecho a loja sozinha — Arabella disse enquanto olhava seu perfil do Facebook pelo computador do caixa. — Já estou acostumada.

— Claro que não, a gente se ajuda, lembra? — Thomas disse colocando uma caixa de livros em cima de um balcão. — Além de tudo eu não quero te deixar sozinha. 

— Não seja bobo, pode ir para casa mais cedo — Ela disse um pouco envergonhada, tinha reparado que Tommy estava fitando-a demais. 

— Me responde uma coisa: você já conversou com a Alexis? Sobre o que aconteceu no Halloween? — Thomas questionou pulando o balcão do caixa, puxando uma cadeira e se sentando ao lado de Arabella. 

— Não. E você? Já? — Arabella respondeu revirando os olhos. Ela não queria tocar naquele assunto. — Ela bateu em você, não em mim — A garota focou em seu feed do Facebook, fingindo desinteresse sobre o assunto. 

— Mas você tá bem em relação a isso? — Thomas tocou o ombro de Arabella, se sensibilizando com a amiga. — Vocês terminaram e bem… Isso não é a coisa mais fácil do mundo. 

— Não, não é — Ela disse olhando para ele. — Mas eu não posso permitir que ninguém controle a minha vida, ninguém além de eu mesma. 

— Mas você não a amava? — Tommy perguntou olhando nos olhos de Arabella. 

— Eu nunca amei ninguém — Arabella respondeu desviando o olhar. — Você já? — Ela perguntou voltando o olhar para o garoto.

— Eu acho que não, talvez sim.

— Então certamente você nunca amou também — Ela disse com o rosto bem próximo do dele. — Amor não é uma coisa de “talvez”. Você sabe quando você ama alguém.

Os dois ficaram se olhando por alguns segundos, até que ambos fecharam os olhos e rapidamente seus lábios se tocaram. Tommy recuou, um pouco assustado com a situação, era como se ele sentisse ainda o tapa da ex-ficante de Arabella em seu rosto. Mas ela estava ali, na frente dele, com a boca meio aberta quase que gritando para que ele a beijasse. Foi o que ele fez. 

O que está acontecendo?, o garoto se perguntou, ele não tinha ideia de por que eles estavam fazendo aquilo, simplesmente era o que eles queriam fazer. Quando Arabella desabotoou a camisa de uniforme, revelando o sutiã dela, Thomas teve certeza de que queria continuar beijando os lábios da garota. Afinal, tirando o fato de eles estarem no local de serviço deles, não estavam fazendo nada de errado. Dar uns pegas na cadeira no chefe não era crime, ficar pelado em uma livraria também não, de qualquer forma, se alguma dessas coisas fosse crime, a garota nua em cima dele era filha do xerife. 

 

Pedro estava no auditório, depois de uma longa série de novos testes ele já tinha a lista dos papéis secundários, eles poderiam dar início ao teste no dia seguinte, se não fosse pela ausência de uma atriz para a personagem de Miss Lovey, que apesar de não ter muitas falas e nem cantava muito, mas estava presente dançando em grande parte das músicas que seriam utilizadas no espetáculo. O garoto estava pleno por fora, aparentemente tudo era um mar de rosas, mas Pedro internalizava tudo. Ele queria surtar, gritar e xingar Alexis por ser tão insuportável. 

Porém quando ele menos esperava uma garota alta, magra e bronzeada entrou no palco, ela usava seus cabelos longos e castanhos em uma trança, vestia um vestido branco de alças que ia até a metade de sua coxa e calçava sapatilhas pretas da Gucci. O rosto dela era familiar, mas ele não se lembrava de onde conhecia ela.

— Os testes já finalizaram, então a menos que esteja aqui para fazer papel de… — Pedro começou a dizer.

— Miss Lovey? Exatamente o papel que eu queria — Ela respondeu sorridente. — Meu nome é Angelina Vermont, e eu vou dançar e cantar Don’t Rain On My Parade

A música começou, a equipe de iluminação que ainda estava presente no auditório colocaram o holofote sobre Angel, que apesar de não saber cantar muito bem e ter desafinado algumas vezes, dançava graciosamente pelo palco. Ela era extremamente habilidosa com passos de dança. Pedro logo se lembrou: ela era a filha do antigo prefeito da cidade, uma dançarina extremamente talentosa, irmã de um ator e de um dançarino, ambos extremamente renomados. A resposta para ela era sim, “sim” mil vezes! 

 

Eleanor Lightwood caminhava pelos corredores vestindo um vestido flare branco com listras pretas e calçando sapatilhas vermelhas de couro da Miu Miu. chegou na sala do Clube de Culinária antes de Rico e de Scarlett cumprimentou Sebastian com um simples “oi”. Sebs vestia um avental branco que cobria boa parte de suas roupas e estava terminando de assar alguns cupcakes, ele estava lavando as louças enquanto fitava Elly. A garota ajeitou sua postura e tentou agir com indiferença, ela se sentia estranha com o rapaz encarando ela. Ela estava esperando que ele fosse dizer alguma coisa, mas ele estava tão calado… Eleanor tinha que fazer alguma coisa, aquele silêncio era insuportável. 

— Então, Sebastian, eu não te vi desde a festa. O que anda aprontando? — Eleanor perguntou enquanto se sentava em uma cadeira perto da pia onde o garoto lavava as louças. 

— Jogando um pouco de futebol e estudando espanhol — Sebastian sentiu que o olhar da garota continuava sobre ele, como se ela esperasse uma resposta a mais, e realmente esperava. — Ah, eu não sou de sair muito, meus amigos também não são de sair muito. 

— Eu também não era, mas de repente me vejo indo em todas as festas que rola da galera dessa escola — Ela respondeu rindo. — Quer ajuda para lavar as louças?

— Se você quiser ir secando para mim — Sebastian sugeriu. 

De repente a porta da sala se abriu, Elly imaginou que fosse Scarlett ou Rico que iriam entrar pela porta e se desculparem pelo atraso, mas não era nenhum dos dois. Na verdade era Jack Snyde, carregando sua mochila nas costas e usando sua jaqueta do time de futebol americano da escola. Com o cérebro minúsculo que aquele garoto tinha certamente teria entrado na sala errada, para ele devia ser fácil se perder dentro da escola, com tantos corredores iguais. Mas ele parecia ter chegado ao local desejado, parecia na verdade bem confortável pois deixou suas coisas em uma mesa e foi ao encontro de Sebastian e Eleanor. 

— Eu quero entrar — Ele declarou com um largo sorriso nos lábios. — Quero fazer parte do Clube de Culinária. 

— Sabe fazer pelo menos uma lasanha? — Sebastian perguntou.

— Sabe pelo menos fazer um cachorro-quente? — Eleanor questionou com uma das sobrancelhas erguidas. 

— Meu cachorro-quente é o melhor! — Jack respondeu empolgado. — E lasanha eu não sei fazer, mas eu estou ansioso para aprender. 

A porta havia ficado escorada, mas logo ela se abriu novamente. Scarlett e Rico chegavam juntos, sussurrando sobre detalhes que haviam combinado para o jornal. Quando ela viu as três pessoas que já estavam na sala sorriu, Rico apenas deu um aceno. Toda vez que ele estava perto de Jack sentia isso, esse nervosismo, o estômago revirar e vontade de que as palavras fossem proferidas. Ei, sabe a sua namorada? Então, lembra no aniversário da Scarlett? Bom, a gente se beijou. Não havia sido a primeira vez que ele havia beijado Alissa, ele inclusive havia já beijado até o próprio Jack, mas a verdade era que o garoto nem se lembrava disso. 

— Ei, Jack, eu acho que fiz cupcakes demais para nós quatro, não gostaria de ficar e comer com a gente? — Sebastian perguntou enquanto enxugava as mãos. 

— Claro! — Ele respondeu quase que imediatamente. 

— Quanto mais gente melhor — Sussurrou ironicamente Rico, de maneira inaudível. 

 

As duas garotas se sentaram lado a lado na enorme sala de estar da mansão Cavallari. Alexis não trocou nenhuma palavra com Angelina, mas a garota não parava de sorrir. Lexi simplesmente não entendia a volta da garota, não entendia como ela simplesmente havia ido embora para o outro lado do país e quando voltou todos apenas fingiram que ela nunca havia ido embora. Ela não havia sido uma boa amiga para Alissa, caso contrário não teria a abandonado em um momento tão difícil. 

— Sabe, Lexi, eu consegui o papel de Miss Lovey — Angelina comentou animada — Vamos atuar juntas, isso não é maneiro?!

— Nossa estou vibrando — Respondeu Alexis desanimada e forçando um sorriso. — Pra mim o Pedro já tinha desistido dessa personagem. 

— E ele tinha, pensou que ninguém ia fazer teste para ser ela, mas eu apareci de última hora e ele me deixou provar que eu era talentosa o suficiente para participar do espetáculo dele — Angel rebateu. 

— Enfim, agora que voltou a ser tão grudada na Alissa sabe por que ela nos chamou aqui? — Alexis perguntou enquanto tirava um maço de cigarros da bolsa e acendia um. 

— Eu não tenho ideia nenhuma — Angelina respondeu enquanto pegava o celular em sua bolsa tiracolo Saint Laurent e enviava mensagens para Ali perguntando aonde ela estava.

Logo uma empregada chegou carregando uma bandeja com dois cosmopolitan. As garotas da frente pegaram os drinks e começaram a beber, mas logo ouviram a porta da frente bater. Era para elas estarem sozinhas, por mensagens Alissa parecia bem séria, por que será então que ela havia convidado outra pessoa? Lexi deixou o cigarro em um cinzeiro, as garotas agarraram os drinks e correram para ver quem entrava pela porta da frente. Surpreendentemente era Ali, vestindo um vestido evasê com mangas amplas e com decote, calçava suas botas pretas gastas favoritas da Versace e parecia um pouco confusa.

— Desculpa, meninas. Eu tinha esquecido completamente que tinha enviado mensagem para vocês — Ela entregou a bolsa de couro da Prada para uma empregada. — Por favor, me prepara um uísque com gelo. Estou tendo um dia péssimo. 

— O que houve, amiga? — Angel perguntou cumprimentando Alissa com um abraço.

— O que é que aconteceu? — Alexis não conseguia imaginar porque Ali estava tendo um dia ruim, ela não havia terminado um relacionamento, muito pelo contrário, havia passado a semana inteira babando no namorado que gostava dela de maneira recíproca.

Alissa saiu andando em direção a sala de estar, a empregada logo a alcançou e lhe entregou uma dose de uísque em um copo com gelo. Ela deu um gole e soltou um suspiro enquanto observava as garotas se sentarem no local onde estavam sentadas anteriormente. Ela pegou o cigarro que estava aceso no cinzeiro e deu um longo trago. 

— Eu estou cansada — Alissa confessou para as amigas, em seguida passou o cigarro para Alexis. — Completamente cansada.

— Cansada de que? — Questionou Angelina. 

— Arabella humilhou Alexis e o que fizemos? Nada — Ali respirou fundo. — Sabe qual é a última? Aquela Lizzie do pai preso está dando em cima do Jack e além disso, uma das líderes de torcida soltou pra mim que a Melinda havia convidado a ex-namorada dele pra festa.

— Você sabe que eu já superei isso, né?! A coisa da Arabella e tal — Alexis disse após dar um gole em seu drink. — E você também sabe que não precisa do Jack, você pode arrumar qualquer homem que você quiser. 

— Você não me disse que só saía com ele porque a Alexis estava ocupada demais pra sair com você? Bom, agora ela tá solteira, e agora você tem a mim — Angel disse olhando para a amiga com um largo sorriso nos lábios. 

Alissa deu um gole em seu uísque e em seguida o colocou na mesinha de centro que estava a sua frente. 

— Essa não é a questão! — Alissa exlamou. — Melinda, Arabella e Elizabeth estão tentando destruir eu e a Alexis, é questão de tempo até que elas decidam atacar você também, Angel, só pelo simples motivo de ser nossa amiga. 

Angelina ficou nervosa só de pensar, acabou dando um longo gole em sua bebida ao ponto de acabar com a mesma.

— E o que sugere que nós façamos? — Alexis perguntou apagando o cigarro no cinzeiro. 

— Pra atacar a Melinda e a Arabella é fácil — Um sorriso malicioso surgiu nos lábios fartos de Alissa. — Eu já fui líder de torcida quando era mais nova e vocês duas já fizeram todo tipo de dança do mundo. 

— Você não está falando sério está?! — Perguntou Alexis,ela não conseguia acreditar que Ali estava sugerindo algo do tipo.

— Vamos entrar para as líderes de torcida! — Declarou Ali.

— Mas e a Elizabeth? O que fazemos com ela? — Lembrou Angelina. 

— Acreditem ou não, às vezes me preocupo com o Jackie — Alissa pegou seu copo novamente. — Um cara tem que ser muito sequelado para ficar dando bola para alguém tão fracassada, solitária e entediante quanto a Elizabeth Marshall, mesmo assim… — Ela deu um gole no copo — Ele é um amorzinho, e eu realmente gosto dele. 

— Qual é, Alissa? Aí tem coisa — Brincou Alexis. 

— Pode contar a verdade pra gente — Angelina disse animada com o rumo com o qual aquela conversa estava tomando. 

— E também… — Alissa suspirou, parecia pensativa e hesitante. — Sem ele eu posso não conseguir uma coroa. 

As amigas estavam completamente chocadas com a futilidade de Alissa, em todos esses anos como amigas elas nunca esperavam ouvir algo do tipo vindo dela.

— Você está se referindo a ser rainha do baile? Ser rainha do baile é assim tão relevante pra você? — Angel estava um pouco confusa. 

— Eu sei o que vocês estão pensando — Ali jogou os cabelos para trás dos ombros. — Eu sei que eu sou incrível. Mas eu sinto que eu preciso disso. Minha avó foi rainha do baile, meus pais foram a realeza do baile e até a minha madrasta foi em seja lá qual cidadezinha do Alabama que ela veio. 

Só de pensar em guardar sua coroa junto das outras coroas de baile da família seus olhos brilhavam. 

— Jack é minha aposta mais segura. Ele é quarterback, provavelmente vai ser indicado a rei do baile no ano que vem e é claro que isso vai me render uns bons votos — Alissa sentia levemente os efeitos da bebida. — E se aquela retardada acha que vai roubar isso de mim, ela está muito enganada. Mas não vamos pegar pesado com ela, vamos jogar direito.

— É o que eles dizem, né?! Mantenha os amigos por perto e os inimigos mais perto ainda — Angel disse sorrindo maliciosamente. 

— Bom, então eu sugiro um brinde — Alissa disse e todas elas ergueram seus respectivos copos. — Parabéns, Elizabeth Marshall, você conseguiu três novas melhores amigas.


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Notas finais do capítulo

É isso amores, obrigadão. Não se esqueçam de comentar, favoritar a história e marcar o capítulo como lido.



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