O Justiceiro: Exílio escrita por Júlio Oliveira


Capítulo 2
Parte 2: Fake news


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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 A vitrine manchada de sangue poderia marcar a cena de um crime hediondo, mas comum. No entanto, não era o caso. O lado de fora do velho bistrô já estava lotado de investigadores e jornalistas quando o Comissário Martin e o discreto Bill passaram com a viatura na frente do local. Aquela estava sendo uma noite e tanto: momentos atrás um massacre havia ocorrido no velho galpão e agora, não muito longe dali, uma pessoa era vitimada. E não era qualquer uma.

Apesar de já ter ouvido a informação na linha de rádio da polícia, o homem de grosso bigode branco precisava encarar a realidade com seus próprios olhos. Ben Urich era famoso por ser um jornalista teimoso, insistente e destemido. Sempre aparecia onde não era chamado, mas também já tinha feito trabalhos memoráveis em prol de Nova York. Ele foi, por exemplo, um dos responsáveis pela prisão de Wilson Fisk, também conhecido como Rei do Crime. Além disso, também era comum ver o homem auxiliando heróis como o Demolidor e o Homem-Aranha. Mas agora isso não seria mais possível. O bom jornalista de cabelos grisalhos estava morto.

Estando separado do corpo por uma longa fila de jornalistas, o Comissário abriu caminho através de palavras de ordem e empurrões leves. Era costume receber maus olhares dos jornalistas, mas ele pouco se importava com isso. No entanto, foi impossível não ficar boquiaberto ao ver o corpo já sem vida de Ben. Estando de frente para a vitrine manchada de sangue, a sua cabeça jazia encostada na mesa e era possível ver o ferimento de entrada da bala: foi um tiro certeiro em sua cabeça.

— Maldição — Bill disse assim que se colocou ao lado de Martin. — Essa cidade anda cada vez mais próxima do inferno.

— Mafiosos, psicopatas sádicos e agora atiradores — o Comissário lamentou. — Aonde iremos parar?

Como se a cena não fosse trágica por si só, um som se destacava em meio à confusão de vozes e questionamentos: o choro desesperado e incessante de uma mulher. Martin encarou com profundo pesar a pobre senhora em prantos, ao mesmo tempo em que sua pele negra estava maculada pelo sangue de seu marido. Era Doris, eterna companheira de Ben.

— Os meus mais sinceros pêsames — Martin, cabisbaixo, disse. — Por favor, é um absurdo que não a tenham levado para um lugar mais reservado. Vamos sair dessa bagunça.

Doris balbuciou algo que o Comissário pouco entendeu, mas o bom cavalheiro logo viu a triste dama estender o braço em pedido de ajuda. Ele ajudou-a a se retirar daquela algazarra. Entraram no bistrô que jazia interditado em decorrência daquele tão recente crime. Finalmente longe de toda confusão, Martin ofereceu à pobre mulher uma bebida para acalmar o corpo e a alma. Mas nada adiantava. Doris revivia o pesadelo em sua cabeça sucessivas e incontáveis vezes. Era inacreditável que aquela noite pudesse ser real. Ela lembrava-se bem das palavras do seu amigo, seu amor e marido:

— Quinta-feira sem falta — disse ele em mais uma de suas promessas em meio a uma infindável carga de trabalho.

O homem andava em mais um daqueles casos investigativos cheios de segredos e mistérios que nem mesmo sua esposa deveria saber.

— É pela sua segurança, querida — ele dizia.

— Queria que fosse pela sua — ela disse em voz alta, deixando o Comissário em um estado de confusão.

— Como é? — Questionou tentando entender. — Vamos, tome um pouco de chá.

O homem estendeu uma xícara para a mulher e ela, aos poucos atingindo um estado de calmaria, começou a tomar o líquido. Levou algum tempo para que suas lágrimas cessassem e ela começasse a respirar de maneira mais controlada, mas Martin não tinha pressa alguma. Aquele era seu distrito e não importava quantos investigadores estivessem interessados no caso daquele homem tão proeminente: era sua responsabilidade levar a justiça aos responsáveis por tamanha atrocidade. Do lado de fora, a equipe de inteligência investigava a cena do crime e fazia a coleta de todo material necessário. Por sorte, Doris não mais prestava atenção ao lugar amaldiçoado, mas simplesmente à presença acalentadora do Comissário.

— Eu sei como funciona, meu marido trabalhava com isso — ela começou e tomou mais um gole daquele doce chá. — Você vai me perguntar em que ele trabalhava e se existe alguém que tenha motivo para querê-lo morto.

A viúva deu uma pausa e, com uma força sobre-humana, segurou as lágrimas. Martin não disse uma palavra sequer, pois queria que ela tivesse a maior liberdade possível. “Nunca questione o luto de ninguém”, era o que ele pensava e sempre dizia para os novatos na academia de polícia. Doris prosseguiu:

— A resposta é: talvez — a mulher engoliu em seco após dizer aquilo. Toda morte era dolorosa, mas aquela causada pelo simples ódio humano poderia causar uma verdadeira sangria no espírito e mudá-lo para sempre. — Meu marido estava investigando mais uma organização criminosa: a máfia russa aqui em Nova York. Mas a investigação não envolvia diretamente eles. Sabe, o Ben me falava muito pouco de seu trabalho por temer pela minha segurança, mas ele me disse que desconfiava de Mark Leninsky. Conhece?

— Leninsky? — Martin buscou em sua memória aquele nome cujo ele sabia já ter escutado antes. — O político?

— Sim. Ben suspeitava que ele estivesse envolvido com a máfia. Dizia que o homem propunha e votava as leis de acordo com desejos do grupo, ou algo assim. Eu não sei exatamente como ele conseguiu essas informações ou se tinha realmente provas, mas eu faria de tudo para ajudar a punir os assassinos do meu marido! — Com a voz enfraquecendo ao longo da explicação, a viúva tornou a chorar. Após um breve momento, no entanto, foi mais explícita. — Posso ceder as anotações e o computador do Ben.

— Senhora Urich, eu agradeço muito por sua contribuição — o Comissário disse com uma suavidade atípica vindo dele. Dando um abraço na mulher, prosseguiu. — Aguarde só cinco minutinhos. Irei falar com uns colegas e já retorno para prestar todo auxílio necessário.

Ficando para trás e tentando acreditar que tudo aquilo não passava de um sonho ruim, Doris tentava suprimir mais lágrimas que insistiam em ser derramadas. Do lado de fora, o Comissário Martin falava através do rádio da polícia.

— Isso mesmo, Mark Leninsky. Senador. Exato.

Do outro lado da linha, no entanto, não eram apenas os policiais que ouviam. Escondido em seu trailer branco e aparentemente ordinário, Frank Castle tinha acesso a todas as linhas da polícia. Atuando em Nova York há um bom tempo, o ex-militar entendia como as coisas funcionavam e estava sempre um passo à frente. Além disso, os anos a serviço do que ele via como justiça lhe renderam aliados que o ajudaram com tecnologia, informação e aconselhamento. A cada dia, o Justiceiro se sentia mais preparado para matar e morrer em nome de um mundo livre das pragas que o assolavam.

Encarando o quadro lotado de recortes de jornais, anotações e cartas de baralho, Frank viu que o nome de Mark Leninsky se fazia presente.

— Senador há dois anos e com uma ascendência suspeita — disse em voz alta, pois sentia que aquilo ajudava-o a se focar no que era realmente importante. Olhou para uma das notas e leu. — “Visto com filho de mafioso preso”. Interessante. Notícia assinada por Ben Urich. Coincidência?

O Justiceiro conhecia bem o jornalista e já estava a par das notícias. Como não estar? A informação se espalhou como um câncer maligno e era impossível que houvesse algum ser consciente em Nova York que não soubesse do ocorrido. Assumindo a direção do veículo, Castle ajustou seu GPS para a localização já conhecida da residência de Leninsky.

— Longe do centro, longe de tudo — comentou ao ver seu destino. — Deve ser mais uma dessas mansões.

Pondo o pé no acelerador, o homem de preto saiu do ferro-velho no qual seu veículo estava oculto. Apesar da recente batalha contra os mafiosos russos, ele estava se sentindo bem e não tinha sofrido nenhum ferimento, afinal. Um rápido interrogatório com um político russo não lhe faria mal algum, ou ao menos assim ele acreditava. Mesmo com o trânsito intenso e os muitos olhos que se espalhavam pela cidade, seu trailer transitava sem problema algum. Com os vidros obscurecidos, ninguém conseguia observar a sua já famosa face pela janela. Além disso, o homem vinha cultivando uma barba que trazia uma feição de “rosto genérico” para si. Ele odiava, mas enxergava aquilo como uma necessidade.

Finalmente se distanciando dos pontos de maior concentração urbana, a visão de Frank Castle foi invadida por um verde de encher os olhos. Altas árvores, arbustos e gramíneas enobreciam a vista e faziam o asfalto se destacar ainda mais em meio aquele cenário quase natural. Quase. Bastou um instante para ele ver as mansões que ocupavam aquela área mais afastada da cidade. Marcadas por portões e terrenos extensos, as grandes casas eram pertencentes a pessoas famosas e poderosas. Não era o lugar típico de visitas do Justiceiro, mas ele estava satisfeito em abrir uma exceção.

— Número 616 — confirmou ao ver a numeração gravada numa bela coluna de pedra que marcava o início do terreno pertencente a Mark Leninsky.

Todo o visual do local era belíssimo. O lote contava com um leve desnível, sendo ele coberto por gramíneas que variavam do amarelo mais leve ao verde mais forte, acompanhando o relevo como numa dança. Havia também uma variedade de plantas arbustivas que demarcava caminhos que por pouco não se tornavam um labirinto. Além disso, a extensão do terreno estava marcada por uma bela distribuição de árvores de troncos grossos, raízes profundas e folhas em tons de vermelho. Como se isso não fosse o suficiente, na área de nível mais regular, aquela bela escultura arquitetônica se erguia: com dois andares e um visual que remetia a arquitetura românica, a mansão de Leninsky merecia aplausos por tamanho esmero em sua criação. No entanto, nada disso interessava ao Justiceiro.

Pegando seu equipamento de escuta a distância, ele tentou entender o que se passava dentro da casa, mas tudo que ouvia era uma cantoria tipicamente russa em alto volume. Ficou alguns minutos aguardando para ouvir vozes, identificar possíveis ameaças ou mesmo coletar evidências de que Mark era realmente um criminoso ou não. No entanto, tudo que ouviu foi uma sucessão de músicas que com certeza não condiziam com seu gosto pessoal. Deixando o equipamento de escuta de lado, levantou-se e caminhou até um balcão usado, teoricamente, para a preparação de refeições dentro do trailer. Abaixo dele havia uma portinha e, ao abri-la, Frank pôde vislumbrar algumas de suas armas e equipamentos. Lá ele encontrava uma pistola silenciada, um rifle de precisão, uma metralhadora e aquela máquina de matar desenvolvida pelas Indústrias Hammer que ele saqueara do galpão horas atrás, além de outros itens com utilidades diversas.

Olhou por alguns instantes antes de decidir que apenas a pistola seria o suficiente. Ainda assim, não deixou de levar sua faca de caça, eterna companheira. Colocando seu colete com a caveira pintada no peito, voltou a conduzir o trailer para estacioná-lo a uma distância segura da mansão, de maneira que não levantasse suspeitas. Deixando o veículo num estacionamento público há cerca de trezentos metros do terreno, voltou caminhando com a arma escondida.

Frank encarou os enormes portões desprotegidos e as belíssimas colunas brancas. Vendo que o lugar aparentava estar desprotegido, agilmente escalou as grades de ferro e em poucos segundo se viu do lado de dentro. A sua frente, tudo que via era a extensão do lote com seus desníveis, decorações, labirintos e a fabulosa mansão branca. Seguiu em linha reta com os olhos atentos a qualquer sinal de câmeras, evitando ao máximo ser detectado na entrada.

Para a surpresa do Justiceiro, todo o processo se deu com mais facilidade do que ele esperava. Aguardava, afinal, alguma resistência, seja com seguranças armados, cães ferozes ou a simples presença de câmeras a cada passo. No entanto, não encontrou nada disso. “Talvez a máfia já tenha prometido a segurança desse homem. Ninguém mais teria coragem de encostar nele depois disso”, supôs. Caminhando até a porta principal, pôde ouvir a música que advinha do lado de dentro. Encostando seu ouvido, percebeu que se tratava de uma continuação daquela cantoria russa. Ele teve um plano.

Do lado de dentro daquele santuário arquitetônico, Mark Leninsky fazia o que tinha prometido a sua esposa naquela quinta-feira: bebia uma boa vodka e aproveitava a bela música do país de origem de seus pais.

— Minha nossa! — Com um copo cheio de vodka na mão e sentada num belíssimo sofá branco, a esposa de Mark encarava o celular perplexa. — Aquele jornalista foi morto.

— Qual, Kátia? — Mark questionou com certa aflição e logo depois baixou o som da música que tanto amava.

— Aquele que escreveu sobre você: Ben Urich. Parece que levou um tiro na cabeça.

O homem cabelo ralo e sobrancelhas claras fez uma expressão que misturava estranheza e excitação. Sua esposa, por outro lado, se enchia de horror ao ver algumas fotos que haviam sido tiradas da cena do crime.

— Oh, céus — ela sentiu seu estômago se revirar. — Mataram-no na frente da esposa.

— O mundo não é mais o mesmo, Kátia — respondeu com uma face que expunha preocupação. — Os homens e as armas andam mais mortais a cada dia. É por isso que faço o que faço.

Assustada e pondo o celular em cima do belíssimo centro de ferro e vidro ao lado do sofá, a esposa levantou-se e foi em direção ao marido receber um pouco de seu calor.

— Eu sou tão feliz por ter você, Mark. Por tudo que luta, tudo que faz. Obrigada por me fazer acreditar num mundo melhor — deu então um caloroso beijo em seu esposo, quase como se aquele fosse o último.

Correspondendo ao amor de sua vida e, logo em seguida, entregando-se mais um pouco aos prazeres do álcool, Leninsky decidiu que estava na hora de subir com sua esposa para o quarto. Desligando o som que já estava quase inaudível, ele e sua companheira subiram as escadas aos beijos, em fervente excitação, quase como se Kátia não tivesse passado segundos atrás pelo desespero de ver uma imagem de morte e violência, chegando a imaginar o que faria se visse seu esposo morto na sua frente. Sabendo que não havia tempo a perder, acompanhou seu marido em sua ânsia por amar, e logo se viram ao pé da porta do quarto.

No entanto, uma surpresa os esperava. Assim que abriu a porta, Mark deu um salto para trás enquanto sua mulher soltou um grito de horror. A frente deles, o Justiceiro se apresentava com a típica caveira branca no peito e uma pistola apontada para suas cabeças. Atrás dele, uma brisa gelada como a morte adentrava da janela aberta, revelando por trás de seu algoz um céu belissimamente estrelado.

— Nem pensem em se mexer — foram as palavras de Frank. — Irei direto ao ponto: por que você mandou matar Ben Urich? Responda, Mark Leninsky!

Com um completo pavor estampado em seu rosto, o homem o qual tinha a arma apontada para sua cabeça tinha dificuldade para encontrar as palavras.

— Anda! — O Justiceiro gritou violentamente, dando um tiro logo em seguida que passou próximo da cabeça do político. — Eu não estou para brincadeira.

— Calma — Kátia tentou ser fria, mas sua voz era trêmula como uma bandeira em alto mar.

— O que você quer? Dinheiro? Eu posso te ajudar! — Leninsky estava à beira do colapso.

— Dinheiro? — Frank deu mais um tiro de alerta. Começou a caminhar perigosamente em direção ao casal assustado, que recuava a cada passo que ele dava. — Por que você matou Ben Urich?!

— Eu não tenho nada a ver com a morte dele! — Mark suplicou. — Por favor, deixe-nos em paz!

Colocando violentamente sua mão esquerda no bolso do casaco do senador, Frank Castle retirou um celular e gesticulou para que o homem amedrontado desbloqueasse o aparelho com sua impressão digital. Tremendo, o político de ascendência russa fez o que lhe foi ordenado e o Justiceiro rapidamente colocou os olhos no smartphone, mas sem deixar de apontar a arma para o casal.

Checando as mensagens, viu que Mark tratava de assuntos como a aprovação de uma nova lei de controle de armas, um jantar que havia combinado com a esposa e mais viagens a Washington DC, como já seria algo esperado de alguém com suas atribuições. “Nada. Absolutamente nada suspeito. Isso por si só já é bem suspeito”, Castle pensou enquanto sentia um certo amargor na boca.

— Cuide-se, senador. Eu estou de olho — o Justiceiro disse pensando que seu trabalho já estava feito. No entanto, foi surpreendido por uma ação inesperada de Kátia.

Apesar da ausência de seguranças na mansão, Leninsky sempre andava com um pequeno revólver escondido na parte de trás da sua calça. Sabendo disso, sua esposa aproveitou a distração momentânea do Justiceiro para pegar a arma, destravá-la e atirar contra seu algoz. Em uma reação rápida, Frank tentou se afastar, mas não foi o suficiente: a bala passou de raspão no seu braço. De tal forma, o homem com a caveira no peito sentiu dor intensa e viu seu sangue escorrer e sujar o belo chão do grandioso quarto.

Naquele momento, o Justiceiro se viu na oportunidade de revidar e acertar uma dúzia de tiros no casal que buscava se defender. No entanto, seu código de conduta era rígido: não atacaria suspeitos, mas apenas criminosos comprovados. Apesar de sua enorme desconfiança contra Leninsky, ele não tinha prova alguma. Deveria buscar novas fontes antes de tomar qualquer providência. Com isso em mente, saiu correndo em direção da janela e, ao encarar a altura que teria que pular, sentiu um frio na barriga. No entanto, ao ouvir mais um som de tiro e ver parte da janela de madeira se despedaçar ao seu lado, decidiu que não havia opção.

Sangrando, Frank Castle saltou para a escuridão e, após uma queda dolorosa, se reergueu e correu ignorando a dor que se espalhava por todo seu corpo. Da janela da mansão, uma temerosa Kátia disparava com a esperança de acertar o homem que trouxe tanto perigo para ela e seu amado, mas sem sucesso. Mark foi de encontro a ela e, ainda que tremesse de medo, tentou acalmar o amor de sua vida. O Justiceiro desapareceu em meio às trevas e seguiu para seu trailer para fugir dali o quanto antes, ao mesmo tempo em que seu sangue fluía e a dor se intensificava.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigado pela leitura. Caso seja de seu interesse, comente o que achou do capítulo e quais suas expectativas.

Forte abraço =D



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