Pequenos Contos 2019 escrita por Odd Ellie


Capítulo 71
Klaus & Vanya (The Umbrella Academy) - A Natureza de não ser visto


Notas iniciais do capítulo

N/A : Para Ana. Essa fic se passa quando eles tinham cerca de quinze anos.

N/A 2 : Como alguns de vocês provavelmente notaram eu mudei o nome da coleção de "Fragmentos" para "Momentos Perdidos", não houve nenhum motivo para isso realmente, só gosto pessoal ^^



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Klaus foi tomar sorvete na esquina enquanto o resto do time lidava com a gangue  que estava com os reféns dentro do galpão. Ele entrou junto com eles com o uniforme, mas saiu sem, o que fazia com que ele pudesse andar se sentindo praticamente invisível. Esse seria um poder legal de se ter, bem melhor do que falar com os mortos Klaus pensou. Mas havia momentos em que compensava, por exemplo livrava ele de ter que participar de missões em que poderes mais ativos como os dos outros eram requeridos.

Os policiais tinham colocado uma faixa ao redor da rua para impedir os pedestres de passarem por perto.

“Menino saí daí !” um dos policiais gritou.

“Sinto muito senhor” ele disse e passou pelo grupo que tinha se acumulado para ver a ação casualmente. Aí uma mão agarrou seu braço.

Ele olhou para o rosto familiar a quem o braço pertencia.

“Você não devia estar aqui” Klaus disse.

“E você devia ?” Vanya respondeu.

“Vamos, eu vou falar quando nós estivermos longe”

Eles andaram juntos e dobraram a esquina.

“O que você está fazendo aqui ? Porque você não está lá com eles ? Aconteceu alguma coisa ?”

“Relaxa cara. Eu geralmente só faço mais a parte de reconhecimento e não havia nenhum fantasma por lá. A não ser que alguém morra eu não tenho função no time, ficar no meio as vezes até atrapalha...eu tive que ser resgatado algumas vezes”

“Eu não sabia disso”

“Papai disse que seria publicidade ruim os outros ficarem sabendo, você sabe o quanto algumas pessoas falam a respeito dele deixar a gente fazer essas coisas”

“Isso não explica porque vocês nunca me contaram”

“Eu achei que você sabia. De qualquer maneira não importa, o que importa é que ser o mais inútil do time as vezes tem a vantagem de ser liberado mais cedo enquanto os outros fazem o trabalho pesado”

O rosto de Vanya se contorceu por um segundo de um jeito que fez Klaus perceber que ele tinha dito algo errado. Melhor mudar de assunto, ele decidiu.

“Eu ia tomar sorvete, você quer vir comigo ?”

“Okay”

Quando eles chegaram na sorveteria ele pegou o de menta com chocolate e ela o de baunilha.

“Então o que você está fazendo aqui ?”

“Eu só queria estar por perto caso algo desse errado”

Que diferença você estar por perto faria ? Klaus pensou mas teve o bom senso de não dizer.

“Papai não ficaria feliz se soubesse que você veio”

“Você vai contar para ele ?”

“Não”

“Obrigada”

Eles comeram em silêncio por alguns momentos. Vanya estava olhando para ele como se ela quisesse dizer mais alguma coisa. Ele decidiu esperar até que ela falasse.

“Se eu te perguntar uma coisa você promete que não vai contar pra ninguém ?”

“Claro, manda”

“Você alguma vez já pensou em procurar os seus pais biológicos ?”

A pergunta o pegou de surpresa, por um segundo tudo que ele pode fazer foi encará-la.

“Sim. É claro. Mas se eles estavam dispostos a me vender o quão melhores eles podem ser em comparação ao nosso pai ?”

“Eu suponho que não. Mas nem sempre as coisas são tão simples”

Eles logo terminaram o sorvete, Klaus pagou a moça no balcão e os dois saíram para a rua.

“Eu vou indo, eles provavelmente já devem ter terminado”

“Certo. Te vejo em casa”

Ela deu alguns passos longe quando Klaus disse :

“Vanya ?”

“O que ?”

“Só porque você não é parte do time isso não significa que você não é parte da família, você sabe disso certo ?”

“Sim, eu sei” ela disse com sua voz mas seu rosto mostrava incerteza.

Ela se virou bem rápido e andou para longe sem se despedir novamente. Klaus suspeitava que provavelmente era para esconder as lágrimas que ele viu começando a brotar no canto de seus olhos.

Por alguns segundos Klaus apenas a observou andando para longe até que ela tivesse se misturado completamente com os pedestres na rua.

Talvez não seria tão bom ser invisível afinal.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler, comentários são sempre apreciados.



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