P.O.V. Jane.

Isto é totalmente inadequado.

—Isto não está certo. Falta pano neste vestido.

—Não se preocupe. Você tá uma gata.

—Estou animada.

—Lizzie! Isto é uma indecência!

—Você não viu nada amor. Quando tem vampiros e lobisomens envolvidos, as coisas tendem a ficar selvagens.

—Como assim, selvagens?

—Sexo. Sabe o que é isso?

—Sei. E damas não deveriam falar sobre isso.

—Sempre fazendo o que não pode. É bom saber que vocês tem curvas escondidas debaixo de todo aquele tecido.

O meu vestido era vermelho, sem mangas, a ponta do sapato parecia uma agulha. A senhorita Carlton pintou minhas pálpebras com um pó branco, delineou meus olhos com tinta preta e pintou minha boca com um batom vermelho. Um pó avermelhado nas bochechas que ficaram bastante rosadas.

—Nossa!

—Quer que eu prenda seu cabelo?

—Sim por obsequio.

—É por favor.

—Por favor.

—Ótimo. Vou fazer um coque baixo, bem romântico. Vai combinar com a sua personalidade.

E eu realmente me identifiquei com aquele penteado.

—O que é personalidade?

—É como a pessoa é por dentro. Você é meiga, tímida, fofa, tem jeitinho de menina. A Elizabeth é teimosa, obstinada, independente e forte por isso nela eu vou fazer um coque alto.

P.O.V. Elizabeth Darcy.

Ela usou um pente para bagunçar o meu cabelo.

—Tem certeza do que está fazendo?

—Relaxa, vai ficar bonito.

Esponjas, uma maquina alisadora e pequenas braguilhas foram usadas para deixar o cabelo no lugar. Ficou alto e com certeza eu gostei do resultado.

—E então?

—Muito bonito.

O meu vestido era preto com alguma transparência nas costas.

—Ela é uma senhora casada!

—Ela tá casada, mas não tá morta. Além do mais, isso vai deixar o marido dela doidinho. Nesse século, a esposa e a amante... são a mesma pessoa.

—Gosto deste século.

—Vão lá garotas. Peguem eles.

P.O.V. Darcy.

Vendo a minha mulher naquele vestido extremante pequeno com aquele monte de rapazotes olhando, fez o meu sangue ferver.

P.O.V. Charles.

Quando ela desceu com aquele vestido, o cabelo estava solto. Não havia chapéu, não havia nada. Bom, estava preso em parte. A parte da frente formava um topete.

—Se divertindo?

—Isto é sodomia.

—Aqui? É só uma festa.

—Por favor, esclareça-me algo.

—Manda.

—O que?

—Pergunta.

—A Senhora Caroline Mikaelson é casada com o senhor Klaus Mikaelson, correto?

—Sim.

—Mas, ela não é a mãe de Hope?

—Não.

—Mas, é a mãe de Elizabeth e Josette?

—Sim.

—E o senhor Saltzman é o pai?

—Correto.

—Eles são casados?

—Não. Rick iria casar com a Jo. Mas, o irmão gêmeo psicopata dela a assassinou no casamento, ela estava grávida das gêmeas na época.

—E como as crianças sobreviveram?

—O Coven Gemini as implantou magicamente na Caroline.

—O que?

—Os bruxos do Coven Gemini, fizeram um feitiço que transferiu as gêmeas da barriga da Jo, para a barriga da Caroline.

—Como assim?

—Os gêmeos são a vida do Coven Gemini. Eles são muito, muito importantes. Se uma mãe grávida está em perigo, eles fazem um feitiço de transferência para salvar os bebês. Se a mãe grávida está em perigo quase não há riscos na transferência. Porque quando a mãe morrer, a magia vai passar para os gêmeos de qualquer maneira.

—E o senhor Mikaelson se casou com ela mesmo assim?

—Casou.

—E a mãe de Hope?

—Hayley. Ela morreu, recentemente. Uns vampiros nazistas tentaram matar a Hope e ela se sacrificou para salvar a filha.

—Ela era uma lobisomem.

—Híbrida, mas a Greta, trancou o lado lobisomem dela. E a Hayley arrancou o dedo da Greta fora e as duas queimaram juntas no sol.

—O que é um nazistas?

—Nazistas é plural. Nazista é singular. Um cara, chamado Adolf Hitler, ele era maluco, obcecado com a ideia de que a raça ariana, os brancos eram superiores. Ele colocou centenas de milhares de pessoas em campos de concentração, forçando-os a trabalhar até a morte. Matou centenas de milhares de judeus, negros, qualquer um que não se encaixava na raça ideal... ele matava. Foi uma época sombria. Greta era mais ou menos a mesma coisa.

—De que maneira?

—Greta odiava híbridos. Ela lutava pela pureza do sangue da raça vampira. Chamava os híbridos de abominações e ela e todos os seus seguidores... morreram. Hope os matou todos duma vez.

—Não parece bom.

—Ela tava possuída. A Hollow tava no corpo dela, até hoje que ela tem trauma daquele dia.

—Você estudou nesta instituição?

—Estudei. Ano passado, foi meu último ano.

—Ouça! É a música do seu rádio.

—Isso. All American Rejects-Back to me. Quer dançar?

Eu comecei, mas ela riu. E se aproximou da minha pessoa, colocou suas mãos nos meus ombros, as minhas em sua cintura e começamos a balançar como os outros casais no baile.

Conforme eu observava os outros dançando, aprendi alguns passos novos.

—Isto é uma total falta de decência!

—E quem é você?

—Eu sou o Pároco Collins.

—Ah, então você é da Igreja. Olha só, Padre...

—Pároco.

—Tanto faz. Temos uma Igreja na praça da cidade. Ela virou torrada depois que o demônio Cade tentou soltar o fogo do inferno aqui, então se tá tão incomodado vai lá rezar.

—Um Demônio! Valha me Deus!

—Ai, bebe um pouco de ponche de frutas. O ponche tá batizado.

Disse Katerina.

—Oh, sim. Um pouco de água benta vai me fazer muito bem.

—Ah, vai.

Assim que o Pároco Collins saiu ela começou a gargalhar.

—Gente, isso foi cruel. Mas, talvez assim ele deixe de ser tão... chato e irritante e grudento.

—Eu não compreendo. Como pode oferecer água á benta a um Pároco ser cruel?

—Porque não tem nada de bento naquilo. Neste sentido, batizado... quer dizer...

Ela voltou a gargalhar.

—Que...

—Encheram...

—De álcool.

—Álcool?

—O ponche tá cheio de cachaça. E cachaça não é água não.

—Vai embebedar o Pároco Collins?!

—Eu não. É ele que vai beber.

—A senhorita é terrível.

—Vai ficar pra história.

—Porque aquelas senhoritas estão dançando juntas?

—Oh! Isso. Josie e Penélope são um casal. Elas são namoradas.

—O que?!

—Shh. Quase todo mundo aqui tem audição sobrenatural.

—E isto é permitido?

—É. Uma das tias da Hope é casada com outra mulher. Casada legalmente.

—Que tempos são esses?

—Pois é. É tão legal que pelo menos, algumas coisas já não precisam mais ser escondidas. As pessoas finalmente compreenderam que o amor não distingue raça ou gênero, talvez algum dia entendam que nós podemos ser predadores, mas temos sentimentos também.

Logo deu-se uma correria. E apareceu um demônio horroroso.

—É o Sebastian! Lydia! Alisson!

Os lobisomens e outros sobrenaturais tentaram conter a criatura monstruosa. Porém, eles foram superados.

—Liam! Scott!

A criatura se transformou em um homem.

—Você de novo. Você é muito forte, mas como eu já disse, nenhum de vocês luta com o instinto assassino. Que tipo de lobisomens são vocês?

—Somos lobisomens, você não é.

Disse o garoto que estava sendo sufocado pelo homem-besta.

—Liam, espera, ainda podemos salvar o Mason.

—Ah, de novo isso. Salvar o meu hospedeiro.

—Agora Lydia!

A prima da senhorita Carlton gritou:

—Mason!

Deu para ver as ondas sonoras saindo da boca dela, o som fez o chão tremer e alguns vidros se estilhaçarem. E um rapaz negro saiu, separando-se do homem e da criatura.

—Peguei você Mason.

—Obrigado.

—Acha mesmo que podem me parar? A lâmina foi derretida.

Então, a senhorita Argent apareceu. Ela usava um vestido deveras antigo e empunhava a espada.

—Sentiu minha falta, irmão?

—Marie Jeanne?

—Você foi um menino malvado. Muito, muito malvado. Venha me pegar, se puder.

A senhorita Argent se movia que parecia um borrão.

P.O.V. Alisson.

Isso é bom, ele pensa que eu sou a irmã dele. Eu o trouxe até a porta do Malivore que é um poço abandonado e sem fundo.

—Não há mais para onde correr, irmã.

Ele se transformou e eu o empalei com a espada.

—Eu sei.

—Acha mesmo que esta sua lâmina vai me parar? Eu sou a famosa e temida Besta de Gevaudan. E quando eu acabar a minha matança, todos saberão. Toda a história vai lembrar do Meu Nome!

—Ninguém vai lembrar.

—Damnatio Memoriae? De novo?! Vai deixar tomarem o meu nome?! Nosso nome?!

—A história não vai se lembrar de você Sebastian. Nem mesmo como a Besta. Agora Landon!

O Landon abriu a porta do Malivore e nós tacamos o Sebastian lá dentro.

—Fecha!

Eu o ajudei a fechar e ele lacrou aquele negócio. Usando a adaga, o próprio sangue e mais alguma coisa que eu não consegui identificar.

—Pronto. Agora você tem que sair daqui.

P.O.V. Klaus.

Eu não acredito que a minha filhinha já tem um namorado.

—Não acredito que a minha garotinha já tem um namorado. Se ele partir o coração dela, eu vou arrancar o pulmão dele!

—Klaus, você tem sorte. Pelo menos não tem que lidar com o drama Penélope. Ás vezes eu quero arrancar o pulmão dela.