P.O.V. Lorde Bingley.

Após fazer compras em muitas lojas, nós finalmente pudemos vir encontrar minha família.

Eles já estavam acordados.

—Lorde Bingley.

—Você tá fazendo essas pessoas de cobaia Petra?!

—Katerina, isso é um avanço incrível para a criogenia.

—Isso é errado! Tá se aproveitando da inocência deles!

—As funções cerebrais foram perfeitamente preservadas. Eles não tem danos motores, não tem nenhum tipo de sequela.

—Bom, Deus abençoe a natureza.

—Ela está certa Petra. Isso é ilegal.

—Se não deixar essas pessoas irem, eu vou contratar os melhores advogados deste país, vou te enterrar tão fundo em processos, apelações etc, etc que você vai morrer com processos nas costas.

A mulher Petra, foi obrigada a liberá-los.

—Eu vou ligar para o meu motorista vir pegar vocês. Ele vai levá-los para o meu apartamento.

Senhorita Carlton nos escoltou até o carro.

—Leva eles para o meu apartamento. Vão estar seguros lá. 

—E quanto a senhorita?

—Eu já vou. Tenho que fazer uma coisa primeiro.

Ela voltou para dentro.

—O que é isso?

—É o século vinte e um senhorita. Por favor.

O veículo era enorme. E coubemos todos facilmente. O motorista parecia preocupado e também parecia estar se divertindo ao mesmo tempo.

—Qual é a graça senhor?

—Aquela Doutora Petra, mexeu com alguém que ela não devia.

—Deveras, minha família tem muitas posses e...

—Com todo o respeito, mas eu estava falando da Kat. Ela vai fazer algum estrago lá naquele lugar e acredite vai ser grande.

P.O.V. Kat.

Ela gosta tanto de gelo. Vamos ver o que acontece quando ela experimenta um pouco do seu/meu poder.

Eu fiz os sprinklers ligarem. Os bestas nem sabiam o que estava acontecendo.

—Ei! O que é isso?

Eles estavam perdidinhos da silva.

—Glass su li da tour. Glass su li da tour.

Posso sentir a magia fluindo, a água se solidificando no vidro de fibra de carbono e então, um movimento da minha mão e... Bang! Todos os vidros foram estilhaçados.

—Meu Deus! Meu equipamento! Meus equipamentos! O que houve com os meus equipamentos?!

—É. Isso foi ótimo.

Quando eu cheguei no apartamento, eu sabia que o Jonas sabia que eu tinha feito uma coisa errada.

—O que você fez Katerina?

—Mostrei para a Doutora Petra o verdadeiro Poder do gelo. Vidros de fibra de carbono estilhaçados. E ela nem sabe o que a atingiu.

—Devo lembrar que a sua prima Lydia está vindo para morar com você?

—Oh! Certo. Eu esqueci, mas nada que um...bom eu resolvo.

Eu comecei a procurar nos meus grimórios, mas eu não conseguia achar.

—Que... droga! Onde eu coloquei aquele feitiço?

Falei meio que sem perceber.

—Feitiço?!

—Oh, Droga. Eu sou uma serva da natureza, uma bruxa. Achei!

P.O.V. Jane.

Todas as velas se acenderam duma única vez. E ela começou a recitar o que imagino que seja... um feitiço. O lugar onde estávamos começou a aumentar de tamanho. Os quartos se multiplicaram.

—Pronto. Agora cabe todo mundo.

O senhor Darcy apontou a garrucha para ela.

—Para trás criatura maligna.

—Você percebe que eu te ajudei né? Que eu tirei vocês da Crio-Tec, que eu salvei o senhor Bingley de morrer afogado no mar, comprei roupas para ele e arrumei um lugar para vocês ficarem. Não é?

—Á custa de nossas almas!

—Ah, mas os mundanos acreditam em qualquer besteira mesmo. Admito, que existem conjuradoras das trevas que se alimentam de juventude, mas não de almas. E uma conjuradora é diferente de uma bruxa. São tribos diferentes, facções diferentes.

—Vendeu a sua alma?

—Não! Bruxas, conjuradoras etc. Nós nascemos assim. É um dom.

—Você nos fez isso?

—Isso o que exatamente?

—Nos fez sobreviver ao naufrágio.

—Eu não! Nem tinha nascido. Foi a natureza.

—Em que ano estamos?

—Dois mil e dezoito, quase dois mil e dezenove.

—Quem é o imperador?

—Vivemos numa república. Não tem mais Imperador.

—Que ultraje.

—A Escravidão?

—Acabou. É ilegal.

—Quantos habitantes há nesta vila?

—Los Angeles?

—Sim.

—Quatro milhões.

—Quatro milhões de almas?!

—É. Foram as estatísticas que disseram.

—E como há alimento para tantas pessoas?

—Industrialização. Apesar de ainda existir gente passando fome, porque um monte de gente besta joga comida fora. Comida boa.

—Eu vi aquele monte de pessoas na rua. Luzes que vem e vão, cores mirabolantes, edificações enormes.

—Qual é o seu nome?

— Senhora Elizabeth Darcy.

—Muito prazer. Eu sou Katerina Carlton.

—Eu sou Lydia Bennett.

—O mesmo nome da minha prima. A Lydia é uma Banshee.

—Banshee?

—A mãe da Lydia é uma fada, mas como a Lydia nunca desenvolveu asas, ela é uma Banshee. Uma das Banshees mais poderosas que eu conheço.

—Então ela é uma fada?

—Não exatamente. Banshees são fadas, mas elas são mensageiras da morte. A Lydia sempre encontrava corpos, mas agora que ela abraçou a sua natureza, ela sente a morte antes dela acontecer e salva grande parte das pessoas. Os poderes das Banshee são inconscientes, mas ela tem controle sob o seu eu sobrenatural.

Então, ouve-se um grito terrível ensurdecedor e tão cheio de dor.

—É. Ela chegou.

—O que foi isso?

—Lydia. A minha prima Lydia.

Ela foi atrás do grito e havia uma outra senhorita ruiva, caída no chão. Sua garganta estava sangrando.

—Meu Deus!

A Senhorita Carlton fez mais uma de suas magias e o ferimento no pescoço da outra cicatrizou.

—O que aconteceu?

—Sebastian.

—Sebastian Valet? A Besta de Gevaudan? De novo?! Cadê a espada?

—Ele pegou.

—E a Allison?

—Ela não está aqui.

—Eu to vendo. Vem vamos lá pra dentro, a casa é protegida.

P.O.V. Kat.

Eu levei a Lydia para dentro e tranquei a porta.

—Pensei que os médicos do medo estavam todos mortos.

—Estão.

—Então, como ele voltou?

—Eu não sei. Mas, ele pegou o Mason, de novo.

—É claro. O Mason tem dois conjuntos de D.N.A. Ele é o hospedeiro perfeito. Temos que recuperar a lâmina, salvar o Mason e mandar o Sebastian de volta para o outro lado. Ahm, vocês estão com fome?

—Sim.

—Imagino que deva ser meio apavorante para vocês, acordarem no século vinte e um, descobrir sobre bruxas, conjuradoras, banshees, fadas, lobos-demoníacos.

—Lobos-demoníacos?!

—Você já ouviu a lenda do que acontece quando um homem bebe água da chuva que se acumula numa pegada de lobo? Ele se transforma num lobo-demoníaco. E só pra constar, um lobo-demoníaco não é um lobisomem.

—E como vamos acabar com o Sebastian? 

—Do mesmo jeito que antes.

—Ele viu a Allison?

—Só através das memórias do Scott. Quando ela ainda era humana e a gente pensava que ela tava morta.

—Então, temos uma vantagem. Talvez, esse tenha sido o propósito.

—Que propósito?

—Da Alisson ter se transformado.

P.O.V. Elizabeth.

Esta é a conversa da hora do chá mais estranha que eu já ouvi.

—E o que tem a ver a Alisson ter se transformado?

—Um. Ela é a cópia fiel da Marie-Jeanne Valet, a irmã do Sebastian que o matou. A primeira caçadora. Dois, ela é uma Argent e é Valet, o sangue dos Valet corre pelas veias dela então...

—Podemos usar para forjar uma lâmina nova.

—Sim. 

—Mas, o que isso tem a ver com o fato da Alisson ser vampira agora?

—Vampira?!

—Eu tenho uma família estranha. Mas, a mordida de um lobisomem é letal para um vampiro.

—E?

—E visse-versa. Se a Alisson morder o Sebastian...

—Ele morre.

—Sim.

—Mas, ele vai levar o Mason junto.

—Certo. Isso é... mal.

—Tínhamos que dar um jeito de mandar ele para o inferno. Impedir que ele volte. E o Damnatio Memoriae não funcionou.

—É isso! Lydia você é um gênio!

—O que?

—Eu tenho um plano. Para nos livrarmos dele de uma vez, por todas.

—Fala ai.

—Primeiro temos que manter a Alisson escondida, não podemos deixar ele saber que a Ali tá viva e que é uma vampira.

—Certo e?

—Forjamos uma nova lâmina usando Wolfsbane e cinza da montanha com o sangue a Ali sob a luz da lua cheia.

—E?

—Levamos o Sebastian para Mystic Falls.

—Mystic Falls? Porque?

—Porque, em Mystic Falls fica a entrada para o Malivore. Tudo o que precisamos fazer, é convencer o Landon a abrir para jogarmos o Sebastian lá dentro.

—O que é um Malivore?

—É tipo o inferno sobrenatural. Só que... aqueles que são jogados no Malivore são permanentemente apagados a existência. Eles são esquecidos.

—Damnatio Memorie. Gostei é um bom plano.

—Só que vamos ter que convencer o Landon a abrir a porta. Ai é que fica difícil.

—A Hope não pode ajudar? Ela sempre consegue convencer o Landon de qualquer coisa.

—É perigoso. Portas abrem dos dois lados, Lydia. Corremos o risco de acabar deixando alguma coisa pior que o Sebastian vir pra cá.

—Mas, é a nossa única chance.

—Liga para a Alisson, manda ela ir para Mystic Falls sem chamar a atenção. Fala pra ela se esconder.