Através da janela escrita por LC_Pena, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 9
IX


Notas iniciais do capítulo

Estou tão feliz de conseguir entregar a fic dentro do novo prazo estabelecido por Ly Anne, de toda forma, Michelle, aqui está o final do seu presente, depois tem o epílogo, mas a verdade é que ele não é obrigatório nem nada.



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Para a sorte dos dois adolescentes, o sinal milagroso, que ultrapassara até mesmo o tal buraco negro causado por um acidente há três anos no Cabeça de Javali, havia continuado firme e forte, tanto que Bill Weasley havia retornado a ligação, descoberto o lugar onde os dois estavam e agora ambos estavam indo para casa, sãos e salvos.

Ou quase.

— Tanta irresponsabilidade, Rony… Charlie quer falar com você também! Fleur, veja se já temos sinal para ligar para ele. — Bill pediu a noiva, sentada ao seu lado no banco do carona de seu carro alugado. A francesa fez que não com a cabeça. — Tá, que seja! Mas isso ainda não muda o fato de que você está muito fodido Rony!

— Bill… — Fleur repreendeu, com um tom baixo, mas firme. Ela não gostava de palavrões na frente dos mais novos.

Encrencado! Você está muito encrencado, Rony! Desculpe, amor. — Ele se corrigiu e pegou a mão da noiva para beijar, ainda com os olhos na estrada. — Faz ideia do quanto a gente estava preocupado com você, garoto?

— Olha, se eu bem me lembro, você adorava dar umas sumidas quando tinha minha idade também, tipo, essa cicatriz no seu rosto você não ganhou tomando leite com biscoitos junto com o Papai Noel! — Rony disse com ironia, olhando divertido para uma Pansy contendo o riso encolhida ao seu lado.

Ela estava achando hilário o discurso que William Weasley estava fazendo desde que estacionou o carro na frente do Cabeça de Javali. Pansy também lembrava de ver o rapaz se esgueirando para dentro de casa, fugindo das broncas da mãe, na hora em que ela estava indo para suas odiosas aulas de ballet, aos sábados de manhã.

Enfants? On peut encore renoncer à l'idée, tu sais. — O ruivo mais velho resmungou em francês para a companheira, com uma voz de imploro. Fleur riu do drama feito pelo noivo. Virou para o banco do fundo, para falar com seu cunhado com quem mal tivera tempo de trocar duas palavras.

— Ron… Posso chamar-te Ron? — Ela tinha um inglês estranho, mas não tinha sido isso que havia deixado o garoto embasbacado. Rony gesticulou um assentimento esquisito para a mulher deslumbrante, então Pansy o encarou com um olhar irritado. Fleur continuou a falar. — Son irmão ficar… Ficou muito chateado com seu… Desaparrecimente.

O esforço dela para falar inglês era tão adorável, que Rony estava quase pedindo para ela deixar para lá, podia falar em francês, provavelmente seria ainda mais bonita falando na língua materna. Pena que ele não falava francês…

— Não acho que o que aconteceu com a gente se configurou como desaparecimento, tipo, não se passaram nem seis horas desde que sumimos! — Pansy tomou a dianteira da defesa, porque parecia que o garoto ao seu lado iria começar a babar a qualquer minuto com sua retardadice.

—  Do que está falando, garota? Fazem quase dez horas que vocês estão desaparecidos! — Bill esbravejou, fazendo Fleur tocar seu ombro de leve. Tinham gastado a noite toda nessa brincadeira de achar o irmão perdido, então tinha todo o direito de estar indignado. — E a sua última mensagem, Rony, se não se lembra, foi dizendo que estava morto.

Rony riu de leve e Pansy o olhou com diversão, porque era suposto que Bill soubesse que ele estava sendo sarcástico naquela hora.

— Vocês acham isso engraçado? Eu não… Meu Deus, vocês me transformaram em um Percy da vida, eu não… Amor, conseguiu o sinal para ligar para Charles? —  O homem perguntou cansado, estava louco para a responsabilidade de dar sermões nas crianças abusadas ser passada para o segundo irmão na hierarquia. Fleur fez um sim animado com a cabeça, então Bill pegou o celular da mão da noiva. — Ótimo, me dá o celular aqui.

Ele fez um malabarismo com uma mão, só para fazer a videochamada para o único irmão Weasley que não estava esperando para assistir a bronca monumental que os pais dariam em Rony assim que ele chegasse em casa.

Fleur ainda sussurrou algo em francês, possivelmente um cuidado com a estrada, mas havia sido muito baixo e muito em francês. Pansy olhou para o garoto ao seu lado, que não parecia tão nervoso quanto deveria, ante a perspectiva de futuro sombrio que o aguardava.

— O quão fodido você está? — A garota sussurrou próximo ao ouvido de Rony, o fazendo se arrepiar com seu hálito quente. Talvez devesse ter esperado mais um pouco para atender aquele bendito telefonema…

— Se eu fosse um Bill da vida ou um dos gêmeos, eu diria que muito, mas sendo apenas eu, um inocente garoto que nunca fez nada de errado, eu diria…

— Nunca fez nada de errado, Rony? Você tomou ácido enquanto esteve no Javali? — Bill perguntou irritado, interrompendo o raciocínio do irmão caçula. Colocou o celular entre os bancos, nas mãos de Fleur, para dar uma melhor visão da cena para o rapaz que estava ainda se ajeitando na frente da câmera do celular, em outro país. — Dá para acreditar na cara de pau dessa criatura, Chalie?

Oi, pessoal! Nossa, como a imagem está escura… Olá, Rony! Pansy, certo? — Charles Weasley cumprimentou todo mundo como se estivesse começando uma conversa em um chat familiar, no meio de uma festa de aniversário ou algo assim. Pansy franziu o cenho para a simpatia do homem.

—Então você é o irmão que não pôde se dar ao trabalho de largar as coisas por uma semana para ver a família, não é? Prazer em conhecê-lo. —  Ela falou com deboche e Rony se encolheu um pouco, porque não fazia ideia de onde tinha saído essa merda.

Os irmãos iriam achar que ele havia reclamado disso com a garota, que saco!

Charles parecia confuso em sua sala iluminada, com alguns objetos estranhos nas prateleiras atrás de si. A imagem do vídeo congelou um pouco, quando o homem se aproximou mais da câmera, ainda com uma expressão de quem não tinha entendido o ataque gratuito.

Hum… Eu… Eu expliquei que não poderia deixar o acampamento nessa época do ano. Ficamos com um número baixo de pessoas na equipe e os caçadores se aproveitam para pegar os animais em hibernação… — O homem tinha começado tímido, provavelmente o único Weasley com essa característica, mas Pansy poderia dizer com tranquilidade, que ele estava no top 3 dos irmãos Weasley mais gatos. — Minha ausência por acaso tem a ver com esse seu surto de rebeldia, Rony?

— Que? Não houve surto de rebeldia nenhum, Charles! Os gêmeos me trancaram para fora de casa, eu fui para a casa de Pansy para não morrer de frio e a gente resolveu ir para uma festa, meu celular ficou sem bateria, aí nós batemos o carro e o celular de Pansy ficou sem sinal e… Porra, que merda de história!

Rony tinha respondido a acusação do irmão com indignação, mas só ao falar em voz alta tinha se dado conta do nível de loucura que era aquela série de eventos em que tinha se metido com Pansy. Uma aventura e tanto.

— Por incrível que pareça, Rony e eu só iriamos curtir uma festinha chata, iríamos voltar antes da meia noite, bem a tempo dele receber um sermão bobo, dormir e ajudar a fazer a ceia de vocês, fim da história. —  Pansy falou displicente, sem pedir desculpas pelo tom usado com o homem que nem sequer conhecia.

— Ajudar a fazer a ceia? Que tipo de papo mentiroso para ganhar garotas é esse, Rony? — Bill perguntou com sarcasmo, se sentindo muito mais ele, ao invés de um cara velho e responsável.  

— Não é mentiroso, eu ajudo com os biscoitos! — O garoto se defendeu, aliviado que não estavam mais falando de suas transgressões e sim dos seus talentos pouco reconhecidos.

— Os biscoitos desfigurados, Charlie, é a isso que ele se refere como ajudar na ceia… — Bill continuou, debochado, depois se virou para trás, tentando encontrar um ângulo em que pudesse olhar para o irmão e para a estrada ao mesmo tempo. — Só para você saber, Ronald, mamãe ficou tão surtada com seu desaparecimento, que nem sequer começou a fazer a ceia!

A coluna do garoto gelou, o coração parou, então bateu acelerado com a notícia. O olhar surpreso e depois acusador de Charles no telefone segurado por Fleur não ajudou em nada com seu sentimento de culpa. Rony levou alguns segundos para encontrar a voz depois do choque.

— Mamãe ainda não começou a ceia? — A voz esganiçada do rapaz ao seu lado fez Pansy questionar a própria sanidade, afinal, ela estava mesmo disposta a dar uma chance para ele, não estava?

— Por sua culpa. — Bill continuou com o terrorismo, usando o mesmo tom de voz que reservava para os estagiários que seus chefes mandavam para a escavação que ele liderava no Egito.

Charles havia tentado segurar o olhar sério e acusador que a situação pedia, mas acabou deixando um riso escapar, porque a cara do irmão caçula estava hilária. Só Rony mesmo para ligar mais para a possibilidade de ficar sem ceia, do que para qualquer outra consequência de suas burradas.

Fleur também não conseguiu segurar aquela ameaça contra o pobre cunhado, ele parecia um bom garoto, no fim das contas. A jovem francesa sorriu para ele com carinho.

Irremos passar a dia cozinhando, Ron, non se prreocupe! — Ela completou o sotaque adorável com uma piscadinha que fez o garoto ruivo derreter no banco em que estava. — Está covidade também, Pansy.

A garota olhou para Rony, antes de responder ao convite da francesa, ante o olhar curioso de Bill, concentrado na estrada agora com neblina, e de Charles, no celular. Deu de ombros para as consequências e sorriu para as possibilidades.

— Não tenho nada melhor para fazer, então aceito o convite. Mas ainda acho que não vou ser bem vinda…

— Claro que vai, nenhum Weasley vai tratar uma convidada mal. —  Bill falou em um tom que encerrava o assunto, beijando a mão da noiva, que tinha sido uma princesa por se preocupar em trazer a nova namoradinha encrenqueira do irmão para perto da família.

***

— Ela não é bem vinda aqui, Rony! Quem a convidou? — Ginny resmungou, depois de ter se divertido horrores vendo o sermão vergonhoso dos pais para cima do irmão, de ter acompanhado ele até o banheiro, o infernizando enquanto ele tomava um banho com certeza mal tomado, mas agora ela só estava irritada demais com a cara dele.

O garoto a olhou divertido, comendo uma das cenouras que deveria estar cortando para a tia caramelizar mais tarde. Observou Pansy tentando colocar uma massa folhada em cima de uma torta, sob o comando da general francesa Fleur Delacour.

A noiva de Bill havia se mostrado uma megera e tanto quando se tratava de dar ordens na cozinha e Pansy tinha dado o azar de ser jogada na “praça das sobremesas”,  junto com a francesa. A pobre garota estava metade do tempo confusa com a bagunça Weasley e a outra metade frustrada, porque aparentemente não estava fazendo nada certo.

Ginny estalou os dedos na frente do irmão, tentando chamar a atenção dele de volta para si.

— Por que estamos aceitando a ajuda de uma criminosa? Não acredito que mamãe deixou ela sair ilesa, sem nem ouvir um nada por ter sequestrado você! — A caçula Weasley falou indignada, cortando as batatas com tanta má vontade, que conseguiria um purê mesmo com elas ainda cruas.

— Talvez seja porque mamãe é uma pessoa razoável e sabe muito bem que eu fui com Pansy por livre e espontânea vontade. — Ele falou com ironia, ganhando um olhar fuzilador da garota ruiva ao seu lado. — Ok, esquece a parte do razoável… Provavelmente o espiríto natalino falou mais alto.

— Isso e o fato de que vamos receber a família de Harry, os primos Prewetts, fora toda a nossa turba faminta… Ela só não teve tempo para lidar com suas idiotices. — A garota falou sem paciência, conformada, então Rony apenas fingiu que já não estava mais ouvindo nada. — Mas deixa só essa confusão toda passar, vocês dois estarão ferrados e…

— Você fez curso para ser irritante assim? — Ele perguntou, comendo mais um pedaço de cenoura, então Bill deu um tapa de leve em sua cabeça. Ele sabia ser um general insuportável, igualzinho a noiva.

— Vocês dois estão falando demais e cortando de menos! Não queremos que a praça dos acompanhamentos seja aquela que vai atrasar a ceia, não é? — O homem questionou, fazendo muito bem o seu papel de supervisor autodeclarado.

— Ainda falta mais de doze horas até a ceia e…

— Pois a mamãe quer a gente na missa às 18h, de banho tomado, orelhas limpas e nariz assoado, de preferência e ai daquele que ousar dormir na hora que o padre tiver dando um daqueles sermões insuportáveis! — Bill terminou com um olhar indignado para o horizonte, porque não era mais criança, não devia ser obrigado a ir na missa como um escoteiro qualquer. Pegou um pedaço de cenoura do bowl de Rony, mastigando com raiva. — Continuem com o trabalho!

— Espera, se nós não podemos dormir na missa, significa dizer que vamos ter uma folga antes de sairmos, certo? — Rony perguntou esperançoso, mas o irmão mais velho o olhou com um desprezo típico de alguém que estava em uma posição de poder que não merecia.

— Vai sonhando…

***

Os acompanhamentos não eram os pratos mais sofisticados da ceia, por isso mesmo Rony, Ginny e Bill haviam ficado responsáveis por eles, então o garoto ficou feliz ao constatar que já tinha acabado sua parte.

Se fosse uma boa pessoa mesmo, teria perguntado se mais alguém precisava de ajuda, mas como ele era uma pessoa excelente, foi salvar Pansy de sua escravidão no setor de sobremesas.

— Os Parkinson estão chamando pela filha. — Ele falou como se fosse a mais pura a verdade, então Fleur acenou o entendimento e liberou a garota um pouco desastrada de seu serviço de montagem de tortas.

Pansy olhou desconfiada.

— O que meus pais querem?— Como saíram da sala de jantar, onde os acompanhamentos e sobremesas haviam ficado relegados na divisão da casa, e foram em direção ao andar de cima ao invés de irem para a porta, a garota mudou a pergunta. — O que você quer de mim?

Rony não respondeu até estarem em uma zona segura, livre de Weasleys bisbilhoteiros. Fechou a porta do próprio quarto com cuidado.

— Estou te libertando das garras da general francesa, de nada. — Ele falou divertido e Pansy levantou uma sobrancelha para isso, achou que ele considerava a cunhada um belo anjo na Terra.— Já entendi porque ela e Bill se dão tão bem.

— É um casal lindo, mas os filhos vão ter que usar uniformes militares. — Pansy complementou, triste por essas futuras crianças. Olhou ao redor do ambiente, finalmente se dando conta de onde estava.— Ah, então este é o infame quarto no meu ponto cego? Interessante...

A garota deu mais alguns passos para dentro do espaço, que era infinitamente menor do que os seus próprios aposentos. Rony tentou olhar para o quarto como se fosse a primeira vez que estava vendo o lugar também.

— Não é tão... Você sabe, majestoso quanto o seu, mas é um bom quarto. — Disse, ignorando o guarda-roupa com uma porta empenada, a escrivaninha com roupas e livros da escola misturados em uma só bagunça e a prateleira cheia de figuras de ação empoeiradas.

— Você é muito organizado.— Ela disse sarcástica, então ele deu de ombros.

— Obrigado, me esforço muito. — Respondeu sonso.

— E esse cheiro peculiar... — Ela gesticulou, tentando encontrar a palavra certa para definir o que estava sentindo. Rony riu.

— Deve ser por causa dos presentes, vem, deixa eu te mostrar a minha missão de vida atual. — Ele apontou e se aproximou do volume suspeito no outro lado da cama. Pansy o seguiu com desconfiança.

— Se for um conjunto de cadáveres, vou ter que te parabenizar, porque o quarto até que não cheira tão mal. — Ela falou sem piedade e Rony aproveitou a deixa para tirar o lençol de cima de todos os embrulhos.— Ah, são presentes mesmo?

— Sim, foi o que eu disse, não foi? Eu sou o encarregado de mantê-los seguros até a manhã do dia 25, quando meu pai vai se vestir de Papai Noel e entregar tudo, em uma dessas tradições absurdas da família Weasley.

— Espera só um minuto! Papai Noel não existe? — A indignação dela soou tão real, que por um segundo Rony cogitou pedir desculpas por estragar sua fantasia.

— Ou na verdade é meu pai. Isso explicaria porque ele esquece de mandar presentes para tantos lugares... — Ele respondeu, recebendo um sorriso malicioso como resposta.

— Ok, então vamos ver o que o Papai Noel reservou de legal para sua prole... — Pansy falou, já escolhendo um dos pacotes para abrir cuidadosamente e espiar o que tinha lá dentro.

— Em nome do menino Jesus na manjedoura, você quer fazer exatamente aquilo que eu devo lutar contra?!! — Rony a tirou de perto dos presentes, pela cintura. — Somos um casal de caçador de bruxas e uma bruxa, por acaso? Você tem que me ajudar a proteger os presentes, não violar eles!

Ela riu, mas não se debateu para sair do abraço dele.

— Qual a graça de ser o protetor dos presentes, se você não pode saber o que é, para poder provocar os seus parentes?— Ela se virou de frente para ele e o olhou ainda impressionada com a inocência dele, porque aquilo deveria ter sido a primeira coisa que passou em sua mente.

— Não posso fazer isso, as crianças poderiam ouvir e a graça do Natal estaria arruinada!  — Ele falou exasperado e Pansy riu ainda mais dele.

— As crianças seriam justamente o meu alvo! E... Não, espera! Eu ainda trocaria os presentes daqueles priminhos pentelhos por carvão, o que faria de mim uma pessoa muito responsável.

— Tenho quase certeza que você tirou esse discurso do filme do Grinch. — Rony acusou, então Pansy riu de leve e aproveitou a posição para passar os braços por cima dos ombros dele.

Geralmente o início de relacionamentos eram assim mesmo, cheio de momentos bons, mas com Rony, Pansy sentia que estava sorrindo e se sentindo mais à vontade do que se lembrava de já ter se sentido com qualquer outra pessoa.

Talvez fosse o espírito natalino, mas ao invés de retrucar essa acusação boba dele, ela sorriu com sinceridade, disposta a falar algo que provavelmente nunca mais repetiria na vida.

— Você não sabe o quanto é sortudo.— Mordeu os lábios, então se surpreendeu, porque Rony a virou de costas para si, apontando para algo do lado de fora da janela.

— Sim, eu sei. Olha só que bela vista eu tenho daqui. — Sussurrou no ouvido dela, que sorriu, tendo uma visão perfeita de parte do seu quarto, que, nesse exato momento, estava vazio.

Encostou a cabeça no peito dele, sendo abraçada pelas costas. Respirou fundo, porque sim, talvez tenha sido um golpe de sorte mesmo, algo perfeitamente arquitetado para ser assim: Rony com essa perfeita visão dela, através da janela.


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Notas finais do capítulo

Tradução da frase de Bill em francês: Crianças? Ainda podemos desistir da ideia, você sabe.

Presente entregue, espero que me perdoem pela demora!

Bjuxxx



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