Através da janela escrita por LC_Pena, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 5
V


Notas iniciais do capítulo

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Rony se arrependeu de acompanhar Pansy naquele “rolê” com os amigos dela no momento em que vestiu o casaco Armani do pai dela e viu a etiqueta de preço pendurada.

Ele não sabia se aquele valor era da peça de roupa ou do imóvel onde o sobretudo fora comprado, mas era muito mais dinheiro do que ele tinha visto a vida toda.

Pansy havia arrancado a etiqueta da roupa sem nenhuma hesitação, pego a chave do seu carro caro e tinha o incentivado a dar dedo para os irmãos ao passarem por sua casa na saída.

A garota estava agora na loja de conveniência do posto de gasolina da cidade, enquanto ele abastecia o tanque do belo carro dela, com cheirinho de novo.

Pansy havia pedido para ele encher o tanque, então quando ela voltou com a conta paga e mais um saquinho de doces, ele voltou para o conforto de um carro com o aquecedor ligado no máximo.

— Ok, para onde agora? — Rony perguntou, nervoso, evitando olhar o celular, para não ver as ameaças de seus irmãos no grupo de mensagens da família.

— Espera, meu salto grudou no freio… Certo, vamos. — Pansy havia insistido em dirigir, então Rony se viu na obrigação de alertá-la mais uma vez sobre os assuntos que ela parecia ter pulado na auto-escola.

— Você sabe que esse é exatamente o motivo para saltos serem proibidos enquanto se dirige, não sabe?— Ele falou, sem querer soar chato, mas recebeu um olhar impaciente mesmo assim.

— Salto só é proibido porque quem usa é mulher! — Ela olhou para o retrovisor, manobrando o carro com bastante eficiência. — Você não usa salto e nem dirige de salto, como poderia entender do que eu falo?

Ele a olhou com condescendência, ainda bem que ela estava de olho na estrada já ficando escura, por causa do anoitecer muito cedo, típico dos meses de inverno.

— Certo, certo… Mas, como você disse que vai ser o processo para a gente entrar mesmo? — Ele perguntou, ouvindo o celular vibrar, dessa vez por outro motivo que não as ligações de Bill. O aviso de 15% de bateria havia soado.

— Merda! Meu celular vai morrer em breve.— Falou chateado, porque odiava quando isso acontecia e hoje nem sequer estava com o carregador.  — Você tem algum carregador portátil ou…

— Devo ter em algum lugar no banco de trás, mas relaxa, você tem ainda o quê? Umas duas horas de bateria? — Ela perguntou dirigindo com uma calma invejável para quem tinha acabado de tirar a carta de habilitação.

— Devo ter no máximo uns vinte minutos…

— Sério? Quantos aplicativos você tem no celular?— Pansy perguntou desconfiada, mas Rony desconversou.

Ele tinha muitos e sabia bem que isso acabava com sua bateria, Ginny sempre o pentelhava com essa informação.

— Hum… Você comentou que a festa é na cidade vizinha, estamos indo para Hollows?— Falou curioso, mas quando Pansy não respondeu de imediato, ele refez a pergunta com uma nota de alarme na voz. — Estamos indo para Godric Hollows, não estamos, Pansy?

— De jeito nenhum, aquela cidade me assusta! Não foi lá que aquele maníaco assassinou os pais de Potter? — Ela falou em dúvida, porque tinha sido um crime horrível, mas tinha quase a idade deles, de tão velho.

— E os seguidores torturaram os pais de Longbotton… Mas não mude de assunto! Você disse cidade vizinha e a cidade vizinha de Ottery é Hollows!

— Eu disse que era uma cidade vizinha, não que era vizinha de Ottery St Catchpole! — A expressão do ruivo ao seu lado fez Pansy chiar indignada, ele era tão dramático! — Ah, dá um tempo! Não se atreva a ficar fazendo essa cara de bunda na festa, eu tenho uma reputação a zelar!

— Eu não acredito que eu larguei minha família para entrar em um carro rumo a lugar nenhum com Pansy Parkinson! — Rony falou em um tom de voz baixo, como se estivesse recriminando a si mesmo.

A garota o olhou enfurecida.

— O que quer dizer isso?

— Que eu já tive ideias estúpidas antes, mas essa ganhou em disparada! — Ele falou, exasperado com sua burrice.

— Não, o que quis dizer com esse seu “com Pansy Parkinson”? O que você quis dizer com isso? — Rony a olhou como se ela não estivesse fazendo o menor sentido, mas a resposta parecia ainda mais crucial do que todas as outras que ele havia dado hoje.

— Esse é o seu nome, não é? Mas se quer mesmo saber, eu quis dizer que foi uma má ideia me enfiar em um carro com uma garota que eu mal conheço e que todo mundo sabe que…

— Ah! Mas eu achei que você me conhecesse muito bem! “Oh, Pansy, eu sei que você chora a noite, eu posso ser o cara que limpa as suas lágrimas, como um lenço encardido!” — Ela fez uma péssima imitação do que seria um Rony muito patético e o “homenageado” apenas respirou fundo.

— Dê a volta, Pansy — Ele disse, olhando pela janela.

— Vá se foder.

— Eu estou falando sério, dê a volta nesse carro agora ou… — Era clichê, mas a ameaça em aberto funcionava. Rony a estava olhando com sua melhor cara de quem não aceitaria um não como resposta.

Pansy tirou os olhos da estrada e o encarou como uma fúria.

— Ou. O. Que? — Sibilou pausadamente cada palavra, uma com mais desafio do que a anterior. Rony a encarou mordendo o lábio inferior com raiva.

— Você não me conhece o suficiente para me provocar, Pansy. Cuidado com o que você desej… CUIDADO COM A ESTRADA, PANSY!

O grito já tinha sido assustador o suficiente, mas o fato de Rony ter tentado pegar o volante para realinhar o carro na pista foi o que realmente piorou a situação.

Não tinha um caminhão vindo na direção deles ou animal na pista ou um trecho em obras… Mas havia dois adolescentes imaturos, brigando pelo controle do carro, em uma estrada escorregadia por causa do inverno.

O carro ainda tentou lutar bravamente para se manter sobre as quatro rodas e o bom extinto de Pansy o ajudou com a missão, mas ainda assim ele atravessou a grade de contenção ao redor da estrada.

E não havia muita coisa depois disso.


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Notas finais do capítulo

MATEI OS PROTAGONISTAS, MUAHAHAHAHA



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