Veritas - #NatalClichê escrita por Júlia Santos, QG Dramione


Capítulo 3
O fim


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu sou o atraso em pessoa. Me perdoa, Thay, me perdoem garotas do desafio. Eu sou um desastre.

Meu note tava estragado desde o início do ano, e consegui ter ele de volta hoje. Tentei escrever o capítulo no celular, mas tive problemas com os traços e os parágrafos e no final desisti. Espero que me perdoem :/

Gostaria de agradecer pelos comentários e pela recomendação da Hayley Mikaelson (sou muito grata mesmo).

Espero muito que gostem do final da fic. Beijos de coração, obrigada pela oportunidade!



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            Quando faço a pergunta à Draco, tenho plena consciência de que estou trancada no banheiro com ele justamente para evitar que Harry faça essa mesma pergunta, só que com muito mais agressividade.

            A verdade é que eu não tenho a menor intenção de divulgar a resposta dele para o resto da escola, além de cair a ficha de que esse é provavelmente o único momento em que vou ter um Draco verdadeiro e genuíno na minha frente.

            As palavras que ele disse para me mostrar o quão boba fui de pensar que conquistaria Ronald sendo quem não sou, também serviram para me mostrar que durante tempo integral em sua vida, Draco não foi nada mais do que a cobaia que seu pai queria que ele fosse.

            Ele guardou essas coisas por tanto tempo, que simplesmente me pareceu correto pedir a ele que compartilhasse tudo com outra pessoa. Muito mais do que uma ordem, minha pergunta foi um estado mútuo de ajuda. Ele me ajudou, era a vez de ele falar e eu tentar, de alguma forma, ajudar.

            Draco se escora novamente na parede do banheiro, e eu faço o mesmo com o seu casaco me cobrindo. Acaricio levemente o tecido macio da roupa enquanto aguardo a formulação da resposta que eu sei que virá, uma vez que ele não tem muitas escolhas.

            Após um longo suspiro e sem manter contato visual, nossos olhos finalmente se encontram novamente. Draco agarra o tecido da própria calça como forma de conter a carga emocional gigantesca, da mesma forma que eu faço, e começa:

            - Harry Potter sempre foi um grande assunto lá em casa. Acho que não é novidade para você que as pessoas de sangue não mágico ou que sujavam a nossa pureza, como os Weasleys, eram desrespeitadas absolutamente o tempo inteiro por lá, então nem vou entrar nesse mérito. A questão é que minha cabeça desde sempre foi contaminada por extremos em relação ao Potter. O menino-que-sobreviveu: vire amigo dele, ou garanta que ele não seja melhor que você. No primeiro dia de aula, você bem lembra, eu tentei virar amigo do Potter.

            - Mas ele já havia conhecido Ronald. – concordo, ainda mantendo o contato visual com ele.

            - Minha família achou isso uma humilhação. Como o Potter trocaria a amizade de uma pessoa de respeito como eu, pela amizade de um Weasley que não tem nem onde cair morto? – ele dá uma risada seca, quase que sem vida – A realidade é que minha primeira missão de vida não era entrar em Hogwarts e fazer amigos de verdade, a minha primeira missão era entrar em Hogwarts e levar Potter junto comigo para os Slytherins. E eu já falhei de primeira.

            - Você imediatamente odiou Harry ali, não foi?

            - Não. Mas eu acumulei um rancor grande dele e dos amigos dele. E aí que você entra na narrativa. Notas exemplares, todos os professores te adoravam, não existia uma única coisa que você não fosse capaz de fazer numa idade tão nova.

            - E eu não tenho sangue puro. – compreendo.

            - E você não tinha sangue puro. Tinha, no passado. Minha mentalidade daquela época não podia aceitar que a melhor da escola, melhor que eu, que sou de uma das famílias mais antigas do mundo bruxo, na real era uma trouxa que nunca havia acreditado em bruxaria antes de colocar os pés em Hogwarts. Me pareceu ridículo. Então eu percebi que te atacar era a melhor forma de atingir o Potter e ao mesmo tempo fazer a minha família ter orgulho de mim, afinal era só sobre você que eu sabia falar, e eu me arrependo tanto, Hermione, porque eu só sabia me referir a ti com o nojo que a minha família me ensinou a ter.

            Ele coloca as mãos no cabelo, olhando para o lado como se tentasse articular a resposta da maneira mais coerente. Sinto pesar por ele. Imediatamente é visível que a cabeça dele está em uma confusão tão gigantesca que ele nem mesmo sabe como falar tudo que precisa e quer. É como se a linha cronológica da sua vida tivesse sido sempre a mesma coisa, sempre as mesmas frases, sempre os mesmos pensamentos, que fica difícil identificar quando cada coisa aconteceu, uma vez que tudo parece muito igual.

            - Foi no terceiro ano que as coisas começaram a mudar. Depois do caso do hipogrifo, especificamente no dia em que você me deu um tapa.

            Coro envergonhada, e ele dá um sorriso de canto como se admitisse que aquele dia realmente havia sido sobrenatural até mesmo para Hogwarts: quando, em sã consciência, Hermione Granger pensaria em dar um tapa em alguém dentro dos terrenos da escola?

            - Preciso que você entenda que eu estava profundamente chateada e magoada com a família Malfoy. De saco cheio, sendo sincera. – tento me explicar, mas ele nega veementemente como se entendesse com perfeição o que eu queria dizer.

            - Eu sei, eu sei. E com honestidade, foi esse tapa que me fez acordar para a vida e perceber que o teu sangue não alterava em porra nenhuma o cenário do mundo bruxo. Depois que Hogwarts acabasse, o mundo bruxo receberia uma bruxa sublime e brilhante para trabalhar, e o sangue dela não alteraria em nada. Enquanto isso, eu estava lá tentando cada vez mais atrapalhar a vida de vocês. Eu percebi que tinha inveja.

            - Mas por que você não parou? – pergunto confusa – Se você percebeu todas essas coisas, por que não parou? Draco, o quarto ano do Harry foi um inferno e um dos motivos foi você!

            - Eu senti mais raiva. – fala com simplicidade, dando de ombros e respirando fundo – Até agora sinto. É como se tudo sempre fosse sobre vocês três e os seus amigos patetas. A Slytherin nunca teve uma oportunidade de verdade, e meu pai contaminou o meu pensamento dizendo que essa não era a forma que a família Malfoy deveria ser tratada. Esse é um dos motivos para o meu pai perseguir tanto o Dumbledore: a família Potter nunca foi tão grandiosa como a Malfoy, mas só porque o maldito do Harry existe, agora é.

            - Draco, você precisa entender que o seu pai fez uma lavagem cerebral muito boa em você. – digo, passando a mão nos cabelos um pouco frustrada com a história.

            - Eu já entendi. – ele fala baixo, até mesmo com um pouco de raiva – Foi preciso que ele fosse para Azkaban para entender o nível das coisas em que ele estava me metendo.

            - Quando ele foi pego no Ministério lutando contra um bando de adolescentes a favor de Voldemort. É, realmente precisou algo grandioso para você cair na real. – tento fazer uma piada e ele mostra um sorriso singelo.

            - Eu sei. Mas você não consegue interromper laços assim do nada. Preciso que compreenda que eu estou com muita raiva do meu pai, mais raiva do que eu gostaria de admitir. Só que mesmo estando com raiva, é preciso entender que ele continua sendo o meu pai. Ele continua sendo a pessoa que me criou e, apesar de ter colocado tanto merda na minha cabeça como se fosse verdade, ele ainda assim foi a pessoa que me deu amor. Ele e a minha mãe. – a última palavra sai com uma entonação triste, quase desesperada.

            Franzo as sobrancelhas. Draco parece ter terminado a narrativa ali, mas eu sei que há muito mais por trás da história. Presumo que os efeitos da poção estejam enfraquecendo, provavelmente está ficando mais fácil para controlar. Mas ele não parece estar com vontade de manter as coisas para si, parece muito mais medo de como será a minha resposta.

            - Não estou aqui para te julgar, Draco. Tanto que estou trancada dentro de um banheiro para que não precise enfrentar Harry.

            Ele solta uma risada pelo nariz, se permitindo a um leve sorriso de canto de boca. Sua mão está mais relaxada sobre a perna, mas a palidez de sua pele me deixa preocupada. Ele claramente está com frio. A neve se amontoa do lado de fora do trem, as rajadas de vento são intensas e não há aquecimento nos banheiros. E eu estou com seu casaco para tapar uma bobeira que eu fiz.

            Me levanto com certa dificuldade sendo sempre observada por ele, e me encaminho até o espaço minúsculo que ainda tinha ao seu lado. Sento, sem proferir uma única palavra, e divido o casaco com ele, ainda que muito desconfortável com minhas ações.

            - Percebi que está com frio. – digo constrangida, no que ele assente.

            - Sim, bem pensado. – ele fala nervoso, quase como se nunca tivesse chegado perto de uma garota. O que eu sei que é totalmente irreal: Draco é notoriamente o garoto mais requisitado da Slytherin.

            E eu trancada num banheiro com ele, pensando em Rony. Parabéns, Hermione!

            Ele solta a respiração, e subitamente parece estar mais confiante para falar quando não precisa me olhar nos olhos. Acaricia o próprio casaco assim como eu faço, e recomeça:

            - Você deve ter visto que vários comensais fugiram de Azkaban, incluindo meu pai. – assinto, sem falar nada, apenas o olhando – Não é novidade para ninguém que ele está lá em casa, nem precisa se esconder. Nossa casa é literalmente um forte, nenhum auror do ministério se arriscaria de entrar no palco das reuniões de Voldemort assim.

            - Gosto da sua humildade. – amenizo o clima.

            - Prefere que eu fale mansão?

            - Prefiro um retrato realista da realidade.

            - Bem, ele está lá no castelo da família Malfoy. – dou risada, e ele me acompanha com sinceridade, dessa vez realmente deixando a voz sair da garganta.

            - Bem, vamos continuar. O assunto é sério.

            - Sim. – ele respira mais uma vez – Tudo que Voldemort faz, tem um preço. Liberar meu pai de Azkaban foi um deles. Preciso que entenda que meu pai não foi a mais fiel das pessoas no período em que Voldemort estava enfraquecido. E o Lorde tem plena noção disso. Então ele liberou meu pai de Azkaban, e em troca... Queria me trazer para o lado deles.

            Prendo a respiração em nervosismo.

— É oportuno para ele ter alguém dentro de Hogwarts, acompanhando os passos do Potter. – ele continua – Mas ele sabe que se Dumbledore estiver lá, tocar em Harry é quase impossível.

— Está dizendo que ele quer arranjar uma maneira de tirar Dumbledore de Hogwarts? – pergunto confusa – Não vai funcionar. Mesmo longe, parece que ele está perto e nos cuidando o tempo inteiro.

— Estou dizendo que ele quer arranjar uma maneira de tirar Dumbledore de qualquer lugar.

Fico surpresa.

— Matar Dumbledore?! Isso é loucura, Draco. Como ele quer que isso seja… - e de repente, com a leve mudança de postura de Draco, eu sei que é ele.

Fico em silêncio e Draco também. Não cheguei a completar a pergunta, mas acredito que o efeito da poção tenha passado quase completamente a essa altura. Ele não fala porque não quer falar. Porque tem vergonha.

Seu braço esquerdo está caído ao lado de seu corpo, quase como se ele quisesse que aquela parte do corpo não fosse sua. Respiro fundo, rezando para que ele não tome meu movimento como uma afronta. Estendo minha mão até a sua e a puxo para cima de meu colo. Draco me olha. Seus olhos acinzentados questionam o que vou fazer. Com a mão esquerda seguro seus dedos aos meus, enquanto a mão direita puxa a manga branca de sua camisa. Percebo um movimento apressado de seu braço direito para tentar me impedir, por isso o encaro.

Ele para na hora. Sua postura de desistência me dá aval para continuar a subir sua manga até a marca que eu não queria que aparecesse estivesse ali. Fecho os olhos decepcionada e triste: não acho que Draco mereça muito mais do que eu tal destino. Afinal, mesmo que inimigos, cresci ao lado dele e o conheço o suficiente para saber que sua natureza não é má, apenas manipulada.

— Não pretendia aceitar. – ele diz, com uma voz desapontada – Mas ele ameaçou minha mãe, Hermione. Sei que eu pareço essa pessoa sem um pingo de sentimento no coração, e admito que realmente sou assim para algumas coisas. Isso é fruto da educação que recebi a vida inteira. Passe uma vida com pessoas lhe dizendo que você é de tal forma, que eventualmente você começa a acreditar que realmente é. Porém, quando se trata da minha mãe, eu faço o possível e o impossível. Você não está entendendo o nível de Narcisa Malfoy na minha vida. – ele fala com uma pitada de amargura e eu me permito a um sorriso triste – Eu vou ao inferno e mato meus demônios se isso significa salvá-la.

— Draco, eu... – tento argumentar, mas ele me interrompe.

— Você não tem ideia do fardo que é ter essa cicatriz. Não durmo bem à noite. Ouço sussurros na minha cabeça, quase como se o lorde estivesse me ameaçando, contando meu tempo restante, quanto tempo tenho até que ele a mate. Sem falar que dói. Arde. Incomoda. E me lembra todo dia de que escolhi o caminho errado, fiz as escolhas erradas. Fiz tudo isso e agora preciso matar a única pessoa que poderia me proteger.

— Isso não é verdade, a Ordem pode...

— A Ordem confia em um Malfoy tanto quanto você acredita na Rita Skeeter. Bastante credibilidade, huh?

Não digo nada. Não sei o que falar. Continuo encarando aquela caveira com cobra, que incomoda aos meus olhos tanto quanto incomoda ao coração de Draco. Estou partida porque não sei como ajudá-lo: ele não virá para o nosso lado, e não é só porque Narcisa está refém do outro, mas porque o nosso lado também não lhe parece uma boa opção.

Coloco meus dedos na marca. É macia assim como o resto de sua pele. Sinto meus olhos úmidos pela tristeza e raiva. Não foi dada escolha. Em momento algum de sua vida Draco teve escolha. Tudo sempre foi aos modos de Lúcio Malfoy: as vestimentas, o cabelo, a fala, os sentimentos, as opiniões. Me parece errado que esse seja o destino dele.

De repente, a transformação que propus a mim mesma para sanar os meus desejos de conquistar Rony parecem ter surtido outro efeito. Me mostram que mudar a si mesmo por conta dos outros nunca acaba bem, assim como não acabou bem para Malfoy. Faz tudo ao seu redor parecer errado, e faz tudo que está ao seu redor te olhar errado. Afinal, não estão realmente olhando para você.

O Draco que vejo, já sem os efeitos de Veritasserum, é o verdadeiro. E fico triste por tê-lo conhecido em um momento em que não estou sendo totalmente verdadeira comigo mesma. Fico triste também porque de certa forma parece tarde. Me indigna e me dá raiva, porque parece tarde para mudar tudo que já plantamos ao longo desses cinco anos completos de pura inimizade e rancor – sem absolutamente uma tentativa de empatia, de entendimento pela história um do outro.

Ficamos em silêncio pelo que pareceu uma eternidade, os braços se tocando, os olhos mirando uma parede opaca e sem vida. O trem se movimenta com balanços regulares, que em dias comuns me deixariam enjoada. Mas hoje não. O dia parece mais frio e estático que o normal, e não há nada além do casaco de Draco para nos aquecer.

Até que, depois de um bom tempo, a sensação de ausência de movimento se concretiza e o trem desacelera até realmente parar. Ouvimos as risadas dos alunos saindo de suas cabines indo em direção ao castelo, mas não nos movemos até existir o silêncio completo.

Penso “não quero ir”, mas preciso. E ele sabe que também precisa seguir o seu destino. E como vou proceder fora dessa cabine, em posse de um segredo tão grande como o de Draco ser um comensal cuja tarefa é matar Dumbledore? Preciso contar, talvez o ajudem.

Mas... Ele nunca me perdoaria. Salvaríamos ele a tempo, mas Narcisa ainda seria refém. O maior tesouro de sua vida estaria nas mãos de outrem. Desgraça, maldita Veritasserum que me fez...

— Hermione, por que me ajudou? – ele pergunta, sem me encarar, com real comoção na própria voz – Por que realmente me ajudou?

Sua pergunta me faz perceber que a Veritasserum não é culpada do meu caráter e do meu modo de proceder. Dou a mão para Draco e escoro minha cabeça em seu ombro, em um gesto genuíno de compreensão pela sua dor. Fecho os olhos, tentando fingir que essa realidade não existe.

— Porque não me parece justo que tenhamos que lutar a luta de outros, uma luta tão antiga que nem éramos nascidos quando começou. Não acho justo que você tenha uma missão tão pesada, ou que Harry tenha um fardo tão grande a carregar. Somos tão novos e com preocupações tão sérias. Te ajudo porque você é só um garoto, e você ter que ficar sujeito a confessar sua privacidade sem querer é mais exploração do que já passamos diariamente. Então se eu puder manter o fiapo de dignidade que ainda temos, eu manterei. Porque não gostaria que fizessem comigo o que Harry estava disposto a fazer com você.

Ele sorri, ainda sem me olhar. Depois de alguns segundos, me encara com os olhos acinzentados tempestuosos.

— Você é extraordinária e espero que entenda isso. – ele fala baixinho, como se quisesse que somente eu escutasse – Lamento não ter visto antes. E espero que você não demore muito tempo para ver também. Porque a cada momento que passa mudando por ele, ele tira a singularidade de ser que você é. E eu não consigo imaginar algo mais triste do que uma Hermione Granger sem a aura habitual. Você se tornaria tão opaca quanto essa parede. Se ele gostar de você, que seja pela pessoa que tem capacidade de ser, e não por quem ele quer que você seja. Do contrário, será apenas uma alma reprimida num corpo de um fantoche.

Acaricio de leve seu rosto, sentindo um peso enorme quando me levanto para sair. Olho seus orbes cheios de desespero pelo próprio futuro, e não quero deixar aquele lugar porque parece um erro. Respiro fundo, dando de costas e destrancando a porta. O corredor do trem está escuro, a única luz vez de dentro do banheiro. Não há mais nada além da neve do lado de fora. Viro o rosto uma última vez.

            - Em uma realidade paralela, penso que seríamos grandes amigos. – profiro com confiança, segurando a porta com força – Espero que veja em você tudo que falou para mim, Draco, porque você é como um espelho do que disse que sou.

            Não me despeço, porque não sei como. Apenas saio andando, deixando aquele pingo de luz para trás junto de seus segredos. O ar gelado encontra meu rosto quando piso na estação, e não há ninguém me esperando.

            Não pego a carruagem. Sigo andando. Sigo pensando nele, sigo pensando em mim. Meu coração pesa e me sinto sufocar.

Inspiro.

Expiro.

Só sigo.


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Notas finais do capítulo

Me perdoem pelo final tristinho! Espero que tenham gostado e tenham conseguido tirar algo do que eu escrevi. Agradeço muito, beijos!



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