Inconstante Presente escrita por Beatrice Ricci


Capítulo 1
Amigo Secreto


Notas iniciais do capítulo

Essa Fanfic está participando do desafio no grupo oficial do Nyah! Fanfiction, o objetivo é escolher um dos 8 cartões e fazer uma fic até dia 31/12/2018.
Decidi fazer do meu otp, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/772057/chapter/1

Ravena lia um livro de terror e suspense, sentada sobre a cama em posição de lótus, a leitura não a prendia, pois a cada dez segundos Mutano batia em sua porta, questionado onde estavam seus amigos, como resposta dizia que não sabia.

Quando finalmente conseguirá compreender a narrativa, o amigo verde a chamou, irritada fechou o livro em um baque, indo em direção a porta, suspirou, fechando as pálpebras, tentando controlar as emoções do próprio interior.

— O que foi agora? — questionou, olhando diretamente para a porta de metal, como se o visse do outro lado.

— Oi Ravena, eu queria saber se você… — começou sendo interrompido por ela.

— Se for para questionar sobre Ciborgue, Estelar ou Robin, a resposta é a mesma que as anteriores.

— Na verdade é outra coisa. — apressou-se fazendo um gesto com as duas mãos. — Poderia abrir a porta? — indagou.

Houve silêncio por breves segundos, em seguida a filha de Trigon apertou um botão ao lado abrindo a porta, cruzou os braços, em sua face um semblante inexpressivo.

— O quê?

— Certo, Sabe que hoje a noite vai ter o amigo secreto aqui na torre? Então eu estava pensando se você quer ajuda com o presente do Cirborge?

Diante de tais palavras, a jovem de pele acinzentada, suspirou, talvez pudesse dissimular seus sentimentos e emoções, se previsse que ele a deixaria em paz.

— Como sabe que tirei o Cirborge? Poderia ser qualquer um, inclusive você. — disse em um calmo.

— Você deixou o papel com o nome no balcão da cozinha. — riu ligeiramente, coçando atrás da nuca, envergonhado.

Depois de inspirar fundo até ter a paciência necessária o respondeu:

— Concordei em participar desse jogo idiota porque vocês insistiram, não gosto do natal em primeiro lugar, ainda assim acredito que o amigo secreto é para ser secreto.

Pôs-se a sair da presença daquele qual tentava convencê-la de todas as maneiras a ser social, convidando-a festas, jogos e passeios públicos, com pessoas barulhentas, todavia teve seu antebraço agarrado, odiava ser tocada, devencilhou-se prontamente.

— Vamos lá Rae. — O apelido soou desconfortante para ela. — Eu sei como é difícil escolher um presente perfeito, e se tratado de você, aposto que dará para o meu amigo um par de meias.

Ravena nada respondeu limitou-se a espiar o embrulho na pentiadeira através da fresta da porta; embora odiasse admitir a razão por parte do Mutano, daria meias para Cirborge, não tivera tempo para escolher algo realmente caro, talvez a intenção contasse, estava errada.

Voltou-se para ele, encarou a figura dele, as mesmas roupas da antiga equipe, o cabelo vagamente bagunçando da mesma cor da pele, as caraterísticas únicas igualmente a personalidade divertida.

— Me dê um minuto.

Era um ordem, mas soou mais com um pedido.

Ela fechou a porta, antes que pudesse responder, um sorriso benevolente surgiu nos lábios do herói verde, qual esperou pacientemente, agradeceria Robin por lhe ter dado essa ideia, além de passar mais tempo com a amiga, finalmente poderia conhecê-la melhor, desde da viagem em Tóquio, tornaram-se mais distantes.

A tolerância tornou-se uma amizade real, onde muitas vezes ela compartilhava suas frustrações, a indiferença pouco a pouco foi sumido, gostava da maneira que ela quase sorria por um piada ou algo tolo em suas palavras, era diferente da antiga amiga Terra, um tipo de desafio.

Tendo-a defronte ao olhar, sorriu, e com grande entusiasmo a puxou pela mão direita, correu uma curta distância, ela o empurrou, riu ligeiramente, espaço pessoal, primeira regra de convívio com Ravena.

Após a heroína recompor-se, ajeitando a roupa e o cinto, retornou andar, desta vez sem ajuda dele.

— Onde vamos exatamente? — questionou, mantendo a mirada no corredor.

— Ao shopping. — respondeu, desviando atenção, seguindo-a ao lado esquerdo. — Sei qua é o presente perfeito para Ciborgue.

— Qual seria?

— Aquele novo videogame que custa uma fortuna, claro temos a segunda opção de lhe presentear com um cesta cheias de tacos.

Ela revirou os olhos.

— Vejamos, feito de tofu. — adivinhou.

— Exatamente.

Estavam a uma distância considerável, impedido qualquer contato físico.

— Só porque não come carne, não significa que deve convencer os outros a comeram isso, respeite o gosto de cada um como eu respeito o seu.

Em seu tom de voz, Mutano notou o sarcasmo, típico dos traços da personalidade dela, riu novamente, e com entusiasmo indagou:

— Então Rae, curiosa para saber quem eu tirei? — Fez um gesto sugestivo com a sobrancelha esquerda.

— Não.

— Nem um pouquinho?

— Devo lembrar que é um segredo?

— Vamos lá, eu sei que está curiosa, eu vejo em seu olhar inexpressivo.

— Se continuar a tentar acabar com minha paciência eu vou lhe banir para o buraco do lixo.

— Tudo bem, calma, só quero descontrair um pouco.

Ele a viu deixar o capuz cair, hiptonizado pela beleza misteriosa e sombria, como o cabelo violeta, os olhos da mesma cor, os lábios com um batom quase apagado a sua pele, muitas vezes atraente, e a pela pálida, quase cinza, trazendo-a um ar demoníaca, outrora eliminava tais pensamentos considerando inapropriados.

— Se quer tanto presentear seu amigo, porque não troca comigo, não me importaria.

A fala lhe trouxera a realidade.

— Ah não, eu quero muito dar um presente para essa amiga secreta.

— É alguém que eu conheça além da Estelar?

— Pensei que não queria saber. — afirmou com sarcasmo.

— É uma mera pergunta, tanto faz se responder.

Deu de ombros, apressando ligeiramente o andar, Mutano teve que conter as risadas.

— Respondendo sua curiosidade Rae-Rae — Deu alguns passos para alcança-la — não é a Estelar é aquela ótima heroína dos titãs da Costa leste.

Enquanto esperava qualquer palavra sair da boca da amiga, lembrou-se dos momentos onde ela sempre fazia uma observação inteligente, especificamente em resposta à maioria das palhaçadas e tentativas de humor qual Mutano realizava.

Uma adolescente enigmática reclusa aos próprios pensamentos.

— Rae, qual seria seu presente de natal prefeito? — perguntou.

— Você quieto por uma semana. — falou sarcasticamente.

— Muito engraçado. — ironizou.

Viu um raro sorriso em seu rosto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Inconstante Presente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.